SÃO PEDRO.
Segundo um
dito popular Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. De
fato, Simão, a quem o Senhor deu o nome de Pedro, assim como nós, era cheio de
fraquezas e pecados "E EXCLAMOU: 'RETIRA-TE DE MIM, SENHOR, PORQUE SOU UM
HOMEM PECADOR'"(Lc.5,8) e Jesus, mesmo sabendo da veracidade desta
confissão, disse: "NÃO TEMAS; DORAVANTE SERÁS PESCADOR DE
HOMENS."(Lc.5,10).
Quando
Jesus prometeu dar-nos o seu corpo e sangue em alimento "MUITOS DOS SEUS
DISCÍPULOS SE RETIRARAM E JÁ NÃO ANDAVAM COM ELE. ENTÃO JESUS PERGUNTOU AOS
DOZE: 'QUEREIS VÓS TAMBÉM RETIRAR-VOS?' RESPONDEU-LHE SIMÃO PEDRO: 'SENHOR, A
QUEM IRÍAMOS NÓS? TU TENS AS PALAVRAS DA VIDA ETERNA."(JO.6,66-68) Não é
por acaso que são João narra que foi Pedro (primeiro papa) que deu tal resposta.
Assim, a Igreja Católica permaneceu fiel desde Pedro, não somente na
observância da Palavra de Deus, mas também na crença da presença real de Cristo
na Eucaristia, ao contrário de tantas denominações cristãs que a exemplo dos
discípulos que se separaram, não acreditam em tal presença.
Pedro,
pouco antes da prisão e morte de Jesus, garantiu-lhe - "SENHOR, ESTOU
PRONTO A IR CONTIGO TANTO PARA A PRISÃO COMO PARA A MORTE"(Lc.22,33) e
tentou mesmo defender Jesus decepando com sua espada a orelha de Malco. Mas
após ouvir as palavras de Jesus: "ENFIA A TUA ESPADA NA BAINHA! NÃO HEI DE
BEBER EU O CÁLICE QUE O PAI ME DEU?"(Jo.18,11) parece ter perdido a
coragem, fugiu, seguiu Jesus de longe e pouco depois, por três vezes negou que
o conhecia.
Entretanto,
depois de receber o Espírito Santo no dia de Pentecostes, Pedro deixou-se
transformar profundamente por ele e naquele mesmo dia, cheio de coragem fez um
discurso e "OS QUE RECEBERAM A SUA PALAVRA FORAM BATIZADOS"(At.2,41),
cerca de três mil pessoas!
QUO VADIS
DOMINE?
"Uma
antiga tradição da Igreja de Roma conta que o Apóstolo Pedro, saindo da cidade
para fugir da perseguição do Imperador Nero, viu que Jesus caminhava na direção
oposta e, admirado, lhe perguntou: «Para onde vais, Senhor?». E a resposta de
Jesus foi: «Vou a Roma para ser crucificado outra vez». Naquele momento, Pedro
entendeu que devia seguir o Senhor com coragem até o fim, mas entendeu
sobretudo que nunca estava sozinho no caminho; com ele, sempre estava aquele
Jesus que o amara até o ponto de morrer na Cruz." (Papa Francisco na JMJ -
Rio)
Sendo
condenado à cruz, e se sentindo indigno de morrer como Cristo, pediu para ser
crucificado de cabeça para baixo! Assim, finalmente Pedro cumpriu sua promessa
a Jesus de acompanhá-lo por amor à prisão e à morte!
PRIMADO DE
PEDRO
Foi a este
apóstolo que Jesus declarou: "TU ÉS PEDRO E SOBRE ESTA PEDRA CONSTRUIREI A
MINHA IGREJA E AS PORTAS DO INFERNO NUNCA PREVALECERÃO CONTRA ELA. EU TE DAREI
AS CHAVES DO REINO DOS CÉUS, E TUDO QUE LIGARES NA TERRA SERÁ LIGADO NOS CÉUS,
E TUDO O QUE DESLIGARES NA TERRA SERÁ DESLIGADO NOS CÉUS"(Mt.16,18-19).
Evidentemente a promessa de Jesus de que a Igreja não seria vencida pelas
potências infernais é eterna, não se refere somente ao tempo de vida de Pedro
nesta terra. Assim, desde a morte de Pedro lhe sucederam os santos padres. E
como Pedro, também seus sucessores, os papas, têm suas fraquezas humanas mas
são assistidos pelo Espírito Santo. "O Pontífice Romano goza de
infalibilidade quando na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os
fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato
definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e aos costumes"(cf.
Catecismo da Igreja Católica, 891).
"FELIZ
ÉS, SIMÃO, FILHO DE JONAS, PORQUE NÃO FOI A CARNE NEM O SANGUE QUE TE REVELOU
ISTO, MAS MEU PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS."(Mt.16,17)
"EU
ROGUEI POR TI, PARA QUE A TUA CONFIANÇA NÃO DESFALEÇA; E TU, POR TUA VEZ,
CONFIRMA OS TEUS IRMÃOS."(Lc.22,32)
Ivan
(membro da âmi)
HISTÓRIA DA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI
No final do
século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi
a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este
movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a
Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação
na Missa e a festa de Corpus Christi.
Santa
Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de
Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège,
Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas
em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi
superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas
Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.
Desde
jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E
sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se
diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua
cheia com uma mancha negra, que significava a ausência dessa solenidade.
Juliana
comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja,
também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e
Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja, mais tarde o Papa Urbano
IV.
O bispo
Roberto focou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de
ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a
celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um
monge de nome João escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto está
preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes
do ofício.
Dom Roberto
não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de
1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a
quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo
alemão conheceu o costume e o estendeu por toda a atual Alemanha.
O Papa
Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma.
Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o
Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de
que a Consagração fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Forma, viu
sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada
relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se
conservam os corporais -onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa- em
Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.
O Santo
Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se
estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula
"Transiturus" de 8 de setembro do mesmo ano, fixando-a para a
quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a
todos que assistirem a Santa Missa e o ofício.
Em seguida,
segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício -a liturgia das
horas- a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou
a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando
o seu em pedaços.
A morte do
Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o
Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena
(1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma
recopilação de leis -por João XXII- e assim a festa é estendida a toda a
Igreja.
Nenhum dos
decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração.
Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e
Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
A festa foi
aceita em Cologne em 1306; em Worms a adotaram em 1315; em Strasburg em 1316.
Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos
e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da
Santíssima Trindade.
Na Igreja
grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios,
armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.
