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segunda-feira, 16 de abril de 2018

Informativo AMI 198 abril de 2018

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"O SENHOR RESSUSCITOU VERDADEIRAMENTE" (Lc24,34) 
FELIZ PÁSCOA!


PALAVRA DE DEUS (Jo 20,19-31)
19.Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja convosco! 20.Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. 21.Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. 22.Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. 23.Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos. 24.Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25.Os outros discípulos disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei! 26.Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco! 27.Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé. 28.Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus! 29.Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto! 30.Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. 31.Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
Bíblia Ave Maria 
“A Ressurreição”, Tintoretto (1519-1594)

De São Gregório Nazianzeno
Dia da Ressurreição: um solene princípio!
Acendamos a nossa luz neste dia de festa!
Abracemo-nos uns aos outros!
Voltemo-nos, ó irmãos, mesmo para aqueles que nos odeiam,
não somente a quem, por amor, tenha feito ou sofrido alguma coisa por nós!
Relevemos tudo, por causa da Ressurreição
E perdoemo-nos uns aos outros!
Ontem, eu fui crucificado com Cristo,
Hoje, sou glorificado juntamente com ele!
Ontem, eu morri com ele;
hoje fomos nós dois vivificados!
Ontem eu fui sepultado juntamente com Cristo;
hoje, eu e ele ressurgimos!
Tragamos, portanto, ofertas Àquele que padeceu e ressuscitou por nós!
Pensais vós, talvez, que eu esteja me referindo a ouro ou prata
ou tecidos e pedras reluzentes e preciosas…
Matéria corruptível que provém da terra
e sobre a terra é destinada a permanecer,
além do mais em propriedade de gente malvada
e escrava do mundo e do seu príncipe…
Eu digo, ao invés, que devemos oferecer a Deus totalmente a nós mesmos:
Esta é a oferta que lhe agrada e que convém!
Procuremos ser como Cristo,
já que também Cristo tornou-se um de nós;
Procuremos nos tornar divinos por meio dele,
já que ele mesmo, por nós, tornou-se homem!
Ele tomou o pior sobre si para nos conceder o melhor:
Fez-se pobre para que nós, graças à sua pobreza, nos tornássemos ricos;
Assumiu o aspecto de servo, para que obtivéssemos a liberdade;
Desceu ao mais baixo, para que nós fôssemos elevados ao mais alto;
Sofreu a tentação, para que nós conseguíssemos vencê-la!
Deixou-se desprezar, para nos dar a glória;
Morreu, para trazer-nos a salvação;
Subiu ao céu, para atrair a si aqueles que jazem na terra,
depois de terem caído por causa do pecado.
Cada um, portanto, doe tudo, ofereça tudo em sacrifício
Àquele que nos deu a si mesmo para a nossa redenção!
O maior dom que podemos oferecer-lhe será exatamente
aquele de nos doar-lhe totalmente a nós mesmos,
depois de termos compreendido o significado de tal Mistério
e de nos ter dado conta que tudo ele realizou por nós!

SEQUENCIA PASCAL
Cantai, cristãos, afinal:
“Salve ó vítima Pascal!”
Cordeiro inocente, o Cristo
abriu-nos do Pai o aprisco

Por toda ovelha imolado,
do mundo lava o pecado.
Duelam forte e mais forte:
é a vida que enfrenta a morte.

O rei da vida, cativo,
é morto, mas reina vivo!
Responde, pois, ó Maria:
no teu caminho o que havia?

“Vi Cristo ressuscitado,
o túmulo abandonado.
Os anjos da cor do sol,
dobrado ao chão o lençol.

O Cristo, que leva aos céus,
caminha à frente dos seus!”
Ressuscitou de verdade.
Ó rei, ó Cristo, piedade!


RETIRO COM Pe. JORGE TADEU HERMES
DIAS 5 e 6 DE MAIO NA CHAMI
Avenida Vereador Wadislau Bugalski, 6956
Colônia Lamenha Grande - Almirante Tamandaré - PR
(41) 3657-4285



DOM DA VIDA E ETERNIDADE

A vida humana é sagrada desde a concepção, pois foi criada por Deus e feita à sua imagem e semelhança. Possui dignidade incomparável pelo fato de Deus ter assumido a condição humana fazendo-se homem.
Ainda assim merecíamos como conseqüência dos nossos pecados tornar ao pó e nossas almas irem para sempre à mansão dos mortos.
Foi então que pela sua paixão, morte e ressurreição, Cristo alcançou-nos a graça de vivermos vida nova já nesta terra, despojando-nos do homem velho dominado pelo pecado e revestindo-nos do homem novo, guiado pelo Espírito Santo recebido no batismo. Tudo isso é graça imerecida por nós, fruto pascal.
Pelo seu sangue derramado na cruz Cristo mereceu a todos também a vida eterna, que consiste em perfeita comunhão com Deus, única fonte de paz e alegria verdadeiras. Esta vida celeste ultrapassa toda expectativa humana. Esforcemo-nos por alcançá-la seguindo pelo caminho estreito, praticando boas obras, pois largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição e sabemos que também o inferno é eterno. Não desperdicemos o preciosíssimo sangue que Cristo derramou por amor a cada um de nós!
“Pouco e breve é tudo que se passa com o tempo.

Faze bem o que fazes; trabalha fielmente na minha vinha; serei eu mesmo o teu galardão.

Escreve, lê, canta, geme, guarda silêncio, fala, sofre varonilmente as adversidades; de tudo isso é digna a vida eterna e de maiores combates ainda.

A paz virá um dia, que do Senhor é conhecido e não haverá mais dias e noites, como no tempo presente; senão perpétua luz, infinita claridade, firme paz e seguro repouso.

Então não dirá: Quem me livrará deste corpo de morte? Nem exclamarás: Pobre de mim, que se prolonga o meu desterro!

Porque a morte será destruída e eterna será a salvação; livre de toda ansiedade, gozarás de jubilosa ventura, em meio de agradável e brilhante companhia.

