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sexta-feira, 9 de março de 2018

Informativo ami 03/2018


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“Crucificaram com ele dois bandidos: um à sua direita e outro à esquerda.” (Mc15,27)


PALAVRA DE DEUS (Mc 15)
"Logo pela manhã se reuniram os sumos sacerdotes com os anciãos, os escribas e com todo o conselho. E tendo amarrado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos.
Este lhe perguntou: És tu o rei dos judeus? Ele lhe respondeu: Sim.
Os sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas.
Pilatos perguntou-lhe outra vez: Nada respondes? Vê de quantos delitos te acusam!
Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos ficou admirado.
Ora, costumava ele soltar-lhes em cada festa qualquer dos presos que pedissem.
Havia na prisão um, chamado Barrabás, que fora preso com seus cúmplices, o qual na sedição perpetrara um homicídio.
O povo que tinha subido começou a pedir-lhe aquilo que sempre lhes costumava conceder.
Pilatos respondeu-lhes: Quereis que vos solte o rei dos judeus?
(Porque sabia que os sumos sacerdotes o haviam entregue por inveja.)
Mas os pontífices instigaram o povo para que pedissem de preferência que lhes soltasse Barrabás.
Pilatos falou-lhes outra vez: E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus?
Eles tornaram a gritar: Crucifica-o!
Pilatos replicou: Mas que mal fez ele? Eles clamavam mais ainda: Crucifica-o!
Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado.
Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte.
Vestiram Jesus de púrpura, teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na sua cabeça.
E começaram a saudá-lo: Salve, rei dos judeus!
Davam-lhe na cabeça com uma vara, cuspiam nele e punham-se de joelhos como para homenageá-lo.
Depois de terem escarnecido dele, tiraram-lhe a púrpura, deram-lhe de novo as vestes e conduziram-no fora para o crucificar.
Passava por ali certo homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, e obrigaram-no a que lhe levasse a cruz.
Conduziram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar do crânio.
Deram-lhe de beber vinho misturado com mirra, mas ele não o aceitou.
Depois de o terem crucificado, repartiram as suas vestes, tirando a sorte sobre elas, para ver o que tocaria a cada um.
Era a hora terceira quando o crucificaram.
A inscrição que motivava a sua condenação dizia: O rei dos judeus.
Crucificaram com ele dois bandidos: um à sua direita e outro à esquerda.
[Cumpriu-se assim a passagem da Escritura que diz: Ele foi contado entre os malfeitores (Is 53,12).]
Os que iam passando injuriavam-no e abanavam a cabeça, dizendo: Olá! Tu que destróis o templo e o reedificas em três dias, salva-te a ti mesmo! Desce da cruz!
Desta maneira, escarneciam dele também os sumos sacerdotes e os escribas, dizendo uns para os outros: Salvou a outros e a si mesmo não pode salvar!
Que o Cristo, rei de Israel, desça agora da cruz, para que vejamos e creiamos! Também os que haviam sido crucificados com ele o insultavam.
Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas por toda a terra.
E à hora nona Jesus bradou em alta voz: Elói, Elói, lammá sabactáni?, que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?
Ouvindo isto, alguns dos circunstantes diziam: Ele chama por Elias!
Um deles correu e ensopou uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta de uma vara, deu-lho para beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo.
Jesus deu um grande brado e expirou.
O véu do templo rasgou-se então de alto a baixo em duas partes. O centurião que estava diante de Jesus, ao ver que ele tinha expirado assim, disse: Este homem era realmente o Filho de Deus. Achavam-se ali também umas mulheres, observando de longe, entre as quais Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé, que o tinham seguido e o haviam assistido, quando ele estava na Galiléia; e muitas outras que haviam subido juntamente com ele a Jerusalém.
Quando já era tarde - era a Preparação, isto é‚ é a véspera do sábado -, veio José de Arimatéia, ilustre membro do conselho, que também esperava o Reino de Deus; ele foi resoluto à presença de Pilatos e pediu o corpo de Jesus.
Pilatos admirou-se de que ele tivesse morrido tão depressa. E, chamando o centurião, perguntou se já havia muito tempo que Jesus tinha morrido.
Obtida a resposta afirmativa do centurião, mandou dar-lhe o corpo.
Depois de ter comprado um pano de linho, José tirou-o da cruz, envolveu-o no pano e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, rolando uma pedra para fechar a entrada.
Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o depositavam." 
Bíblia Ave-Maria

“Crucifação”, Léon Bonnat (1833-1922)

CRISTO MORREU PELOS NOSSOS PECADOS, SEGUNDO AS ESCRITURAS (1 Cor 15, 3).
A nossa salvação procede da iniciativa amorosa de Deus em nosso favor, pois «foi Ele que nos amou a nós e enviou o seu Filho como vítima de propiciação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10). «Foi Deus que, em Cristo, reconciliou consigo o mundo» (2 Cor 5, 19).
Jesus ofereceu-Se livremente para nossa salvação. Este dom, significa-o e realiza-o Ele, de antemão, durante a Ultimo Ceia: «Isto é o meu Corpo, que vai ser entregue por vós» (Lc 22, 19).
Nisto consiste a redenção de Cristo: Ele «veio dar a sua vida em resgate pela multidão»(Mt 20, 28), quer dizer; veio «amar os seus até ao fim» (Jo 13, 1), para que fossem libertos da má conduta herdada dos seus pais.
Pela sua obediência amorosa ao Pai, «até à morte de cruz» (Fl 2, 8), Jesus cumpriu a missão expiatória do Servo sofredor, que justifica as multidões, tomando sobre Si o peso das suas faltas (Is 53, 11).
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 619-623



AS QUINZE ORAÇÕES REVELADAS POR JESUS À SANTA BRÍGIDA
Santa Brígida (1303-1373)

(Antes de cada oração reza-se um Pai-Nosso e uma Ave-Maria)
1ª ORAÇÃO
Ó Jesus Cristo, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa toda a alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até o ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles. Lembrai-vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante da Vossa Conceição e, sobretudo durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina. Lembrai-vos Senhor, que, celebrando a Ceia com os Vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e, consolando-os docemente lhes predissestes a Vossa Paixão iminente. Lembrai-vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa Alma como o testemunhastes Vós mesmos por estas palavras: “a minha Alma está triste até a morte”. Lembrai-Vos, Senhor, dos temores, angustias e dores que suportastes em Vosso Corpo delicado, antes do suplício da Cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramando um suor de Sangue, fostes traído por Judas Vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juízes, na flor da Vossa juventude e no tempo solene da Páscoa. Lembrai-Vos que fostes despojado de Vossas vestes e revestido com as vestes da irrisão, que Vos velaram os olhos e a face, que Vos deram bofetadas, que Vos coroaram de espinhos, que Vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes. Em memória destas penas e dores que suportastes antes da Vossa Paixão sobre a Cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!