Finalmente,
o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida
na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo, seja
celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade;
e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares
públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e
verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória
e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fonte: www.acidigital.com
AS 12 PROMESSAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
Nosso
Senhor apareceu numerosas vezes a Santa Margarida Maria Alacoque (de 1673 até
1675).
Nessas
aparições, Ele fez 12 promessas.
1ª
Promessa: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e
venerada a imagem de meu Sagrado Coração”.
2ª
Promessa: “Eu darei aos devotos de meu Coração todas as graças necessárias a
seu estado.”
3ª
Promessa: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”.
4ª
Promessa: “Eu os consolarei em todas as suas aflições”.
5ª
Promessa: “Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”.
6ª
Promessa: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e
empreendimentos”.
7ª
Promessa: “Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de
misericórdias”.
8ª
Promessa: “As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”.
9ª
Promessa: “As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta
perfeição".
10ª
Promessa: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o
poder de tocar os corações mais endurecidos”.
11ª
Promessa: "As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome
inscrito para sempre no meu Coração”.
12ª
Promessa: “A todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras de nove meses
consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.
Devota exortação à
sagrada comunhão (do livro "IMITAÇÃO DE CRISTO")
Voz de
Cristo
VINDE A MIM TODOS QUE PENAIS E
ESTAIS SOBRECARREGADOS, E EU VOS ALIVIAREI, diz o Senhor (Mt 11,78).
O PÃO QUE EU DAREI É A MINHA CARNE,
PELA VIDA DO MUNDO (Jo 6,52).
TOMAI E COMEI, ESTE É O MEU CORPO,
QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS; FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM (Lc 22,19).
QUEM COME A MINHA CARNE E BEBE O MEU
SANGUE PERMANECE EM MIM E EU NELE (Jo 6,57).
AS PALAVRAS QUE EU VOS DISSE SÃO
ESPÍRITO E VIDA (Jo 6,64).
Com quanta
reverência cumpre receber a Cristo
Voz do
discípulo
São vossas
essas palavras, ó Jesus, verdade eterna, ainda que não fossem proferidas todas
ao mesmo tempo, nem escritas no mesmo lugar. Sendo vossas, pois, essas palavras
e verdadeiras, devo recebê-las todas com gratidão e fé. São vossas, porque vós
as dissestes; e são também minhas, porque as dissestes para minha salvação.
Cheio de alegria as recebo de vossa boca, para que mais profundamente se me
gravem no coração. Animam-se palavras de tanta ternura, atemorizam-me os meus
pecados, e minha consciência impura me afasta da participação de tão altos
mistérios. Atrai-me a doçura de vossas palavras, mas me oprime a multidão de
meus pecados.
Mandais que
me chegue a vós com grande confiança, se quero ter parte convosco; e que receba
o manjar da imortalidade, se desejo alcançar a vida e glória eterna. Vinde,
dizeis vós, vinde a mim todos que penais e estais sobrecarregados, e eu vos
aliviarei. Ó palavra doce e amorosa aos ouvidos do pecador: vós, Senhor meu
Deus, convidais o pobre e indigente à comunhão de vosso santíssimo corpo, mas
quem sou eu, Senhor, para ousar aproximar-me de vós? Eis que os céus dos céus
não vos podem abranger, e dizeis: Vinde a mim todos!
Que quer
dizer essa condescendência tão meiga e esse tão amoroso convite? Como me
atreverei a chegar-me a vó, quando não conheço em mim bem algum em que me possa
confiar? Como posso acolher-vos em minha morada, eu, que tantas vezes ofendi a
vossa benigníssima face? Tremem os anjos e os arcanjos, estremecem os santos e
os justos, e vós dizeis: Vinde a mim todos! Se não fosse vossa essa palavra,
quem a teria por verdadeira? Se vós o não ordenásseis, quem ousaria
aproximar-se?
Noé, o
varão justo, trabalhou cem anos na construção da arca para salvar-se com
poucos: como me poderei eu preparar numa hora para receber com reverência o
Criador do mundo? Moisés, vosso grande servo e particular amigo, fabricou a
arca de madeira incorruptível, e revestiu-a de ouro puríssimo, para guardar
nela as tábuas da lei; e eu, criatura vil, me atreverei a receber-vos com tanta
facilidade, a vós, que sois o autor da lei e o dispensador da vida? Salomão, o
mais sábio dos reis de Israel, levou sete anos a edificar o templo magnífico,
em louvor de vosso nome, e celebrou por oito dias a festa de sua dedicação,
ofereceu mil hóstias pacíficas, e ao som das trombetas e com muito júbilo
colocou a arca da aliança no lugar que lhe havia sido preparado. E eu, o mais
miserável de todos os homens, como poderei receber-vos em minha casa, quando
mal sei empregar meia hora com devoção? E oxalá que uma vez sequer a houvesse
empregado dignamente!
Ó meu Deus,
quanto se esforçaram esses vossos servos para agradar-vos! Ai, quão pouco é o
que eu faço! Quão pouco o tempo que gasto em preparar-me para a comunhão! Raras
vezes estou de todo recolhido, raríssimo livre de toda distração. E, todavia,
na presença salutar de vossa divindade não me devia ocorrer pensamento algum
impróprio, nem eu me devia ocupar de criatura alguma, pois vou hospedar, não a
um anjo, senão ao Senhor dos anjos.
Demais, há
grandíssima diferença entre a arca da aliança com suas relíquias e vosso
puríssimo corpo com suas inefáveis virtudes; entre aqueles sacrifícios da lei,
que eram apenas figuras do futuro, e o sacrifício verdadeiro de vosso corpo,
que é o cumprimento de todos os sacrifícios antigos.
Por que,
pois, se me não acende melhor o meu coração na vossa adorável presença? Por que
me não preparo com maior cuidado para receber vosso santos mistério, quando
aqueles santos patriarcas e profetas, reis e príncipes, com todo o povo,
mostraram tanta devoção e fervor no culto divino?
Com
religioso transporte dançou o piedosíssimo rei Davi diante da arca da aliança,
em memória dos benefícios concedidos outrora a seus pais; mandou fabricar
vários instrumentos musicais, compôs salmos e ordenou que se cantassem com
alegria, e ele mesmo os cantava muitas vezes ao som da harpa;
ensinou ao
povo de Israel a louvar a Deus de todo o coração e angrandecê-lo e bendizê-lo
todos os dias, a uma voz. Se tanta era, então, a devoção e o fervor divino
diante da arca do testamento, quanta reverência e devoção devo eu ter agora, e
todo o povo cristão, na presença do Sacramento e na recepção do preciosíssimo
corpo de Cristo!