Oh! Se visses as coroas imarcessíveis dos santos do céu, com quanta glória exultam agora aqueles que, outrora, o mundo desprezava, julgava indignos de viver! Por certo que logo te prostrarias até o chão e preferirias estar sujeito a todos os homens, que mandar a um só.

Não cobiçarias os dias felizes desta vida; ao contrário, folgarias de ser atribulado por amor de Deus e considerarias grande vantagem ser tido por nada entre os homens.

Oh! Se gostasses dessas coisas e penetrassem elas, profundamente, no teu coração, como ousarias, uma vez sequer, queixar-te?

Será pequena coisa perder ou ganhar o reino de Deus?

Levanta, pois, os olhos para o céu. Eis-me aqui com todos os meus santos, que, neste mundo, sustentaram grandes combates e agora se sentem consolados, agora estão seguros, agora repousam e permanecerão para sempre comigo, no reino de meu Pai.” (Imitação de Cristo)
Ivan (comunidade âmi)


Os três mistérios da morte de Padre Pio
O Papa Francisco visitou os restos mortais de São Pio em San Giovanni Rotondo no dia 17/3/2018.

Para falar do centenário dos estigmas de Padre Pio, um dos temas atuais nestes últimos dias, e dos três grandes mistérios deste santo, Debora Donnini entrevistou Stefano Campanella, diretor de Tele Radio Padre Pio.
Esta visita do Papa Francisco tem o centro nos estigmas. Como Padre Pio viveu os estigmas?
Tudo começa a partir do momento em que Padre Pio foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910. Naquela ocasião, ele preparou uma pequena imagem de lembrança na qual ele escreveu na mão que queria ser como Jesus: um sacerdote santo e uma vítima perfeita. Então, de suas cartas, descobrimos que ele havia feito várias vezes a oferta de si mesmo ao Senhor para obter a conversão dos pecadores e a purificação das almas no Purgatório. Poucas semanas após essa oferta de si mesmo, o Senhor lhe respondeu a Pietrelcina, no distrito de Piana Romana, enquanto rezava sob um olmo, através do dom dos estigmas.
Então, como ele estava confuso com esses sinais visíveis, ele pediu ao Senhor para que os sinais visíveis desaparecessem e deixassem apenas a dor. Isso aconteceu por alguns anos. Então, em 20 de setembro de 1918, os estigmas voltaram a se tornar visíveis e permaneceram ao longo de sua vida; desapareceu gradualmente nos últimos meses antes da sua morte. Quando foi realizada a inspeção no corpo de Padre Pio, imediatamente após sua morte, o médico assistente, que também era o prefeito de Pietrelcina, Professor Sala, observou que os estigmas haviam desaparecidos completamente sem deixar nenhum traço de cicatriz. Isto, de acordo com a ciência, é chamado de absurdo fisiopatológico.
Quanto aos estigmas do padre Pio, tanto São João Paulo II quanto Bento XVI se concentraram nesse aspecto, falando precisamente da oferta de si mesmo que Padre Pio fez em semelhança à Cristo. Algumas vozes no passado, no entanto, expressaram perplexidade. Você teve a oportunidade de estudar a questão completamente. Que idéia foi feita?
Devo dizer com um pouco de lamentação que as vozes que expressaram perplexidade sobre a autenticidade dos estigmas do padre Pio, foram caracterizadas pela falta de consciência de tudo o que era o aprofundamento que a Igreja queria fazer para verificar a confiabilidade do fenômeno. Em 1919, três médicos vieram ver os estigmas do Padre Pio, por ordem dos principais superiores da ordem e também do Santo Ofício, que produziu três relatórios; Um segundo relatório datado de 1925 foi feito por um dos três médicos.
De todos esses relatórios surge a autenticidade do fenômeno. Dois dos três médicos o chamavam de fenômeno cientificamente inexplicável; O terceiro, o professor Amico Bignami da Universidade La Sapienza de Roma, pediu um experimento: envolvendo as mãos do Padre Pio por oito dias, impedindo-o de usar qualquer substância para manter os estigmas vivos. Ele garantiu que depois de oito dias eles seriam curados. Este experimento foi realizado graças a três frades que enfaixaram as mãos e os pés de Padre Pio; Após oito dias, os estigmas estavam sangrando mais do que antes.
O senhor acabou de publicar um livro: "Os Três Mistérios do Padre Pio", no qual se concentra em três circunstâncias muito particulares relacionadas à morte de São Pio de Pietrelcina ...
O primeiro mistério, através de uma série de testemunhos, alguns dos quais inéditos, consegui reconstruir antes de tudo que Padre Pio conhecia o momento exato de sua morte.
O segundo mistério, no entanto, do qual não há vestígio de novidade, embora tenha sido publicado apenas na Positio do julgamento em um único livro, diz respeito à possibilidade de ter concedido a uma de suas filhas espirituais de testemunhar a sua morte, apesar de não estar fisicamente no convento, porque quando Padre Pio morreu, estava no seu claustro.
O terceiro mistério diz respeito ao desaparecimento dos estigmas sem deixar cicatrizes, porque cada ferida - dizem os médicos - quando é produzida, desencadeia automaticamente um processo de reconstrução com tecido cicatricial. Em vez disso, quando a inspeção foi realizada no corpo de Padre Pio após sua morte, descobriu-se que seus estigmas - atestados em sua autenticidade por três médicos - haviam desaparecido, sem cicatrizes.
 Fonte: www.acidigital.com




A maravilhosa história da Mãe do Bom Conselho

Nas longínquas terras da Albânia, para além do Mar Adriático, encontra-se a pequenina cidade de Scútari. Edificada em um a colina escarpada e tendo a seus pés os rios Drina e Bojana, ela continha em seus domínios, já no século XIII, um precioso tesouro: a bela imagem de “Santa Maria de Scútari”. O Santuário que a abrigava se transformara no centro de peregrinação mais concorrido do país, e era para os albaneses um importante ponto de referência em matéria de graças e conforto espiritual.

Trata-se de uma pintura sobre fina camada de reboco, medindo 31 cm de largura por 42,5 cm de altura. Esse sagrado afresco está envolto numa penumbra de mistério e milagre: ignora-se quando e por quem foi pintado.