2ª Oração
Ó Jesus Cristo, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-Vos do peso acabrunhador de tristezas que suportastes, quando Vossos inimigos, quais leões furiosos, Vos cercaram e por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios Vos atormentaram à porfia. Em consideração destes insultos e destes tormentos, eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis libertai-me dos meus inimigos, visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com o Vosso auxílio à perfeição da salvação eterna. Assim seja!

3ª Oração
Ó Jesus Cristo, Criador do Céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o Vosso poder, lembrai-Vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na Cruz Vossas Sagradas mãos e Vossos pés tão delicados, trespassaram-nos com grandes e rombudos cravos e não Vos encontrando no estado em que teriam desejado, para dar largas a sua cólera, dilataram as Vossas Chagas, exacerbando assim as Vossas dores. Depois, por uma crueldade inaudita, Vos estenderam sobre a cruz e Vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os Vossos membros. Eu vos suplico, pela lembrança desta dor que suportastes na Cruz, com tanta santidade e mansidão, que Vos digneis conceder-me o Vosso Temor e o Vosso Amor. Assim seja!

4ª Oração
Ó Jesus Cristo, médico celeste, que fostes elevado na Cruz a fim de curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada à Vossa. Da planta dos pés até o alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos e, entretanto, esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar a Vosso Pai , pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo-Lhe: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”. Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!

5ª Oração
Ó Jesus Cristo, espelho do esplendor eterno. Lembrai-Vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando à luz da Vossa Divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da Vossa santa paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos, que deveriam ser condenados por causa dos seus pecados e lastimastes, amargamente, a sorte destes infelizes pecadores, perdidos e desesperados. Por este abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão dizendo-lhe: “Hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso”, eu Vos suplico ó Doce Jesus, que na hora da minha morte useis de misericórdia para comigo. Assim seja!

6ª Oração
Ó Jesus Cristo, Rei amável e de todo desejável, lembrai-Vos da dor que experimentastes quando, nu e como um miserável, pregado e levantado na Cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com exceção de Vossa mãe bem amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de Vós na agonia, lembrai-Vos que os entregastes um ao outro dizendo: “Mulher eis aí o teu filho!” e a João: “Eis aí a tua Mãe!” Eu vos suplico, ó meu Salvador, pela espada de dor que então trespassou a alma de Vossa Santa Mãe, que tenhais compaixão de mim, em todas as minhas angustias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que Vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora da minha morte. Assim seja!

7ª Oração
Ó Jesus Cristo, fonte inexaurível de piedade, que por uma profunda ternura de amor, dissestes sobre a Cruz: “Tenho sede!”, mas sede de salvação do gênero humano. Eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender à perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos. Assim seja!

8ª Oração
Ó Jesus Cristo, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a Cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o Vosso Corpo e Vosso Preciosíssimo Sangue, durante toda a minha vida e, na hora da minha morte a fim de que sirvam de remédio e de consolo para minha alma. Assim seja!

9ª Oração
Ó Jesus Cristo, virtude real, alegria do espírito, lembrai-Vos da dor que suportastes, quando mergulhado na amargura, ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por Vosso Pai dizendo: “Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?” Por esta angústia eu Vos suplico ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte. Assim seja!

10ª Oração
Ó Jesus Cristo, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, lembrai-Vos de que por nós fostes mergulhado num abismo de dores, da planta dos pés até o alto da cabeça. Em consideração da extensão das Vossas Chagas, ensinai-me a guardar os Vossos Mandamentos, mediante uma sincera caridade, mandamentos estes que são caminhos espaçosos e agradáveis para aqueles que Vos amam. Assim seja!

11ª Oração
Ó Jesus Cristo, profundíssimo abismo de misericórdia, suplico-Vos, em memória de Vossas Chagas, que penetraram até a medula dos vossos ossos e atingiram até as vossas entranhas, que vos digneis afastar essa pobre pecadora do lodaçal de ofensas em que está submersa, conduzindo-a para longe do pecado. Suplico-Vos também, esconder-me de Vossa Face irritada, ocultando-me dentro de Vossas Chagas, até que a Vossa cólera e a Vossa justa indignação tenham passado. Assim seja!

12ª Oração
Ó Jesus Cristo, espelho de verdade, sinal de unidade, laço de caridade, lembrai-Vos dos inumeráveis ferimentos que recebestes, desde a cabeça até os pés, ao ponto de ficardes dilacerado e coberto pela púrpura do Vosso Sangue adorável. Ó quão grande e universal foi a dor que sofrestes em Vossa Carne virginal por nosso amor! Ó Dulcíssimo Jesus, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito? Eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis imprimir, com o Vosso Precioso Sangue, todas as Vossas chagas em meu coração, a fim de que eu relembre, sem cessar, as Vossas Dores e o Vosso Amor. Que pela fiel lembrança da Vossa Paixão, o fruto dos Vossos Sofrimentos seja renovado em mim, cada dia mais, até que eu me encontre, finalmente Convosco, que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias. Ó Dulcíssimo Jesus, concedei-me poder gozar de semelhante ventura na vida eterna. Assim seja!

13ª Oração
Ó Jesus Cristo, fortíssimo Leão, Rei imortal e invencível, lembrai-Vos da dor que vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, tanto do Coração como do Corpo e inclinastes a cabeça dizendo: “Tudo está consumado!” Por esta angústia e por esta dor, eu Vos suplico, Senhor Jesus, que tenhais piedade de mim, quando soar a minha última hora e minha alma estiver amargurada e o meu espírito cheio de aflição. Assim seja!