Correm
muitos a diversos lugares para visitar as relíquias dos santos, e se admiram
ouvindo narrar os seus feitos; contemplam os vastos edifícios dos templos e
beijam os sagrados ossos, guardados em seda e ouro. E eis que aqui estais
presente diante de mim, no altar, vós, meu Deus, Santo dos santos. Criador dos
homens e Senhor dos anjos. Em tais visitas, muitas vezes é a curiosidade e a
novidade das coisas que move os homens; e diminuto é o fruto de emenda que
recolhem, principalmente quando fazem essas peregrinações com leviandade, sem
verdadeira contrição. Aqui, porém, no Sacramento do Altar, vós estais todo
presente, Deus e homem, Cristo Jesus; aqui o homem recebe copioso fruto de
eterna salvação, todas as vezes que vos recebe digna e devotamente. Aí não nos
leva nenhuma leviandade, nem curiosidade ou atrativo dos sentidos, mas sim a fé
firme, a esperança devota e a caridade sincera.
Ó Deus
invisível, Criador do mundo, quão maravilhosamente nos favoreceis, quão suaves
e ternamente tratais com vossos escolhidos, oferecendo-vos a vós mesmo como
alimento, neste Sacramento! Isto transcende todo entendimento, isto atrai os
corações dos devotos e acende o seu amor. Porque esses teus verdadeiros fiéis,
que empregam toda a sua vida na própria emenda, recebem muitas vezes deste
augusto Sacramento copiosa graça de devolução e amor à virtude.
Ó graça
admirável e oculta deste Sacramento, que só dos fiéis de Cristo é conhecida,
mas que os infiéis e escravos do pecado não podem experimentar! Neste
Sacramento se dá a graça espiritual, recupera a alma a força perdida,
refloresce a formosura deturpada pelo pecado. Tamanha é, às vezes, esta graça,
que, pela abundância da devoção recebida, não só a alma, mas ainda o corpo
fraco sente-se munido de maiores forças.
É, porém,
muito para chorar e lastimar a nossa tibieza e negligência, o pouco fervor em
receber a Jesus Cristo, em quem reside toda a esperança e merecimento dos que
se hão de salvar. Porque ele é a nossa santificação e redenção, ele
o consolo
dos peregrinos e o gozo eterno dos santos. E assim é muito pra chorar o pouco
caso que tantos fazem deste salutar mistério, sendo ele a alegria do céu e a
conservação de todo o mundo. Ó cegueira e dureza do coração humano, que tão
pouco estima esse dom inefável, antes, com o uso cotidiano que dele faz, chega
a cair na indiferença!
Pois, se esse
augusto Sacramento se celebrasse num só lugar e fosse consagrado por um só
sacerdote no mundo, com quanto desejo imaginas que acudiriam os homens a
visitar aquele lugar e aquele sacerdote a fim de assistir à celebração dos
divinos mistérios? Agora, porém, há muitos sacerdotes, e em muitos lugares
Cristo é oferecido, para que tanto mais se manifeste a graça e o amor de Deus
para com os homens, quanto mais largamente é difundida pelo mundo a sagrada
comunhão. Graças vos sejam dadas, bom Jesus Pastor eterno, que vos dignais
sustentar-nos a nós, pobres e desterrados, com vosso precioso corpo e sangue, e
até convidar-nos, com palavras de vossa própria boca, à participação desses
mistérios, dizendo: Vinde a mim todos que penais e estais sobrecarregados, e eu
vos aliviarei.
A VIRGEM MARIA EM CUAPA, NICARÁGUA.
Bernardo
Martinez, a quem Maria apareceu, nasceu em 29 de agosto de 1931 (dia de são
Bernardo) em Cuapa. Em 1995 foi ordenado sacerdote. Morreu no ano 2000.
Bernardo
Martínez
Pe.
Bernardo Martínez
Os
primeiros sinais ocorreram em 15 de abril de 1980, na igreja de Cuapa onde
Bernardo era sacristão. Chegando à sacristia, vê a imagem da Virgem toda
iluminada. A luz provinha da própria imagem, não de fonte externa.
Primeira
aparição:
No dia 8 de
maio de 1980. O coração de Bernardo estava experimentando sensações que ele não
podia entender, assim decidiu ir pescar no rio para espairecer um pouco.
Retornando com sua pesca, se recostou numa árvore para rezar. Às três da tarde
vê um relâmpago e, sem saber de onde vinha, caminhou uns seis passos e viu
outro relâmpago, então começou a ver a imagem da Virgem da Assunção, conhecida
na Nicarágua como a Puríssima ou a Imaculada Conceição. Assombrado, não dizia
nada, até que em um dos movimentos da Senhora, os raios que saíam de suas mãos
atingiram o peito de Bernardo; então ele se atreveu a perguntar-lhe: “quem
és?”, ao que ela respondeu com doçura: “venho do céu, sou a Mãe de Jesus”.
Perguntando
à Virgem quais seus desejos, a Senhora responde: “Quero que rezem o rosário
todos os dias. Não quero que o rezem somente no mês de maio. Quero que o rezem
permanentemente, em família, desde as crianças que tenham uso da razão... que o
rezem em uma hora fixa quando já não há problemas com tarefas domésticas”
Continuou
ensinando-lhe e dizendo-lhe que o Senhor não gosta que façamos orações de forma
ligeira ou mecânica e por isso nos recomendou a reza do rosário com citações
bíblicas e que pratiquemos a Palavra de Deus. Também lhe disse: “Amem-se,
cumpram com seus deveres. Façam a Paz. Não (somente) peçam a paz ao Senhor
porque se vocês não a fazem não haverá paz”.
Depois de
uma pausa disse: “A Nicarágua sofre muito desde o terremoto. Está ameaçada a
sofrer ainda mais. Continuará sofrendo se vocês não se converterem. Reza, filho
meu, o rosário por todo o mundo”. Continuou a Virgem: “Diga a crentes e não
crentes que ao mundo se acercam graves perigos. Peço ao Senhor que aplaque sua
justiça; mas se vocês não se convertem, abreviam a vinda de uma terceira guerra
mundial”. Bernardo ao compreender que teria que dizê-lo a toda gente lhe
respondeu: “Senhora, tenho muitos problemas na Igreja. Diga-o a outra pessoa.”
