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terça-feira, 13 de março de 2018

Informativo ami 10/2017

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FAZEI O QUE ELE VOS DISSER”(Jo2,5)
APARECIDA – 300 ANOS


PALAVRA DE DEUS (Jo2,1-11)
1.Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus.
2.Também foram convidados Jesus e os seus discípulos.
3.Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho.
4.Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou.
5.Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser.
6.Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas.
7.Jesus ordena-lhes: Enchei as talhas de água. Eles encheram-nas até em cima.
8.Tirai agora , disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes. E levaram.
9.Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo
10.e disse-lhe: É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora.
11.Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galiléia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
(Bíblia Ave-Maria)
“BODAS DE CANÁ”, PAOLO VERONESE (1528-1588)

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO EM APARECIDA
24 de Julho de 2013
 
Eminentíssimo Senhor Cardeal,
Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!
Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma, fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério. Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano.
Queria dizer-lhes, primeiramente, uma coisa. Neste Santuário, seis anos atrás, quando aqui se realizou a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, pude dar-me conta pessoalmente de um fato belíssimo: ver como os Bispos – que trabalharam sobre o tema do encontro com Cristo, discipulado e missão – eram animados, acompanhados e, em certo sentido, inspirados pelos milhares de peregrinos que vinham diariamente confiar a sua vida a Nossa Senhora: aquela Conferência foi um grande momento de vida de Igreja. E, de fato, pode-se dizer que o Documento de Aparecida nasceu justamente deste encontro entre os trabalhos dos Pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria. A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.
Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Para tal, gostaria de chamar à atenção para três simples posturas, três simples posturas: Conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; viver na alegria.
1. Conservar a esperança. A segunda leitura da Missa apresenta uma cena dramática: uma mulher – figura de Maria e da Igreja – sendo perseguida por um Dragão – o diabo - que quer lhe devorar o filho. A cena, porém, não é de morte, mas de vida, porque Deus intervém e coloca o filho a salvo (cfr. Ap 12,13a.15-16a). Quantas dificuldades na vida de cada um, no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Freqüentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo. Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.
2. A segunda postura: Deixar-se surpreender por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende. A história deste Santuário serve de exemplo: três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Parnaíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus! Longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado, se transforma em vinho novo de amizade com Ele.
3. A terceira postura: Viver na alegria. Queridos amigos, se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria. O cristão é alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por nós, como a rainha Ester na primeira leitura (cf. Est 5, 3). Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados. O cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto. Se estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso coração se “incendiará” de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado. Como dizia Bento XVI, aqui neste Santuário: «O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja.


ORAÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO II
A NOSSA SENHORA APARECIDA


Senhora Aparecida, um filho vosso
que vos pertence sem reserva - totus tuus! -
 
chamado por misterioso Desígnio da Providência a ser Vigário de Vosso Filho na terra,
quer dirigir-se a Vós, neste momento.
Ele lembra com emoção, pela cor morena
desta Vossa imagem, uma outra representação Vossa,
a Virgem Negra de Jasna Gora!
Mãe de Deus e nossa,
protegei a Igreja, o Papa, os Bispos, os Sacerdotes
e todo o Povo fiel; acolhei sob o vosso manto protetor
os religiosos, religiosas, as famílias,
as crianças, os jovens e seus educadores!
Saúde dos Enfermos e Consoladora dos Aflitos,
sede conforto dos que sofrem no corpo ou na alma;
sede luz dos que procuram Cristo,
Redentor do Homem; a todos os homens
mostrai que sois a Mãe de nossa confiança.
Rainha da Paz e Espelho da Justiça,
alcançai para o mundo a paz,
fazei que o Brasil tenha paz duradoura,
que os homens convivam sempre como irmãos,
como filhos de Deus!
Nossa Senhora Aparecida,
abençoai este vosso Santuário e os que nele trabalham,
abençoai este povo que aqui ora e canta,
abençoai todos os vossos filhos,
abençoai o Brasil. Amém.





NOSSA SENHORA APARECIDA – 300 ANOS!
Festa dia 12 de outubro.
 
Amanheceu o dia. O sol começou a brilhar nas pequeninas ondas que a brisa matinal fazia surgir no dorso macio do rio Paraíba. A natureza parecia em festa. O verde exuberante das matas era delicioso de ser visto. E as águas mansas do Paraíba começaram a ser cortadas pelas canoas velozes dos pescadores sequiosos de oferecerem ao governador, o produto de sua labuta diária. No porto de José Correa Leite, João Alves, Domingos M. Garcia e Felipe Pedroso aprontavam suas canoas.
 — Estou com um pouco de esperança hoje, disse João Alves.
— Qual nada, retrucou Felipe. Não somos melhores do que os outros. Se eles não conseguiram nada, não conseguiremos também. Tolices. Não pense absurdos...
— Em todo caso tentemos primeiro para depois falar, disse Domingos.
Quando Jesus Cristo andou pelo mundo, escolheu para seus apóstolos, pescadores rudes, sem instrução. E foram os iluminados. Entre os humildes, surgiram os grandes, que até hoje são celebrados pela Santa Madre Igreja, recebendo a devoção de milhares de crentes. Parece que também nesse recôndito lugarejo do sertão paulista, a escolha recaiu sobre modestos e humildes pescadores. Eram três. E saíram em suas canoas velozes, descendo do porto de José Correa Leite até o porto de Itaguassú, lançando sempre suas redes, com esperança de encontrar alguma quantidade de peixe. As canoas distanciavam-se umas de outras, e de vez em quando, quando a rede era recolhida, ouvia-se um grito.
— E então?
— Nada ainda.
E continuavam descendo. Algumas vezes, sobre as águas mansas, as canoas pareciam paradas sobre um espelho polido, refletindo plácidamente homens, redes e embarcações. O ruído característico da rede caindo sobre as águas ecoava pelas margens. As pequenas ondas circulares iam se dilatando até tocar a areia, as vegetações e as pedras dos lados do rio. Em seguida, os braços vigorosos dos pescadores recolhiam as redes, e uma expressão de desolação surgia nas faces. — Nada. Estavam na altura do porto de José Correa Leite, João deitou sua rede desanimado. Pouco depois começou a puxá-la e sentiu que havia peso nela. Gritou para os companheiros.
— Ei... Peguei alguma coisa. Estou sentindo peso na rede.
— Espere que vou até aí ver, disse Domingos.
Dentro em pouco, com fortes remadas os outros pescadores chegaram perto da embarcação de João Alves. A rede saía da água gotejante.
— Vamos ver o que é isso, disse Domingos. Quando a rede foi aberta, viram decepcionados que nela havia um corpo de imagem, caprichosamente talhada.
— Ora, disse João Alves. Só isso.
— Joga na água de novo, disse Felipe.
— Não. Guarde como lembrança, retrucou Domingos.
— Não vou desanimar à toa, disse João Alves.
Lá vai a rede de novo. E a rede foi atirada novamente. Em pouco tempo, voltava tão vazia como antes, trazendo apenas, entre as malhas, uma cabeça de imagem. João Alves apanhou o pequeno objeto assombrado, procurando adivinhar o que era aquilo. Notou assombrado que a cabeça servia perfeitamente no corpo da imagem que havia recolhido das águas. Os outros dois olhavam assombrados. A Imagem era bela. Era feita rusticamente de terra cota escura, e tinha no rosto uma expressão singela de bondade. Um manto em volta do corpo, seguro por um cordão, e aos pés, a cabeça de um anjo. As mãos juntas em atitude de prece pareciam orar. Mede 39 cms. de altura.
— É a cabeça da estatua, disse Felipe.
— Sim, ajuntou João. Serve perfeitamente.
— Credo! Que coisa estranha, ajuntou Domingos.
— E' uma bela Imagem, disse João Alves. Parece uma senhora rezando. Bonita mesmo. Vamos prosseguir a pescaria.
— Eu vou lançar a rede ali em baixo, disse Domingos.
— Eu lançarei aqui mesmo, disse João.
— Eu farei o mesmo acolá, ajuntou Felipe.
 As redes foram lançadas. E quando foram puxadas, tinham grande peso.
— Será possível, disse João. Tudo está tão esquisito hoje. O que será que está acontecendo?
 Quando a rede saiu dágua, vinha pesada de peixes que saltitavam furiosamente. O mesmo aconteceu com os outros dois pescadores assombrados. Como que por encanto, a sorte mudara. E toda vez que as redes saiam da água, vinham cheias de peixe que pulavam fazendo brilhar ao sol suas costas prateadas.
— É um milagre, disse Felipe Pedroso. Um milagre da Imagem que tiramos do rio.
Dentro em pouco era tal a quantidade de peixe, que os barcos mal podiam transportá-la. Pareciam querer afundar sob tanto peso. Contentes os pescadores voltaram ara a vila com sua grande carga de peixe. E acreditavam piamente que tinha sido um milagre da Imagem, a quem passaram a chamar de Senhora Aparecida, porque tinha aparecido nas águas do rio.
Do livro “Aparição e Milagres Nossa Senhora Aparecida” de Fred Jorge.



Aparição de Nossa Senhora de Fátima de 13/10/1917
Como nos números anteriores, continuamos o relato da Irmã Lúcia:
Saímos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante. Chegados à Cova de Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o terço. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.
– Que é que Vossemecê me quer?
Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.
– Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.
Uns, sim; outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
E tomando um aspecto mais triste:
Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.
E abrindo as mãos, fê-las refletir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projetar-se no sol.
Eis o motivo pelo qual exclamei que olhassem para o sol. O meu fim não era chamar para aí a atenção do povo, pois que nem sequer me dava conta da sua presença. Fi-lo apenas levada por um movimento interior que a isso me impeliu.
Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. S. José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos que faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a idéia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que S. José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo.
Do livro “Memórias da Irmã Lúcia”




O Milagre do Sol, “para que todos acreditem”

Um século atrás, o sol dançava na Cova da Iria. O significado e o alcance daquele acontecimento são, obviamente, muito maiores do que a própria mensagem de Fátima: a salvação das almas que Cristo comprou com o Seu sangue na Cruz.

A chuva torrencial...
...repentinamente deu lugar ao inexplicável “milagre do sol”


