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terça-feira, 13 de março de 2018

Informativo ami 06/2014

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SÃO PEDRO.
Segundo um dito popular Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. De fato, Simão, a quem o Senhor deu o nome de Pedro, assim como nós, era cheio de fraquezas e pecados "E EXCLAMOU: 'RETIRA-TE DE MIM, SENHOR, PORQUE SOU UM HOMEM PECADOR'"(Lc.5,8) e Jesus, mesmo sabendo da veracidade desta confissão, disse: "NÃO TEMAS; DORAVANTE SERÁS PESCADOR DE HOMENS."(Lc.5,10).
Quando Jesus prometeu dar-nos o seu corpo e sangue em alimento "MUITOS DOS SEUS DISCÍPULOS SE RETIRARAM E JÁ NÃO ANDAVAM COM ELE. ENTÃO JESUS PERGUNTOU AOS DOZE: 'QUEREIS VÓS TAMBÉM RETIRAR-VOS?' RESPONDEU-LHE SIMÃO PEDRO: 'SENHOR, A QUEM IRÍAMOS NÓS? TU TENS AS PALAVRAS DA VIDA ETERNA."(JO.6,66-68) Não é por acaso que são João narra que foi Pedro (primeiro papa) que deu tal resposta. Assim, a Igreja Católica permaneceu fiel desde Pedro, não somente na observância da Palavra de Deus, mas também na crença da presença real de Cristo na Eucaristia, ao contrário de tantas denominações cristãs que a exemplo dos discípulos que se separaram, não acreditam em tal presença.
Pedro, pouco antes da prisão e morte de Jesus, garantiu-lhe - "SENHOR, ESTOU PRONTO A IR CONTIGO TANTO PARA A PRISÃO COMO PARA A MORTE"(Lc.22,33) e tentou mesmo defender Jesus decepando com sua espada a orelha de Malco. Mas após ouvir as palavras de Jesus: "ENFIA A TUA ESPADA NA BAINHA! NÃO HEI DE BEBER EU O CÁLICE QUE O PAI ME DEU?"(Jo.18,11) parece ter perdido a coragem, fugiu, seguiu Jesus de longe e pouco depois, por três vezes negou que o conhecia.
Entretanto, depois de receber o Espírito Santo no dia de Pentecostes, Pedro deixou-se transformar profundamente por ele e naquele mesmo dia, cheio de coragem fez um discurso e "OS QUE RECEBERAM A SUA PALAVRA FORAM BATIZADOS"(At.2,41), cerca de três mil pessoas!
QUO VADIS DOMINE?
"Uma antiga tradição da Igreja de Roma conta que o Apóstolo Pedro, saindo da cidade para fugir da perseguição do Imperador Nero, viu que Jesus caminhava na direção oposta e, admirado, lhe perguntou: «Para onde vais, Senhor?». E a resposta de Jesus foi: «Vou a Roma para ser crucificado outra vez». Naquele momento, Pedro entendeu que devia seguir o Senhor com coragem até o fim, mas entendeu sobretudo que nunca estava sozinho no caminho; com ele, sempre estava aquele Jesus que o amara até o ponto de morrer na Cruz." (Papa Francisco na JMJ - Rio)
Sendo condenado à cruz, e se sentindo indigno de morrer como Cristo, pediu para ser crucificado de cabeça para baixo! Assim, finalmente Pedro cumpriu sua promessa a Jesus de acompanhá-lo por amor à prisão e à morte!
PRIMADO DE PEDRO
Foi a este apóstolo que Jesus declarou: "TU ÉS PEDRO E SOBRE ESTA PEDRA CONSTRUIREI A MINHA IGREJA E AS PORTAS DO INFERNO NUNCA PREVALECERÃO CONTRA ELA. EU TE DAREI AS CHAVES DO REINO DOS CÉUS, E TUDO QUE LIGARES NA TERRA SERÁ LIGADO NOS CÉUS, E TUDO O QUE DESLIGARES NA TERRA SERÁ DESLIGADO NOS CÉUS"(Mt.16,18-19). Evidentemente a promessa de Jesus de que a Igreja não seria vencida pelas potências infernais é eterna, não se refere somente ao tempo de vida de Pedro nesta terra. Assim, desde a morte de Pedro lhe sucederam os santos padres. E como Pedro, também seus sucessores, os papas, têm suas fraquezas humanas mas são assistidos pelo Espírito Santo. "O Pontífice Romano goza de infalibilidade quando na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e aos costumes"(cf. Catecismo da Igreja Católica, 891).
"FELIZ ÉS, SIMÃO, FILHO DE JONAS, PORQUE NÃO FOI A CARNE NEM O SANGUE QUE TE REVELOU ISTO, MAS MEU PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS."(Mt.16,17)
"EU ROGUEI POR TI, PARA QUE A TUA CONFIANÇA NÃO DESFALEÇA; E TU, POR TUA VEZ, CONFIRMA OS TEUS IRMÃOS."(Lc.22,32)

Ivan (membro da âmi)



HISTÓRIA DA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI
No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa de Corpus Christi.

Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.

Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significava a ausência dessa solenidade.

Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja, mais tarde o Papa Urbano IV.

O bispo Roberto focou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um monge de nome João escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.

Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu o costume e o estendeu por toda a atual Alemanha.

O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais -onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.



O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 de setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício.

Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício -a liturgia das horas- a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.

A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do  decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis -por João XXII- e assim a festa é estendida a toda a Igreja.

Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.

A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adotaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.

Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.

Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.




AS 12 PROMESSAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Nosso Senhor apareceu numerosas vezes a Santa Margarida Maria Alacoque (de 1673 até 1675).

Nessas aparições, Ele fez 12 promessas.
1ª Promessa: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração”.

2ª Promessa: “Eu darei aos devotos de meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.”

3ª Promessa: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”.

4ª Promessa: “Eu os consolarei em todas as suas aflições”.

5ª Promessa: “Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”.

6ª Promessa: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”.

7ª Promessa: “Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias”.

8ª Promessa: “As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”.

9ª Promessa: “As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição".

10ª Promessa: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”.