Ao que Ela contestou: “Não, porque o Senhor escolheu a ti para que transmita a
mensagem”. Esta reação de Bernardo nos recorda a outros videntes, como Juan
Diego perante a Virgem de Guadalupe.
Bernardo
preferiu guardar tudo em segredo, mas estava triste e sentia como um peso por
não contar aquilo que havia visto. Depois de oito dias quando ia em busca de
uma terneira, buscou outro caminho. Viu um relâmpago e sentiu a alegria da
primeira vez; logo veio outro relâmpago e em seguida viu a Virgem. Ela lhe
disse em tom amável mas de repreensão: “Por que não disse o que te mandei?”, e
Bernardo respondeu: “É que tenho medo. Tenho medo que debochem de mim”. E então
a Virgem lhe disse: “Não tenha medo. Eu vou te ajudar; diga ao sacerdote”.
Houve outro relâmpago e logo desapareceu.
Segunda
aparição.
Em 8 de
junho Bernardo foi ao lugar das aparições, mas não sucedeu nada. Mas à noite
teve um sonho em que viu a Virgem no lugar das aparições. Ela lhe mostrou uma
faixa do céu e ali apareceu, como em cinema, uma multidão de pessoas com
vestidos belíssimos. Ele o descreve assim: “Vi um grupo de pessoas, que,
vestidas de branco caminhavam para onde sai o sol. Cantavam. Ouvia-os, mas não
entendia as palavras. Tinham uma alegria que eu jamais havia visto. Logo
apareceu outro grupo, e a Virgem me disse: “Veja. Estas são as primeiras
comunidades quando começou o cristianismo. São os primeiros catecúmenos. Muitos
deles foram mártires. Querem vocês ser mártires? Gostaria de ser mártir?””
Bernardo segue relatando: “Eu não sabia o que isto significava, mas lhe disse
que sim. Depois vi outro grupo, vestido de branco com rosários luminosos nas
mãos. Rezavam o Pai-Nosso e dez Ave-Marias. Eu rezava com eles. Depois vi um
terceiro grupo, todos vestidos de castanho. Disse-me a Senhora: “Estes
receberam o rosário das mãos dos primeiros.” Veio um quarto grupo, mas estes
vinham vestidos como nós nos vestimos. Senti de imediato que podia entrar neste
grupo porque se vestiam como eu. Mas olhei minhas mãos e as vi negras, eles, ao
contrário, como os anteriores, emanavam luz. Então disse: Senhora, vou com
estes porque estão vestidos como eu. Ela me disse: “Ainda não precisa, tens que
dizer a gente o que tens visto e ouvido. Mostrei-te a glória do Senhor, e isto
adquirireis se obedecem ao Senhor, a Palavra do Senhor, se perseveram na reza
do Santo Rosário e põem em prática a Palavra do Senhor””.
Terceira
aparição.
Na aparição
de 8 de julho a Virgem não veio ao lugar das aparições, mas Bernardo teve um
sonho que se relaciona com a confirmação de todos esses acontecimentos que
pareciam de ordem sobrenatural. Também tem a ver com as petições que faziam a
Bernardo para que pedisse à Senhora. No sonho, Bernardo vê um anjo e este lhe
disse que a oração que havia ele feito, no lugar da aparição e onde a Virgem
não foi, havia sido escutada.
Entre as
petições de muita gente se encontrava a de uma senhora que tinha um irmão
preso, acusado injustamente, e o anjo trouxe uma mensagem para eles. O anjo
disse: “diz a irmã que o preso está muito triste; que lhe aconselhe que não
firme nenhum documento; que vão pressioná-lo para que firme fazendo-se
responsável por um dinheiro; ele é inocente. Que ela não se aflija, que poderá
falar com ele a sós, que vão tratá-la com amabilidade. Que vá segunda feira ao
governo de Juigalpa proceder em busca da liberdade porque este dia vão
soltá-lo. Que leve mil córdobas porque lhe vão cobrar a multa”.
Bernardo,
despertando do sonho, fez o que o anjo mandou. Tudo se realizou como o anjo
havia dito. A senhora, maravilhada, logo foi agradecer a Bernardo pelo
ocorrido.
Quarta
aparição.
Em 8 de
agosto não houve aparição mas sim em 8 de setembro. Bernardo foi acompanhado de
muita gente ao local da aparição, e como era de costume, ao segundo relâmpago
veio a Senhora, porém desta vez a viu como criança. Bernardo a descreveu assim:
“Ela era belíssima, mas criança. Era pequena, vestia uma túnica cor creme
pálido. Não tinha véu, nem coroa, nem manto. Nenhum adorno, nem bordado. O
vestido era comprido, mangas longas e estava cingido com um cordão à cintura.
Os cabelos caiam aos ombros e eram castanhos. Os olhos também, mas mais claros,
quase cor de mel. Toda ela irradiava luz. Parecia a Senhora, mas era uma
criança. Era como uma criança de oito anos”. Quando lhe falou, deu a seguinte
mensagem: “Quero que rezem o rosário, todos os dias. Não quero que o rezem
somente no mês de maio”... e continuou sucessivamente como na primeira.
Bernardo lhe disse que como querem construir-lhe uma igreja, há pessoas que
ofereceram dinheiro e já tem recolhido oitenta córdobas. Ela lhe contesta:
“Não, o Senhor não quer templos materiais. Quer os templos vivos que são vocês.
Restaurem o Sagrado Templo do Senhor. O Senhor tem em vocês todas suas
complacências”.
Quinta
aparição: 13 de outubro.
Nesta
aparição Nossa Mãe aparece como a Virgem Dolorosa. Dizia estar triste porque
lhe doía ver a dureza de coração de algumas pessoas, e encarregou Bernardo de
orar pela conversão delas; recomendou-lhe renovar a devoção dos cinco primeiros
sábados, e concluiu dizendo a Bernardo que não a veria mais naquele lugar.
Nossa
Senhora das Vitórias.
Bernardo
relatou ainda uma outra manifestação de Nossa Senhora no povoado de El Crucero
em 1987:
Na cabeça
levava uma coroa belíssima...
Nos braços
trazia um Menino varão, como de um ano.
Quando Ela
falava, também Ele falava em sua linguagem de criança. As palavras que Ela
pronunciou:
Estou
contente contigo, porque estás seguindo as inspirações que eu te dei. Mandei-te
a esta paróquia de Santa Maria das Vitórias porque está muito decaída e quero
que se restaure. Quero que se dê catecismo por todos os cantos e se fale da
palavra de Deus; quero que voltem à tradição da Igreja e à água benta.