“Em outubro farei o milagre, para que todos acreditem", disse Nossa Senhora aos três pastorinhos de Fátima, em 13 de setembro. O “Milagre do Sol" – como ficou conhecido o evento sobrenatural que se deu na Cova da Iria, um mês depois – transformou o que era uma mera "revelação privada" em um autêntico apelo de Cristo à Sua Igreja. Não só o conteúdo da mensagem de Fátima dizia respeito à Igreja do mundo inteiro (afinal, quem está dispensado de rezar o Rosário ou fazer penitência pela conversão dos pecadores?), como a sua própria comprovação se deu publicamente, de maneira extraordinária: no dia 13 de outubro de 1917, “o sol dançou" diante de mais de 70 mil pessoas, homens e mulheres, pobres e abastados, sábios e ignorantes, crentes e descrentes.
No dizer de um eminente professor de ciências de Coimbra, o que aconteceu naquele dia foi que o sol "girou sobre si mesmo num rodopio louco". "Houve também mudanças de cor na atmosfera" e, por fim, "o sol, girando loucamente, parecia de repente soltar-se do firmamento e, vermelho como o sangue, avançar ameaçadamente sobre a terra como se fosse para nos esmagar com o seu peso enorme e abrasador". O parecer do Dr. José Maria de Almeida Garrett se conclui com uma perplexidade: "Tenho que declarar que nunca, antes ou depois de 13 de Outubro, observei semelhante fenómeno solar ou atmosférico".
Para o povo mais simples, o milagre se resume em bem menos palavras. Simplesmente, "o sol dançou". Mais do que descrever fisicamente o fenômeno, o que interessava à maioria das pessoas era o que não se podia ver, mas que ficara patente por aquela portentosa obra que eles tinham diante dos olhos: Nossa Senhora verdadeiramente apareceu a três humildes pastorinhos em Fátima.
A Lúcia, Jacinta e Francisco, de fato, mais do que ver o físico e pressentir o espiritual, foi dada uma visão bem mais abrangente da realidade: a Virgem,
"Abrindo as mãos, fê-las reflectir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projectar-se no sol. (...) Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, São José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul".
Na última aparição da Virgem de Fátima, portanto, brilha aos videntes a imagem da Sagrada Família de Nazaré. Esse fato pode indicar – juntamente com uma recém-revelada carta da Irmã Lúcia ao Cardeal Carlo Caffarra – que, realmente, "o confronto final entre o Senhor e o reino de Satanás será sobre a família e sobre o matrimônio". Quando o caminho ordinário de santificação da humanidade, que é o casamento, se encontra obstruído pela produção desenfreada da pornografia e pela popularização dos "pecados da carne" – os quais constituem, segundo resposta da Virgem à pequena Jacinta, a classe de pecados que mais ofende a Deus  –, o resultado só pode ser uma perda incalculável de almas (realidade a que a Mãe de Deus já tinha aludido, quando deu às mesmas crianças a visão do inferno).
Tal cenário desolador já tinha começado a delinear-se em Portugal, com a aprovação da lei do divórcio, em 1910, e a separação entre Estado e Igreja, em 1911. Compreensível, pois, que, soado o alarme, Nossa Senhora descesse do Céu para renovar à humanidade o apelo divino à conversão e à penitência.
Naquele 13 de outubro, em particular, a Virgem Santíssima tinha um pedido em especial, que ficaria gravado no coração dos pastorinhos. "Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido", ela dizia. Antes da agitação que se seguiria ao Milagre do Sol, é esta a mensagem que porta aos homens a toda santa Mãe de Deus: que os homens parem de pecar e ofender a Deus.
A observadores mundanos, tal recado – combinado com a ameaça de um severo castigo – poderia parecer "arcaico" ou mesmo "irrealista" para o homem moderno. – Um "espírito" que vem dos céus para falar de "pecado"? Em que século a autora dessas aparições acha que estamos? – Pois bem, é justamente no século XX que Nossa Senhora aparece, e é a mesma mensagem de dois mil anos atrás que ela carrega consigo: "Fazei tudo o que Ele vos disser" ( Jo2, 5).
Se, por um lado, os tempos mudaram, o ser humano continua o mesmo e os perigos que rondavam a humanidade na época de Cristo não mudaram. Para ser católico e seguir Jesus, nada tão básico quanto o apelo de Fátima: "Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor". Ali, o Milagre do Sol não existia apenas para confirmar a aparição de Maria, mas para realizar um outro milagre, muito maior e mais extraordinário que qualquer outro prodígio: a justificação das almas, a conversão dos pecadores. "Para que todos acreditem" em Jesus e, acreditando, tenham a vida eterna. Para que, de inimigos de Deus e habitantes do inferno, os homens se transformem em amigos de Deus e herdeiros do Céu. Para que se diga, enfim, desta civilização pagã e atéia, o que foi dito dos primeiros convertidos à fé: "Onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Rm 5, 20).
Por Equipe Christo Nihil Praeponere



SANTA MARGARIDA ALACOQUE
Margarida Maria Alacoque, filha de Philiberte Lamyn e Claudio Alacoque, notário real, nasceu em Lautecour, França, em 22/7/1647.
Ela descreve os primeiros anos da sua vida: «Oh! meu único Amor, como vos agradeço por me terdes prevenido com as vossas graças, tornando-vos Senhor do meu coração desde a minha mais tenra infância. Não apenas soube convencer-vos, Vós manifestastes à minha alma a fealdade do pecado, incutindo-me tal horror a ele, que o seu menor indício já me causava um tormento insuportável, tanto que, para moderar a vivacidade do meu caráter, bastava um simples aceno à provável ofensa de Deus: detinha-me, no mesmo instante, cheia de espanto.»
Ainda criança, durante a Missa, exclamou: «Deus do meu coração, consagro-vos a minha pureza; faço voto de perpétua castidade».
Em suas «Memórias» escreve: «Recorri a Maria Santíssima em todas as minhas necessidades e Ela me livrou de enormes perigos. Não me atrevia a recorrer diretamente ao seu Divino Filho: sempre o fazia por meio d'Ela. Oferecia-lhe o santo Rosário, rezando-o de joelhos, ou fazendo tantas genuflexões quantas são as suas Ave-Marias, ou beijando o chão outras tantas vezes».
Após a morte de sua madrinha e de seu pai, sua mãe confiou-lhe aos cuidados das Irmãs Clarissas.

Com menos de 9 anos prepararam-na para a 1ª Comunhão.
«Esta primeira Comunhão, exclama ela, deu tal amargura aos pequenos prazeres e diversões da minha idade, que já não encontrava neles gosto algum, mesmo quando os procurava com grande avidez. Quando eu tentava recrear-me com as minhas companheiras, ouvia uma voz misteriosa que me afastava da recreação e me impelia a retirar-me sozinha em algum recanto do Convento; e essa voz não me deixava em paz, enquanto não lhe obedecesse. Depois, eu tinha que me pôr a orar quase sempre prostrada por terra, de joelhos, ou fazendo muitas genuflexões. Procurava, porém, que ninguém me visse, pois era para mim um tormento insuportável o encontrarem-me a praticar aqueles atos».
Devido a uma grave enfermidade, voltou para a sua família. Encontrando-se em perigo de morte, sua mãe fez voto de consagrar a filha à Nossa Senhora, prometendo dedicá-la ao seu serviço, se ela a curasse. E Maria restituiu-lhe a saúde.

Alguns parentes passaram a morar na casa e apoderaram-se de tudo, ficando a mãe de Margarida e seus filhos como que escravizados:
«Permitiu Deus que minha mãe se despojasse da autoridade na sua própria casa, para transferi-la a outras pessoas, as quais dela abusaram de tal modo que fomos em breve reduzidos à mais dura escravidão. Não é meu intento, ao narrar estas coisas, censurar essas pessoas; não quero crer que procedessem mal ao fazer-me sofrer assim, (afastai de mim, meu Deus, tal pensamento!). Considero-as, antes, como um instrumento de que Nosso Senhor se serviu para executar os seus desígnios. Nós já não tínhamos, porém, nenhum poder em nossa própria casa e nada nos atrevíamos a fazer sem pedir licença. Era uma guerra contínua; tudo estava debaixo de chave, de modo que eu nem sequer encontrava com que me vestir convenientemente para ir à Missa, tendo muitas vezes que pedir roupa emprestada. Tal situação afligia-me de uma maneira horrível».
«Foi então que concentrei todos os meus afetos no Santíssimo Sacramento. Morando, eu, porém, numa casa de campo, longe da Igreja, não podia freqüentá-la sem licença daquelas pessoas; e acontecia que quando uma delas me dava licença, a outra a negava e, se me queixava com lágrimas, lançavam-me em rosto o ter eu, talvez, marcado alguma entrevista e querer encobri-la com o pretexto de ir à Missa ou à Benção do Santíssimo. Era um juízo absolutamente injusto, porque eu antes quisera ver o meu corpo feito pedaços do que conceber tal pensamento. Não sabendo onde refugiar-me, escondia-me em algum recanto do jardim ou noutro lugar solitário para me pôr de joelhos, expandir o meu coração, derramar as minhas lágrimas na presença de Deus. Eu o fazia sempre por intercessão da minha boa Mãe, a Virgem Santíssima, na qual tinha posto todas as minhas esperanças. Deixava-me muitas vezes ficar o dia inteiro, sem comer nem beber, e alguns bons camponeses da aldeia socorriam-me ao cair da tarde, com um pouco de leite e algumas frutas. Ao voltar para casa sentia tal tremor e medo que parecia uma pobre culpada que ia ouvir a sentença da sua condenação. Eu preferia ter que mendigar o pão antes que viver assim, pois que, muitas vezes, à mesa, nem me atrevia a tocá-lo. Desde o instante que reentrava em casa, começavam as repreensões mais acerbas, por não haver tomado conta das crianças. E não me deixavam replicar uma só palavra. Depois disso, passava o dia a derramar amargas lágrimas e a rezar diante do Crucifixo».
Sua mãe estava de cama, atacada de uma terrível erisipela. O médico, depois de lhe fazer uma sangria, para aliviá-la, partira, dizendo à filha que, a não ser um milagre, ela não se salvaria. Margarida suplicou a Jesus e sua mãe e ficou curada.
Em meio aos sofrimentos de Margarida, Jesus aparecia-lhe com a cabeça coroada de agudos espinhos, o semblante a escorrer sangue, fitando-a amorosamente com as pupilas languidas, ateava no coração de Margarida tais chamas de amor, que tudo o que ela sofria: desprezos, escravidão, maus tratos, se lhe afiguravam flores. A essa vista ela não se podia conter e pedia ao seu amado Redentor que a associasse aos seus sofrimentos, que lhe enterrasse na cabeça a sua coroa de espinhos, que lhe traspassasse as mãos e os pés com os cravos e lhe pusesse a sua cruz às costas. Redobrava as carícias e as provas de estima às pessoas que a afligiam. Prestava-lhes todos os serviços que podia, rezava por elas, chamava-lhes verdadeiros amigos da sua alma.
Com 15 anos, acrescentava aos sofrimentos enormes penitências.
Quando podia ia à Igreja e Jesus logo a arrebatava em contemplação e a introduzia na mística cela de seu amor, inebriando-a das alegrias inefáveis que fazem esquecer a terra e os sofrimentos. Tinha uma santa inveja das almas que podiam ir à Igreja livremente e aproximar-se da Mesa Angélica.
Chegara aos dezessete anos de idade, quando os dois irmãos mais velhos, já crescidos e emancipados, tomaram a direção dos negócios e restituíram à sua mãe a influência e a autoridade de que fora despojada. Os negócios haviam sobremaneira prosperado.
Numa noite de carnaval vestiu-se luxuosamente para tomar parte num festim. De volta, quando estava para se deitar, embora não tenha cometido nenhum pecado grave, Jesus apareceu-lhe no mistério doloroso da sua flagelação e disse: «Filha cruel, vê a que estado me reduziram as tuas vaidades! Tu estás perdendo um tempo infinitamente precioso de que deverás prestar rigorosas contas; atraiçoas-me e me persegues, depois de eu te haver dado tantas provas do meu amor». Isto lhe causou grande arrependimento.
Dedicava-se ao serviço dos pobres, vendo neles a pessoa de Jesus; e, se dependesse dela, lhes distribuiria todas as riquezas da casa. Recolhia a quantos encontrava no pátio ou numa sala espaçosa, para lhes ensinar a doutrina e as orações e animá-los à santificação de seus sofrimentos. Sentia repugnância dos enfermos, mas dominava a sua natureza e lavava-lhes as feridas e beijava-as. Deus recompensou a caridade da sua serva, a qual, mais confiara na bondade d'Ele que nos remédios que aconselhava. Muitas vezes curava-os milagrosamente.
Jesus disse-lhe: «Eu te escolhi para minha esposa e, quando fizeste o voto de castidade, nós nos ligamos por uma promessa de fidelidade mútua. Fui eu que te impeli a fazê-lo, antes que ao mundo coubesse alguma parte do teu amor, porque eu queria o teu coração inteiro, puro, e sem mancha de afeição terrena
Sofria tentações para desistir de abraçar a vida religiosa até que Jesus lhe disse: «Previno-te que se deres a preferência a outro, eu te abandonarei; mas, se fores fiel, eu estarei sempre ao teu lado e te farei triunfar de todos os teus inimigos. Perdôo-te a ignorância, porque ainda não me conheces, mas se me fores fiel esposa, eu te patentearei os tesouros inefáveis do meu amor».
Margarida então entra para a ordem da Visitação onde recebeu grandes revelações do Sagrado Coração:
«O MEU CORAÇÃO ESTÁ TÃO APAIXONADO DE AMOR PELOS HOMENS QUE, JÁ NÃO PODENDO CONTER DENTRO DE SI AS CHAMAS DA SUA ARDENTE CARIDADE, VÊ-SE OBRIGADO A EXPANDI-LAS POR TEU INTERMÉDIO E A MANIFESTAR-SE, A FIM DE ENRIQUECÊ-LOS DOS SEUS PRECIOSOS TESOUROS E DAS GRAÇAS DE QUE NECESSITAM, PARA EVITAREM A ETERNA PERDIÇÃO.»