Intimidade e união de alma
Detenhamo-nos um pouco na contemplação desta maravilhosa pintura.

Ela representa a Santíssima Virgem com inefável afeto materno, amparando em seus braços o Menino Jesus, ambos encimados por um singelo arco-íris. As cores são suaves, e finos os traços dos admiráveis semblantes.

O Menino Jesus transmite a candura de uma criança e a sabedoria de quem analisa toda a obra da criação e é o Senhor do passado, do presente e do futuro. Com indizível carinho, o Divino Infante pressiona levemente sua face contra a de sua Mãe. Há entre eles uma atraente intimidade, e a união de almas bem se vê refletida na troca de olhares. Nossa Senhora, em altíssimo ato de adoração, parece estar procurando adivinhar o que se passa no interior do Filho. Ao mesmo tempo, Ela considera o fiel aflito ajoelhado a seus pés, e de algum modo o faz partícipe do celestial convívio que contemplamos neste quadro. Não será preciso dizer, basta o devoto necessitado acercar-se d’Ela para sentir operar-se em sua alma uma ação balsâmica.

Em meados do século XIV, a Albânia passava por grandes aflições. Após ser disputada durante séculos pelos povos vizinhos, ela estava então sendo invadida pelo poderoso império turco.

Não dispondo de estrutura militar capaz de resistir ao poderoso adversário, o povo aflito rezava, confiando no auxílio dos céus. O efeito dessas orações não se fez esperar: nessa emergência, surgiu um varão de Deus, de nobre linhagem e devotíssimo de Nossa Senhora, decidido a lutar pela Padroeira e pela liberdade de seu país. Seu nome é Jorge Castriota, chamado em albanês de Scanderbeg.

À custa de imensos esforços bélicos, conseguiu ele manter a unidade e a Fé de seu povo. As crônicas da época exaltam as façanhas realizadas por ele e pelos valorosos albaneses que, estimulados por seu ardor, lutavam a seu lado.

Nos intervalos dos combates, eles ajoelhavam-se suplicantes aos pés de “Santa Maria de Scútari”, de onde saíam fortalecidos e obtinham portentosas e decisivas vitórias contra o inimigo da Fé. Aí já reluzia uma característica d’Aquela que futuramente seria conhecida em todo o mundo como a Mãe do Bom Conselho: fortalecer todos quantos, combatendo o bom combate, d’Ela se aproximam buscando alento e coragem.

Entretanto… após 23 anos de lutas, Scanderbeg é levado desta vida. A falta daquele piedoso líder era irreparável.

Todos pressentiam estar próxima a derrota. O povo encontrava-se na trágica alternativa de abandonar a pátria ou sujeitar-se à escravidão aos turcos.

Envolta em luminosa nuvem
Nessa perplexitante situação, a Virgem do afresco aparece em sonhos a dois dos valentes soldados de Scanderbeg, chamados Georgis e De Sclavis, ordenando-lhes que A seguissem em uma longa viagem. Ela lhes inspirava uma grande confiança, e estar ajoelhados a seus pés era para eles motivo de grande consolação.

Certa manhã, lá estando ambos em fervorosa oração, vêem o maior milagre de suas vidas.

O maravilhoso afresco se desprende da parede e, conduzido por anjos, envolto em alva e luminosa nuvem, suavemente vai se retirando do recinto. Bem podemos imaginar a reação dos bons homens! Atônitos, acompanham Nossa Senhora que avança pelos céus de Scútari. Quando se dão conta, estão às margens do Mar Adriático. Haviam percorrido trinta quilômetros sem sentir cansaço! Sempre envolta na alva nuvem, a milagrosa imagem avança mar adentro.

“Estrela do Mar”
Perplexos, Georgis e De Sclavis não querem deixá-la por nada. Verificam, então, estupefatos e eufóricos, que sob seus pés as águas se transformam em sólidos diamantes, voltando ao estado líquido após sua passagem. Que milagre! Tal como São Pedro sobre o lago de Genezaré, estes dois homens caminham sobre o Mar Adriático, guiados pela própria “Estrela do Mar”.

Sem saber dizer durante quanto tempo andaram, nem quantos quilômetros deixaram para trás, os bons devotos vêem novas praias. Estavam na Península Itálica! E por sinal… onde está a Santa Maria de Scútari? Olham para um lado… olham para outro. Escutam falar outro idioma, sentem um ambiente tão diferente da sua Albânia…

Mas já não vêem a Senhora da luminosa nuvem. Desaparecera… Que provação! Começam então, uma busca infatigável. Onde estará Ela?

Petruccia, uma mulher de Fé
Nessa mesma época, na pequena cidade de Genazzano, não longe de Roma, vivia uma piedosa viúva chamada Petruccia de Nocera, já octogenária.

Senhora de muita retidão e sólida vida interior, digna terciária da ordem agostiniana, sua herança lhe bastava apenas para viver modicamente.

Era Petruccia muito devota da Mãe do Bom Conselho, venerada numa velha igreja de Genazzano. Esta piedosa senhora recebeu do Espírito Santo a seguinte revelação: “Maria Santíssima, em sua imagem de Scútari, deseja sair da Albânia”. Muito surpresa com essa comunicação sobrenatural, Petruccia assombrou-se mais ainda ao receber da própria Santíssima Virgem expressa ordem de edificar o templo que deveria acolher o seu afresco, bem como a promessa de ser socorrida em tempo oportuno

Começou, então, Petruccia, a reconstrução da pequena igreja. Empregou todos os seus recursos… os quais acabaram quando as paredes tinham apenas um metro de altura. E ela tornou-se alvo das zombarias e sarcasmos dos céticos habitantes da pequena cidade, que chamavam -na de louca, visionária, imprudente e antiquada. Passou confiante por esta provação, tal como Noé, de quem todos mofavam enquanto ele construía a arca.

“Um milagre! Um milagre!”
Era o dia 25 de abril de 1467, festa de São Marcos, padroeiro de Genazzano.