Neste
momento, no quarto tão pequeno vi uma enorme igreja, lindíssima, na porta maior
havia uma pia de água benta e o povo se benzia e ia rezar ao Santíssimo.
Fonte: www.cuapa.com
BEATA A L B E R T I N A
Albertina
Berkenbrock nasceu no dia 11 de abril de 1919, na comunidade de São Luís,
paróquia São Sebastião de Vargem do Cedro, município de Imaruí, Estado de Santa
Catarina. Filha de um casal de agricultores, Henrique e Josefina Berkenbrock,
teve mais 8 irmãos e irmãs. Foi batizada no dia 25 de maio de 1919, crismada em
9 de março de 1925 e fez a primeira comunhão no dia 16 de agosto de 1928.
Aos 12 anos
de idade, no dia 15 de junho de 1931, às 16 horas, Albertina foi assassinada
porque quis preservar a sua pureza espiritual e corporal e defender a dignidade
da mulher, por causa da fé e da fidelidade a Deus. E ela o fez, heroicamente,
como verdadeira mártir.
O martírio
e a conseqüente fama de santidade espalharam-se rapidamente de maneira clara e
convincente. Afinal, ela foi uma menina de grande sensibilidade para com Deus e
com as coisas de Deus, para com o próximo e com as coisas do próximo. Isso se
depreende, com nitidez, de sua vida, vivida na simplicidade dos seus tenros anos.
Seus pais e
familiares souberam educar Albertina na fé, no amor e na esperança, as virtudes
teologais da religião cristã. Transmitiram-lhe, pela vida e pelo ensinamento,
todas as verdades reveladas na Sagrada Escritura. E ela aprendeu a corresponder
a tudo com grande generosidade de alma. Buscar em Deus inspiração e força para
viver tornou-se algo espontâneo. Rezava, pois, com alegria, seja sozinha, seja
na família, seja na comunidade. Aprendeu a participar ativamente da vida
religiosa, em todos os seus aspectos.
Quando
chegou o tempo da catequese preparatória para os sacramentos da Reconciliação e
da Eucaristia, Albertina chamou a atenção pela forma como se preparou: com
muita diligência e grandeza de coração.
A “primeira
confissão” tornou-se porta aberta para se confessar freqüentemente.
A “primeira
comunhão” foi uma experiência única, a tal ponto que ela própria afirmou: -
“Foi o dia mais belo de minha vida!”.
A partir de
então, não deixou mais de participar da Eucaristia, tornando esse sacramento “fonte
e cume de sua vida cristã”. Gostava de falar, na sua forma simples de
expressar-se, do mistério eucarístico como experiência do amor de Deus,
compreendendo que a Eucaristia é o memorial da morte e ressurreição de Jesus,
ato supremo do amor redentor.
Albertina
cultivou uma devoção muito filial a Nossa Senhora, venerando-a com carinho,
tanto em casa como na capela da comunidade. Participou, com intensidade, da
oração do rosário junto com os familiares. Na simplicidade de coração,
recomendou, seguidamente, a Maria - Mãe de Jesus e Mãe da Igreja - a sua alma e
a sua salvação eterna.
Ela deixou
crescer dentro de si uma afinidade muito grande com o padroeiro da comunidade,
São Luís. Uma coincidência providencial, esta devoção ao Santo, que é modelo de
pureza espiritual e corporal. Certamente, preparando-a também para um dia
defender com sua vida este grande valor.
A formação
cristã, vivida e ensinada pela família, introjetou em Albertina virtudes
humanas extraordinárias: a bondade, a acolhida, a meiguice, a docilidade, o
serviço. Teve uma obediência responsável; foi incansável nas atividades de
trabalho e estudo; teve espírito de sacrifício; soube ter paciência, confiança
e coragem.
Essas
virtudes humanas foram visíveis na convivência em casa, pois sempre ajudou os
seus pais e irmãos; foram visíveis na comunidade, uma vez que sempre amou todas
as pessoas, o que a tornou muito admirada; foram visíveis na escola, tendo em
vista que sempre se aplicou aos estudos, sempre esteve ao lado dos colegas mais
necessitados de ajuda e jamais revidou ataques de menosprezo dirigidos a ela.
Além dessas
virtudes humanas, a formação cristã também modelou em Albertina as virtudes
cristãs essenciais na medida em que, embora fosse uma menina de tenra idade, as
entendeu e viveu: transpirando fé, amor e esperança no dia-a-dia; captando, de
modo extraordinário, as verdades reveladas na Sagrada Escritura; tendo uma
inclinação forte para as coisas de Deus e da religião; vivenciando com grandeza
o mandamento do amor a Deus e ao próximo (cerne do cristianismo);
santificando-se pela prática dos sacramentos recebidos do Batismo, da
Reconciliação, da Eucaristia e da Crisma; valorizando a vida plena e a
dignidade da mulher.
Essas
virtudes cristãs foram visíveis no dia-a-dia de sua vida familiar e
comunitária. Inúmeros relatos demonstram isso, como por exemplo: “(...) falava
muitas vezes da Eucaristia e dizia que o dia de sua “primeira comunhão” fora o
mais belo de sua vida”; “(...) recomendava a Maria sua alma e sua salvação
eterna”; “(...) seus divertimentos refletiam seu apego à vida cristã (...)
gostava de fazer cruzinhas de madeira, colocava-a em pequenas sepulturas,
adornava-as com flores”; “(...) mesmo quando os irmãos a mortificavam, às vezes
até lhe batiam (...) ela sofria em silêncio, unindo-se aos sofrimentos de Jesus
que amava sinceramente”; “(...) o seu professor a elogiava por suas condições
espirituais e morais superiores à sua idade que a distinguiam entre os colegas
de escola”; “(...) aprendeu bem o catecismo, conheceu os mandamentos de Deus e
seu significado”; “(...) se pensarmos na maneira como sacrificou sua vida,
conforme declarou seu professor-catequista, ela tinha compreendido o sentido do
sexto mandamento no que tange ao valor da castidade, da pureza espiritual e
corporal”; “(...) sua caridade era grande (...) gostava de acompanhar as
meninas mais pobres, de jogar com elas e dividir o pão que trazia de casa para
comer no intervalo das aulas”; “(...) teve especial caridade com os filhos do
seu assassino, que trabalhava na casa da família (...) muitas vezes Albertina
deu de comer a ele e aos filhos pequenos, com os quais se entretinha
alegremente, acariciando-os e carregando-os ao colo (...) isso é tanto mais
digno de nota quanto Indalício era negro, sabendo-se que nas regiões de
colonização européia uma dose de racismo sempre esteve presente”.