11ª Promessa: "As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no meu Coração”.

12ª Promessa: “A todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.






Devota exortação à sagrada comunhão (do livro "IMITAÇÃO DE CRISTO")

Voz de Cristo

VINDE A MIM TODOS QUE PENAIS E ESTAIS SOBRECARREGADOS, E EU VOS ALIVIAREI, diz o Senhor (Mt 11,78).

O PÃO QUE EU DAREI É A MINHA CARNE, PELA VIDA DO MUNDO (Jo 6,52).

TOMAI E COMEI, ESTE É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS; FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM (Lc 22,19).

QUEM COME A MINHA CARNE E BEBE O MEU SANGUE PERMANECE EM MIM E EU NELE (Jo 6,57).

AS PALAVRAS QUE EU VOS DISSE SÃO ESPÍRITO E VIDA (Jo 6,64).


Com quanta reverência cumpre receber a Cristo

Voz do discípulo

São vossas essas palavras, ó Jesus, verdade eterna, ainda que não fossem proferidas todas ao mesmo tempo, nem escritas no mesmo lugar. Sendo vossas, pois, essas palavras e verdadeiras, devo recebê-las todas com gratidão e fé. São vossas, porque vós as dissestes; e são também minhas, porque as dissestes para minha salvação. Cheio de alegria as recebo de vossa boca, para que mais profundamente se me gravem no coração. Animam-se palavras de tanta ternura, atemorizam-me os meus pecados, e minha consciência impura me afasta da participação de tão altos mistérios. Atrai-me a doçura de vossas palavras, mas me oprime a multidão de meus pecados.
Mandais que me chegue a vós com grande confiança, se quero ter parte convosco; e que receba o manjar da imortalidade, se desejo alcançar a vida e glória eterna. Vinde, dizeis vós, vinde a mim todos que penais e estais sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Ó palavra doce e amorosa aos ouvidos do pecador: vós, Senhor meu Deus, convidais o pobre e indigente à comunhão de vosso santíssimo corpo, mas quem sou eu, Senhor, para ousar aproximar-me de vós? Eis que os céus dos céus não vos podem abranger, e dizeis: Vinde a mim todos!

Que quer dizer essa condescendência tão meiga e esse tão amoroso convite? Como me atreverei a chegar-me a vó, quando não conheço em mim bem algum em que me possa confiar? Como posso acolher-vos em minha morada, eu, que tantas vezes ofendi a vossa benigníssima face? Tremem os anjos e os arcanjos, estremecem os santos e os justos, e vós dizeis: Vinde a mim todos! Se não fosse vossa essa palavra, quem a teria por verdadeira? Se vós o não ordenásseis, quem ousaria aproximar-se?

Noé, o varão justo, trabalhou cem anos na construção da arca para salvar-se com poucos: como me poderei eu preparar numa hora para receber com reverência o Criador do mundo? Moisés, vosso grande servo e particular amigo, fabricou a arca de madeira incorruptível, e revestiu-a de ouro puríssimo, para guardar nela as tábuas da lei; e eu, criatura vil, me atreverei a receber-vos com tanta facilidade, a vós, que sois o autor da lei e o dispensador da vida? Salomão, o mais sábio dos reis de Israel, levou sete anos a edificar o templo magnífico, em louvor de vosso nome, e celebrou por oito dias a festa de sua dedicação, ofereceu mil hóstias pacíficas, e ao som das trombetas e com muito júbilo colocou a arca da aliança no lugar que lhe havia sido preparado. E eu, o mais miserável de todos os homens, como poderei receber-vos em minha casa, quando mal sei empregar meia hora com devoção? E oxalá que uma vez sequer a houvesse empregado dignamente!

Ó meu Deus, quanto se esforçaram esses vossos servos para agradar-vos! Ai, quão pouco é o que eu faço! Quão pouco o tempo que gasto em preparar-me para a comunhão! Raras vezes estou de todo recolhido, raríssimo livre de toda distração. E, todavia, na presença salutar de vossa divindade não me devia ocorrer pensamento algum impróprio, nem eu me devia ocupar de criatura alguma, pois vou hospedar, não a um anjo, senão ao Senhor dos anjos.

Demais, há grandíssima diferença entre a arca da aliança com suas relíquias e vosso puríssimo corpo com suas inefáveis virtudes; entre aqueles sacrifícios da lei, que eram apenas figuras do futuro, e o sacrifício verdadeiro de vosso corpo, que é o cumprimento de todos os sacrifícios antigos.

Por que, pois, se me não acende melhor o meu coração na vossa adorável presença? Por que me não preparo com maior cuidado para receber vosso santos mistério, quando aqueles santos patriarcas e profetas, reis e príncipes, com todo o povo, mostraram tanta devoção e fervor no culto divino?

Com religioso transporte dançou o piedosíssimo rei Davi diante da arca da aliança, em memória dos benefícios concedidos outrora a seus pais; mandou fabricar vários instrumentos musicais, compôs salmos e ordenou que se cantassem com alegria, e ele mesmo os cantava muitas vezes ao som da harpa;
ensinou ao povo de Israel a louvar a Deus de todo o coração e angrandecê-lo e bendizê-lo todos os dias, a uma voz. Se tanta era, então, a devoção e o fervor divino diante da arca do testamento, quanta reverência e devoção devo eu ter agora, e todo o povo cristão, na presença do Sacramento e na recepção do preciosíssimo corpo de Cristo!

Correm muitos a diversos lugares para visitar as relíquias dos santos, e se admiram ouvindo narrar os seus feitos; contemplam os vastos edifícios dos templos e beijam os sagrados ossos, guardados em seda e ouro. E eis que aqui estais presente diante de mim, no altar, vós, meu Deus, Santo dos santos. Criador dos homens e Senhor dos anjos. Em tais visitas, muitas vezes é a curiosidade e a novidade das coisas que move os homens; e diminuto é o fruto de emenda que recolhem, principalmente quando fazem essas peregrinações com leviandade, sem verdadeira contrição. Aqui, porém, no Sacramento do Altar, vós estais todo presente, Deus e homem, Cristo Jesus; aqui o homem recebe copioso fruto de eterna salvação, todas as vezes que vos recebe digna e devotamente. Aí não nos leva nenhuma leviandade, nem curiosidade ou atrativo dos sentidos, mas sim a fé firme, a esperança devota e a caridade sincera.