[A ingratidão dos homens] «É MAIS DOLOROSO DO QUE TUDO O QUE SOFRI NA MINHA PAIXÃO, TANTO QUE, SE ME RETRIBUÍSSEM O QUE FIZ COM ALGUM SINAL DE AMOR, TERIA POR POUCO TUDO O QUE SOFRI POR ELES E QUISERA, SE POSSÍVEL FOSSE, FAZER AINDA MAIS; ENTRETANTO SÓ CORRESPONDEM COM FRIEZAS E REPULSAS A TODAS AS MINHAS SOLICITUDES. DÁ- ME, AO MENOS TU, ESTA ALEGRIA, SUPRINDO QUANTO PUDERES A SUA INGRATIDÃO.»

«EIS AQUI O CORAÇÃO QUE TANTO AMOU AOS HOMENS, NADA POUPANDO ATÉ DEFINHAR E CONSUMIR-SE PARA DAR TESTEMUNHO DO SEU AMOR; E EU, NESTE MISTÉRIO DE AMOR, DA MAIOR PARTE DOS HOMENS SÓ RECEBO INGRATIDÕES, IRREVERÊNCIAS E SACRILÉGIOS, FRIEZAS E DESPREZOS COM QUE ME AFLIGEM NESTE SACRAMENTO DE AMOR. E O QUE ME É MAIS DOLOROSO, ACRESCENTOU COM UM ACENTO QUE CALOU PROFUNDAMENTE NO CORAÇÃO DE MARGARIDA, É QUE ESSES SÃO CORAÇÕES, A MIM CONSAGRADOS».
«É POR ISSO QUE TE PEÇO QUE NA PRIMEIRA SEXTAFEIRA DEPOIS DA OITAVA DO SS. SACRAMENTO ME SEJA DEDICADA UMA FESTA PARTICULAR PARA HONRAR O MEU CORAÇÃO, PARTICIPANDO NAQUELE DIA DA S. COMUNHÃO,E FAZENDO HONROSA EMENDA E REPARA- ÇÃO DECOROSA PELAS INDIGNIDADES QUE ELE RECEBE.E EU TE PROMETO QUE O MEU CORAÇÃO SE DILATARÁ PARA EXPANDIR COM ABUNDÂNCIA AS RIQUEZAS DO SEU AMOR SOBRE TODOS AQUELES QUE LHE PRESTAREM ESSA HONRA OU PROCURAREM QUE POR OUTREM LHE SEJA PRESTADA»
«No extremo da misericórdia do meu Coração onipotente, concederei a todos aqueles que comungarem as primeiras sextas-feiras de cada mês, durante nove meses consecutivos, a graça do arrependimento final; pelo que, eles não morrerão sem a minha graça e sem receber os SS. Sacramentos; o meu Coração naquela hora extrema ser-lhes-á seguro abrigo.»
Aproximando-se o momento de sua morte deixou escrito: «No primeiro dia do retiro a minha ocupação consistia em pensar donde provinha o meu grande desejo de morrer, pois não é próprio de uma pecadora como eu o desejar comparecer perante o seu Juiz cuja santidade penetra até aos nossos mais íntimos recessos. Como podes, pois, ó minha alma sentir tamanha alegria ao aproximar-se a morte? Tu só pensas em pôr termo ao teu desterro e exultas de gozo ao pensar que em breve sairás da tua prisão. Toma cuidado, porém, para que de uma alegria temporal, filha talvez da ignorância, e da cegueira, não precipites na tristeza eterna e desta prisão mortal e passageira não caias naquele cárcere eterno, onde se extingue a esperança. Deixemos, pois, ó minha alma, esta alegria e este desejo de morrer às almas santas e fervorosas, para as quais estão reservadas as grandes recompensas. Pensemos qual não seria a nossa sorte, se não fora a bondade de Deus para conosco ainda maior que a sua justiça. As nossas obras nenhuma outra coisa nos deixam esperar senão castigos. Poderás tu, ó minha alma, suportar eternamente a ausência d'Aquele cuja presença te causa tantas consolações e cuja privação te faz sentir tão cruéis tormentos? Meu Deus, como são difíceis essas contas! Na impossibilidade de as fazer eu mesma, volto-me para Vós que sois o meu adorável Mestre. Confio-Lhe todos os pontos sobre que devo ser julgada: as nossas regras, as nossas constituições, a nossa direção». «Depois de Lhe haver confiado todos os meus interesses, experimentei uma paz admirável. Jesus conservou-me muito tempo aos seus pés, como que abismada na minha nulidade, à espera da sentença que pronunciará sobre esta sua miserável criatura.»
«Sinto-me incapaz de solver as minhas dívidas; bem o vedes Vós, ó meu Divino Mestre. Ponde-me na prisão; aí ficarei contente, contanto que seja no vosso Divino Coração; e quando n'El-le me tiverdes encerrado, apertai-me bem com as correntes do vosso amor e conservai-me assim enquanto eu não vos pagar tudo o que vos devo; e como nunca o poderei fazer, não me solteis jamais».
«Ah! que felicidade para mim poder amar a Deus! Amemo-lO soberanamente. Que desejo eu no Céu e na terra a não serdes Vós, ó Deus do meu Coração? Quando me libertareis, Senhor, deste duro exílio?» 17 de Outubro de 1690 foi o dia do seu nascimento para a vida eterna.




No reconhecimento do cadáver, encontrou-se o cérebro ainda intacto. Este tecido tão mole que se decompõe tão depressa conservara-se depois de mais de um século e meio.
Fonte: livro “Santa Margarida Maria Alacoque”, Pe. ANDRÉ BELTRAMI (disponível em: www.alexandriacatolica.blogspot.com.br)







Mulher desiste de eutanásia após encontro com o Papa na Colômbia

O papa Francisco em sua recente viagem à Colômbia, além de exortar multidões de milhões de pessoas à reconciliação e ao perdão, salvou uma vida!
Consuelo del Socorro Córdoba já fez 87 cirurgias e ainda faltam 6. Se alimenta apenas de líquidos e já havia marcado sua eutanásia para 19 de setembro.
Chamada no meio da multidão foi levada à nunciatura onde pôde encontrar o Papa, ouvi-lo, receber seu abraço e sua bênção. Depois garantiu que o encontro com Francisco a “mudou totalmente. Agora eu quero viver e preciso que o mundo inteiro saiba”; “Quero sonhar com muitas coisas: um teto, um trabalho, uma casa, porque já não morrerei”.
Com informações de acidigital e CNN.


Arcebispo autoriza abertura de processo de beatificação de Pe. Léo
O Arcebispo de Florianópolis, D. Wilson Tadeu Jönck, autorizou a abertura do processo de Beatificação do Pe. Léo, fundador da Comunidade Bethânia.
Quem foi Pe. Léo?
Em uma auto-definição destacada pelo site da Comunidade Bethânia, Pe. Léo afirmou: “Sou um sujeito que desde criança quis ser padre; e muito pobre, tentei ir para o seminário, mas não fui aceito. Então fui trabalhar até conseguir ter roupas suficientes, fazer meu enxoval”.
“Fui para o seminário com 21 anos. Tinha namorada, fui noivo, e descobri a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, que é o que eu tento viver: Quero ser um homem do Coração de Jesus. Vivo no meio de jovens drogados, prostituídos, aidéticos. Tento ser um deles e eles me ensinam muito”.
Tarcísio Gonçalves Pereira, que posteriormente ficou conhecido como Pe. Léo, nasceu em 9 de outubro de 1961, em uma família humilde de Delfim Moreira (MG), no vilarejo de Biguá, local que veio a ser muito citado pelo sacerdote em suas pregações.
Era o nono filho Joaquim Mendes Pereira e Maria Nazaré Guimarães. Como ele mesmo contou, antes de ingressar no seminário, trabalhou muito, tendo atuado como torneiro mecânico e também em uma fábrica de armas.
Foi em 1982 que ingressou no seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, em Lavras (MG). Fez seu noviciado em Jaraguá do Sul (SC), cursou Filosofia em Brusque (SC) e concluiu Teologia em Taubaté (SP).
Foi ordenado sacerdote em 1990 e, em 1995, fundou a Comunidade Bethânia, que tem como carisma o acolhimento de pessoas marginalizadas, dependentes químicos e vítimas da prostituição.
“Por meio desta comunidade, Pe. Léo nos ensinou a olhar o ser humano integralmente, em suas dimensões física, psico-afetiva e espiritual”, assinala o site da comunidade.
O sacerdote também teve ampla atuação na Renovação Carismática Católica (RCC), participante de vários eventos que atraiam multidões para ouvir suas pregações.
“Com seu jeito alegre e irreverente de ser, apaixonado pela Sagrada Escritura, utilizava-se de exemplos concretos e simples do dia a dia para chegar aos corações mais endurecidos. Utilizava linguagem simples, de fácil compreensão que prendia a atenção do ouvinte e ao mesmo tempo o convidava a uma experiência íntima com a pessoa de Jesus”, acrescenta o site.
Pe. Léo também atuou nos meios de comunicação, tendo publicado 27 livros e conduzido programas de televisão na Associação do Senhor Jesus e na Comunidade Canção Nova.
Em 4 de janeiro de 2007, partiu para a Casa do Pai, vítima de um câncer no sistema linfático.
Entretanto, mesmo quando estava doente, não deixou de lado sua missão evangelizadora. Em 2006 fez a sua última pregação no Hosana Brasil, da Comunidade Canção Nova, com o tema “Buscai as coisas do alto”.
Na ocasião, disse: “Quer ser feliz? Busque as coisas do Alto. Esta é a grande palavra que Deus trouxe ao meu coração neste tempo. A doença me tirou tudo: não consigo mais andar sozinho, não enxergo direito. Estou cego do olho direito e vejo apenas cerca de 40% com o olho esquerdo. Mas veio ao meu coração: ‘Ai de mim se eu não evangelizar’ (1 Coríntios 9,16b)”.






A moça paralítica - Fato verídico contado por padre Léo

Eu já atendi muitas meninas que fizeram aborto. Já atendi uma menina paralítica, já contei essa história, mas vale a pena relembrá-la brevemente.

Eu era jovem sacerdote e me trouxeram uma moça paralítica, menina, nova, a mãe dela e o namorado. Trouxeram essa moça pra eu orar por ela. E eu comecei a orar por essa moça, e o Espírito Santo foi me mostrando que algumas coisas feias na vida dessa moça tinham acontecido. 

Então eu pedi que a mãe e o namorado saíssem pra eu conversar um pouquinho com ela. E eu fui pedindo que ela abrisse o coração, mas ela não queria e eu não podia forçar.

Então, eu rezei um pouco, e aí Deus me deu a Palavra de Ciência, eu falei aquela Palavra de Ciência pra ela, essa moça se pôs a chorar... Mas chorou desesperadamente! E contou-me a sua história.

Ela tinha 15 para 16 anos, ficou grávida do namorado, uma família muito importante lá na cidade deles. Família de igreja. E quando, então, descobriu que a menina estava grávida, o pai e a mãe levaram essa moça pra uma cidade maior e lá fizeram um aborto.
Voltaram para a cidade, na semana seguinte foram à Missa. E qual não foi a surpresa dela, o pai dela, de jaleco branco, ajudando a distribuir a Comunhão. Naquela hora, o ódio do pai, aliado ao aborto, abriu a porta do demônio na vida dela. E aí veio a condenação, auto-condenação.

E como ela nunca mais queria cometer aquele pecado, o demônio foi sugerindo que ela não movimentasse mais as pernas, porque, não andando, ela não iria arrumar namorado. Não iria ter relações sexuais, sendo paralisada. E ela estava paralítica.