Todas essas
virtudes humanas e cristãs mostram que Albertina, apesar de sua pouca idade,
foi uma pessoa impregnada da Trindade Santa. Correspondeu à vocação de
santidade que recebeu no dia do batismo. Foi uma gigante de fé, de amor e de
esperança. Viveu os valores do Evangelho de modo admirável.
Por todo o
exposto, não há razão para estranhar a coragem e a fortaleza cristã
manifestadas por Albertina no momento de seu martírio, a fim de defender a vida
plena e a dignidade da mulher.
A Diocese
de Tubarão e a Igreja do Brasil podem orgulhar-se em apresentar uma jovem como
modelo de santidade para a juventude dos tempos de hoje e de sempre: a
Bem-Aventurada ALBERTINA.
Dom Jacinto
Bergmann, Bispo de Tubarão.
Fonte: www.beataalbertina.com
PAPA FRANCISCO – PENTECOSTES 2015
«Assim como
o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós (...) Recebei o Espírito Santo» (Jo
20, 21.22). A efusão do Espírito, que tivera lugar na tarde da Ressurreição,
repete-se no dia de Pentecostes, corroborada por sinais visíveis extraordinários.
Na tarde de Páscoa, Jesus aparece aos Apóstolos e sopra sobre eles o seu
Espírito (cf. Jo 20, 22); na manhã de Pentecostes, a efusão acontece de forma
estrondosa, como um vento que se abate impetuoso sobre a casa e irrompe na
mente e no coração dos Apóstolos. Como resultado, recebem uma força tal que os
impele a anunciar, nas diferentes línguas, o evento da Ressurreição de Cristo:
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas»
(Act 2, 4). Juntamente com eles, estava Maria, a Mãe de Jesus, primeira
discípula, Mãe da Igreja nascente. Com a sua paz, com o seu sorriso,
acompanhava a alegria da jovem Esposa, a Igreja de Jesus.
A palavra
de Deus – especialmente neste dia – diz-nos que o Espírito age nas pessoas e
comunidades que estão repletas d’Ele: guia para a verdade completa (Jo 16,13),
renova a terra (Sal 103/104) e produz os seus frutos (Gal 5, 22-23).
No
Evangelho, Jesus promete aos seus discípulos que, quando Ele tiver regressado
ao Pai, virá o Espírito Santo que os «há-de guiar para a verdade completa» (Jo
16, 13). Chama-Lhe precisamente «Espírito da verdade», explicando que a sua
ação será introduzi-los sempre mais na compreensão daquilo que Ele, o Messias,
disse e fez, nomeadamente da sua morte e ressurreição. Aos Apóstolos, incapazes
de suportar o escândalo da Paixão do seu Mestre, o Espírito dará uma nova chave
de leitura para os introduzir na verdade e beleza do evento da Salvação. Estes
homens, antes temerosos e bloqueados, fechados no Cenáculo para evitar repercussões
da Sexta-feira Santa, já não se envergonharão de ser discípulos de Cristo, já
não tremerão perante os tribunais humanos. Graças ao Espírito Santo, de que
estão repletos, compreendem «a verdade completa», ou seja, que a morte de Jesus
não é a sua derrota, mas a máxima expressão do amor de Deus; um amor que, na
Ressurreição, vence a morte e exalta Jesus como o Vivente, o Senhor, o Redentor
do homem, da história e do mundo. E esta realidade, de que são testemunhas,
torna-se a Boa Notícia que deve ser anunciada a todos.
O dom do
Espírito Santo renova a terra. O Salmo diz: «Se envias o teu Espírito, (...)
renovas a face da terra» (Sal 103/104, 30). A narração dos Atos dos Apóstolos
sobre o nascimento da Igreja encontra uma significativa correspondência neste
Salmo, que é um grande louvor de Deus Criador. O Espírito Santo, que Cristo
enviou do Pai, e o Espírito que tudo vivifica são uma só e mesma pessoa. Por
isso, o respeito pela criação é uma exigência da nossa fé: o «jardim» onde
vivemos é-nos confiado, não para o explorarmos, mas para o cultivarmos e
guardarmos com respeito (cf. Gn 2, 15). Mas isto só é possível, se Adão – o
homem plasmado da terra – se deixar, por sua vez, renovar pelo Espírito Santo,
se deixar re-plasmar pelo Pai segundo o modelo de Cristo, novo Adão. Então sim,
renovados pelo Espírito de Deus, podemos viver a liberdade dos filhos em
harmonia com toda a criação e, em cada criatura, podemos reconhecer um reflexo
da glória do Criador, como se afirma noutro Salmo: «Ó Senhor, nosso Deus, como
é admirável o teu nome em toda a terra!» (8, 2.10).
Na Carta
aos Gálatas, São Paulo quer mostrar qual é o «fruto» que se manifesta na vida
daqueles que caminham segundo o Espírito (cf. 5, 22). Temos, duma parte, a
«carne» com o cortejo dos seus vícios elencados pelo Apóstolo, que são as obras
do homem egoísta, fechado à ação da graça de Deus; mas, doutra, há o homem que,
com a fé, deixa irromper em si mesmo o Espírito de Deus e, nele, florescem os
dons divinos, resumidos em nove radiosas virtudes que Paulo chama o «fruto do
Espírito». Daí o apelo, repetido no início e no fim como um programa de vida:
«caminhai no Espírito» (Gal 5, 16.25).
O mundo tem
necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas repletos de
Espírito Santo. Para além de falta de liberdade, o fechamento ao Espírito Santo
é também pecado. Há muitas maneiras de fechar-se ao Espírito Santo: no egoísmo
do próprio benefício, no legalismo rígido – como a atitude dos doutores da lei
que Jesus chama de hipócritas –, na falta de memória daquilo que Jesus ensinou,
no viver a existência cristã não como serviço mas como interesse pessoal, e
assim por diante. O mundo necessita da coragem, da esperança, da fé e da
perseverança dos discípulos de Cristo. O mundo precisa dos frutos do Espírito
Santo: «amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, autodomínio» (Gal 5, 22). O dom do Espírito Santo foi concedido em
abundância à Igreja e a cada um de nós, para podermos viver com fé genuína e
caridade operosa, para podermos espalhar as sementes da reconciliação e da paz.