Ó Deus invisível, Criador do mundo, quão maravilhosamente nos favoreceis, quão suaves e ternamente tratais com vossos escolhidos, oferecendo-vos a vós mesmo como alimento, neste Sacramento! Isto transcende todo entendimento, isto atrai os corações dos devotos e acende o seu amor. Porque esses teus verdadeiros fiéis, que empregam toda a sua vida na própria emenda, recebem muitas vezes deste augusto Sacramento copiosa graça de devolução e amor à virtude.

Ó graça admirável e oculta deste Sacramento, que só dos fiéis de Cristo é conhecida, mas que os infiéis e escravos do pecado não podem experimentar! Neste Sacramento se dá a graça espiritual, recupera a alma a força perdida, refloresce a formosura deturpada pelo pecado. Tamanha é, às vezes, esta graça, que, pela abundância da devoção recebida, não só a alma, mas ainda o corpo fraco sente-se munido de maiores forças.

É, porém, muito para chorar e lastimar a nossa tibieza e negligência, o pouco fervor em receber a Jesus Cristo, em quem reside toda a esperança e merecimento dos que se hão de salvar. Porque ele é a nossa santificação e redenção, ele
o consolo dos peregrinos e o gozo eterno dos santos. E assim é muito pra chorar o pouco caso que tantos fazem deste salutar mistério, sendo ele a alegria do céu e a conservação de todo o mundo. Ó cegueira e dureza do coração humano, que tão pouco estima esse dom inefável, antes, com o uso cotidiano que dele faz, chega a cair na indiferença!

Pois, se esse augusto Sacramento se celebrasse num só lugar e fosse consagrado por um só sacerdote no mundo, com quanto desejo imaginas que acudiriam os homens a visitar aquele lugar e aquele sacerdote a fim de assistir à celebração dos divinos mistérios? Agora, porém, há muitos sacerdotes, e em muitos lugares Cristo é oferecido, para que tanto mais se manifeste a graça e o amor de Deus para com os homens, quanto mais largamente é difundida pelo mundo a sagrada comunhão. Graças vos sejam dadas, bom Jesus Pastor eterno, que vos dignais sustentar-nos a nós, pobres e desterrados, com vosso precioso corpo e sangue, e até convidar-nos, com palavras de vossa própria boca, à participação desses mistérios, dizendo: Vinde a mim todos que penais e estais sobrecarregados, e eu vos aliviarei.




A VIRGEM MARIA EM CUAPA, NICARÁGUA.
Bernardo Martinez, a quem Maria apareceu, nasceu em 29 de agosto de 1931 (dia de são Bernardo) em Cuapa. Em 1995 foi ordenado sacerdote. Morreu no ano 2000.
Bernardo Martínez
Pe. Bernardo Martínez
Os primeiros sinais ocorreram em 15 de abril de 1980, na igreja de Cuapa onde Bernardo era sacristão. Chegando à sacristia, vê a imagem da Virgem toda iluminada. A luz provinha da própria imagem, não de fonte externa.
Primeira aparição:
No dia 8 de maio de 1980. O coração de Bernardo estava experimentando sensações que ele não podia entender, assim decidiu ir pescar no rio para espairecer um pouco. Retornando com sua pesca, se recostou numa árvore para rezar. Às três da tarde vê um relâmpago e, sem saber de onde vinha, caminhou uns seis passos e viu outro relâmpago, então começou a ver a imagem da Virgem da Assunção, conhecida na Nicarágua como a Puríssima ou a Imaculada Conceição. Assombrado, não dizia nada, até que em um dos movimentos da Senhora, os raios que saíam de suas mãos atingiram o peito de Bernardo; então ele se atreveu a perguntar-lhe: “quem és?”, ao que ela respondeu com doçura: “venho do céu, sou a Mãe de Jesus”.
Perguntando à Virgem quais seus desejos, a Senhora responde: “Quero que rezem o rosário todos os dias. Não quero que o rezem somente no mês de maio. Quero que o rezem permanentemente, em família, desde as crianças que tenham uso da razão... que o rezem em uma hora fixa quando já não há problemas com tarefas domésticas”
Continuou ensinando-lhe e dizendo-lhe que o Senhor não gosta que façamos orações de forma ligeira ou mecânica e por isso nos recomendou a reza do rosário com citações bíblicas e que pratiquemos a Palavra de Deus. Também lhe disse: “Amem-se, cumpram com seus deveres. Façam a Paz. Não (somente) peçam a paz ao Senhor porque se vocês não a fazem não haverá paz”.
Depois de uma pausa disse: “A Nicarágua sofre muito desde o terremoto. Está ameaçada a sofrer ainda mais. Continuará sofrendo se vocês não se converterem. Reza, filho meu, o rosário por todo o mundo”. Continuou a Virgem: “Diga a crentes e não crentes que ao mundo se acercam graves perigos. Peço ao Senhor que aplaque sua justiça; mas se vocês não se convertem, abreviam a vinda de uma terceira guerra mundial”. Bernardo ao compreender que teria que dizê-lo a toda gente lhe respondeu: “Senhora, tenho muitos problemas na Igreja. Diga-o a outra pessoa.” Ao que Ela contestou: “Não, porque o Senhor escolheu a ti para que transmita a mensagem”. Esta reação de Bernardo nos recorda a outros videntes, como Juan Diego perante a Virgem de Guadalupe.
Bernardo preferiu guardar tudo em segredo, mas estava triste e sentia como um peso por não contar aquilo que havia visto. Depois de oito dias quando ia em busca de uma terneira, buscou outro caminho. Viu um relâmpago e sentiu a alegria da primeira vez; logo veio outro relâmpago e em seguida viu a Virgem. Ela lhe disse em tom amável mas de repreensão: “Por que não disse o que te mandei?”, e Bernardo respondeu: “É que tenho medo. Tenho medo que debochem de mim”. E então a Virgem lhe disse: “Não tenha medo. Eu vou te ajudar; diga ao sacerdote”. Houve outro relâmpago e logo desapareceu.
Segunda aparição.
Em 8 de junho Bernardo foi ao lugar das aparições, mas não sucedeu nada. Mas à noite teve um sonho em que viu a Virgem no lugar das aparições. Ela lhe mostrou uma faixa do céu e ali apareceu, como em cinema, uma multidão de pessoas com vestidos belíssimos. Ele o descreve assim: “Vi um grupo de pessoas, que, vestidas de branco caminhavam para onde sai o sol. Cantavam. Ouvia-os, mas não entendia as palavras. Tinham uma alegria que eu jamais havia visto. Logo apareceu outro grupo, e a Virgem me disse: “Veja. Estas são as primeiras comunidades quando começou o cristianismo. São os primeiros catecúmenos. Muitos deles foram mártires. Querem vocês ser mártires? Gostaria de ser mártir?”” Bernardo segue relatando: “Eu não sabia o que isto significava, mas lhe disse que sim. Depois vi outro grupo, vestido de branco com rosários luminosos nas mãos. Rezavam o Pai-Nosso e dez Ave-Marias. Eu rezava com eles. Depois vi um terceiro grupo, todos vestidos de castanho. Disse-me a Senhora: “Estes receberam o rosário das mãos dos primeiros.” Veio um quarto grupo, mas estes vinham vestidos como nós nos vestimos. Senti de imediato que podia entrar neste grupo porque se vestiam como eu. Mas olhei minhas mãos e as vi negras, eles, ao contrário, como os anteriores, emanavam luz. Então disse: Senhora, vou com estes porque estão vestidos como eu. Ela me disse: “Ainda não precisa, tens que dizer a gente o que tens visto e ouvido. Mostrei-te a glória do Senhor, e isto adquirireis se obedecem ao Senhor, a Palavra do Senhor, se perseveram na reza do Santo Rosário e põem em prática a Palavra do Senhor””.