14ª Oração
Ó Jesus Cristo, Filho Único do Pai, esplendor e imagem da sua substância, lembrai-Vos da humilde recomendação que Lhe dirigistes dizendo: “Meu Pai, em Vossas Mãos entrego o Meu Espírito!” Depois expirastes, estando Vosso Corpo despedaçado, Vosso Coração trespassado e as entranhas da Vossa Misericórdia abertas para nos resgatar. Por esta preciosa morte eu Vos suplico, ó Rei dos Santos, que me deis força e me socorrais, para resistir ao demônio, à carne e ao sangue, a fim de que, estando morta(o) para o mundo, eu possa viver somente para Vós. Na hora da morte, recebei, eu Vos peço, minha alma peregrina e exilada que retorna para Vós. Assim seja!

15ª Oração
Ó Jesus Cristo, videira verdadeira e fecunda, lembrai-Vos da abundante efusão de Sangue, que tão generosamente derramastes de Vosso Sagrado Corpo, assim como a uva é triturada no lagar. Do Vosso lado aberto pela lança de um dos soldados, jorraram Sangue e água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer. E, enfim, como um ramalhete de mirra, elevado na Cruz, Vossa Carne delicada se aniquilou, feneceu o humor de Vossas entranhas e secou a medula dos Vossos ossos. Por esta tão amarga Paixão e pela efusão de Vosso precioso Sangue, eu vos suplico, ó Bom Jesus, que recebais minha alma quando eu estiver na agonia. Assim seja!






MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA A QUARESMA DE 2018
«Porque se multiplicará a iniquidade,
vai resfriar o amor de muitos» (
Mt 24, 12)

Amados irmãos e irmãs!
Mais uma vez vamos encontrar-nos com a Páscoa do Senhor! Todos os anos, com a finalidade de nos preparar para ela, Deus na sua providência oferece-nos a Quaresma, «sinal sacramental da nossa conversão», que anuncia e torna possível voltar ao Senhor de todo o coração e com toda a nossa vida.
Com a presente mensagem desejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me inspirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no evangelho de Mateus 24,12: «Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos».
Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pronunciado em Jerusalém, no Monte das Oliveiras, precisamente onde terá início a paixão do Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discípulos, Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a situação em que poderia encontrar-se a comunidade dos crentes: à vista de fenômenos espaventosos, alguns falsos profetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar-se, nos corações, o amor que é o centro de todo o Evangelho.
Os falsos profetas
Escutemos este trecho, interrogando-nos sobre as formas que assumem os falsos profetas.
Uns assemelham-se a «encantadores de serpentes», ou seja, aproveitam-se das emoções humanas para escravizar as pessoas e levá-las para onde eles querem. Quantos filhos de Deus acabam encandeados pelas adulações dum prazer de poucos instantes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mulheres vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na realidade, os torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!
Outros falsos profetas são aqueles «charlatães» que oferecem soluções simples e imediatas para todas as aflições, mas são remédios que se mostram completamente ineficazes: a quantos jovens se oferece o falso remédio da droga, de relações passageiras, de lucros fáceis mas desonestos! Quantos acabam enredados numa vida completamente virtual, onde as relações parecem mais simples e ágeis, mas depois revelam-se dramaticamente sem sentido! Estes impostores, ao mesmo tempo que oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais precioso como a dignidade, a liberdade e a capacidade de amar. É o engano da vaidade, que nos leva a fazer a figura de pavões para, depois, nos precipitar no ridículo; e, do ridículo, não se volta atrás. Não nos admiremos! Desde sempre o demônio, que é «mentiroso e pai da mentira» (Jo 8, 44), apresenta o mal como bem e o falso como verdadeiro, para confundir o coração do homem. Por isso, cada um de nós é chamado a discernir, no seu coração, e verificar se está ameaçado pelas mentiras destes falsos profetas. É preciso aprender a não se deter no nível imediato, superficial, mas reconhecer o que deixa dentro de nós um rasto bom e mais duradouro, porque vem de Deus e visa verdadeiramente o nosso bem.
Um coração frio
Na Divina Comédia, ao descrever o Inferno, Dante Alighieri imagina o diabo sentado num trono de gelo; habita no gelo do amor sufocado. Interroguemo-nos então: Como se resfria o amor em nós? Quais são os sinais indicadores de que o amor corre o risco de se apagar em nós?
O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, «raiz de todos os males» (1 Tm 6, 10); depois dela, vem a recusa de Deus e, consequentemente, de encontrar consolação n'Ele, preferindo a nossa desolação ao conforto da sua Palavra e dos Sacramentos. Tudo isto se permuta em violência que se abate sobre quantos são considerados uma ameaça para as nossas «certezas»: o bebê nascituro, o idoso doente, o hóspede de passagem, o estrangeiro, mas também o próximo que não corresponde às nossas expectativas.
A própria criação é testemunha silenciosa deste resfriamento do amor: a terra está envenenada por resíduos lançados por negligência e por interesses; os mares, também eles poluídos, devem infelizmente guardar os despojos de tantos náufragos das migrações forçadas; os céus – que, nos desígnios de Deus, cantam a sua glória – são sulcados por máquinas que fazem chover instrumentos de morte.
E o amor resfria-se também nas nossas comunidades: na Exortação apostólica Evangelii gaudium procurei descrever os sinais mais evidentes desta falta de amor. São eles a acédia egoísta, o pessimismo estéril, a tentação de se isolar empenhando-se em contínuas guerras fratricidas, a mentalidade mundana que induz a ocupar-se apenas do que dá nas vistas, reduzindo assim o ardor missionário.
Que fazer?
Se porventura detectamos, no nosso íntimo e ao nosso redor, os sinais acabados de descrever, saibamos que, a par do remédio por vezes amargo da verdade, a Igreja, nossa mãe e mestra, nos oferece, neste tempo de Quaresma, o remédio doce da oração, da esmola e do jejum.
Dedicando mais tempo à oração, possibilitamos ao nosso coração descobrir as mentiras secretas, com que nos enganamos a nós mesmos, para procurar finalmente a consolação em Deus. Ele é nosso Pai e quer para nós a vida.
A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos! Como gostaria que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos e víssemos, na possibilidade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho concreto da comunhão que vivemos na Igreja. A este propósito, faço minhas as palavras exortativas de São Paulo aos Coríntios, quando os convidava a tomar parte na coleta para a comunidade de Jerusalém: «Isto é o que vos convém» (2 Cor 8, 10). Isto vale de modo especial na Quaresma, durante a qual muitos organismos recolhem coletas a favor das Igrejas e populações em dificuldade. Mas como gostaria também que no nosso relacionamento diário, perante cada irmão que nos pede ajuda, pensássemos: aqui está um apelo da Providência divina. Cada esmola é uma ocasião de tomar parte na Providência de Deus para com os seus filhos; e, se hoje Ele Se serve de mim para ajudar um irmão, como deixará amanhã de prover também às minhas necessidades, Ele que nunca Se deixa vencer em generosidade?
Por fim, o jejum tira força à nossa violência, desarma-nos, constituindo uma importante ocasião de crescimento. Por um lado, permite-nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo necessário, provando dia a dia as mordeduras da fome. Por outro, expressa a condição do nosso espírito, faminto de bondade e sedento da vida de Deus. O jejum desperta-nos, torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa fome.
Gostaria que a minha voz ultrapassasse as fronteiras da Igreja Católica, alcançando a todos vós, homens e mulheres de boa vontade, abertos à escuta de Deus. Se vos aflige, como a nós, a difusão da iniquidade no mundo, se vos preocupa o gelo que paralisa os corações e a ação, se vedes esmorecer o sentido da humanidade comum, uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente conosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos!
O fogo da Páscoa
Convido, sobretudo os membros da Igreja, a empreender com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar.
Ocasião propícia será, também este ano, a iniciativa «24 horas para o Senhor», que convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num contexto de adoração eucarística. Em 2018, aquela terá lugar nos dias 9 e 10 de março – uma sexta-feira e um sábado –, inspirando-se nestas palavras do Salmo 130,4: «Em Ti, encontramos o perdão». Em cada diocese, pelo menos uma igreja ficará aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramental.
Na noite de Páscoa, reviveremos o sugestivo rito de acender o círio pascal: a luz, tirada do «lume novo», pouco a pouco expulsará a escuridão e iluminará a assembléia litúrgica. «A luz de Cristo, gloriosamente ressuscitado, nos dissipe as trevas do coração e do espírito», para que todos possamos reviver a experiência dos discípulos de Emaús: ouvir a palavra do Senhor e alimentar-nos do Pão Eucarístico permitirá que o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor.
Abençôo-vos de coração e rezo por vós. Não vos esqueçais de rezar por mim.
Vaticano, 1/11/2017
Solenidade de Todos os Santos
Francisco