Fortalecidos pelo Espírito e seus múltiplos dons, tornamo-nos capazes de lutar,
sem abdicações, contra o pecado e a corrupção e dedicar-nos, com paciente
perseverança, às obras da justiça e da paz. Fonte: www.vatican.va
MEDJUGORJE, 25-5-2015
“Queridos filhos! Também hoje EU estou com
vocês e com alegria EU peço a todos vocês: rezem e acreditem no poder da
oração. Abram os seus corações, filhinhos, para que DEUS possa preenchê-los com
o SEU AMOR e vocês serão alegria para os outros. Seu testemunho será poderoso e
tudo que vocês fizerem será entrelaçado com a ternura de DEUS. EU estou com
vocês e EU rezo por vocês e pela sua conversão até que vocês coloquem DEUS em
primeiro lugar. Obrigada por terem respondido ao Meu Chamado. ”
PADRE FRANCISCO - DE SOLDADO DA II GUERRA MUNDIAL A MONGE
TRAPISTA
Padre Francisco, atualmente com 92
anos, nasceu aos 10 de maio de 1923, na cidade de Filadélfia, estado
norte-americano da Pensilvânia, sob o nome de Francis Joseph Dietzler. Seus
pais, também nascidos nos EUA, tinham antepassados entrangeiros: o pai, de
origem alemã; a mãe, de origem irlandesa.
Era estudante de contabilidade,
quando em março de 1943 foi chamado pelo serviço militar dos EUA. Trancou a
faculdade e alistou-se na USAAF (United States Army Air Forces – Forças Aéreas
do Exército dos Estados Unidos), e foi remanejado como operador de rádio.
Seu trabalho de operador foi em um
dos famosos aviões Boeing B-17, que eram apelidados de “Fortaleza Voadora.” O
avião onde operou tinha base na Inglaterra, possuía 9 tripulantes e fez missões
de bombardeios na Alemanha. Ele recorda-se de 30 missões.
Sua última
missão foi no dia 2/11/1944. O avião onde estava sofreu um ataque de aviões
alemães, onde foi ferido no pulmão direito, braço e costelas. O avião começou a
incendiar-se e a tripulação precisou pular de pára-quedas: um salto de 10 mil
metros, em pleno fogo cruzado e ainda caindo em solo inimigo.
Aterrissando, ferido, foi capturado
como prisioneiro de guerra pelos nazistas e ficou encarcerado por 6 meses,
agradecido por não o terem matado. Desse tempo 4 meses foram passados em
diversos hospitais militares. Disse que foi bem cuidado nesses locais. Os
últimos dois meses de sua prisão foi num campo de prisioneiros militares
próximo a Nuremberg. Padre Francisco recorda que as condições alimentares e
higiênicas no campo eram escassas.
O campo onde estava preso foi
libertado por tropas do exército dos EUA no dia 29/04/1945, um dia antes do
suicídio de Adolf Hitler.
Francis foi dispensado do serviço
militar em outubro de 1945. Começou a namorar e terminou a faculdade de
contabilidade. Foi condecorado com o Purple Heart (Coração de Púrpura), por ter
sido ferido de guerra.
Porém, o coração de Francis Joseph
pendia para uma radical decisão: a vida religiosa. Seus pais, muito católicos,
o apoiaram em sua decisão. Fez uma preparação de latim, terminou com a namorada
e iniciou um acompanhamento com os monges da Ordem Trapista (Ordem Cistercience
da Estrita Observância). Em junho de 1951 entrou finalmente na Abadia de São
José (Saint Joseph’s Abbey), que fica localizada em Spencer, Massachusetts. Lá
professou os primeiros votos religiosos em agosto de 1953 e os votos solenes em
setembro de 1956. Foi ordenado padre em dezembro de 1957.
Junto com outros monges trapistas,
veio para o Brasil em 1977, primeiro para a cidade de Lapa, no Paraná,
transferindo-se depois em 1982 para o município de Campo do Tenente, no mesmo
estado, onde reside até hoje. É um dos padres hospedeiros do local: recebem os
hóspedes que vem fazer retiro de silêncio ou mesmo passar o dia ali, atende
confissões e direção espiritual.
A guerra
parecia ser necessária para se deter o injusto agressor. “Hitler era um pouco
louco.”, afirmou fazendo um sinal com os dedos e apontando para a cabeça. “O
povo apoiou (a guerra) pois os Estados Unidos foram atacados”, com relação ao
ataque dos japoneses em Pearl Harbor.
Padre Francisco possui pequenos
pedaços de metal penetrados na costela, sua única
sequela de guerra. Quando vai fazer algum exame de radiografia, o médico ou
enfermeiro sempre
pergunta o que há ali nas suas costelas direitas.
Ele disse que durante o salto de
pára-quedas ficou com muito medo e durante alguns bombardeios que fizeram também,
porém afirmou: “Não tenho traumas da guerra. A vida cristã nos ajuda a superar
os traumas.”
Vê-se nele
claramente o rosto resplandescente de um homem muito feliz, segundo o coração
de Deus.
No mosteiro
faz penitência e pede perdão pelos bombardeios que mataram alemães inocentes.
Os monges
trapistas levam vida disciplinada, com muita oração, trabalho, penitência,
pobreza e silêncio desde às 3h da madrugada até às 19:30h.
Fonte: filhodogelo.blogspot.com.br
Mensalão,
petrolão, generão
Por algum
tempo, pensava-se que o mensalão fosse o maior esquema de corrupção já
promovido pelo governo do PT. Quando veio à luz o petrolão, com desvio de
dezenas de bilhões de reais da Petrobrás, o mensalão pareceu tão insignificante
que poderia ser julgado em um “juizado de pequenas causas”, segundo palavras do
ministro Gilmar Mendes[1].
No entanto,
ambos os esquemas parecem quase inofensivos diante de um outro, que não apenas
furta o dinheiro público, mas concentra-se diretamente em destruir a família natural.
Na falta de um nome melhor, chamarei de “generão” ao esquema de imposição
sistemática da ideologia de gênero pelo governo petista.
Ressalvo
que tal ideologia não é uma invenção do PT nem está confinada ao nosso país. O
mundo inteiro, através dos organismos internacionais, está sob o ataque cerrado
dessa doutrina, que tem suas raízes no marxismo. No Brasil, mesmo antes da era
petista (que começou em 2003 e se prolonga até os nossos dias), o governo já
havia iniciado a aplicação de tal ideologia. No entanto, é forçoso reconhecer
que nenhum outro partido, em nenhuma época da história, investiu tanto, em
dinheiro e energias, no propósito de roubar a inocência das crianças, destruir
a pureza dos jovens e aniquilar a sacralidade das famílias[2]. Distribuição de
cartilhas literalmente pornográficas nas escolas de ensino fundamental,
promoção de gigantescas passeatas de “orgulho (sic) homossexual”, financiamento
do crime do aborto na rede hospitalar pública, perseguição sistemática a quem
não aceita a “família” composta por dois pederastas ou duas lésbicas, tentativa
de incriminar a oposição ao homossexualismo, rotulada de homofobia, tudo isso
tem feito o esquema petista de corrupção da sociedade.