Então fizemos uma oração demorada. Entregamos a criança pra Deus. Pedi que ela escolhesse o nome pra criança e ela me perguntou: 

Menino ou menina? 

Eu disse: 

- Você que escolhe. 

Ela disse: 

- Pode ser Léo?

Pode. Fico honrado! Você tem um filho que se chama Léo e está no Céu. Está no coração de Deus. E a partir de hoje você vai pedir inclusive a intercessão dele, porque criança que foi abortada, ela está no Exército dos Santos Inocentes. Inclusive, intercedendo muito, dia e noite, pela conversão da mãe, do pai e de todos aqueles que trabalham na indústria medonha do aborto.

Quando terminamos de rezar, meus irmãos, eu dei absolvição sacramental pra ela. E quando eu terminei de dizer: 'Minha filha, eu te absolvo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo', ela se levantou sozinha, juntou-se no meu pescoço, me lambuzou de beijos e lágrimas.

Graças a Deus, eu abri a porta e, estarrecida, a mãe e o namorado a receberam andando. E ela já tinha ido até nos Estados Unidos pra resolver o problema da perna! Então, vejam bem o que o pecado faz... O pecado paralisa!





A MISSÃO  UMA EXIGÊNCIA DA CATOLICIDADE DA IGREJA
O mandato missionário. «Enviada por Deus às nações, para ser o sacramento universal da salvação, a Igreja, em virtude das exigências íntimas da sua própria catolicidade e em obediência ao mandamento do seu fundador, procura incansavelmente anunciar o Evangelho a todos os homens».
«Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei. E eis que Eu estou convosco todos os dias, até ao fim do mundo» (Mt 28, 19-20).
A origem e o fim da missão. O mandato missionário do Senhor tem a sua fonte primeira no amor eterno da Santíssima Trindade: «Por sua natureza, a Igreja peregrina é missionária, visto ter a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na missão do Filho e do Espírito Santo». E o fim último da missão consiste em fazer todos os homens participantes na comunhão existente entre o Pai e o Filho, no Espírito de amor.
O motivo da missão. É ao amor de Deus por todos os homens que, desde sempre, a Igreja vai buscar a obrigação e o vigor do seu ardor missionário: «Porque o amor de Cristo nos impele...» (2 Cor 5, 14). Com efeito, «Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tm 2, 4). Deus quer a salvação de todos, mediante o conhecimento da verdade. A salvação está na verdade. Os que obedecem à moção do Espírito da verdade estão já no caminho da salvação. Mas a Igreja, à qual a mesma verdade foi confiada, deve ir ao encontro dos que a procuram para lha levar. É por acreditar no desígnio universal da salvação que a Igreja deve ser missionária.
Os caminhos da missão. «O protagonista de toda a missão eclesial é o Espírito Santo». É Ele que conduz a Igreja pelos caminhos da missão. E esta «continua e prolonga, no decorrer da história, a missão do próprio Cristo, que foi enviado para anunciar a Boa-Nova aos pobres. É, portanto, pelo mesmo caminho seguido por Cristo que, sob o impulso do Espírito Santo, a Igreja deve seguir, ou seja, pelo caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si mesma até à morte – morte da qual Ele saiu vitorioso pela ressurreição». É assim que «o sangue dos mártires se torna semente de cristãos».
Porém, no seu peregrinar, a Igreja também faz a experiência da «distância que separa a mensagem de que é portadora, da fraqueza humana daqueles a quem este Evangelho é confiado». Só avançando pelo caminho «da penitência e da renovação» e entrando «pela porta estreita da Cruz» é que o povo de Deus pode expandir o Reino de Cristo. Com efeito, «assim como foi na pobreza e na perseguição que Cristo realizou a redenção, assim também a Igreja é chamada a seguir pelo mesmo caminho, para comunicar aos homens os frutos da salvação» 
Fonte: Catecismo da Igreja Católica 849-853.










ÂMI RECEBE VISITA DE SÍMBOLOS MISSIONÁRIOS DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA
 
Emblema da CRUZ

 

Na Ami tivemos  a alegria de receber a Sagrada Escritura e os Símbolos Missionários: a
Cruz Peregrina e a Imagem de N. Sra. da Luz, terça feira dia 26/09/2017, por volta das13:30...foi muito emocionante!
A Bíblia e os Símbolos Missionários nos foram enviados pela Arquidiocese de Curitiba através do  Pároco  Pe. Valdecir da Paróquia S. João Batista...Cantamos,rezamos ,lemos a passagem de Eclo 36, 13 a19.. meditamos e refletimos ...fizemos nossos pedidos a Nossa Sra da Luz., adoramos o Senhor Jesus na Sagrada Cruz.. A visita encerrou então com a Santa Missa celebrada pelo Padre Valdecir as 16:30...deixando os mais preciosos e vivos sentimentos de fé e graças recebidas   em nossos corações pessoal e comunitariamente, confirmando o envio e  caráter missionário de evangelização da Comunidade Ami! Foi forte  a presença de Jesus e N. Sra neste momento.Nos sentimos muito agraciados e agradecidos a Deus,ao Padre Valdecir e Arquidiocese de Curitiba   que  tiveram a iniciativa de nos conceder esta preciosa visita!

Peregrinação da Bíblia e dos Símbolos Missionários pela Arquidiocese de Curitiba

Uma Igreja em Saída
A Arquidiocese de Curitiba intensifica o seu horizonte missionário, com a Peregrinação da Palavra de Deus e dos Símbolos Missionários
Sobre a Peregrinação:
A Arquidiocese de Curitiba, acolhendo com decisão o convite evangélico do Papa Francisco por uma Igreja em saída, vem realizando inúmeras atividades para suscitar nas comunidades, pastorais e movimentos uma paixão sempre mais profunda pela missão evangelizadora da Igreja. O encontro autêntico com a pessoa de Jesus Cristo, cujo Evangelho faz transbordar o coração e a vida de alegria, gera o dinamismo missionário como forma de testemunho e partilha de toda beleza, bondade e verdade da proposta cristã aos nossos irmãos e irmãs, sobretudo aqueles que se encontram nas mais diferentes periferias existências de nossos territ&oacute ;rios.
Motivados por esta certeza e com o desejo de intensificar ainda mais os horizontes missionários de nossa Igreja, em 8 de setembro de 2017 tem início a peregrinação da Palavra de Deus e dos símbolos missionários (a cruz e a imagem de Nossa Senhora da luz dos Pinhais) em todas as paróquias que formam a nossa Arquidiocese.
Será uma oportunidade singular para a realização de ações em diversos níveis (formações, visitas, momentos de oração, dentre outros…) a fim de abrasar de maneira mais intensa os corações da população na Arquidiocese de Curitiba, pelo amor à missão.

A Bíblia: A Palavra e sua força missionários


A dinâmica “excêntrica” da Igreja (não encerrada sobre si, mas aberta ao mundo) possui a sua razão de ser na própria dinamicidade da Trindade. Ao longo da revelação, contida nas Sagradas Escrituras, Deus se manifesta de forma peregrina, caminhante e desinstaladora, provocando este idêntico movimento nos destinatários da divina revelação (Abraão, Moisés, os profetas…).
Chegada à plenitude dos tempos, este modo de atuação divina alcança toda a sua força expressiva no mistério da Encarnação. Por meio do Espírito, a Palavra do Pai – Jesus Cristo – se faz homem assumindo não somente a atitude peregrinante, mas também a carne do peregrino. Tal princípio, condensado no Novo Testamento, se torna constitutivo da Igreja, chamada a percorrer o mesmo caminho de seu Esposo e Senhor: “Ide e fazei com que todos os povos da terra se tornem discípulos” (Mt 28,19).
Uma Igreja em saída é uma comunidade de discípulos e discípulas que vive a própria fidelidade ao Cristo Mestre através de atitudes ousadas, envolventes, acompanhadoras, frutuosas e capazes de celebrar. A vivência de tais características, ontem como hoje, convoca toda Igreja, nas suas mais diversas formas de atuação, a um caminho renovado de conversão a partir do coração do Evangelho. Este processo de metanoia, pautado na Boa Notícia, conduzirá a missão da Igreja a ser capaz de encarnar-se nas limitações humanas sem perder a grandeza da proposta cristã, mas ao me smo tempo, indo ao encontro como uma “mãe de coração aberto” que conquista e transforma pela força do amor misericordioso.

A Cruz: O amor impelente do Crucifixo


“Quando serei elevado da terra, atrairei todos a mim (Jo, 12,32)”, anuncia o Mestre antes de sua paixão. E a força de atração que emana da cruz é a força transformadora do amor. Ao contemplar o crucifixo, e sobre ele o Crucificado, o cristão pode fazer experiência da grandeza e da profundidade do amor de Deus para conosco, e para com a humanidade inteira. Nele está compendiada toda a vida de Jesus de entrega fiel ao Pai e de doação total aos seus irmãos e irmãs.
A sabedoria da cruz – da qual nos fala o apóstolo Paulo – que forma a mente e plasma o coração do discípulo missionário, longe de fomentar uma espiritualidade pietista ou interpretações dissabores a respeito da vida cristã pautada em ascetismos anacrônicos, quer nos conduzir a um compromisso envolvente com a pessoa de Jesus Cristo e o seu projeto de vida plena para todos os homens e mulheres. A cruz de Cristo, portanto, aponta para o jardim da Ressurreição que prefigura os novos céus e a nova terra onde toda dor e lágrima, sobretudo aquelas que são consequências da injusti&ccedi l;a e da opressão, serão enxugadas.

Imagem de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais: Maria, a Mãe da Evangelização


Na exortação apostólica Evangelii Gaudium, Maria nos é apresenta como “Mãe do Evangelho Vivente (EG n. 287)”. Nela, antes que em seu ventre, a Boa Notícia se fez carne em seu coração, através de uma adesão existencial ao seu Senhor. Em Maria, a dinâmica trinitária encontra não somente habitação, mas também um eco. Acolhendo a realização plena da promessa salvífica, a Virgem de Nazaré dela se torna epifania através de sua capacidade contemplativa de perceber os vestígios divinos na silenciosa quotidianidade humana e na sua capacidade de servir profeticamente seus filhos e filhas por adoção.
O papa Francisco nos recorda que, há um estilo mariano na atividade evangelizadora da Igreja, pois a ela contemplando voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do amor. Como Maria, invocada em nossa Arquidiocese com o título de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, queremos irradiar a luz do seu Filho, cujo brilho nos aponta caminhos direcionados a inícios em inícios, por inícios sempre novos na bonita missão de o Evangelho testemunhar como uma Igreja em saída.

Como funciona a peregrinação?


A Palavra e os Símbolos passarão pelos 15 setores pastorais, aos moldes da Peregrinação da Imagem de Aparecida, em 2015. Será uma peregrinação permanente, ou seja, terminando os 15 setores. Cada setor realizará sua organização para atender a todas as paróquias. O cronograma por setor pode ser acessado no site da Arquidiocese de Curitiba.
A Palavra e os Símbolos serão levados aos ambientes de missão;
As Comissões Pastorais poderão solicitar a presença da Palavra e dos Símbolos em seus eventos mediante solicitação prévia junto ao Grupo de Animação Missionária da Arquidiocese de Curitiba;
No período em que a Palavra e os Símbolos estiverem peregrinando pelo setor, devem ser realizadas intensas atividades missionárias, que os levem nas periferias existenciais, onde os discípulos de Jesus devem estar e que a Igreja não chega.