Às duas horas da tarde, Petruccia se dirige à igreja, passando pela movimentada feira na qual os vendedores ofereciam desde tecidos trazidos de Gênova e Veneza até um elixir da eterna juventude ou um “poderosíssimo” licor contra qualquer tipo de febre.

Em meio a este burburinho, o povo ouve uma melodia de rara beleza, vinda do céu. Faz-se silêncio e todos notam que aquela música provinha de uma nuvenzinha branca, tão luminosa que ofuscava os raios do próprio sol. Ela desce gradativamente e se dirige para a parede inacabada de uma capela lateral. A multidão acorre estupefata, enche o pequeno recinto e vê a nuvem desfazer-se.

O afresco de Nossa Senhora do Bom Conselho é trazida por anjos
Ali estava – suspenso no ar, sem nenhum suporte visível – o sagrado afresco, a Senhora do Bom Conselho! “Um milagre! Um milagre!” – gritam todos. Que alegria para Petruccia, quanto consolo para Georgis e De Sclavis quando lá puderam chegar!… Estava confirmado o superior desígnio da construção iniciada. Teve início, assim, em Genazzano um longo e ininterrupto desfilar de milagres e graças que Nossa Senhora ali dispensa.

O Papa Paulo II, tão logo soube do que havia sucedido, enviou dois prelados de confiança para averiguar o que se passara.

Estes constataram a veracidade do que se dizia e testemunharam, diariamente, inúmeras curas, conversões, e prodígios realizados pela Mãe do Bom Conselho. Nos primeiros 110 dias após a chegada de Nossa Senhora, registraram-se 161 milagres.

Conselho, correção, orientação: grandes favores
Entre seus grandes devotos destacam-se os papas São Pio V, Leão XIII – que incluiu a invocação Mãe do Bom Conselho na Ladainha Lauretana – São Pio X, Paulo VI e João Paulo II; e numerosos santos como São Paulo da Cruz, São João Bosco, Santo Afonso de Ligório, Beato Orione. No próprio Santuário de Genazzano, pode-se venerar o corpo incorrupto do Beato Steffano Bellesini, um de seus párocos, grande propagador da devoção à Mãe do Bom Conselho.

Também os Arautos do Evangelho são seus devotos. Têm eles muito a agradecer-Lhe, por favores e graças mais importantes do que a cura de doenças corporais.

Os maiores milagres, Ela os opera na alma de cada um, aconselhando, corrigindo, orientando.

Quem puder venerar o milagroso quadro da Mãe do Bom Conselho em Genazzano, comprovará pessoalmente o rio de graças que emana daquela celestial fisionomia e compreenderá por que quem lá esteve uma vez, sonha em retornar um dia àquele sublime convívio.

O afresco de Nossa Senhora do Bom Conselho de Genazzano
Na igreja da Madonna del Buon Consiglio, na pequena e bela cidade de Genazzano, encontra-se um afresco de mais de sete séculos de existência. Até hoje se desconhece onde e por quem foi pintado. Terá sido seu autor um anjo? Será originário do Paraíso? São perguntas ousadas. Compreende-se que elas surjam, quando se conhece a história dos efeitos produzidos por essa piedosíssima imagem, ao longo dos tempos.

O afresco causa a impressão de ter sido pintado há poucos dias, mesmo se observado de perto. Porém, está há 535 anos junto à parede de uma capela lateral da igreja. Mais ainda: segundo atestam os documentos, tem-se mantido suspenso no ar durante todo esse tempo! Foi ele transladado de Scútari, Albânia, a Genazzano por ação angélica.

Assim descreve esses sobrenaturais acontecimentos um dos maiores entendidos na matéria:

Afresco de Nossa Senhora do Bom Conselho
“Trazida por mãos angélicas, encontrou-se (a imagem) suspensa ali na rústica parede da nova igreja, e com três novos singularíssimos prodígios então acontecidos. (…) A celeste pintura estava sustentada por virtude divina a um dedo da parece, suspensa sem nela fixar-se; e este é um milagre tanto mais estupendo se considerarmos que a referida imagem está pintada com cores vivas em fina camada de reboco, com a qual se destacou por si mesma da igreja de Scútari, na Albânia; como ainda pelo fato, comprovado mediante experiência e observações feitas, de que, ao tocar-se na Santa Imagem, esta cede” (Frei Angelo Maria De Orgio, Istoriche de Maria Santissima del Buon Consiglio, nela Chiesa de’Padri Agostoniani di Genazzano, 1748, Roma, p. 20)

No séc. XIX, renomado estudioso desse celestial fenômeno observou:
“Todas essas maravilhas (da Santa Imagem) se resumem, enfim, no prodígio contínuo que consiste em encontrarmos hoje esta imagem no mesmo lugar e do mesmo modo como ela aí foi deixada pela nuvem no dia de sua aparição, na presença de todo um povo que teve então a felicidade de vê-la pela primeira vez. Ela pousou a uma pequena altura do chão, a uma distância de aproximadamente um dedo da parede nova e rústica da capela de São Brás, e ali ficou, suspensa sem nenhum suporte” (Raffaele Buonanno, Memorie Storiche della Immagine de Maria, SS. Del Buon Consiglio Che si venera in Genezzano, Tipografia dell’Immacolata, Napoles, 20 ed., 1880, p. 44).

Na festa do batismo de Santo Agostinho e de São Marcos, padroeiro de Genazzano, em 25 de abril de 1467, por volta das quatro horas da tarde, uma celestial melodia começa a se fazer ouvir pelos mais variados recantos da cidade. Um grande número de pessoas, reunidas na praça do mercado, se põem a indagar maravilhadas de onde vem os sublimes e arrebatadores acordes. Eis que uma divina surpresa se passa ante os olhos de todos: em meio a raios de luz, uma pequena nuvem branca desce até uma parede da já mencionada igreja, cujos sinos começam a bimbalhar fortemente e por si só. Prodígio ainda maior: em uníssono, a totalidade dos sinos da cidade tocam com energia.