VISÕES DE SÃO PIO DE PIETRALCINA.
Pe. Pio (1887-1968)
Um jovem advogado queria saber, um dia, depois da confissão, onde estava o seu avô, falecido há quatro anos. Disse-lhe o santo estigmatizado: “Bem, o seu avô era médico. Em vista do bem que fez, no exercício da sua profissão, ele já está no céu, na eterna visão de Deus”. Então perguntou o penitente sobre o seu outro avô. Para melhor se fazer entender, é preciso primeiro um esclarecimento prestado pelo jovem: Meu avô, era um homem indiferente. Pensava assim: “por que devo confessar-me se não roubei nada, nem matei ninguém?”,“que adianta eu ir à Missa do domingo? Prefiro passear pela natureza e rezo lá fora ou em casa”, mas aqueles que falam assim, realmente não o fazem. Pe. Pio empalideceu e com voz trêmula, nervoso, disse estas terríveis palavras: “Nem posso olhar para ele. É pavoroso, horrível! Agita-se nas chamas eternas”.
Do livro “Padre Pio mudou nossas vidas” de Karl Wagner & Giovanni Mezzadri




FRATERNIDADE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA!
1.    A VIOLÊNCIA MAIS COVARDE: O ABORTO!


Existe violência mais covarde que matar um bebezinho inocente e indefeso? Nada justifica um aborto provocado, nem mesmo o estupro, pois o bebê é sempre inocente.
O que fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos foi a mim mesmo que o fizestes!” (Mt 25,40)
Muitos cometem essa violência sem se dar conta através do uso de abortivos como o DIU, o contraceptivo de emergência, e também as pílulas anticoncepcionais comuns e os outros anticoncepcionais hormonais que frequentemente falham na contracepção e causam de modo imperceptível a morte do ser humano concebido em seus primeiros dias de vida.

2.    A VIOLÊNCIA CONTRA OS CRISTÃOS.

Os cristãos são hoje o grupo mais perseguido no mundo, principalmente na Ásia e na África. A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) - que faz inúmeras doações às comunidades católicas carentes - promoveu a iluminação em vermelho do Coliseu em 24/2/2018 para alertar o mundo para o sangue derramado dos mártires cristãos atuais.(http://www.acn.org.br)
Um exemplo entre inúmeros outros:
Rebecca Bitrus
Rebecca Bitrus, cristã nigeriana de 28 anos, refém por 2 anos do grupo terrorista Boko Haram, tendo sido engravidada por um dos terroristas, levou o filho consigo na fuga, conseguindo encontrar posteriormente o seu marido. Testemunhou: “Nunca deixei de ter confiança em Deus”. Ela e os familiares de Asia Bibi - paquistanesa cristã que está presa há nove anos por causa de sua fé – tiveram recentemente uma audiência com o papa Francisco.
Asia Bibi

3.   Violência contra a inocência das crianças, a ciência, e o bom censo: a ideologia de gênero!
Os cromossomos sexuais X e Y presentes em todas as células humanas são (o Y somente nos homens) são responsáveis pela diferenciação sexual. Por isso o sexo masculino e o sexo feminino são diferentes e nunca poderão ser iguais, nem com cirurgia de “mudança de sexo”. “Deus criou o homem e a mulher” (Gn1,27).