Sugestões de atividades:


As paróquias devem se programar para que a chegada dos Símbolos seja conciliada com uma programação de saídas. Entre as sugestões de atividades estão: a realização da Missa de Envio do Missionário, realização de Saídas Missionárias da Paróquia; formações missionárias, visitas a asilos, casa dos enfermos, creches, escolas; evangelização em praças, Celebrações Eucarísticas, na procissão de entrada e na homilia; em órgãos públicos, associações, sindicatos, enfim, em todos os espaços e momentos que forem propícios para a Evangelização.
 “FAZEI O QUE ELE VOS DISSER”(Jo2,5)
APARECIDA – 300 ANOS









PALAVRA DE DEUS (Jo2,1-11)
1.Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus.
2.Também foram convidados Jesus e os seus discípulos.
3.Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho.
4.Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou.
5.Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser.
6.Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas.
7.Jesus ordena-lhes: Enchei as talhas de água. Eles encheram-nas até em cima.
8.Tirai agora , disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes. E levaram.
9.Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo
10.e disse-lhe: É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora.
11.Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galiléia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
(Bíblia Ave-Maria)
“BODAS DE CANÁ”, PAOLO VERONESE (1528-1588)

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO EM APARECIDA
24 de Julho de 2013
 
Eminentíssimo Senhor Cardeal,
Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!
Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma, fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério. Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano.
Queria dizer-lhes, primeiramente, uma coisa. Neste Santuário, seis anos atrás, quando aqui se realizou a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, pude dar-me conta pessoalmente de um fato belíssimo: ver como os Bispos – que trabalharam sobre o tema do encontro com Cristo, discipulado e missão – eram animados, acompanhados e, em certo sentido, inspirados pelos milhares de peregrinos que vinham diariamente confiar a sua vida a Nossa Senhora: aquela Conferência foi um grande momento de vida de Igreja. E, de fato, pode-se dizer que o Documento de Aparecida nasceu justamente deste encontro entre os trabalhos dos Pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria. A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.
Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Para tal, gostaria de chamar à atenção para três simples posturas, três simples posturas: Conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; viver na alegria.
1. Conservar a esperança. A segunda leitura da Missa apresenta uma cena dramática: uma mulher – figura de Maria e da Igreja – sendo perseguida por um Dragão – o diabo - que quer lhe devorar o filho. A cena, porém, não é de morte, mas de vida, porque Deus intervém e coloca o filho a salvo (cfr. Ap 12,13a.15-16a). Quantas dificuldades na vida de cada um, no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Freqüentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo. Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.
2. A segunda postura: Deixar-se surpreender por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende. A história deste Santuário serve de exemplo: três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Parnaíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus! Longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado, se transforma em vinho novo de amizade com Ele.
3. A terceira postura: Viver na alegria. Queridos amigos, se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria. O cristão é alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por nós, como a rainha Ester na primeira leitura (cf. Est 5, 3). Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados. O cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto. Se estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso coração se “incendiará” de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado. Como dizia Bento XVI, aqui neste Santuário: «O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja.


ORAÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO II
A NOSSA SENHORA APARECIDA


Senhora Aparecida, um filho vosso
que vos pertence sem reserva - totus tuus! -
 
chamado por misterioso Desígnio da Providência a ser Vigário de Vosso Filho na terra,
quer dirigir-se a Vós, neste momento.
Ele lembra com emoção, pela cor morena
desta Vossa imagem, uma outra representação Vossa,
a Virgem Negra de Jasna Gora!
Mãe de Deus e nossa,
protegei a Igreja, o Papa, os Bispos, os Sacerdotes
e todo o Povo fiel; acolhei sob o vosso manto protetor
os religiosos, religiosas, as famílias,
as crianças, os jovens e seus educadores!
Saúde dos Enfermos e Consoladora dos Aflitos,
sede conforto dos que sofrem no corpo ou na alma;
sede luz dos que procuram Cristo,
Redentor do Homem; a todos os homens
mostrai que sois a Mãe de nossa confiança.
Rainha da Paz e Espelho da Justiça,
alcançai para o mundo a paz,
fazei que o Brasil tenha paz duradoura,
que os homens convivam sempre como irmãos,
como filhos de Deus!
Nossa Senhora Aparecida,
abençoai este vosso Santuário e os que nele trabalham,
abençoai este povo que aqui ora e canta,
abençoai todos os vossos filhos,
abençoai o Brasil. Amém.





NOSSA SENHORA APARECIDA – 300 ANOS!
Festa dia 12 de outubro.
 
Amanheceu o dia. O sol começou a brilhar nas pequeninas ondas que a brisa matinal fazia surgir no dorso macio do rio Paraíba. A natureza parecia em festa. O verde exuberante das matas era delicioso de ser visto. E as águas mansas do Paraíba começaram a ser cortadas pelas canoas velozes dos pescadores sequiosos de oferecerem ao governador, o produto de sua labuta diária. No porto de José Correa Leite, João Alves, Domingos M. Garcia e Felipe Pedroso aprontavam suas canoas.
 — Estou com um pouco de esperança hoje, disse João Alves.
— Qual nada, retrucou Felipe. Não somos melhores do que os outros. Se eles não conseguiram nada, não conseguiremos também. Tolices. Não pense absurdos...
— Em todo caso tentemos primeiro para depois falar, disse Domingos.
Quando Jesus Cristo andou pelo mundo, escolheu para seus apóstolos, pescadores rudes, sem instrução. E foram os iluminados. Entre os humildes, surgiram os grandes, que até hoje são celebrados pela Santa Madre Igreja, recebendo a devoção de milhares de crentes. Parece que também nesse recôndito lugarejo do sertão paulista, a escolha recaiu sobre modestos e humildes pescadores. Eram três. E saíram em suas canoas velozes, descendo do porto de José Correa Leite até o porto de Itaguassú, lançando sempre suas redes, com esperança de encontrar alguma quantidade de peixe. As canoas distanciavam-se umas de outras, e de vez em quando, quando a rede era recolhida, ouvia-se um grito.
— E então?
— Nada ainda.
E continuavam descendo. Algumas vezes, sobre as águas mansas, as canoas pareciam paradas sobre um espelho polido, refletindo plácidamente homens, redes e embarcações. O ruído característico da rede caindo sobre as águas ecoava pelas margens. As pequenas ondas circulares iam se dilatando até tocar a areia, as vegetações e as pedras dos lados do rio. Em seguida, os braços vigorosos dos pescadores recolhiam as redes, e uma expressão de desolação surgia nas faces. — Nada. Estavam na altura do porto de José Correa Leite, João deitou sua rede desanimado. Pouco depois começou a puxá-la e sentiu que havia peso nela. Gritou para os companheiros.
— Ei... Peguei alguma coisa. Estou sentindo peso na rede.
— Espere que vou até aí ver, disse Domingos.
Dentro em pouco, com fortes remadas os outros pescadores chegaram perto da embarcação de João Alves. A rede saía da água gotejante.
— Vamos ver o que é isso, disse Domingos. Quando a rede foi aberta, viram decepcionados que nela havia um corpo de imagem, caprichosamente talhada.
— Ora, disse João Alves. Só isso.
— Joga na água de novo, disse Felipe.
— Não. Guarde como lembrança, retrucou Domingos.
— Não vou desanimar à toa, disse João Alves.
Lá vai a rede de novo. E a rede foi atirada novamente. Em pouco tempo, voltava tão vazia como antes, trazendo apenas, entre as malhas, uma cabeça de imagem. João Alves apanhou o pequeno objeto assombrado, procurando adivinhar o que era aquilo. Notou assombrado que a cabeça servia perfeitamente no corpo da imagem que havia recolhido das águas. Os outros dois olhavam assombrados. A Imagem era bela. Era feita rusticamente de terra cota escura, e tinha no rosto uma expressão singela de bondade. Um manto em volta do corpo, seguro por um cordão, e aos pés, a cabeça de um anjo. As mãos juntas em atitude de prece pareciam orar. Mede 39 cms. de altura.
— É a cabeça da estatua, disse Felipe.
— Sim, ajuntou João. Serve perfeitamente.
— Credo! Que coisa estranha, ajuntou Domingos.
— E' uma bela Imagem, disse João Alves. Parece uma senhora rezando. Bonita mesmo. Vamos prosseguir a pescaria.
— Eu vou lançar a rede ali em baixo, disse Domingos.
— Eu lançarei aqui mesmo, disse João.
— Eu farei o mesmo acolá, ajuntou Felipe.
 As redes foram lançadas. E quando foram puxadas, tinham grande peso.
— Será possível, disse João. Tudo está tão esquisito hoje. O que será que está acontecendo?
 Quando a rede saiu dágua, vinha pesada de peixes que saltitavam furiosamente. O mesmo aconteceu com os outros dois pescadores assombrados. Como que por encanto, a sorte mudara. E toda vez que as redes saiam da água, vinham cheias de peixe que pulavam fazendo brilhar ao sol suas costas prateadas.
— É um milagre, disse Felipe Pedroso. Um milagre da Imagem que tiramos do rio.
Dentro em pouco era tal a quantidade de peixe, que os barcos mal podiam transportá-la. Pareciam querer afundar sob tanto peso. Contentes os pescadores voltaram ara a vila com sua grande carga de peixe. E acreditavam piamente que tinha sido um milagre da Imagem, a quem passaram a chamar de Senhora Aparecida, porque tinha aparecido nas águas do rio.
Do livro “Aparição e Milagres Nossa Senhora Aparecida” de Fred Jorge.



Aparição de Nossa Senhora de Fátima de 13/10/1917
Como nos números anteriores, continuamos o relato da Irmã Lúcia:
Saímos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante. Chegados à Cova de Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o terço. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.
– Que é que Vossemecê me quer?
Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.
– Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.
Uns, sim; outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
E tomando um aspecto mais triste:
Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.
E abrindo as mãos, fê-las refletir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projetar-se no sol.
Eis o motivo pelo qual exclamei que olhassem para o sol. O meu fim não era chamar para aí a atenção do povo, pois que nem sequer me dava conta da sua presença. Fi-lo apenas levada por um movimento interior que a isso me impeliu.
Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. S. José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos que faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a idéia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que S. José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo.
Do livro “Memórias da Irmã Lúcia”




O Milagre do Sol, “para que todos acreditem”

Um século atrás, o sol dançava na Cova da Iria. O significado e o alcance daquele acontecimento são, obviamente, muito maiores do que a própria mensagem de Fátima: a salvação das almas que Cristo comprou com o Seu sangue na Cruz.

A chuva torrencial...
...repentinamente deu lugar ao inexplicável “milagre do sol”