Ao desfazerem-se lentamente os raios de l uz e a nuvem, o belíssimo afresco que até hoje ali se encontra pôde ser contemplado pelo povo, e desde esse dia não cessou de derramar copiosas graças sensíveis, fazendo jus à preciosa invocação de Mãe do Bom Conselho.

A notícia de tão extraordinário acontecimento se espalhou por toda a Itália, como um corisco. Dois dias mais tarde, inicia-se uma verdadeira avalanche de milagres: um possesso se livra dos demônios, uma paralítico caminha com naturalidade, uma cega recupera as vistas, um jovem empregado recém-falecido ressuscita…. Nos cento e dez primeiros dias, Maria do Bom Conselho distribui cento e sessenta e um milagres aos seus fiéis devotos. Peregrinos de todo o país se movem para receber os benefícios da Mãe de Deus.

Diante do santo afresco, uma constante se verifica: a nenhum dos pedidos que lhe são dirigidos deixa Ela de atender de alguma forma. Nas dúvidas, nas perplexidades ou mesmo nas provações, depois de um certo tempo de oração – maior ou menor, dependendo de cada caso – Maria Santíssima faz sentir no fundo da alma em dificuldade seu sapiencial e maternal conselho, acompanhado de mudanças de fisionomia e de coloração da pintura. É indescritível esse especialíssimo fenômeno.

Foi em Genazzano, aos pés do santo afresco da Mãe do Bom Conselho, que nasceram os Arautos do Evangelho. Ali, Ela os inspirou, orientou e fortaleceu. Por isso, a exemplo de tantos outros, os Arautos do Evangelho A consideram como sua padroeira. Ademais, por privilégio concedido pelo Santo Padre, João Paulo II, lucram no dia de sua festa, 26 de abril, uma indulgência plenária.

Fonte: Gaudium Press
Revista Arautos do Evangelho, Abril/2002, n. 4, p. 24-25 e Abril/2004, n. 28, p. 16 a 18)


FRASES DO PAPA FRANCISCO
Contra a ideologia de gênero: “Na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina, na África, nalguns países da Ásia, existem verdadeiras colonizações ideológicas. E uma delas – digo-a claramente por «nome e apelido» - é o gender! Hoje às crianças – às crianças! –, na escola, ensina-se isto: o sexo, cada um pode escolhê-lo. E porque ensinam isto? Porque os livros são os das pessoas e instituições que te dão dinheiro. São as colonizações ideológicas, apoiadas mesmo por países muito influentes. E isto é terrível.” (27/7/2016, Polônia)
Vida sacramental:Hoje é o primeiro dia de primavera: boa primavera! Mas o que acontece na primavera? Florescem as plantas, florescem as árvores. Far-vos-ei algumas perguntas. Uma árvore ou uma planta doentes, florescem bem, se estão doentes? Não! Uma árvore, uma planta que não for regada pela chuva ou artificialmente, pode florescer bem? Não! E uma árvore ou uma planta das quais foram tiradas as raízes, ou que não as têm, podem florescer? Não! Mas pode-se florescer sem raízes? Não! E esta é uma mensagem: a vida cristã deve ser uma vida que precisa de florescer em obras de caridade, em gestos de bem. Mas se tu não tens raízes, não poderás florescer; e quem é a raiz? Jesus! Se ali, nas raízes, não estiveres com Jesus, não florescerás! Se não regares a tua vida com a oração e os sacramentos, terás flores cristãs? Não! Porque a oração e os sacramentos irrigam as raízes e a nossa vida floresce. Faço-vos votos a fim de que esta primavera seja para vós uma primavera florida, como será a Páscoa florescida. Florida de boas obras, de virtudes, de gestos de bem para os outros. Recordai isto, é um pequeno verso muito bonito da minha Pátria: “O que a árvore tem de florescido vem daquilo que tem de enterrado”. Nunca cortemos as raízes com Jesus.
E agora continuemos com a catequese sobre a Santa Missa. A celebração da Missa, da qual percorremos os vários momentos, visa a Comunhão, ou seja, a nossa união com Jesus. A comunhão sacramental: não a comunhão espiritual, que podes fazer em casa, dizendo: “Jesus, gostaria de te receber espiritualmente”. Não, a comunhão sacramental, com o corpo e o sangue de Cristo. Celebramos a Eucaristia para nos alimentarmos de Cristo, que se oferece a nós quer na Palavra quer no Sacramento do altar, para nos conformar-nos com Ele. É o próprio Senhor quem o diz: «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e Eu nele» (Jo 6, 56)” (21/3/2018)




O grande mal de nossa época é que não vamos a Jesus Cristo como a seu Salvador e a seu Deus. Abandona-se o único fundamento, a única fé, a única graça da salvação... Então o que fazer? Retornar à fonte da vida, mas não ao Jesus histórico ou ao Jesus glorificado no céu mas sim ao Jesus que está na Eucaristia. Temos que fazê-lo sair de seu esconderijo para que possa de novo colocar-se à cabeça da sociedade cristã... Que venha cada vez mais o reino da Eucaristia: Adveniat regnum tuum!