Terceira aparição.

Na aparição de 8 de julho a Virgem não veio ao lugar das aparições, mas Bernardo teve um sonho que se relaciona com a confirmação de todos esses acontecimentos que pareciam de ordem sobrenatural. Também tem a ver com as petições que faziam a Bernardo para que pedisse à Senhora. No sonho, Bernardo vê um anjo e este lhe disse que a oração que havia ele feito, no lugar da aparição e onde a Virgem não foi, havia sido escutada.
Entre as petições de muita gente se encontrava a de uma senhora que tinha um irmão preso, acusado injustamente, e o anjo trouxe uma mensagem para eles. O anjo disse: “diz a irmã que o preso está muito triste; que lhe aconselhe que não firme nenhum documento; que vão pressioná-lo para que firme fazendo-se responsável por um dinheiro; ele é inocente. Que ela não se aflija, que poderá falar com ele a sós, que vão tratá-la com amabilidade. Que vá segunda feira ao governo de Juigalpa proceder em busca da liberdade porque este dia vão soltá-lo. Que leve mil córdobas porque lhe vão cobrar a multa”.
Bernardo, despertando do sonho, fez o que o anjo mandou. Tudo se realizou como o anjo havia dito. A senhora, maravilhada, logo foi agradecer a Bernardo pelo ocorrido.

Quarta aparição.
Em 8 de agosto não houve aparição mas sim em 8 de setembro. Bernardo foi acompanhado de muita gente ao local da aparição, e como era de costume, ao segundo relâmpago veio a Senhora, porém desta vez a viu como criança. Bernardo a descreveu assim: “Ela era belíssima, mas criança. Era pequena, vestia uma túnica cor creme pálido. Não tinha véu, nem coroa, nem manto. Nenhum adorno, nem bordado. O vestido era comprido, mangas longas e estava cingido com um cordão à cintura. Os cabelos caiam aos ombros e eram castanhos. Os olhos também, mas mais claros, quase cor de mel. Toda ela irradiava luz. Parecia a Senhora, mas era uma criança. Era como uma criança de oito anos”. Quando lhe falou, deu a seguinte mensagem: “Quero que rezem o rosário, todos os dias. Não quero que o rezem somente no mês de maio”... e continuou sucessivamente como na primeira. Bernardo lhe disse que como querem construir-lhe uma igreja, há pessoas que ofereceram dinheiro e já tem recolhido oitenta córdobas. Ela lhe contesta: “Não, o Senhor não quer templos materiais. Quer os templos vivos que são vocês. Restaurem o Sagrado Templo do Senhor. O Senhor tem em vocês todas suas complacências”.

Quinta aparição: 13 de outubro.
Nesta aparição Nossa Mãe aparece como a Virgem Dolorosa. Dizia estar triste porque lhe doía ver a dureza de coração de algumas pessoas, e encarregou Bernardo de orar pela conversão delas; recomendou-lhe renovar a devoção dos cinco primeiros sábados, e concluiu dizendo a Bernardo que não a veria mais naquele lugar.
 
Nossa Senhora das Vitórias.
Bernardo relatou ainda uma outra manifestação de Nossa Senhora no povoado de El Crucero em 1987:
Na cabeça levava uma coroa belíssima...
Nos braços trazia um Menino varão, como de um ano.
Quando Ela falava, também Ele falava em sua linguagem de criança. As palavras que Ela pronunciou:
Estou contente contigo, porque estás seguindo as inspirações que eu te dei. Mandei-te a esta paróquia de Santa Maria das Vitórias porque está muito decaída e quero que se restaure. Quero que se dê catecismo por todos os cantos e se fale da palavra de Deus; quero que voltem à tradição da Igreja e à água benta.
Neste momento, no quarto tão pequeno vi uma enorme igreja, lindíssima, na porta maior havia uma pia de água benta e o povo se benzia e ia rezar ao Santíssimo.





BEATA A L B E R T I N A
               

Albertina Berkenbrock nasceu no dia 11 de abril de 1919, na comunidade de São Luís, paróquia São Sebastião de Vargem do Cedro, município de Imaruí, Estado de Santa Catarina. Filha de um casal de agricultores, Henrique e Josefina Berkenbrock, teve mais 8 irmãos e irmãs. Foi batizada no dia 25 de maio de 1919, crismada em 9 de março de 1925 e fez a primeira comunhão no dia 16 de agosto de 1928.