“Em outubro farei o milagre, para que todos acreditem", disse Nossa Senhora aos três pastorinhos de Fátima, em 13 de setembro. O “Milagre do Sol" – como ficou conhecido o evento sobrenatural que se deu na Cova da Iria, um mês depois – transformou o que era uma mera "revelação privada" em um autêntico apelo de Cristo à Sua Igreja. Não só o conteúdo da mensagem de Fátima dizia respeito à Igreja do mundo inteiro (afinal, quem está dispensado de rezar o Rosário ou fazer penitência pela conversão dos pecadores?), como a sua própria comprovação se deu publicamente, de maneira extraordinária: no dia 13 de outubro de 1917, “o sol dançou" diante de mais de 70 mil pessoas, homens e mulheres, pobres e abastados, sábios e ignorantes, crentes e descrentes.
No dizer de um eminente professor de ciências de Coimbra, o que aconteceu naquele dia foi que o sol "girou sobre si mesmo num rodopio louco". "Houve também mudanças de cor na atmosfera" e, por fim, "o sol, girando loucamente, parecia de repente soltar-se do firmamento e, vermelho como o sangue, avançar ameaçadamente sobre a terra como se fosse para nos esmagar com o seu peso enorme e abrasador". O parecer do Dr. José Maria de Almeida Garrett se conclui com uma perplexidade: "Tenho que declarar que nunca, antes ou depois de 13 de Outubro, observei semelhante fenómeno solar ou atmosférico".
Para o povo mais simples, o milagre se resume em bem menos palavras. Simplesmente, "o sol dançou". Mais do que descrever fisicamente o fenômeno, o que interessava à maioria das pessoas era o que não se podia ver, mas que ficara patente por aquela portentosa obra que eles tinham diante dos olhos: Nossa Senhora verdadeiramente apareceu a três humildes pastorinhos em Fátima.
A Lúcia, Jacinta e Francisco, de fato, mais do que ver o físico e pressentir o espiritual, foi dada uma visão bem mais abrangente da realidade: a Virgem,
"Abrindo as mãos, fê-las reflectir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projectar-se no sol. (...) Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, São José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul".
Na última aparição da Virgem de Fátima, portanto, brilha aos videntes a imagem da Sagrada Família de Nazaré. Esse fato pode indicar – juntamente com uma recém-revelada carta da Irmã Lúcia ao Cardeal Carlo Caffarra – que, realmente, "o confronto final entre o Senhor e o reino de Satanás será sobre a família e sobre o matrimônio". Quando o caminho ordinário de santificação da humanidade, que é o casamento, se encontra obstruído pela produção desenfreada da pornografia e pela popularização dos "pecados da carne" – os quais constituem, segundo resposta da Virgem à pequena Jacinta, a classe de pecados que mais ofende a Deus  –, o resultado só pode ser uma perda incalculável de almas (realidade a que a Mãe de Deus já tinha aludido, quando deu às mesmas crianças a visão do inferno).
Tal cenário desolador já tinha começado a delinear-se em Portugal, com a aprovação da lei do divórcio, em 1910, e a separação entre Estado e Igreja, em 1911. Compreensível, pois, que, soado o alarme, Nossa Senhora descesse do Céu para renovar à humanidade o apelo divino à conversão e à penitência.
Naquele 13 de outubro, em particular, a Virgem Santíssima tinha um pedido em especial, que ficaria gravado no coração dos pastorinhos. "Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido", ela dizia. Antes da agitação que se seguiria ao Milagre do Sol, é esta a mensagem que porta aos homens a toda santa Mãe de Deus: que os homens parem de pecar e ofender a Deus.
A observadores mundanos, tal recado – combinado com a ameaça de um severo castigo – poderia parecer "arcaico" ou mesmo "irrealista" para o homem moderno. – Um "espírito" que vem dos céus para falar de "pecado"? Em que século a autora dessas aparições acha que estamos? – Pois bem, é justamente no século XX que Nossa Senhora aparece, e é a mesma mensagem de dois mil anos atrás que ela carrega consigo: "Fazei tudo o que Ele vos disser" ( Jo2, 5).
Se, por um lado, os tempos mudaram, o ser humano continua o mesmo e os perigos que rondavam a humanidade na época de Cristo não mudaram. Para ser católico e seguir Jesus, nada tão básico quanto o apelo de Fátima: "Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor". Ali, o Milagre do Sol não existia apenas para confirmar a aparição de Maria, mas para realizar um outro milagre, muito maior e mais extraordinário que qualquer outro prodígio: a justificação das almas, a conversão dos pecadores. "Para que todos acreditem" em Jesus e, acreditando, tenham a vida eterna. Para que, de inimigos de Deus e habitantes do inferno, os homens se transformem em amigos de Deus e herdeiros do Céu. Para que se diga, enfim, desta civilização pagã e atéia, o que foi dito dos primeiros convertidos à fé: "Onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Rm 5, 20).
Por Equipe Christo Nihil Praeponere



SANTA MARGARIDA ALACOQUE
Margarida Maria Alacoque, filha de Philiberte Lamyn e Claudio Alacoque, notário real, nasceu em Lautecour, França, em 22/7/1647.
Ela descreve os primeiros anos da sua vida: «Oh! meu único Amor, como vos agradeço por me terdes prevenido com as vossas graças, tornando-vos Senhor do meu coração desde a minha mais tenra infância. Não apenas soube convencer-vos, Vós manifestastes à minha alma a fealdade do pecado, incutindo-me tal horror a ele, que o seu menor indício já me causava um tormento insuportável, tanto que, para moderar a vivacidade do meu caráter, bastava um simples aceno à provável ofensa de Deus: detinha-me, no mesmo instante, cheia de espanto.»
Ainda criança, durante a Missa, exclamou: «Deus do meu coração, consagro-vos a minha pureza; faço voto de perpétua castidade».
Em suas «Memórias» escreve: «Recorri a Maria Santíssima em todas as minhas necessidades e Ela me livrou de enormes perigos. Não me atrevia a recorrer diretamente ao seu Divino Filho: sempre o fazia por meio d'Ela. Oferecia-lhe o santo Rosário, rezando-o de joelhos, ou fazendo tantas genuflexões quantas são as suas Ave-Marias, ou beijando o chão outras tantas vezes».
Após a morte de sua madrinha e de seu pai, sua mãe confiou-lhe aos cuidados das Irmãs Clarissas.

Com menos de 9 anos prepararam-na para a 1ª Comunhão.
«Esta primeira Comunhão, exclama ela, deu tal amargura aos pequenos prazeres e diversões da minha idade, que já não encontrava neles gosto algum, mesmo quando os procurava com grande avidez. Quando eu tentava recrear-me com as minhas companheiras, ouvia uma voz misteriosa que me afastava da recreação e me impelia a retirar-me sozinha em algum recanto do Convento; e essa voz não me deixava em paz, enquanto não lhe obedecesse. Depois, eu tinha que me pôr a orar quase sempre prostrada por terra, de joelhos, ou fazendo muitas genuflexões. Procurava, porém, que ninguém me visse, pois era para mim um tormento insuportável o encontrarem-me a praticar aqueles atos».
Devido a uma grave enfermidade, voltou para a sua família. Encontrando-se em perigo de morte, sua mãe fez voto de consagrar a filha à Nossa Senhora, prometendo dedicá-la ao seu serviço, se ela a curasse. E Maria restituiu-lhe a saúde.

Alguns parentes passaram a morar na casa e apoderaram-se de tudo, ficando a mãe de Margarida e seus filhos como que escravizados:
«Permitiu Deus que minha mãe se despojasse da autoridade na sua própria casa, para transferi-la a outras pessoas, as quais dela abusaram de tal modo que fomos em breve reduzidos à mais dura escravidão. Não é meu intento, ao narrar estas coisas, censurar essas pessoas; não quero crer que procedessem mal ao fazer-me sofrer assim, (afastai de mim, meu Deus, tal pensamento!). Considero-as, antes, como um instrumento de que Nosso Senhor se serviu para executar os seus desígnios. Nós já não tínhamos, porém, nenhum poder em nossa própria casa e nada nos atrevíamos a fazer sem pedir licença. Era uma guerra contínua; tudo estava debaixo de chave, de modo que eu nem sequer encontrava com que me vestir convenientemente para ir à Missa, tendo muitas vezes que pedir roupa emprestada. Tal situação afligia-me de uma maneira horrível».
«Foi então que concentrei todos os meus afetos no Santíssimo Sacramento. Morando, eu, porém, numa casa de campo, longe da Igreja, não podia freqüentá-la sem licença daquelas pessoas; e acontecia que quando uma delas me dava licença, a outra a negava e, se me queixava com lágrimas, lançavam-me em rosto o ter eu, talvez, marcado alguma entrevista e querer encobri-la com o pretexto de ir à Missa ou à Benção do Santíssimo. Era um juízo absolutamente injusto, porque eu antes quisera ver o meu corpo feito pedaços do que conceber tal pensamento. Não sabendo onde refugiar-me, escondia-me em algum recanto do jardim ou noutro lugar solitário para me pôr de joelhos, expandir o meu coração, derramar as minhas lágrimas na presença de Deus. Eu o fazia sempre por intercessão da minha boa Mãe, a Virgem Santíssima, na qual tinha posto todas as minhas esperanças. Deixava-me muitas vezes ficar o dia inteiro, sem comer nem beber, e alguns bons camponeses da aldeia socorriam-me ao cair da tarde, com um pouco de leite e algumas frutas. Ao voltar para casa sentia tal tremor e medo que parecia uma pobre culpada que ia ouvir a sentença da sua condenação. Eu preferia ter que mendigar o pão antes que viver assim, pois que, muitas vezes, à mesa, nem me atrevia a tocá-lo. Desde o instante que reentrava em casa, começavam as repreensões mais acerbas, por não haver tomado conta das crianças. E não me deixavam replicar uma só palavra. Depois disso, passava o dia a derramar amargas lágrimas e a rezar diante do Crucifixo».
Sua mãe estava de cama, atacada de uma terrível erisipela. O médico, depois de lhe fazer uma sangria, para aliviá-la, partira, dizendo à filha que, a não ser um milagre, ela não se salvaria. Margarida suplicou a Jesus e sua mãe e ficou curada.
Em meio aos sofrimentos de Margarida, Jesus aparecia-lhe com a cabeça coroada de agudos espinhos, o semblante a escorrer sangue, fitando-a amorosamente com as pupilas languidas, ateava no coração de Margarida tais chamas de amor, que tudo o que ela sofria: desprezos, escravidão, maus tratos, se lhe afiguravam flores. A essa vista ela não se podia conter e pedia ao seu amado Redentor que a associasse aos seus sofrimentos, que lhe enterrasse na cabeça a sua coroa de espinhos, que lhe traspassasse as mãos e os pés com os cravos e lhe pusesse a sua cruz às costas. Redobrava as carícias e as provas de estima às pessoas que a afligiam. Prestava-lhes todos os serviços que podia, rezava por elas, chamava-lhes verdadeiros amigos da sua alma.
Com 15 anos, acrescentava aos sofrimentos enormes penitências.
Quando podia ia à Igreja e Jesus logo a arrebatava em contemplação e a introduzia na mística cela de seu amor, inebriando-a das alegrias inefáveis que fazem esquecer a terra e os sofrimentos. Tinha uma santa inveja das almas que podiam ir à Igreja livremente e aproximar-se da Mesa Angélica.
Chegara aos dezessete anos de idade, quando os dois irmãos mais velhos, já crescidos e emancipados, tomaram a direção dos negócios e restituíram à sua mãe a influência e a autoridade de que fora despojada. Os negócios haviam sobremaneira prosperado.
Numa noite de carnaval vestiu-se luxuosamente para tomar parte num festim. De volta, quando estava para se deitar, embora não tenha cometido nenhum pecado grave, Jesus apareceu-lhe no mistério doloroso da sua flagelação e disse: «Filha cruel, vê a que estado me reduziram as tuas vaidades! Tu estás perdendo um tempo infinitamente precioso de que deverás prestar rigorosas contas; atraiçoas-me e me persegues, depois de eu te haver dado tantas provas do meu amor». Isto lhe causou grande arrependimento.
Dedicava-se ao serviço dos pobres, vendo neles a pessoa de Jesus; e, se dependesse dela, lhes distribuiria todas as riquezas da casa. Recolhia a quantos encontrava no pátio ou numa sala espaçosa, para lhes ensinar a doutrina e as orações e animá-los à santificação de seus sofrimentos. Sentia repugnância dos enfermos, mas dominava a sua natureza e lavava-lhes as feridas e beijava-as. Deus recompensou a caridade da sua serva, a qual, mais confiara na bondade d'Ele que nos remédios que aconselhava. Muitas vezes curava-os milagrosamente.
Jesus disse-lhe: «Eu te escolhi para minha esposa e, quando fizeste o voto de castidade, nós nos ligamos por uma promessa de fidelidade mútua. Fui eu que te impeli a fazê-lo, antes que ao mundo coubesse alguma parte do teu amor, porque eu queria o teu coração inteiro, puro, e sem mancha de afeição terrena
Sofria tentações para desistir de abraçar a vida religiosa até que Jesus lhe disse: «Previno-te que se deres a preferência a outro, eu te abandonarei; mas, se fores fiel, eu estarei sempre ao teu lado e te farei triunfar de todos os teus inimigos. Perdôo-te a ignorância, porque ainda não me conheces, mas se me fores fiel esposa, eu te patentearei os tesouros inefáveis do meu amor».
Margarida então entra para a ordem da Visitação onde recebeu grandes revelações do Sagrado Coração:
«O MEU CORAÇÃO ESTÁ TÃO APAIXONADO DE AMOR PELOS HOMENS QUE, JÁ NÃO PODENDO CONTER DENTRO DE SI AS CHAMAS DA SUA ARDENTE CARIDADE, VÊ-SE OBRIGADO A EXPANDI-LAS POR TEU INTERMÉDIO E A MANIFESTAR-SE, A FIM DE ENRIQUECÊ-LOS DOS SEUS PRECIOSOS TESOUROS E DAS GRAÇAS DE QUE NECESSITAM, PARA EVITAREM A ETERNA PERDIÇÃO.»