São Pedro Julião Eymard




HERMANN COHEN – CONVERTIDO PELA BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Cohen nasceu em Hamburgo, no dia 10 de Novembro de 1820, duma antiga família israelita. Hermann Cohen revelou disposições extraordinárias pelo piano desde a idade de quatro anos.
Em 1833, com só doze anos de idade, deixa à Alemanha para instalar-se em Paris, junto de Franz Liszt1 de quem se torna o discípulo privilegiado. Seguem-se quatorze anos em que estava moralmente desorientado.
Afundou-se nos vícios, nas idéias mais liberais e desvairadas da época.
Assim se encontrava quando, em maio de 1847, um amigo seu, o Príncipe de Moscowa, solicitou-lhe que o substituísse na regência de um coral na igreja de Santa Valéria, em Paris, ao que Hermann aquiesceu.
Celebravam-se então as festividades do mês de Maria. No momento em que, após a Missa, o sacerdote deu a bênção com o Santíssimo Sacramento, Hermann experimentou “uma singular emoção, como remorsos de ter parte nessa bênção na qual ele não tinha direito algum de estar incluído”. Era uma consolação doce e forte que lhe proporcionou um “alívio desconhecido”.
Nas sucessivas vezes em que Hermann retornou à igreja, sentia sempre idêntica e inexplicável impressão quando o sacerdote dava a bênção com o ostensório. Terminadas as solenidades de maio, e arrastado por um forte impulso, o jovem passou a freqüentar as missas dominicais na mesma paróquia de Santa Valéria.
Hermann entrou em contato com um piedoso sacerdote, o Pe. Legrand, que lhe deu uma boa orientação doutrinária e alentadores conselhos.
A conversão
Obrigado a partir para Ems, na Alemanha, para dar um concerto, assim que lá chegou, apressou-se em buscar uma igreja. Queria ele participar da Celebração Eucarística. Hermann narrou o que lhe ocorreu naquele inesquecível dia:
Pouco a pouco os cânticos, as orações, a presença – embora invisível, sentida por mim – de um poder sobre-humano, começam a agitar-me, a perturbar-me, a me fazer tremer; em uma palavra, a graça divina se apraz em derramar-se sobre mim com todas as forças.
Subitamente, no momento da elevação, sinto brotar através de minhas pálpebras um dilúvio de lágrimas que não cessa de derramar-se em abundância sobre minha face em chamas… Ó momento para sempre memorável para a saúde de minha alma! Eu te tenho presente em meu espírito com todas as sensações celestes que me trazias do alto!
Experimentei então o que sem dúvida Santo Agostinho deve ter sentido no jardim de Casicíaco ao ouvir o famoso ‘Tolle, lege’2.
Lembro-me de ter chorado algumas vezes na minha infância, mas jamais tinha conhecido semelhantes lágrimas. Enquanto elas me inundavam, senti surgir no mais fundo da alma dilacerada por minha consciência, os mais lancinantes remorsos por toda a minha vida passada.
Então, espontaneamente, como por intuição, comecei a manifestar a Deus uma confissão geral, interior e rápida de todas as enormes faltas cometidas desde minha infância.
Sentia, ao mesmo tempo, por uma calma desconhecida que invadiu minha alma como bálsamo consolador, que o Deus de misericórdia me perdoaria, desviaria Seu olhar de meus crimes, teria piedade de minha sincera contrição e de minha amarga dor… Sim, senti que me concedia Sua graça, e que, ao me perdoar, aceitava como expiação minha firme resolução de amá-Lo sobre todas as coisas, e desde aquele momento me converti a Ele.
Ao sair dessa igreja de Ems, já era cristão. Sim, tão cristão quanto é possível sê-lo antes de receber o Santo Batismo…”
Cohen Recebeu o batismo no dia 28 de Agosto de 1847, dia de Santo Agostinho.
Fundou em 6/12/1848 na França a obra da Adoração noturna do Santíssimo Sacramento na Basílica Nossa Senhora das Vitórias.
Em 1849, entra na Ordem dos Carmelitas descalços, restabelecida há pouco na França depois da Revolução. Foi ordenado padre em1851.
Toda sua vida é, desde então, dedicada a um amor ardente ao Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria, a quem chama «Mãe da Eucaristia». 

O Padre Agostinho Maria do Santíssimo Sacramento – é o nome religioso dele- consagra-se a numerosas práticas com sucesso. Sua palavra eloqüente ressoa em quase todos os púlpitos de França. Mas desejava “enterrar-se” para sempre no “Deserto” que ele mesmo criou perto de Lurdes, dois anos antes das aparições. Teve, porém, que percorrer a Europa sob ordem dos seus Superiores que  confiaram-lhe missões importantes: restauração do convento de Lyon (1859), fundação do convento de Bagnères (1856), etc.

Em 1868, obtém enfim a autorização de retirar-se na sua cara solidão pirenea que ele mesmo criou e que lhe permite ligar-se de novo com as origens eremíticas do Carmo. Desde a sua chegada, uma grave doença dos olhos declara-se.
Foi milagrosamente curado na gruta de Lurdes, dez anos depois das aparições da Virgem.
Amigo dos santos (muito ligado a santa Bernadete, ao Padre d’Ars e ao beato Papa Pio IX) dedica-se aos seus irmãos. Durante uma epidemia de varíola, contrai a terrível doença e morre no dia 20 de Janeiro de 1870, vítima da sua caridade.
Fontes:
1.Sylvain, Charles. Hermann Cohen, Apóstol de la Eucaristía. Estella: Gráficas Lizarra S.L., 1998;
2.Revista Arautos do Evangelho, Fev/2008, n.74 e
Notas:
  1. Liszt, um dos maiores músicos da humanidade, também se converteu, abandonando sua brilhante carreira e se tornando abade.
  2. “Toma, lê”: Santo Agostinho narra sua conversão: “Eis que, de repente, ouço uma voz vinda da casa vizinha. Parecia de um menino ou menina repetindo continuamente uma canção. ‘ ‘Toma e lê, toma e lê’. (...) A única interpretação possível, para mim, era a de uma ordem divina para abrir o livro e ler as primeiras palavras que encontrasse. (...) Abri e li: ‘Não em orgias nem bebedeiras, nem a devastação e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não procureis satisfazer os desejos da carne.’(Rm13,13) Mal terminara a leitura dessa frase dissiparam-se em mim todas as trevas da dúvida, como se penetrasse no meu coração uma luz de certeza" (Confissões. VIII, 12, 28-29)



Santa Maria do Egito ou Egipcíaca, Penitente e Eremita.



Conhecida como Santa Maria do Egito ou Maria Egipcíaca, a eremita viveu por volta de 500 d.C. A história de Maria era muito conhecida da cristandade na Idade Media.
Maria teria começado a sua vida no Egito. Era linda e teria sido uma prostituta com 17 anos de idade; era cínica, irônica e totalmente desencantada da vida. Na verdade, ela não amava a nada. Desprezava a todos, até mesmo os homens com os quais saía. 
Certo dia, ela, por mera curiosidade, se uniu a um grupo de peregrinos para conhecer Jerusalém. Inclusive, durante o trajeto, cometeu por diversas vezes pecados de fornicação.