Aos 12 anos de idade, no dia 15 de junho de 1931, às 16 horas, Albertina foi assassinada porque quis preservar a sua pureza espiritual e corporal e defender a dignidade da mulher, por causa da fé e da fidelidade a Deus. E ela o fez, heroicamente, como verdadeira mártir.

O martírio e a conseqüente fama de santidade espalharam-se rapidamente de maneira clara e convincente. Afinal, ela foi uma menina de grande sensibilidade para com Deus e com as coisas de Deus, para com o próximo e com as coisas do próximo. Isso se depreende, com nitidez, de sua vida, vivida na simplicidade dos seus tenros anos.

Seus pais e familiares souberam educar Albertina na fé, no amor e na esperança, as virtudes teologais da religião cristã. Transmitiram-lhe, pela vida e pelo ensinamento, todas as verdades reveladas na Sagrada Escritura. E ela aprendeu a corresponder a tudo com grande generosidade de alma. Buscar em Deus inspiração e força para viver tornou-se algo espontâneo. Rezava, pois, com alegria, seja sozinha, seja na família, seja na comunidade. Aprendeu a participar ativamente da vida religiosa, em todos os seus aspectos.
Quando chegou o tempo da catequese preparatória para os sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, Albertina chamou a atenção pela forma como se preparou: com muita diligência e grandeza de coração.

A “primeira confissão” tornou-se porta aberta para se confessar freqüentemente.

A “primeira comunhão” foi uma experiência única, a tal ponto que ela própria afirmou: - “Foi o dia mais belo de minha vida!”.

A partir de então, não deixou mais de participar da Eucaristia, tornando esse sacramento “fonte e cume de sua vida cristã”. Gostava de falar, na sua forma simples de expressar-se, do mistério eucarístico como experiência do amor de Deus, compreendendo que a Eucaristia é o memorial da morte e ressurreição de Jesus, ato supremo do amor redentor.

Albertina cultivou uma devoção muito filial a Nossa Senhora, venerando-a com carinho, tanto em casa como na capela da comunidade. Participou, com intensidade, da oração do rosário junto com os familiares. Na simplicidade de coração, recomendou, seguidamente, a Maria - Mãe de Jesus e Mãe da Igreja - a sua alma e a sua salvação eterna.

Ela deixou crescer dentro de si uma afinidade muito grande com o padroeiro da comunidade, São Luís. Uma coincidência providencial, esta devoção ao Santo, que é modelo de pureza espiritual e corporal. Certamente, preparando-a também para um dia defender com sua vida este grande valor.

A formação cristã, vivida e ensinada pela família, introjetou em Albertina virtudes humanas extraordinárias: a bondade, a acolhida, a meiguice, a docilidade, o serviço. Teve uma obediência responsável; foi incansável nas atividades de trabalho e estudo; teve espírito de sacrifício; soube ter paciência, confiança e coragem.

Essas virtudes humanas foram visíveis na convivência em casa, pois sempre ajudou os seus pais e irmãos; foram visíveis na comunidade, uma vez que sempre amou todas as pessoas, o que a tornou muito admirada; foram visíveis na escola, tendo em vista que sempre se aplicou aos estudos, sempre esteve ao lado dos colegas mais necessitados de ajuda e jamais revidou ataques de menosprezo dirigidos a ela.

Além dessas virtudes humanas, a formação cristã também modelou em Albertina as virtudes cristãs essenciais na medida em que, embora fosse uma menina de tenra idade, as entendeu e viveu: transpirando fé, amor e esperança no dia-a-dia; captando, de modo extraordinário, as verdades reveladas na Sagrada Escritura; tendo uma inclinação forte para as coisas de Deus e da religião; vivenciando com grandeza o mandamento do amor a Deus e ao próximo (cerne do cristianismo); santificando-se pela prática dos sacramentos recebidos do Batismo, da Reconciliação, da Eucaristia e da Crisma; valorizando a vida plena e a dignidade da mulher.

Essas virtudes cristãs foram visíveis no dia-a-dia de sua vida familiar e comunitária. Inúmeros relatos demonstram isso, como por exemplo: “(...) falava muitas vezes da Eucaristia e dizia que o dia de sua “primeira comunhão” fora o mais belo de sua vida”; “(...) recomendava a Maria sua alma e sua salvação eterna”; “(...) seus divertimentos refletiam seu apego à vida cristã (...) gostava de fazer cruzinhas de madeira, colocava-a em pequenas sepulturas, adornava-as com flores”; “(...) mesmo quando os irmãos a mortificavam, às vezes até lhe batiam (...) ela sofria em silêncio, unindo-se aos sofrimentos de Jesus que amava sinceramente”; “(...) o seu professor a elogiava por suas condições espirituais e morais superiores à sua idade que a distinguiam entre os colegas de escola”; “(...) aprendeu bem o catecismo, conheceu os mandamentos de Deus e seu significado”; “(...) se pensarmos na maneira como sacrificou sua vida, conforme declarou seu professor-catequista, ela tinha compreendido o sentido do sexto mandamento no que tange ao valor da castidade, da pureza espiritual e corporal”; “(...) sua caridade era grande (...) gostava de acompanhar as meninas mais pobres, de jogar com elas e dividir o pão que trazia de casa para comer no intervalo das aulas”; “(...) teve especial caridade com os filhos do seu assassino, que trabalhava na casa da família (...) muitas vezes Albertina deu de comer a ele e aos filhos pequenos, com os quais se entretinha alegremente, acariciando-os e carregando-os ao colo (...) isso é tanto mais digno de nota quanto Indalício era negro, sabendo-se que nas regiões de colonização européia uma dose de racismo sempre esteve presente”.

Todas essas virtudes humanas e cristãs mostram que Albertina, apesar de sua pouca idade, foi uma pessoa impregnada da Trindade Santa. Correspondeu à vocação de santidade que recebeu no dia do batismo. Foi uma gigante de fé, de amor e de esperança. Viveu os valores do Evangelho de modo admirável.