HERMANN COHEN – CONVERTIDO PELA BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Cohen nasceu em Hamburgo, no dia 10 de Novembro de 1820, duma antiga família israelita. Hermann Cohen revelou disposições extraordinárias pelo piano desde a idade de quatro anos.
Em 1833, com só doze anos de idade, deixa à Alemanha para instalar-se em Paris, junto de Franz Liszt1 de quem se torna o discípulo privilegiado. Seguem-se quatorze anos em que estava moralmente desorientado.
Afundou-se nos vícios, nas idéias mais liberais e desvairadas da época.
Assim se encontrava quando, em maio de 1847, um amigo seu, o Príncipe de Moscowa, solicitou-lhe que o substituísse na regência de um coral na igreja de Santa Valéria, em Paris, ao que Hermann aquiesceu.
Celebravam-se então as festividades do mês de Maria. No momento em que, após a Missa, o sacerdote deu a bênção com o Santíssimo Sacramento, Hermann experimentou “uma singular emoção, como remorsos de ter parte nessa bênção na qual ele não tinha direito algum de estar incluído”. Era uma consolação doce e forte que lhe proporcionou um “alívio desconhecido”.
Nas sucessivas vezes em que Hermann retornou à igreja, sentia sempre idêntica e inexplicável impressão quando o sacerdote dava a bênção com o ostensório. Terminadas as solenidades de maio, e arrastado por um forte impulso, o jovem passou a freqüentar as missas dominicais na mesma paróquia de Santa Valéria.
Hermann entrou em contato com um piedoso sacerdote, o Pe. Legrand, que lhe deu uma boa orientação doutrinária e alentadores conselhos.
A conversão
Obrigado a partir para Ems, na Alemanha, para dar um concerto, assim que lá chegou, apressou-se em buscar uma igreja. Queria ele participar da Celebração Eucarística. Hermann narrou o que lhe ocorreu naquele inesquecível dia:
Pouco a pouco os cânticos, as orações, a presença – embora invisível, sentida por mim – de um poder sobre-humano, começam a agitar-me, a perturbar-me, a me fazer tremer; em uma palavra, a graça divina se apraz em derramar-se sobre mim com todas as forças.
Subitamente, no momento da elevação, sinto brotar através de minhas pálpebras um dilúvio de lágrimas que não cessa de derramar-se em abundância sobre minha face em chamas… Ó momento para sempre memorável para a saúde de minha alma! Eu te tenho presente em meu espírito com todas as sensações celestes que me trazias do alto!
 Experimentei então o que sem dúvida Santo Agostinho deve ter sentido no jardim de Casicíaco ao ouvir o famoso ‘Tolle, lege’2.
Lembro-me de ter chorado algumas vezes na minha infância, mas jamais tinha conhecido semelhantes lágrimas. Enquanto elas me inundavam, senti surgir no mais fundo da alma dilacerada por minha consciência, os mais lancinantes remorsos por toda a minha vida passada.
Então, espontaneamente, como por intuição, comecei a manifestar a Deus uma confissão geral, interior e rápida de todas as enormes faltas cometidas desde minha infância.
Sentia, ao mesmo tempo, por uma calma desconhecida que invadiu minha alma como bálsamo consolador, que o Deus de misericórdia me perdoaria, desviaria Seu olhar de meus crimes, teria piedade de minha sincera contrição e de minha amarga dor… Sim, senti que me concedia Sua graça, e que, ao me perdoar, aceitava como expiação minha firme resolução de amá-Lo sobre todas as coisas, e desde aquele momento me converti a Ele.
Ao sair dessa igreja de Ems, já era cristão. Sim, tão cristão quanto é possível sê-lo antes de receber o Santo Batismo…”
Cohen Recebeu o batismo no dia 28 de Agosto de 1847, dia de Santo Agostinho.
Fundou em 6/12/1848 na França a obra da Adoração noturna do Santíssimo Sacramento na Basílica Nossa Senhora das Vitórias.
Em 1849, entra na Ordem dos Carmelitas descalços, restabelecida há pouco na França depois da Revolução. Foi ordenado padre em1851.
Toda sua vida é, desde então, dedicada a um amor ardente ao Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria, a quem chama «Mãe da Eucaristia».

O Padre Agostinho Maria do Santíssimo Sacramento – é o nome religioso dele- consagra-se a numerosas práticas com sucesso. Sua palavra eloqüente ressoa em quase todos os púlpitos de França. Mas desejava “enterrar-se” para sempre no “Deserto” que ele mesmo criou perto de Lurdes, dois anos antes das aparições. Teve, porém, que percorrer a Europa sob ordem dos seus Superiores que  confiaram-lhe missões importantes: restauração do convento de Lyon (1859), fundação do convento de Bagnères (1856), etc.

Em 1868, obtém enfim a autorização de retirar-se na sua cara solidão pirenea que ele mesmo criou e que lhe permite ligar-se de novo com as origens eremíticas do Carmo. Desde a sua chegada, uma grave doença dos olhos declara-se.
Foi milagrosamente curado na gruta de Lurdes, dez anos depois das aparições da Virgem.
Amigo dos santos (muito ligado a santa Bernadete, ao Padre d’Ars e ao beato Papa Pio IX) dedica-se aos seus irmãos. Durante uma epidemia de varíola, contrai a terrível doença e morre no dia 20 de Janeiro de 1870, vítima da sua caridade.
Fontes:
1.Sylvain, Charles. Hermann Cohen, Apóstol de la Eucaristía. Estella: Gráficas Lizarra S.L., 1998;
2.Revista Arautos do Evangelho, Fev/2008, n.74 e
Notas:
1.        Liszt, um dos maiores músicos da humanidade, também se converteu, abandonando tudo e se tornando abade.
2.       “Toma, lê”: Santo Agostinho narra sua conversão: “Eis que, de repente, ouço uma voz vinda da casa vizinha. Parecia de um menino ou menina repetindo continuamente uma canção. ‘ ‘Toma e lê, toma e lê’. (...) A única interpretação possível, para mim, era a de uma ordem divina para abrir o livro e ler as primeiras palavras que encontrasse. (...) Abri e li: ‘Não em orgias nem bebedeiras, nem a devastação e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não procureis satisfazer os desejos da carne.’(Rm13,13) Mal terminara a leitura dessa frase dissiparam-se em mim todas as trevas da dúvida, como se penetrasse no meu coração uma luz de certeza" (Confissões. VIII, 12, 28-29)