O que vou
relatar agora é apenas mais um dos inúmeros modos como vem funcionando o
“generão” petista. No dia 12 de março de 2015, o Diário Oficial da União
publicou duas resoluções do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e
Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais,
órgão subordinado à Secretaria de Direitos Humanos. A primeira delas (Resolução
n. 11, de 18 de dezembro de 2014) “estabelece os parâmetros para a inclusão dos
itens ‘orientação sexual’, ‘identidade de gênero’ e ‘nome social’ nos boletins
de ocorrência emitidos pelas autoridades policiais no Brasil”[3]. A resolução
define esses três termos do seguinte modo:
Orientação
sexual: é “uma referência à capacidade de cada pessoa de ter uma profunda
atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do
mesmo gênero ou de mais de um gênero, assim como ter relações íntimas e sexuais
com essas pessoas”. [Note-se aqui que se considera o homossexualismo e o
bissexualismo como “orientações” sexuais, quando na verdade são desorientações
sexuais].
Identidade
de gênero: é “a profundamente sentida, experiência interna e individual do
gênero de cada pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no
nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo (que pode envolver, por livre
escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios médicos,
cirúrgicos ou outros) e outras expressões de gênero, inclusive vestimenta, modo
de falar e maneirismos”. [Note-se aqui como se emprega “gênero” com sentido
diferente de “sexo”. “Maneirismos” significa trejeitos].
Nome
social: é “aquele pelo qual travestis e transexuais se identificam e são
identificadas pela sociedade” [Em outras palavras: homens identificados com
nome feminino e mulheres identificadas com nome masculino].
De agora em
diante, é possível que, ao dirigir-se a uma delegacia de polícia para registrar
uma simples ocorrência, o cidadão honesto receba perguntas constrangedoras,
tais como: o senhor é homossexual? Está contente com o próprio sexo? Prefere
ser chamado por um nome do outro sexo? O objetivo óbvio da resolução é colocar
os transtornos sexuais, como o homossexualismo, o travestismo (e provavelmente
o incesto e a pedofilia) no mesmo nível da normalidade sexual.
Mais
assustadora, porém, é a Resolução n. 12, de 16 de janeiro de 2015, que
“estabelece parâmetros para a garantia das condições de acesso e permanência de
pessoas travestis e transexuais - e todas aquelas que tenham sua identidade de
gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais - nos sistemas e
instituições de ensino, formulando orientações quanto ao reconhecimento
institucional da identidade de gênero e sua operacionalização”[4]. O artigo 1º
diz que “deve ser garantido pelas instituições e redes de ensino, em todos os
níveis e modalidades [destaquei], o reconhecimento e adoção do nome social
àqueles e àquelas cuja identificação civil não reflita adequadamente sua
identidade de gênero”. Parece que os seminários e as escolas religiosas estão
incluídos entre as instituições obrigadas a reconhecer tal “nome social”. No
artigo 2º, obriga-se a tratar exclusivamente pelo nome do outro sexo os alunos
que assim o desejarem “em qualquer circunstância, não cabendo qualquer tipo de
objeção de consciência [destaquei]”. É espantoso como uma norma infralegal ousa
tolher o direito à objeção de consciência assegurado não só pelo Direito
Natural, mas também pela nossa Constituição Federal (art. 5, VI e VIII; art.
143 §1º).
O artigo 6º
estabelece que “deve ser garantido o uso de banheiros, vestiários e demais espaços
segregados por gênero, quando houver, de acordo com a identidade de gênero de
cada sujeito”. Os meninos, portanto, poderão frequentar o banheiro das meninas,
e estas o dos meninos, bastando alegar que sua “identidade de gênero”
corresponde à do outro sexo. O mesmo vale para os vestiários, onde se trocam as
roupas. Abrem-se assim as portas para a promiscuidade sexual nas escolas. E os
pais, poderão intervir para livrar seus filhos de toda essa depravação? Segundo
o artigo 8º, “a garantia do reconhecimento da identidade de gênero deve ser
estendida também a estudantes adolescentes, sem que seja obrigatória
autorização do responsável [destaquei]”. Tal resolução, portanto, nega aos pais
o direito de educar seus filhos, direito este assegurado pelo Código Civil
(art. 1630) e pela Constituição Federal (art. 229). Lembremos que a supressão
da autoridade dos pais sobre os filhos é uma das bandeiras do marxismo,
expressamente declarada no Manifesto Comunista (1848) de Marx e Engels:
“Censurai-nos por querer abolir a exploração das crianças por seus próprios
pais? Confessamos esse crime”[5].
A essas
resoluções os pais e educadores devem responder com a desobediência. Se houver
tentativa de coação da parte de alguma autoridade, cabe impetrar contra ela um
mandado de segurança alegando ameaça de violação do direito à integridade moral
da criança ou adolescente (cf. art. 17, ECA). Os pais podem ainda ajuizar uma
ação de reparação de danos morais se seus filhos sofrerem algum constrangimento
quanto ao uso dos banheiros e vestiários. O que não se pode, neste momento, é
permanecer inerte.
Anápolis, 6
de maio de 2015
Pe. Luiz
Carlos Lodi da Cruz
Presidente
do Pró-Vida de Anápolis
[1] Gilmar
Mendes: Diante do petrolão, mensalão seria julgado em ‘pequenas causas’, 20
nov. 2014, em http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/gilmar-mendes-diante-de-petrolao-mensalao-seria-julgado-em-pequenas-causas/
[2] Faço
eco aqui às palavras do saudoso Bispo de Anápolis, Dom Manoel Pestana, que
sempre orava “pela inocência das crianças, pela pureza dos jovens e pela santidade
das famílias”.
[3] DOU,
Seção I, n. 48, 12 mar. 2015, p. 2-3.
[4] DOU,
Seção I, n. 48, 12 mar. 2015, p. 3.
[5] Karl
MARX; Friedrich ENGELS. Manifesto do Partido Comunista, São Paulo: Martin
Claret, 2002, Parte II, p. 63.
Fonte: www.providaanapolis.org.br
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