Por todo o exposto, não há razão para estranhar a coragem e a fortaleza cristã manifestadas por Albertina no momento de seu martírio, a fim de defender a vida plena e a dignidade da mulher.

A Diocese de Tubarão e a Igreja do Brasil podem orgulhar-se em apresentar uma jovem como modelo de santidade para a juventude dos tempos de hoje e de sempre: a Bem-Aventurada ALBERTINA.
Dom Jacinto Bergmann, Bispo de Tubarão.


PAPA FRANCISCO – PENTECOSTES 2015
«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós (...) Recebei o Espírito Santo» (Jo 20, 21.22). A efusão do Espírito, que tivera lugar na tarde da Ressurreição, repete-se no dia de Pentecostes, corroborada por sinais visíveis extraordinários. Na tarde de Páscoa, Jesus aparece aos Apóstolos e sopra sobre eles o seu Espírito (cf. Jo 20, 22); na manhã de Pentecostes, a efusão acontece de forma estrondosa, como um vento que se abate impetuoso sobre a casa e irrompe na mente e no coração dos Apóstolos. Como resultado, recebem uma força tal que os impele a anunciar, nas diferentes línguas, o evento da Ressurreição de Cristo: «Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas» (Act 2, 4). Juntamente com eles, estava Maria, a Mãe de Jesus, primeira discípula, Mãe da Igreja nascente. Com a sua paz, com o seu sorriso, acompanhava a alegria da jovem Esposa, a Igreja de Jesus.
A palavra de Deus – especialmente neste dia – diz-nos que o Espírito age nas pessoas e comunidades que estão repletas d’Ele: guia para a verdade completa (Jo 16,13), renova a terra (Sal 103/104) e produz os seus frutos (Gal 5, 22-23).
No Evangelho, Jesus promete aos seus discípulos que, quando Ele tiver regressado ao Pai, virá o Espírito Santo que os «há-de guiar para a verdade completa» (Jo 16, 13). Chama-Lhe precisamente «Espírito da verdade», explicando que a sua ação será introduzi-los sempre mais na compreensão daquilo que Ele, o Messias, disse e fez, nomeadamente da sua morte e ressurreição. Aos Apóstolos, incapazes de suportar o escândalo da Paixão do seu Mestre, o Espírito dará uma nova chave de leitura para os introduzir na verdade e beleza do evento da Salvação. Estes homens, antes temerosos e bloqueados, fechados no Cenáculo para evitar repercussões da Sexta-feira Santa, já não se envergonharão de ser discípulos de Cristo, já não tremerão perante os tribunais humanos. Graças ao Espírito Santo, de que estão repletos, compreendem «a verdade completa», ou seja, que a morte de Jesus não é a sua derrota, mas a máxima expressão do amor de Deus; um amor que, na Ressurreição, vence a morte e exalta Jesus como o Vivente, o Senhor, o Redentor do homem, da história e do mundo. E esta realidade, de que são testemunhas, torna-se a Boa Notícia que deve ser anunciada a todos.
O dom do Espírito Santo renova a terra. O Salmo diz: «Se envias o teu Espírito, (...) renovas a face da terra» (Sal 103/104, 30). A narração dos Atos dos Apóstolos sobre o nascimento da Igreja encontra uma significativa correspondência neste Salmo, que é um grande louvor de Deus Criador. O Espírito Santo, que Cristo enviou do Pai, e o Espírito que tudo vivifica são uma só e mesma pessoa. Por isso, o respeito pela criação é uma exigência da nossa fé: o «jardim» onde vivemos é-nos confiado, não para o explorarmos, mas para o cultivarmos e guardarmos com respeito (cf. Gn 2, 15). Mas isto só é possível, se Adão – o homem plasmado da terra – se deixar, por sua vez, renovar pelo Espírito Santo, se deixar re-plasmar pelo Pai segundo o modelo de Cristo, novo Adão. Então sim, renovados pelo Espírito de Deus, podemos viver a liberdade dos filhos em harmonia com toda a criação e, em cada criatura, podemos reconhecer um reflexo da glória do Criador, como se afirma noutro Salmo: «Ó Senhor, nosso Deus, como é admirável o teu nome em toda a terra!» (8, 2.10).
Na Carta aos Gálatas, São Paulo quer mostrar qual é o «fruto» que se manifesta na vida daqueles que caminham segundo o Espírito (cf. 5, 22). Temos, duma parte, a «carne» com o cortejo dos seus vícios elencados pelo Apóstolo, que são as obras do homem egoísta, fechado à ação da graça de Deus; mas, doutra, há o homem que, com a fé, deixa irromper em si mesmo o Espírito de Deus e, nele, florescem os dons divinos, resumidos em nove radiosas virtudes que Paulo chama o «fruto do Espírito». Daí o apelo, repetido no início e no fim como um programa de vida: «caminhai no Espírito» (Gal 5, 16.25).
O mundo tem necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas repletos de Espírito Santo. Para além de falta de liberdade, o fechamento ao Espírito Santo é também pecado. Há muitas maneiras de fechar-se ao Espírito Santo: no egoísmo do próprio benefício, no legalismo rígido – como a atitude dos doutores da lei que Jesus chama de hipócritas –, na falta de memória daquilo que Jesus ensinou, no viver a existência cristã não como serviço mas como interesse pessoal, e assim por diante. O mundo necessita da coragem, da esperança, da fé e da perseverança dos discípulos de Cristo. O mundo precisa dos frutos do Espírito Santo: «amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio» (Gal 5, 22). O dom do Espírito Santo foi concedido em abundância à Igreja e a cada um de nós, para podermos viver com fé genuína e caridade operosa, para podermos espalhar as sementes da reconciliação e da paz. Fortalecidos pelo Espírito e seus múltiplos dons, tornamo-nos capazes de lutar, sem abdicações, contra o pecado e a corrupção e dedicar-nos, com paciente perseverança, às obras da justiça e da paz. Fonte: www.vatican.va