[A ingratidão dos homens] «É MAIS DOLOROSO DO QUE TUDO O QUE SOFRI NA MINHA PAIXÃO, TANTO QUE, SE ME RETRIBUÍSSEM O QUE FIZ COM ALGUM SINAL DE AMOR, TERIA POR POUCO TUDO O QUE SOFRI POR ELES E QUISERA, SE POSSÍVEL FOSSE, FAZER AINDA MAIS; ENTRETANTO SÓ CORRESPONDEM COM FRIEZAS E REPULSAS A TODAS AS MINHAS SOLICITUDES. DÁ- ME, AO MENOS TU, ESTA ALEGRIA, SUPRINDO QUANTO PUDERES A SUA INGRATIDÃO.»

«EIS AQUI O CORAÇÃO QUE TANTO AMOU AOS HOMENS, NADA POUPANDO ATÉ DEFINHAR E CONSUMIR-SE PARA DAR TESTEMUNHO DO SEU AMOR; E EU, NESTE MISTÉRIO DE AMOR, DA MAIOR PARTE DOS HOMENS SÓ RECEBO INGRATIDÕES, IRREVERÊNCIAS E SACRILÉGIOS, FRIEZAS E DESPREZOS COM QUE ME AFLIGEM NESTE SACRAMENTO DE AMOR. E O QUE ME É MAIS DOLOROSO, ACRESCENTOU COM UM ACENTO QUE CALOU PROFUNDAMENTE NO CORAÇÃO DE MARGARIDA, É QUE ESSES SÃO CORAÇÕES, A MIM CONSAGRADOS».
«É POR ISSO QUE TE PEÇO QUE NA PRIMEIRA SEXTAFEIRA DEPOIS DA OITAVA DO SS. SACRAMENTO ME SEJA DEDICADA UMA FESTA PARTICULAR PARA HONRAR O MEU CORAÇÃO, PARTICIPANDO NAQUELE DIA DA S. COMUNHÃO,E FAZENDO HONROSA EMENDA E REPARA- ÇÃO DECOROSA PELAS INDIGNIDADES QUE ELE RECEBE.E EU TE PROMETO QUE O MEU CORAÇÃO SE DILATARÁ PARA EXPANDIR COM ABUNDÂNCIA AS RIQUEZAS DO SEU AMOR SOBRE TODOS AQUELES QUE LHE PRESTAREM ESSA HONRA OU PROCURAREM QUE POR OUTREM LHE SEJA PRESTADA»
«No extremo da misericórdia do meu Coração onipotente, concederei a todos aqueles que comungarem as primeiras sextas-feiras de cada mês, durante nove meses consecutivos, a graça do arrependimento final; pelo que, eles não morrerão sem a minha graça e sem receber os SS. Sacramentos; o meu Coração naquela hora extrema ser-lhes-á seguro abrigo.»
Aproximando-se o momento de sua morte deixou escrito: «No primeiro dia do retiro a minha ocupação consistia em pensar donde provinha o meu grande desejo de morrer, pois não é próprio de uma pecadora como eu o desejar comparecer perante o seu Juiz cuja santidade penetra até aos nossos mais íntimos recessos. Como podes, pois, ó minha alma sentir tamanha alegria ao aproximar-se a morte? Tu só pensas em pôr termo ao teu desterro e exultas de gozo ao pensar que em breve sairás da tua prisão. Toma cuidado, porém, para que de uma alegria temporal, filha talvez da ignorância, e da cegueira, não precipites na tristeza eterna e desta prisão mortal e passageira não caias naquele cárcere eterno, onde se extingue a esperança. Deixemos, pois, ó minha alma, esta alegria e este desejo de morrer às almas santas e fervorosas, para as quais estão reservadas as grandes recompensas. Pensemos qual não seria a nossa sorte, se não fora a bondade de Deus para conosco ainda maior que a sua justiça. As nossas obras nenhuma outra coisa nos deixam esperar senão castigos. Poderás tu, ó minha alma, suportar eternamente a ausência d'Aquele cuja presença te causa tantas consolações e cuja privação te faz sentir tão cruéis tormentos? Meu Deus, como são difíceis essas contas! Na impossibilidade de as fazer eu mesma, volto-me para Vós que sois o meu adorável Mestre. Confio-Lhe todos os pontos sobre que devo ser julgada: as nossas regras, as nossas constituições, a nossa direção». «Depois de Lhe haver confiado todos os meus interesses, experimentei uma paz admirável. Jesus conservou-me muito tempo aos seus pés, como que abismada na minha nulidade, à espera da sentença que pronunciará sobre esta sua miserável criatura.»
«Sinto-me incapaz de solver as minhas dívidas; bem o vedes Vós, ó meu Divino Mestre. Ponde-me na prisão; aí ficarei contente, contanto que seja no vosso Divino Coração; e quando n'El-le me tiverdes encerrado, apertai-me bem com as correntes do vosso amor e conservai-me assim enquanto eu não vos pagar tudo o que vos devo; e como nunca o poderei fazer, não me solteis jamais».
«Ah! que felicidade para mim poder amar a Deus! Amemo-lO soberanamente. Que desejo eu no Céu e na terra a não serdes Vós, ó Deus do meu Coração? Quando me libertareis, Senhor, deste duro exílio?» 17 de Outubro de 1690 foi o dia do seu nascimento para a vida eterna.




No reconhecimento do cadáver, encontrou-se o cérebro ainda intacto. Este tecido tão mole que se decompõe tão depressa conservara-se depois de mais de um século e meio.
Fonte: livro “Santa Margarida Maria Alacoque”, Pe. ANDRÉ BELTRAMI (disponível em: www.alexandriacatolica.blogspot.com.br)







Mulher desiste de eutanásia após encontro com o Papa na Colômbia

O papa Francisco em sua recente viagem à Colômbia, além de exortar multidões de milhões de pessoas à reconciliação e ao perdão, salvou uma vida!
Consuelo del Socorro Córdoba já fez 87 cirurgias e ainda faltam 6. Se alimenta apenas de líquidos e já havia marcado sua eutanásia para 19 de setembro.
Chamada no meio da multidão foi levada à nunciatura onde pôde encontrar o Papa, ouvi-lo, receber seu abraço e sua bênção. Depois garantiu que o encontro com Francisco a “mudou totalmente. Agora eu quero viver e preciso que o mundo inteiro saiba”; “Quero sonhar com muitas coisas: um teto, um trabalho, uma casa, porque já não morrerei”.
Com informações de acidigital e CNN.


Arcebispo autoriza abertura de processo de beatificação de Pe. Léo
O Arcebispo de Florianópolis, D. Wilson Tadeu Jönck, autorizou a abertura do processo de Beatificação do Pe. Léo, fundador da Comunidade Bethânia.
Quem foi Pe. Léo?
Em uma auto-definição destacada pelo site da Comunidade Bethânia, Pe. Léo afirmou: “Sou um sujeito que desde criança quis ser padre; e muito pobre, tentei ir para o seminário, mas não fui aceito. Então fui trabalhar até conseguir ter roupas suficientes, fazer meu enxoval”.
“Fui para o seminário com 21 anos. Tinha namorada, fui noivo, e descobri a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, que é o que eu tento viver: Quero ser um homem do Coração de Jesus. Vivo no meio de jovens drogados, prostituídos, aidéticos. Tento ser um deles e eles me ensinam muito”.
Tarcísio Gonçalves Pereira, que posteriormente ficou conhecido como Pe. Léo, nasceu em 9 de outubro de 1961, em uma família humilde de Delfim Moreira (MG), no vilarejo de Biguá, local que veio a ser muito citado pelo sacerdote em suas pregações.
Era o nono filho Joaquim Mendes Pereira e Maria Nazaré Guimarães. Como ele mesmo contou, antes de ingressar no seminário, trabalhou muito, tendo atuado como torneiro mecânico e também em uma fábrica de armas.
Foi em 1982 que ingressou no seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, em Lavras (MG). Fez seu noviciado em Jaraguá do Sul (SC), cursou Filosofia em Brusque (SC) e concluiu Teologia em Taubaté (SP).
Foi ordenado sacerdote em 1990 e, em 1995, fundou a Comunidade Bethânia, que tem como carisma o acolhimento de pessoas marginalizadas, dependentes químicos e vítimas da prostituição.
“Por meio desta comunidade, Pe. Léo nos ensinou a olhar o ser humano integralmente, em suas dimensões física, psico-afetiva e espiritual”, assinala o site da comunidade.
O sacerdote também teve ampla atuação na Renovação Carismática Católica (RCC), participante de vários eventos que atraiam multidões para ouvir suas pregações.
“Com seu jeito alegre e irreverente de ser, apaixonado pela Sagrada Escritura, utilizava-se de exemplos concretos e simples do dia a dia para chegar aos corações mais endurecidos. Utilizava linguagem simples, de fácil compreensão que prendia a atenção do ouvinte e ao mesmo tempo o convidava a uma experiência íntima com a pessoa de Jesus”, acrescenta o site.
Pe. Léo também atuou nos meios de comunicação, tendo publicado 27 livros e conduzido programas de televisão na Associação do Senhor Jesus e na Comunidade Canção Nova.
Em 4 de janeiro de 2007, partiu para a Casa do Pai, vítima de um câncer no sistema linfático.
Entretanto, mesmo quando estava doente, não deixou de lado sua missão evangelizadora. Em 2006 fez a sua última pregação no Hosana Brasil, da Comunidade Canção Nova, com o tema “Buscai as coisas do alto”.
Na ocasião, disse: “Quer ser feliz? Busque as coisas do Alto. Esta é a grande palavra que Deus trouxe ao meu coração neste tempo. A doença me tirou tudo: não consigo mais andar sozinho, não enxergo direito. Estou cego do olho direito e vejo apenas cerca de 40% com o olho esquerdo. Mas veio ao meu coração: ‘Ai de mim se eu não evangelizar’ (1 Coríntios 9,16b)”.






A moça paralítica - Fato verídico contado por padre Léo

Eu já atendi muitas meninas que fizeram aborto. Já atendi uma menina paralítica, já contei essa história, mas vale a pena relembrá-la brevemente.

Eu era jovem sacerdote e me trouxeram uma moça paralítica, menina, nova, a mãe dela e o namorado. Trouxeram essa moça pra eu orar por ela. E eu comecei a orar por essa moça, e o Espírito Santo foi me mostrando que algumas coisas feias na vida dessa moça tinham acontecido. 

Então eu pedi que a mãe e o namorado saíssem pra eu conversar um pouquinho com ela. E eu fui pedindo que ela abrisse o coração, mas ela não queria e eu não podia forçar.

Então, eu rezei um pouco, e aí Deus me deu a Palavra de Ciência, eu falei aquela Palavra de Ciência pra ela, essa moça se pôs a chorar... Mas chorou desesperadamente! E contou-me a sua história.

Ela tinha 15 para 16 anos, ficou grávida do namorado, uma família muito importante lá na cidade deles. Família de igreja. E quando, então, descobriu que a menina estava grávida, o pai e a mãe levaram essa moça pra uma cidade maior e lá fizeram um aborto.
Voltaram para a cidade, na semana seguinte foram à Missa. E qual não foi a surpresa dela, o pai dela, de jaleco branco, ajudando a distribuir a Comunhão. Naquela hora, o ódio do pai, aliado ao aborto, abriu a porta do demônio na vida dela. E aí veio a condenação, auto-condenação.

E como ela nunca mais queria cometer aquele pecado, o demônio foi sugerindo que ela não movimentasse mais as pernas, porque, não andando, ela não iria arrumar namorado. Não iria ter relações sexuais, sendo paralisada. E ela estava paralítica.