NOSSOS TEMPOS SÃO OS ÚLTIMOS?
A IRMÃ LÚCIA RESPONDE

No dia 26 de dezembro de 1957, o padre Agustín Fuentes, sacerdote da diocese de Veracruz (México) e vice-postulador das causas de beatificação de Santa Jacinta e São Francisco Marto, falou amplamente com a Irmã Lúcia no convento de Coimbra, em Portugal. Ao voltar ao México fez uma conferência sobre este encontro, referindo-se às palavras da Irmã Lúcia.
Seguem abaixo, na íntegra, tal como publicadas no site português Apelos de Nossa Senhora, as palavras ditas pela Irmã Lúcia ao pe. Agustín.

Senhor Padre, a Santíssima Virgem está muito triste, por ninguém fazer caso da Sua Mensagem, nem os bons nem os maus: os bons, porque continuam no seu caminho de bondade, mas sem fazer caso desta Mensagem; os maus, porque, não vendo que o castigo de Deus já paira sobre eles por causa dos seus pecados, continuam também no seu caminho de maldade, sem fazer caso desta Mensagem. Mas creia-me, Senhor Padre, Deus vai castigar o mundo, e vai castigá-lo de uma maneira tremenda. O castigo do Céu está iminente.

Senhor Padre, o que falta para 1960? E o que sucederá então? Será uma coisa muito triste para todos, e não uma coisa alegre, se, antes, o mundo não fizer oração e penitência. Não posso detalhar mais, uma vez que é ainda um segredo. Segundo a vontade da Santíssima Virgem, só o Santo Padre e o Bispo de Fátima têm permissão para conhecer o Segredo, mas resolveram não o conhecer para não serem influenciados. Esta é a terceira parte da Mensagem de Nossa Senhora, que ficará em segredo até 1960.
Diga-lhes, Senhor Padre, que a Santíssima Virgem repetidas vezes nos disse, tanto aos meus primos Francisco e Jacinta como a mim, que várias nações desaparecerão da face da terra. Disse que a Rússia seria o instrumento do castigo do Céu para todo o mundo, se antes não alcançássemos a conversão dessa pobre nação.
Senhor Padre, o demônio está a travar uma batalha decisiva contra a Virgem Maria. E como sabe que é o que mais ofende a Deus e o que, em menos tempo, lhe fará ganhar um maior número de almas, trata de ganhar para si as almas consagradas a Deus, pois que desta maneira o demônio deixa também o campo das almas dos fiéis desamparado e mais facilmente se apodera delas.
O que aflige o Imaculado Coração de Maria e o Sagrado Coração de Jesus é a queda das almas dos Religiosos e dos Sacerdotes. O demônio sabe que os religiosos e os sacerdotes que caem da sua bela vocação arrastam numerosas almas para o inferno. O demônio quer tomar posse das almas consagradas. Tenta corrompê-las para adormecer as almas dos leigos e levá-las deste modo à impenitência final.
Utiliza todos os truques, chegando ao ponto de sugerir um atraso na entrada na vida religiosa. O que resulta disto é a esterilidade da vida interior, e entre os leigos uma frieza (falta de entusiasmo) quanto a renunciar aos prazeres e dedicar-se totalmente a Deus.
Senhor Padre, não esperemos que venha de Roma um chamamento à penitência, da parte do Santo Padre, para todo o mundo; nem esperemos também que tal apelo venha da parte dos Senhores Bispos para cada uma das Dioceses; nem sequer, ainda, das Congregações Religiosas. Não. Nosso Senhor usou já muitos destes meios e ninguém fez caso deles. Por isso, agora… agora que cada um de nós comece por si próprio a sua reforma espiritual: que tem que salvar não só a sua alma mas também todas as almas que Deus pôs no seu caminho...
O demônio faz tudo o que está em seu poder para nos distrair e nos retirar o amor à oração; seremos todos salvos ou seremos todos condenados.
Senhor Padre, a Santíssima Virgem não me disse que nos encontramos nos últimos tempos do mundo, mas deu-mo a entender por três motivos:
O primeiro, porque me disse que o demônio está a travar uma batalha decisiva contra a Virgem Maria e uma batalha decisiva é uma batalha final, onde se vai saber de que lado será a vitória e de que lado será a derrota. Por isso, agora, ou somos de Deus ou somos do demônio: não há meio termo.
O segundo, porque me disse, tanto aos meus primos como a mim, que eram dois os últimos remédios que Deus dava ao mundo: o Santo Rosário e a devoção ao Coração Imaculado de Maria; e, se são os últimos remédios, quer dizer que são mesmo os últimos, que já não vai haver outros.
E o terceiro porque sempre nos planos da Divina Providência, quando Deus vai castigar o mundo, esgota primeiro todos os outros meios; depois, ao ver que o mundo não fez caso de nenhum deles, só então (como diríamos no nosso modo imperfeito de falar) é que Sua Mãe Santíssima nos apresenta, envolto num certo temor, o último meio de salvação. Porque se desprezarmos e repelirmos este último meio, já não obteremos o perdão do Céu: porque cometemos um pecado a que no Evangelho é costume chamar “pecado contra o Espírito Santo” e que consiste em recusar abertamente, com todo o conhecimento e vontade, a salvação que nos é entregue em mãos; e também porque Nosso Senhor é muito bom Filho, e não permite que ofendamos e desprezemos Sua Mãe Santíssima, tendo como testemunho patente a história de vários séculos da Igreja que, com exemplos terríveis, nos mostra como Nosso Senhor saiu sempre em defesa da Honra de Sua Mãe Santíssima.
São dois os meios para salvar o mundo: a oração e o sacrifício. Olhe, Senhor Padre, a Santíssima Virgem, nestes últimos tempos em que vivemos, deu uma nova eficácia à oração do Santo Rosário. De tal maneira que agora não há problema, por mais difícil que seja, seja temporal ou, sobretudo, espiritual, que se refira à vida pessoal de cada um de nós; ou à vida das nossas famílias, sejam as famílias do mundo, sejam as Comunidades Religiosas; ou à vida dos povos e das nações. Não há problema, repito, por mais difícil que seja, que não possamos resolver agora com a oração do Santo Rosário. Com o Santo Rosário nos salvaremos, nos santificaremos, consolaremos a Nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas almas.
E depois, a devoção ao Imaculado Coração de Maria, Mãe Santíssima, vendo nós Nela a sede da clemência, da bondade e do perdão, e a porta segura para entrar no Céu. Diga-lhes também, Senhor Padre, que os meus primos Francisco e Jacinta sacrificaram-se porque viram a Santíssima Virgem sempre muito triste em todas as Suas aparições. Nunca Se sorriu para nós; e essa tristeza e essa angústia que notávamos na Santíssima Virgem, por causa das ofensas a Deus e dos castigos que ameaçavam os pecadores, sentíamo-las até à alma. E nem sabíamos o que mais inventar para encontrarmos, na nossa imaginação infantil, meios de fazer oração e sacrifícios.