MEDJUGORJE, 25-5-2015
 “Queridos filhos! Também hoje EU estou com vocês e com alegria EU peço a todos vocês: rezem e acreditem no poder da oração. Abram os seus corações, filhinhos, para que DEUS possa preenchê-los com o SEU AMOR e vocês serão alegria para os outros. Seu testemunho será poderoso e tudo que vocês fizerem será entrelaçado com a ternura de DEUS. EU estou com vocês e EU rezo por vocês e pela sua conversão até que vocês coloquem DEUS em primeiro lugar. Obrigada por terem respondido ao Meu Chamado. ”
 




PADRE FRANCISCO - DE SOLDADO DA II GUERRA MUNDIAL A MONGE TRAPISTA


         
            Padre Francisco, atualmente com 92 anos, nasceu aos 10 de maio de 1923, na cidade de Filadélfia, estado norte-americano da Pensilvânia, sob o nome de Francis Joseph Dietzler. Seus pais, também nascidos nos EUA, tinham antepassados entrangeiros: o pai, de origem alemã; a mãe, de origem irlandesa.
            Era estudante de contabilidade, quando em março de 1943 foi chamado pelo serviço militar dos EUA. Trancou a faculdade e alistou-se na USAAF (United States Army Air Forces – Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos), e foi remanejado como operador de rádio.
            Seu trabalho de operador foi em um dos famosos aviões Boeing B-17, que eram apelidados de “Fortaleza Voadora.” O avião onde operou tinha base na Inglaterra, possuía 9 tripulantes e fez missões de bombardeios na Alemanha. Ele recorda-se de 30 missões.
Sua última missão foi no dia 2/11/1944. O avião onde estava sofreu um ataque de aviões alemães, onde foi ferido no pulmão direito, braço e costelas. O avião começou a incendiar-se e a tripulação precisou pular de pára-quedas: um salto de 10 mil metros, em pleno fogo cruzado e ainda caindo em solo inimigo.
            Aterrissando, ferido, foi capturado como prisioneiro de guerra pelos nazistas e ficou encarcerado por 6 meses, agradecido por não o terem matado. Desse tempo 4 meses foram passados em diversos hospitais militares. Disse que foi bem cuidado nesses locais. Os últimos dois meses de sua prisão foi num campo de prisioneiros militares próximo a Nuremberg. Padre Francisco recorda que as condições alimentares e higiênicas no campo eram escassas.
            O campo onde estava preso foi libertado por tropas do exército dos EUA no dia 29/04/1945, um dia antes do suicídio de Adolf Hitler.

            Francis foi dispensado do serviço militar em outubro de 1945. Começou a namorar e terminou a faculdade de contabilidade. Foi condecorado com o Purple Heart (Coração de Púrpura), por ter sido ferido de guerra.
            Porém, o coração de Francis Joseph pendia para uma radical decisão: a vida religiosa. Seus pais, muito católicos, o apoiaram em sua decisão. Fez uma preparação de latim, terminou com a namorada e iniciou um acompanhamento com os monges da Ordem Trapista (Ordem Cistercience da Estrita Observância). Em junho de 1951 entrou finalmente na Abadia de São José (Saint Joseph’s Abbey), que fica localizada em Spencer, Massachusetts. Lá professou os primeiros votos religiosos em agosto de 1953 e os votos solenes em setembro de 1956. Foi ordenado padre em dezembro de 1957.

            Junto com outros monges trapistas, veio para o Brasil em 1977, primeiro para a cidade de Lapa, no Paraná, transferindo-se depois em 1982 para o município de Campo do Tenente, no mesmo estado, onde reside até hoje. É um dos padres hospedeiros do local: recebem os hóspedes que vem fazer retiro de silêncio ou mesmo passar o dia ali, atende confissões e direção espiritual.

A guerra parecia ser necessária para se deter o injusto agressor. “Hitler era um pouco louco.”, afirmou fazendo um sinal com os dedos e apontando para a cabeça. “O povo apoiou (a guerra) pois os Estados Unidos foram atacados”, com relação ao ataque dos japoneses em Pearl Harbor.
            Padre Francisco possui pequenos pedaços de metal penetrados na costela, sua única sequela de guerra. Quando vai fazer algum exame de radiografia, o médico ou enfermeiro sempre pergunta o que há ali nas suas costelas direitas.
            Ele disse que durante o salto de pára-quedas ficou com muito medo e durante alguns bombardeios que fizeram também, porém afirmou: “Não tenho traumas da guerra. A vida cristã nos ajuda a superar os traumas.”
Vê-se nele claramente o rosto resplandescente de um homem muito feliz, segundo o coração de Deus.
No mosteiro faz penitência e pede perdão pelos bombardeios que mataram alemães inocentes.
Os monges trapistas levam vida disciplinada, com muita oração, trabalho, penitência, pobreza e silêncio desde às 3h da madrugada até às 19:30h. 
Fonte: filhodogelo.blogspot.com.br


Mensalão, petrolão, generão

Por algum tempo, pensava-se que o mensalão fosse o maior esquema de corrupção já promovido pelo governo do PT. Quando veio à luz o petrolão, com desvio de dezenas de bilhões de reais da Petrobrás, o mensalão pareceu tão insignificante que poderia ser julgado em um “juizado de pequenas causas”, segundo palavras do ministro Gilmar Mendes[1].

No entanto, ambos os esquemas parecem quase inofensivos diante de um outro, que não apenas furta o dinheiro público, mas concentra-se diretamente em destruir a família natural. Na falta de um nome melhor, chamarei de “generão” ao esquema de imposição sistemática da ideologia de gênero pelo governo petista.