Tendo chegado à Cidade Santa, pretendeu entrar em um dos santuários, porém, uma força misteriosa e irresistível não a deixava entrar na igreja junto com os outros peregrinos. Por mais que tentasse, não conseguia passar da porta de entrada. Tocada pela Graça divina, em frente a uma imagem da Virgem Maria (de acordo com outra versão: no Santo Sepulcro), ela reconheceu a enormidade dos seus pecados e recebeu uma locução interior ordenando-lhe que fosse para o deserto após o Rio Jordão, onde encontraria a paz.
Imediatamente, Maria foi para o deserto e apenas levou com ela três pedaços de pão. Ela se confessou e comungou no monastério de São João Batista, mas, não ficou lá e deixou os monges penalizados com a sua determinação de ir ainda mais para o deserto e para a solidão. Diz a tradição que ela conseguiu ficar 48 anos no deserto sofrendo de sede, fome e de frio, levando uma vida de contínua oração e severíssima penitência. 
Comia apenas algumas frutas (e em pouquíssima quantidade) e suas roupas viraram pobres farrapos. Algumas vezes, se via tentada a voltar a vida de pecado, mas a Virgem Maria sempre dava a ela a fortaleza que precisava. Ela não sabia ler, mas recebia de anjos, que lhe apareciam e confortavam, a instrução da fé católica.
Havia um santo monge chamado Zósimo que nos conta o que sabemos sobre Maria. Ele era um velho homem e viveu em um monastério na Palestina por 53 anos. Todo ano, após a Sexta Feira da Paixão, ele ia para o deserto meditar e, a cada ano, ele caminhava alguns dias a mais do que o ano anterior.
Certo ano, ao caminhar 20 dias além do anterior, ele parou para descansar e estava orando quando viu alguém à sua frente. A princípio pensou ser o demônio, mas depois viu que se tratava de uma mulher idosa, extremamente magra, tão magra que, apesar de quase nua, não tinha seios, ao ponto de quase não dar para distinguir se era um homem ou uma mulher. Ela estava tostada pelo sol, preta e seca como um velho pedaço de madeira.
O monge foi até ela, mas ela gritou "Antes coloque um manto sobre mim, porque eu não tenho roupas". Ele a perseguiu até uma moita onde ela se escondeu. "Pelo amor de Deus", disse ele, "que fazes aqui? Por quanto tempo estás aqui?"
"Padre - respondeu ela - , por favor, dê-me seu manto, me abençoe e perdoa-me os meus pecados e eu sairei daqui". Em seus escritos, São Zósimo deu detalhes sobre ela e esse santo encontro.
Maria, a Egipcíaca, falou sobre a Bíblia que ela inexplicavelmente conhecia muito bem. Zósimo ficou impressionado com seu conhecimento espiritual e a sua sabedoria.
Maria disse a Zósimo : "Deixe o seu manto e só volte no próximo ano na Sexta da Paixão e venha com a Eucaristia para mim, e, por favor, não diga uma só palavra a ninguém”. 
Como havia prometido, ele retornou no ano seguinte na Sexta Santa e deu a ela a Santa Comunhão. Ele trouxe ainda figos, damascos e lentilhas, mas, após Maria receber os sacramentos, ela só comeu três lentilhas. Agradeceu a ele e suplicou que ele retornasse no ano seguinte.
De acordo com a tradição, Santa Maria do Egito faleceu pouco tempo depois desse último encontro. A santa teria deixado uma mensagem a um monge seu amigo, a qual ela teria escrito em um pedaço de pedra com outra pedra. A mensagem dizia o seguinte :"Padre Zósimo, enterre o corpo desta Maria pecadora aqui. Devolva a terra o que é apenas terra, e ore por mim". Ele reverenciou Maria o resto de sua vida. Chamava-a de Maria, a Egipcíaca . Parece que viveu cerca de 78 anos.
Na arte litúrgica da Igreja é mostrada com um longo cabelo e com o seu emblema: três pedaços de pão. Às vezes, é mostrada ainda sentada em baixo de uma palmeira no deserto, ou lavando os cabelos no Jordão, ou olhando o rio Jordão à distancia, ou sendo expulsa de uma igreja por um anjo com uma espada, ou recebendo a sagrada comunhão de São Zósimo.
Santa Maria do Egito ou Egipcíaca é mais conhecida pelos ortodoxos e pelos católicos de rito oriental.
Sua festa é celebrada no dia 02 de abril na Igreja Católica Romana e no dia 09 de abril na igreja ortodoxa grega.



POSSE DA NOVA DIRETORIA DA AMI

No dia 18/3/2018, durante a missa celebrada pelo Pe. Jorge Tadeu Hermes, na chami, tomaram posse: Jacira como coordenadora da comunidade âmi e sua vice Ilsa. Justina, Irma, Fátima, Tânia e Luciane como coordenadoras dos respectivos ministérios de cura, palavra, intercessão, música e assistência social. Também os conselheiros: Edna, Airto, Ilsa, Ronaldo e Avelino.
Antônio assumiu a presidência da AMI (Associação Maria Mãe da Igreja). Sua equipe: Ronaldo (vice-presidente), Josiane e João (secretários) e Aline e Rosay (tesoureiras). Parabéns a todos os eleitos e nossos agradecimentos à equipe anterior presidida pelo Paulo Júnior.