Então fizemos uma oração demorada. Entregamos a criança pra Deus. Pedi que ela escolhesse o nome pra criança e ela me perguntou: 

Menino ou menina? 

Eu disse: 

- Você que escolhe. 

Ela disse: 

- Pode ser Léo?

Pode. Fico honrado! Você tem um filho que se chama Léo e está no Céu. Está no coração de Deus. E a partir de hoje você vai pedir inclusive a intercessão dele, porque criança que foi abortada, ela está no Exército dos Santos Inocentes. Inclusive, intercedendo muito, dia e noite, pela conversão da mãe, do pai e de todos aqueles que trabalham na indústria medonha do aborto.

Quando terminamos de rezar, meus irmãos, eu dei absolvição sacramental pra ela. E quando eu terminei de dizer: 'Minha filha, eu te absolvo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo', ela se levantou sozinha, juntou-se no meu pescoço, me lambuzou de beijos e lágrimas.

Graças a Deus, eu abri a porta e, estarrecida, a mãe e o namorado a receberam andando. E ela já tinha ido até nos Estados Unidos pra resolver o problema da perna! Então, vejam bem o que o pecado faz... O pecado paralisa!





A MISSÃO  UMA EXIGÊNCIA DA CATOLICIDADE DA IGREJA
O mandato missionário. «Enviada por Deus às nações, para ser o sacramento universal da salvação, a Igreja, em virtude das exigências íntimas da sua própria catolicidade e em obediência ao mandamento do seu fundador, procura incansavelmente anunciar o Evangelho a todos os homens».
«Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei. E eis que Eu estou convosco todos os dias, até ao fim do mundo» (Mt 28, 19-20).
A origem e o fim da missão. O mandato missionário do Senhor tem a sua fonte primeira no amor eterno da Santíssima Trindade: «Por sua natureza, a Igreja peregrina é missionária, visto ter a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na missão do Filho e do Espírito Santo». E o fim último da missão consiste em fazer todos os homens participantes na comunhão existente entre o Pai e o Filho, no Espírito de amor.
O motivo da missão. É ao amor de Deus por todos os homens que, desde sempre, a Igreja vai buscar a obrigação e o vigor do seu ardor missionário: «Porque o amor de Cristo nos impele...» (2 Cor 5, 14). Com efeito, «Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tm 2, 4). Deus quer a salvação de todos, mediante o conhecimento da verdade. A salvação está na verdade. Os que obedecem à moção do Espírito da verdade estão já no caminho da salvação. Mas a Igreja, à qual a mesma verdade foi confiada, deve ir ao encontro dos que a procuram para lha levar. É por acreditar no desígnio universal da salvação que a Igreja deve ser missionária.
Os caminhos da missão. «O protagonista de toda a missão eclesial é o Espírito Santo». É Ele que conduz a Igreja pelos caminhos da missão. E esta «continua e prolonga, no decorrer da história, a missão do próprio Cristo, que foi enviado para anunciar a Boa-Nova aos pobres. É, portanto, pelo mesmo caminho seguido por Cristo que, sob o impulso do Espírito Santo, a Igreja deve seguir, ou seja, pelo caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si mesma até à morte – morte da qual Ele saiu vitorioso pela ressurreição». É assim que «o sangue dos mártires se torna semente de cristãos».
Porém, no seu peregrinar, a Igreja também faz a experiência da «distância que separa a mensagem de que é portadora, da fraqueza humana daqueles a quem este Evangelho é confiado». Só avançando pelo caminho «da penitência e da renovação» e entrando «pela porta estreita da Cruz» é que o povo de Deus pode expandir o Reino de Cristo. Com efeito, «assim como foi na pobreza e na perseguição que Cristo realizou a redenção, assim também a Igreja é chamada a seguir pelo mesmo caminho, para comunicar aos homens os frutos da salvação» 
Fonte: Catecismo da Igreja Católica 849-853.










ÂMI RECEBE VISITA DE SÍMBOLOS MISSIONÁRIOS DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA
 
Emblema da CRUZ

 

Na Ami tivemos  a alegria de receber a Sagrada Escritura e os Símbolos Missionários: a
Cruz Peregrina e a Imagem de N. Sra. da Luz, terça feira dia 26/09/2017, por volta das13:30...foi muito emocionante!
A Bíblia e os Símbolos Missionários nos foram enviados pela Arquidiocese de Curitiba através do  Pároco  Pe. Valdecir da Paróquia S. João Batista...Cantamos,rezamos ,lemos a passagem de Eclo 36, 13 a19.. meditamos e refletimos ...fizemos nossos pedidos a Nossa Sra da Luz., adoramos o Senhor Jesus na Sagrada Cruz.. A visita encerrou então com a Santa Missa celebrada pelo Padre Valdecir as 16:30...deixando os mais preciosos e vivos sentimentos de fé e graças recebidas   em nossos corações pessoal e comunitariamente, confirmando o envio e  caráter missionário de evangelização da Comunidade Ami! Foi forte  a presença de Jesus e N. Sra neste momento.Nos sentimos muito agraciados e agradecidos a Deus,ao Padre Valdecir e Arquidiocese de Curitiba   que  tiveram a iniciativa de nos conceder esta preciosa visita!

Peregrinação da Bíblia e dos Símbolos Missionários pela Arquidiocese de Curitiba

Uma Igreja em Saída
A Arquidiocese de Curitiba intensifica o seu horizonte missionário, com a Peregrinação da Palavra de Deus e dos Símbolos Missionários
Sobre a Peregrinação:
A Arquidiocese de Curitiba, acolhendo com decisão o convite evangélico do Papa Francisco por uma Igreja em saída, vem realizando inúmeras atividades para suscitar nas comunidades, pastorais e movimentos uma paixão sempre mais profunda pela missão evangelizadora da Igreja. O encontro autêntico com a pessoa de Jesus Cristo, cujo Evangelho faz transbordar o coração e a vida de alegria, gera o dinamismo missionário como forma de testemunho e partilha de toda beleza, bondade e verdade da proposta cristã aos nossos irmãos e irmãs, sobretudo aqueles que se encontram nas mais diferentes periferias existências de nossos territ&oacute ;rios.
Motivados por esta certeza e com o desejo de intensificar ainda mais os horizontes missionários de nossa Igreja, em 8 de setembro de 2017 tem início a peregrinação da Palavra de Deus e dos símbolos missionários (a cruz e a imagem de Nossa Senhora da luz dos Pinhais) em todas as paróquias que formam a nossa Arquidiocese.
Será uma oportunidade singular para a realização de ações em diversos níveis (formações, visitas, momentos de oração, dentre outros…) a fim de abrasar de maneira mais intensa os corações da população na Arquidiocese de Curitiba, pelo amor à missão.

A Bíblia: A Palavra e sua força missionários


A dinâmica “excêntrica” da Igreja (não encerrada sobre si, mas aberta ao mundo) possui a sua razão de ser na própria dinamicidade da Trindade. Ao longo da revelação, contida nas Sagradas Escrituras, Deus se manifesta de forma peregrina, caminhante e desinstaladora, provocando este idêntico movimento nos destinatários da divina revelação (Abraão, Moisés, os profetas…).
Chegada à plenitude dos tempos, este modo de atuação divina alcança toda a sua força expressiva no mistério da Encarnação. Por meio do Espírito, a Palavra do Pai – Jesus Cristo – se faz homem assumindo não somente a atitude peregrinante, mas também a carne do peregrino. Tal princípio, condensado no Novo Testamento, se torna constitutivo da Igreja, chamada a percorrer o mesmo caminho de seu Esposo e Senhor: “Ide e fazei com que todos os povos da terra se tornem discípulos” (Mt 28,19).
Uma Igreja em saída é uma comunidade de discípulos e discípulas que vive a própria fidelidade ao Cristo Mestre através de atitudes ousadas, envolventes, acompanhadoras, frutuosas e capazes de celebrar. A vivência de tais características, ontem como hoje, convoca toda Igreja, nas suas mais diversas formas de atuação, a um caminho renovado de conversão a partir do coração do Evangelho. Este processo de metanoia, pautado na Boa Notícia, conduzirá a missão da Igreja a ser capaz de encarnar-se nas limitações humanas sem perder a grandeza da proposta cristã, mas ao me smo tempo, indo ao encontro como uma “mãe de coração aberto” que conquista e transforma pela força do amor misericordioso.

A Cruz: O amor impelente do Crucifixo


“Quando serei elevado da terra, atrairei todos a mim (Jo, 12,32)”, anuncia o Mestre antes de sua paixão. E a força de atração que emana da cruz é a força transformadora do amor. Ao contemplar o crucifixo, e sobre ele o Crucificado, o cristão pode fazer experiência da grandeza e da profundidade do amor de Deus para conosco, e para com a humanidade inteira. Nele está compendiada toda a vida de Jesus de entrega fiel ao Pai e de doação total aos seus irmãos e irmãs.
A sabedoria da cruz – da qual nos fala o apóstolo Paulo – que forma a mente e plasma o coração do discípulo missionário, longe de fomentar uma espiritualidade pietista ou interpretações dissabores a respeito da vida cristã pautada em ascetismos anacrônicos, quer nos conduzir a um compromisso envolvente com a pessoa de Jesus Cristo e o seu projeto de vida plena para todos os homens e mulheres. A cruz de Cristo, portanto, aponta para o jardim da Ressurreição que prefigura os novos céus e a nova terra onde toda dor e lágrima, sobretudo aquelas que são consequências da injusti&ccedi l;a e da opressão, serão enxugadas.

Imagem de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais: Maria, a Mãe da Evangelização


Na exortação apostólica Evangelii Gaudium, Maria nos é apresenta como “Mãe do Evangelho Vivente (EG n. 287)”. Nela, antes que em seu ventre, a Boa Notícia se fez carne em seu coração, através de uma adesão existencial ao seu Senhor. Em Maria, a dinâmica trinitária encontra não somente habitação, mas também um eco. Acolhendo a realização plena da promessa salvífica, a Virgem de Nazaré dela se torna epifania através de sua capacidade contemplativa de perceber os vestígios divinos na silenciosa quotidianidade humana e na sua capacidade de servir profeticamente seus filhos e filhas por adoção.
O papa Francisco nos recorda que, há um estilo mariano na atividade evangelizadora da Igreja, pois a ela contemplando voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do amor. Como Maria, invocada em nossa Arquidiocese com o título de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, queremos irradiar a luz do seu Filho, cujo brilho nos aponta caminhos direcionados a inícios em inícios, por inícios sempre novos na bonita missão de o Evangelho testemunhar como uma Igreja em saída.

Como funciona a peregrinação?


A Palavra e os Símbolos passarão pelos 15 setores pastorais, aos moldes da Peregrinação da Imagem de Aparecida, em 2015. Será uma peregrinação permanente, ou seja, terminando os 15 setores. Cada setor realizará sua organização para atender a todas as paróquias. O cronograma por setor pode ser acessado no site da Arquidiocese de Curitiba.
A Palavra e os Símbolos serão levados aos ambientes de missão;
As Comissões Pastorais poderão solicitar a presença da Palavra e dos Símbolos em seus eventos mediante solicitação prévia junto ao Grupo de Animação Missionária da Arquidiocese de Curitiba;
No período em que a Palavra e os Símbolos estiverem peregrinando pelo setor, devem ser realizadas intensas atividades missionárias, que os levem nas periferias existenciais, onde os discípulos de Jesus devem estar e que a Igreja não chega.

Sugestões de atividades:


As paróquias devem se programar para que a chegada dos Símbolos seja conciliada com uma programação de saídas. Entre as sugestões de atividades estão: a realização da Missa de Envio do Missionário, realização de Saídas Missionárias da Paróquia; formações missionárias, visitas a asilos, casa dos enfermos, creches, escolas; evangelização em praças, Celebrações Eucarísticas, na procissão de entrada e na homilia; em órgãos públicos, associações, sindicatos, enfim, em todos os espaços e momentos que forem propícios para a Evangelização.
Luciane (membro da âmi)






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