Ressalvo que tal ideologia não é uma invenção do PT nem está confinada ao nosso país. O mundo inteiro, através dos organismos internacionais, está sob o ataque cerrado dessa doutrina, que tem suas raízes no marxismo. No Brasil, mesmo antes da era petista (que começou em 2003 e se prolonga até os nossos dias), o governo já havia iniciado a aplicação de tal ideologia. No entanto, é forçoso reconhecer que nenhum outro partido, em nenhuma época da história, investiu tanto, em dinheiro e energias, no propósito de roubar a inocência das crianças, destruir a pureza dos jovens e aniquilar a sacralidade das famílias[2]. Distribuição de cartilhas literalmente pornográficas nas escolas de ensino fundamental, promoção de gigantescas passeatas de “orgulho (sic) homossexual”, financiamento do crime do aborto na rede hospitalar pública, perseguição sistemática a quem não aceita a “família” composta por dois pederastas ou duas lésbicas, tentativa de incriminar a oposição ao homossexualismo, rotulada de homofobia, tudo isso tem feito o esquema petista de corrupção da sociedade.

O que vou relatar agora é apenas mais um dos inúmeros modos como vem funcionando o “generão” petista. No dia 12 de março de 2015, o Diário Oficial da União publicou duas resoluções do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, órgão subordinado à Secretaria de Direitos Humanos. A primeira delas (Resolução n. 11, de 18 de dezembro de 2014) “estabelece os parâmetros para a inclusão dos itens ‘orientação sexual’, ‘identidade de gênero’ e ‘nome social’ nos boletins de ocorrência emitidos pelas autoridades policiais no Brasil”[3]. A resolução define esses três termos do seguinte modo:



Orientação sexual: é “uma referência à capacidade de cada pessoa de ter uma profunda atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais de um gênero, assim como ter relações íntimas e sexuais com essas pessoas”. [Note-se aqui que se considera o homossexualismo e o bissexualismo como “orientações” sexuais, quando na verdade são desorientações sexuais].

Identidade de gênero: é “a profundamente sentida, experiência interna e individual do gênero de cada pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo (que pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos ou outros) e outras expressões de gênero, inclusive vestimenta, modo de falar e maneirismos”. [Note-se aqui como se emprega “gênero” com sentido diferente de “sexo”. “Maneirismos” significa trejeitos].

Nome social: é “aquele pelo qual travestis e transexuais se identificam e são identificadas pela sociedade” [Em outras palavras: homens identificados com nome feminino e mulheres identificadas com nome masculino].



De agora em diante, é possível que, ao dirigir-se a uma delegacia de polícia para registrar uma simples ocorrência, o cidadão honesto receba perguntas constrangedoras, tais como: o senhor é homossexual? Está contente com o próprio sexo? Prefere ser chamado por um nome do outro sexo? O objetivo óbvio da resolução é colocar os transtornos sexuais, como o homossexualismo, o travestismo (e provavelmente o incesto e a pedofilia) no mesmo nível da normalidade sexual.

Mais assustadora, porém, é a Resolução n. 12, de 16 de janeiro de 2015, que “estabelece parâmetros para a garantia das condições de acesso e permanência de pessoas travestis e transexuais - e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais - nos sistemas e instituições de ensino, formulando orientações quanto ao reconhecimento institucional da identidade de gênero e sua operacionalização”[4]. O artigo 1º diz que “deve ser garantido pelas instituições e redes de ensino, em todos os níveis e modalidades [destaquei], o reconhecimento e adoção do nome social àqueles e àquelas cuja identificação civil não reflita adequadamente sua identidade de gênero”. Parece que os seminários e as escolas religiosas estão incluídos entre as instituições obrigadas a reconhecer tal “nome social”. No artigo 2º, obriga-se a tratar exclusivamente pelo nome do outro sexo os alunos que assim o desejarem “em qualquer circunstância, não cabendo qualquer tipo de objeção de consciência [destaquei]”. É espantoso como uma norma infralegal ousa tolher o direito à objeção de consciência assegurado não só pelo Direito Natural, mas também pela nossa Constituição Federal (art. 5, VI e VIII; art. 143 §1º).

O artigo 6º estabelece que “deve ser garantido o uso de banheiros, vestiários e demais espaços segregados por gênero, quando houver, de acordo com a identidade de gênero de cada sujeito”. Os meninos, portanto, poderão frequentar o banheiro das meninas, e estas o dos meninos, bastando alegar que sua “identidade de gênero” corresponde à do outro sexo. O mesmo vale para os vestiários, onde se trocam as roupas. Abrem-se assim as portas para a promiscuidade sexual nas escolas. E os pais, poderão intervir para livrar seus filhos de toda essa depravação? Segundo o artigo 8º, “a garantia do reconhecimento da identidade de gênero deve ser estendida também a estudantes adolescentes, sem que seja obrigatória autorização do responsável [destaquei]”. Tal resolução, portanto, nega aos pais o direito de educar seus filhos, direito este assegurado pelo Código Civil (art. 1630) e pela Constituição Federal (art. 229). Lembremos que a supressão da autoridade dos pais sobre os filhos é uma das bandeiras do marxismo, expressamente declarada no Manifesto Comunista (1848) de Marx e Engels: “Censurai-nos por querer abolir a exploração das crianças por seus próprios pais? Confessamos esse crime”[5].

A essas resoluções os pais e educadores devem responder com a desobediência. Se houver tentativa de coação da parte de alguma autoridade, cabe impetrar contra ela um mandado de segurança alegando ameaça de violação do direito à integridade moral da criança ou adolescente (cf. art. 17, ECA). Os pais podem ainda ajuizar uma ação de reparação de danos morais se seus filhos sofrerem algum constrangimento quanto ao uso dos banheiros e vestiários. O que não se pode, neste momento, é permanecer inerte.

Anápolis, 6 de maio de 2015

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis


[1] Gilmar Mendes: Diante do petrolão, mensalão seria julgado em ‘pequenas causas’, 20 nov. 2014, em http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/gilmar-mendes-diante-de-petrolao-mensalao-seria-julgado-em-pequenas-causas/

[2] Faço eco aqui às palavras do saudoso Bispo de Anápolis, Dom Manoel Pestana, que sempre orava “pela inocência das crianças, pela pureza dos jovens e pela santidade das famílias”.

[3] DOU, Seção I, n. 48, 12 mar. 2015, p. 2-3.

[4] DOU, Seção I, n. 48, 12 mar. 2015, p. 3.

[5] Karl MARX; Friedrich ENGELS. Manifesto do Partido Comunista, São Paulo: Martin Claret, 2002, Parte II, p. 63.

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