ANIVERSARIANTES DE ABRIL
Neuza Rosa Silva                           06
Ilza Guedes                                    10





Suzana Young Hae Lee Moon   12








Aracy de Lara Mayer                   17

José Pedro do Nascimento         18

 Ana Wojcik                                 24



Leony Rosi Litz                                              26



Romana Ap. Soares                                       28
Paulo Celso M. Cerqueira Jr                          30


O incansável trabalho da Igreja Católica em 7 anos de guerra na Síria
Por María Ximena Rondón
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Neste dia 15 de março completa-se sete anos desde que começou a guerra civil na Síria, que deixou mais de 511 mil mortos e mais de seis milhões de deslocados.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados revelou em um relatório que atualmente existem 13,1 milhões de pessoas necessitadas na Síria, das quais 5,3 milhões são crianças. Além disso, mais de 5 milhões e meio de sírios fugiram para o exterior.
Segundo informou a Cáritas italiana em um relatório, cerca de três milhões de crianças não vão à escola devido à guerra.
O Cardeal Mario Zenari, Núncio Apostólico na Síria, expressou recentemente que, devido à guerra naquele país, vive-se “o inferno” na terra, “especialmente para crianças vulneráveis”.
Durante todo esse tempo, a Igreja tem lutado para manter viva a fé dos cristãos deste país, que são perseguidos pelos extremistas ou que foram afetados pelo conflito, e para oferecer ajuda material a todos os que sofrem.
Além disso, em diversas ocasiões o Papa Francisco fez um apelo à paz na Síria e pediu a proteção dos inocentes, especialmente das crianças.
E, durante esses anos, também conheceram o testemunho de religiosos que acompanharam a população e os missionários estrangeiros aos quais foi oferecida a oportunidade de voltar para os seus países quando começou o conflito, mas preferiram ficar.
Uma delas é a Irmã Guadalupe, do Instituto do Verbo Encarnado (IVE). Esta religiosa argentina chegou à Síria em 2011, quando a guerra começou, e no início de 2017 teve que voltar para o seu país de origem. Atualmente, visita vários lugares para dar testemunho dos sofrimentos e da coragem dos cristãos no país asiático.
Em uma entrevista concedida ao Grupo ACI, disse que os cristãos são os “mártires de nossos tempos”, que “estão dispostos entregar a própria vida e a dar suas vidas e a que suas cabeças sejam cortadas para testemunhar Jesus Cristo”.
O IVE tem duas casas em Aleppo, cidade que foi libertada do controle dos terroristas em dezembro de 2016 e é uma das mais atingidas pelo conflito. Em ambas, acolhem dezenas de estudantes de diferentes lugares do país. Também receberam famílias cujas casas foram destruídas pelos bombardeios.
Em Aleppo, também os salesianos têm um oratório onde atendem cerca de 750 crianças. Um sacerdote salesiano originário da cidade, Pe. Pier Jabloyan, explicou ao Grupo ACI que o objetivo é ajudar as crianças em sua educação e “gerar um ambiente pacífico” a fim de que conheçam Cristo.
“Esta é a missão dos salesianos com as pessoas em Aleppo. Somos tantos religiosos que decidimos permanecer como os franciscanos, jesuítas, as missionárias da caridade e tantas congregações que estão empenhadas em socorrer o maior número possível de pessoas que não podem viver sem ajuda”, expressou Pe. Jabloyan.
Outro sacerdote salesiano que decidiu permanecer na Síria é o Pe. Alejandro León, originário da Venezuela. O presbítero contou ao Grupo ACI que se dedica a trabalhar com jovens, ajuda-os na formação para que possam ajudar a reconstruir o seu país.
Outra religiosa que trabalhou em favor dos cristãos é a Madre Agnes, originária do Líbano. Depois que a guerra começou, a religiosa de 66 anos salvou o patrimônio cultural dos cristãos da destruição. Retirou os ícones, manuscritos e pinturas do mosteiro de São Tiago o Mutilado, localizado a 60 quilômetros ao norte de Damasco.
Esta religiosa também foi intermediária para a libertação dos cristãos sequestrados. Em 2014, negociou por telefone com o líder do Al Qaeda na fronteira com o Líbano a libertação de nove religiosas greco- ortodoxas sequestradas.
Durante o ano de 2017, conheceu-se o trabalho das organizações humanitárias como SOS Chrétiens d'Orient e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) que colaborou na reconstrução das igrejas destruídas durante os confrontos ou ataques terroristas.
Alguns templos são a Catedral Católica Grego Melquita de Nossa Senhora da Paz, na cidade de Homs, e a Igreja greco-ortodoxa de Santo Elias, em Maalula.
Na cidade de Aleppo, os franciscanos da Custódia da Terra Santa, que administram a Igreja Latina de São Francisco de Assis, assistiram dezenas de famílias que voltaram do exterior para a cidade e vários casais de noivos que decidiram se casar.
Pe. Ibrahim Alsabagh, pároco da igreja de São Francisco de Assis, explicou ao Grupo ACI que a crise econômica no país é tão grave que, “embora a mãe e o pai trabalhem, é impossível seguir em frente sem a ajuda da Igreja. São muitos os necessitados e nós confiamos na providência divina”.
Outro projeto dos franciscanos é a reconstrução das casas dos cristãos destruídas durante os bombardeios e ajuda para pagar as hipotecas das famílias mais pobres. Desde 2016, mais de 470 casas foram reconstruídas.
Também entre junho e julho organizaram oficinas recreativas para 860 crianças e atualmente desenvolvem uma iniciativa educacional em benefício das 150 crianças mais atingidas pela guerra.
Em março de 2017, a vice-diretora da Sala de imprensa da Santa Sé, Paloma García Ovejero, informou que o Papa Francisco enviou 100 mil euros para ajudar os pobres de Aleppo, na Síria.
No país também é desenvolvido o projeto “Hospitais abertos”, idealizado pela organização AVSI em 2016, junto com a Fundação Gemelli e o Pontifício Conselho Cor Unum. O objetivo é oferecer assistência médica às pessoas que vivem na pobreza e apoiar as atividades de quatro hospitais sem fins lucrativos no país.
Por sua parte, este ano a ACN doou novos pares de sapatos a 450 idosos pobres que vivem em Aleppo, bens que não podiam conseguir devido à inflação. A Irmã Annie Demerjian, que participou do projeto, disse que “dependem de Deus e da ajuda de emergência que lhes dão. Seus filhos foram embora da cidade ou permaneceram nela, mas são tão pobres que não podem ajudá-los”.
Além disso, Cáritas italiana destacou em um relatório que durante a guerra na Síria, as organizações eclesiásticas, as congregações e as dioceses conseguiram cerca de 5 mil voluntários para distribuir ajuda humanitária.



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