Corpo incorrupto de Santa Catarina
     Clarissa e escritora mística, Catarina nasceu em Bolonha, no dia 8 de setembro de 1413 e morreu na mesma cidade em 9 de março de 1463.
     Quando Catarina tinha 10 anos de idade, seu pai a mandou para a corte do Marquês de Ferrara, Nicolò d'Este, como acompanhante da Princesa Margarida. Ali Catarina prosseguiu o estudo de literatura e das artes plásticas, e um manuscrito pintado por ela, que já pertenceu a Pio IX, é atualmente reconhecido entre os tesouros de Oxford.
     Depois do casamento da Princesa Margarida com Roberto Malatesta, Príncipe de Rimini, Catarina voltou para casa e determinada a se juntar ao pequeno grupo de donzelas devotas que estavam vivendo em comunidade e seguindo a regra da Ordem Terceira de Santo Agostinho na cidade vizinha de Ferrara.
     Mais tarde, a comunidade, cedendo às súplicas de Catarina, adotou a Regra de Santa Clara, e em 1432 elas foram revestidas com o hábito da Segunda Ordem de São Francisco pelo provincial dos Frades Menores.
     O número crescente de vocações, no entanto, tornou necessário estabelecer outros mosteiros das Clarissas, na Itália, e no cumprimento do Breve de Calisto III, "Ad ea quae omnipotentis Dei gloriam", conventos foram fundados em Bolonha e em Cremona. Santa Catarina foi escolhida abadessa da comunidade de sua cidade natal, cargo que ocupou até sua morte.
     As tentações persistentes que nos primeiros dias de sua vida religiosa tinham provado sua paciência, humildade e fé, especialmente esta última virtude, nos últimos anos deu lugar ao consolo espiritual mais abundante e gozo das alturas da contemplação.
     Uma grande parte dos conselhos e instruções de Santa Catarina sobre a vida espiritual encontra-se no seu "Tratado sobre as Sete Armas Espirituais", que contém, além disso, um relato das próprias lutas da santa no caminho de perfeição, e que ela compôs com a ajuda de seu confessor pouco antes de sua morte.
     Nos anos 1500, Santa Catarina de Bolonha apareceu a uma das freiras e pediu que seu corpo incorrupto fosse colocado sentado em uma parte especial da capela. Sua pele tornou-se escurecida ao longo do tempo devido às velas e luzes votivas.
     O corpo de Santa Catarina, que se mantém incorrupto, está preservado na capela das Clarissas em Bolonha. Santa Catarina foi canonizada pelo Papa Bento XIII. Sua festa é mantida no dia 9 de março em toda a Ordem dos Frades Menores.


WADDING, Annales Minorum, X, 184; XII, 307; XIII, 324; e passim; Acta SS,. Março, II, 35-89; LEO, Vidas dos santos e beatos das Três Ordens de São Francisco (Taunton, 1885), I, 394-437; ZAMBONI, La Vita di Santa Catherina di Bologna (Bolonha, 1877).
STEPHEN M. DONOVAN (Enciclopédia Católica)
http://heroinasdacristandade.blogspot.com.br/



Curtas:
 "Queridos filhos! Neste tempo de graças, convido todos vocês a abrirem-se e vivenciarem os mandamentos que Deus lhes deu para guiá-los pelos sacramentos no caminho da conversão. O mundo e suas tentações provam vocês, e vocês, filhinhos, olhem para as criaturas de Deus que Ele lhes deu em beleza e humildade e amem Deus acima de tudo, filhinhos, e Ele os guiará no caminho da salvação. Obrigada por terem respondido à minha chamada."

O momento mais solene da minha vida é quando recebo a santa Comunhão. Anseio por cada santa Comunhão e por elas dou graças à Santíssima Trindade.
Os anjos, se pudessem invejar, nos invejariam por duas coisas: a primeira - é a recepção da Santa Comunhão; a segunda - o sofrimento. (Santa Faustina, Diário, n.1804)



Os Santos e São José

A grande Madalena dos últimos tempos, Santa Margarida de Cortona, atribuía a sua conversão maravilhosa à proteção de S. José. Cada dia lhe prestava uma homenagem. Jesus lhe disse numa aparição: "Margarida, a tua devoção ao meu Pai Putativo me é muito agradável. Quero que cada dia pagues um tributo de louvor a S. José".
Abrasada em zelo, a santa nunca deixou de invocar ao santo Patriarca até à morte.
Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus, tinha no seu oratório uma imagem de S. José, e em presença deste grande Mestre da vida interior gostava de celebrar a Santa Missa. Resolvia todas as suas dúvidas e negócios aos pés de S. José. 
São Francisco de Sales fora servo devotado e apóstolo zeloso do culto Josefino. Nas vésperas de 19 de março, cada ano, celebrava uma Missa Solene para a qual convidava todos os músicos de Anecy. Fazia com ardor e eloqüência o panegírico do santo. Acreditava piamente na Ressurreição de S. José e na glória do santo em corpo e alma no Céu.
Santa Joana de Chantal, a mais fiel discípula e herdeira das virtudes do Santo Doutor, herdou-lhe também a devoção ao santo Patriarca. Trazia sempre consigo uma pequena imagem do santo. Aconselhava às Superioras da Visitação que todas as suas filhas trouxessem consigo uma estampa de Jesus, Maria e José.
Santo Afonso de Ligório fora outro apóstolo e devoto de S. José. Muito escreveu com aquela unção e simplicidade do seu estilo, para divulgar entre o povo a devoção ao Esposo de Maria.
São João Batista de la Sale, fundador das Escolas Cristãs, coloca a sua obra sob a proteção de S. José. Recitava cada dia a Ladainha de S. José, e a recomendava aos seus filhos, a fim de obterem do santo a graça de tratarem os discípulos, as crianças das Escolas, como S. José tratava o Deus Menino. S. José mostrou quanto lhe era grato este zelo. O santo já enfermo, sentiu recuperadas as forças nas vésperas de 19 de março e então celebrou a santa Missa pela última vez e morreu pouco depois santamente.
São João Batista Vianney, o santo Cura d’Ars, não se cansava de recomendar a devoção a S. José.
Em nossos dias a angélica Santa Teresinha, guardando as tradições do Carmelo, se consagra a S. José.
São João Bosco,
 o Pai da juventude, fundador inspirado da Congregação Salesiana, escolheu a São José como um dos Padroeiros de suas famílias religiosas. Inculcava sua devoção aos jovens de seus colégios, principalmente aos aprendizes, querendo que se esforçassem para imitar as virtudes que S. José praticou na sua humilde oficina de Nazaré. Fundou uma associação religiosa, com o nome de Companhia de São José, para incrementar o culto do santo, e estabeleceu que em todos os seus colégios se celebrasse com solenidade e fervor o Mês de São José e sua Festa, desde o ano de 1871, quando o Papa Pio IX elevou o rito da festa para Duplo de Segunda Classe.
Seria impossível falar da devoção de inúmeros santos, devotos e apóstolos do culto de S. José. Podemos afirmar não ter havido um só dentre os santos que não tivesse invocado o santo Patriarca.

Pe. Ascânio Brandão

http://ideasaojose.blogspot.com.br



Igreja aprova o milagre número 70 em Lourdes
O Bispo de Beauvais (França), Dom Jacques Benoit-Gonnin, anunciou através de uma declaração oficial o reconhecimento do milagre número 70 atribuído à intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, que consiste na cura milagrosa de uma religiosa que não conseguia andar sem ajuda e que peregrinou ao Santuário mariano em 2008.
Trata-se da Irmã Bernadette Moriau, que atualmente tem 79 anos. O milagre foi divulgado no último domingo, 11 de fevereiro, quando a Igreja celebrou o Dia Mundial dos Doentes, no dia de Nossa Senhora de Lourdes.
A religiosa, que pertence à Congregação das Franciscanas oblatas do Sagrado Coração de Jesus, sofria, desde o final da década de 1960, da síndrome da cauda eqüina, um tipo de estenose espinhal que afeta a cauda eqüina, o conjunto de nervos localizado no final da medula espinhal.
Em um vídeo divulgado no YouTube, a religiosa recordou que, “em fevereiro de 2008, o meu médico me convidou a uma peregrinação diocesana de 3 a 7 de julho (...) Eu nunca tinha estado em Lourdes e, quando estava doente, visitei o santuário com a alegria de todos os peregrinos, pois nesse ano celebramos os 150 anos das aparições da Virgem Maria”.
“Na gruta, senti a presença misteriosa de Maria e da pequena Bernadette”. “Não pedi a cura, mas a conversão do coração e a força para seguir meu caminho”, contou a religiosa.
Em 11 de julho, quatro dias depois de terminar a sua peregrinação a Lourdes, durante um momento de adoração do Santíssimo Sacramento em sua comunidade, teve “uma sensação de calor e uma melhora em todo o meu ser. Eu me senti bem”.
O Bispo de Beauvais explicou em um comunicado oficial que, naquele dia, quando a religiosa terminou a oração e voltou “para o seu quarto, tirou todos os aparatos” e “começou a andar imediatamente sem ajuda, de maneira totalmente autônoma. As suas irmãs testemunharam este acontecimento”.
Depois de ir ao seu médico, a Irmã decidiu ir à Comissão Médica Internacional de Lourdes, que em sua assembléia nos dias 18 e 19 de novembro de 2016 e depois de uma série de testes e exames realizados durante 8 anos de pesquisa, concluíram que a cura da religiosa “é inexplicável no estado atual dos nossos conhecimentos científicos”.
O Prelado disse que foi informado disso há um ano, em fevereiro de 2017, período no qual pediu uma comissão diocesana para verificar a natureza da cura.
“Depois de ter escutado (a comissão), levando em consideração a conclusão da Comissão Médica e da relação entre a cura e a peregrinação realizada pela Irmã Benadette a Lourdes, e após ter rezado” durante vários meses, “decidi reconhecer o ‘caráter prodígio-milagroso’ dessa cura, como um sinal dado por Deus através da intercessão de Nossa Senhora de Lourdes”.

Em declarações ao jornal francês ‘Le Figaro’, Dom Benoit-Gonnin relata que não conhecia a religiosa antes do milagre e que, para discernir, deixou-se levar “pela conclusão médica, o contexto da cura e a convicção de que Deus age hoje, como Ele quer, para comunicar-se com os homens”.
Depois de manifestar sua alegria por este milagre, o Prelado comenta que o fato de “poder expressar conscientemente que Deus interveio é algo que me supera”.
“De fato – concluiu Dom Benoit-Gonnin –, para a Igreja, um milagre é uma ação de Deus que diz algo sobre Ele e do seu desígnio para a humanidade. Muitas vezes o milagre é realizado através da intercessão de um santo que é invocado. Neste caso, Deus age através da intercessão da Virgem Maria, venerada em Lourdes”.
Walter Sánchez Silva

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