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terça-feira, 13 de março de 2018

Informativo ami 12/2014

ORAÇÃO DO PAPA FRANCISCO
 8 de Dezembro de 2014
Ó Maria, nossa Mãe,
hoje o povo de Deus em festa
venera-te Imaculada, desde sempre
preservada do contágio do pecado.
Acolhe a homenagem que te
oferecemos em nome da Igreja
que está em Roma e no mundo inteiro.
Saber que tu, que és nossa Mãe,
estás totalmente livre do pecado
dá-nos grande conforto. 
Saber que sobre ti o mal não tem
poder, enche-nos de esperança
e de fortaleza na luta diária
que devemos fazer contra as ameaças
do maligno.
Mas nesta luta não estamos
sozinhos, não somos órfãos, porque
Jesus, antes de morrer na cruz, te deu a
nós como Mãe.
Portanto nós, apesar de sermos
pecadores, somos teus filhos,
filhos da Imaculada, chamados àquela
santidade que emti resplandece por
graça de Deus desde o início.
Animados por esta esperança, nós hoje
invocamos a tua materna
protecção para nós, para as nossas
famílias, para esta Cidade,
para o mundo inteiro.
O poder do amor de Deus, que te
preservou do pecado original, pela tua
intercessão liberte a humanidade
de qualquer escravidão espiritual
e material, e faça vencer nos corações
e nos acontecimentos, o desígnio
de salvação de Deus.
Faz com que também em nós, teus
filhos, a graça prevaleça sobre o
orgulho e possamos tornar-nos
misericordiosos como é misericordioso
o nosso Pai celeste.
Neste tempo que nos conduz à festa
do Natal de Jesus, ensina-nos a ir
contracorrente: a despojar-nos, a
abaixar-nos, a doarmo-nos, a ouvir,
a fazer silêncio, a descentralizar-nos de
nós mesmos, para dar espaço à beleza
de Deus, fonte da verdadeira alegria.
Ó Mãe nossa Imaculada, intercede por nós!
Fonte: http://vatican.va


           

TESTEMUNHO

"Se você quer nos matar por causa da nossa fé, então estamos preparados..."

VictóriaVictória
Quando os moradores cristãos da cidade iraquiana de Caramles fugiram do avanço das forças do Estado Islâmico (EI), Victória, de 80 anos de idade, estava entre uma dúzia dos que eram incapazes de fugir. A viúva, uma católica do rito caldeu, não sabia nada sobre a evacuação repentina que, de repente, esvaziou esta antiga vila que tinha conhecido há muito tempo.
Na manhã seguinte, ela foi à igreja – a de Santo Addai – como fazia todos os dias. Ela encontrou o lugar trancado; as ruas desertas. Ela soube então que o EI tinha chegado.
Nós conhecemos Victória na nossa primeira noite em Erbil, no início de uma viagem de averiguação e avaliação dos possíveis projetos que a AIS* poderia realizar naquele local. Ela queria nos contar a história de como ela e sua amiga e vizinha Gazella sobreviveram.
Durante quatro dias, eles se trancaram em suas casas, sem se atrever a se aventurar. "A oração nos sustenta", disse Victória. Mas além do alimento para a alma, eles precisavam de alimento para o corpo e, quando os suprimentos ficaram escassos, foram em busca de água e outras coisas básicas.
Inevitavelmente eles encontraram as forças do EI. Explicando a situação, pediram ajuda e, para sua surpresa eles lhe deram água, mesmo depois que se recusaram a um pedido para abandonar a fé cristã. Conseguiram um primeiro milagre. Passado alguns dias, o EI encontraram eles, e os cercaram no santuário de Santa Bárbara, nos arredores de Caramles. Lá estavam os últimos doze habitantes cristãos remanescentes da aldeia.
"Você deve se converter," disseram as forças do Estado Islâmico. "Nossa fé pode lhes garantir o paraíso", acrescentaram.
Victória e Gazella responderam: "Nós acreditamos que, se demonstrarmos amor e bondade, perdão e misericórdia, nós podemos trazer o reino de Deus à Terra assim como é no céu. O Paraíso tem a ver com o amor. Se você quer nos matar por causa da nossa fé, então estamos preparados para morrer aqui e agora."
As forças do EI não tinham resposta. Os doze cristãos, maioria idosos e doentes, foram soltos. Um deles tinha um carro batido. Conseguiram também outros meios de transporte e fizeram o percurso até Erbil com segurança.
Victória e Gazelle ainda são vizinhas, embora já não vivam em duas casas lado a lado, mas em dois colchões em um quarto que alugaram com a ajuda da Igreja de Ainkawa, perto de Erbil, capital da região curda do norte do Iraque.
Lá nos colchões elas contaram sua história. Completando a trama, Victória tinha lágrimas em seus olhos. "Ebony", disse ela, estendendo os braços para mim. Depois de um caloroso abraço, seu bispo, Amel Nona de Mossul - ele mesmo um refugiado também - me disse que "Ebony" é o árabe para "meu filho". Fui embora pensando que eu era realmente uma criança sentada aos pés de mulheres de grande coragem, fé e amizade.
·         John Pontifex, 08 Outubro 2014
*Ajuda à Igreja que Sofre
Fonte: http://ais.org.br/noticias/item/768

NOTICIAS RECENTES

24/10 - Um oficial da polícia apresentou-se à porta da família Martens em Eslohe, pequeno município da Renânia Setentrional, Vestfalia, na Alemanha. Enquanto abria a porta, Eugen já sabia a finalidade daquela visita: a prisão da esposa e mãe dos seus nove filhos, Luise. Sabia tudo de antemão porque pelo mesmo motivo ele próprio já tinha sido preso em 8 de agosto de 2013.
O que fizeram de tão grave os dois cônjuges de 37 anos de modo a merecerem a prisão? Não mataram, não roubaram nem causaram dano a ninguém. Sua única culpa é a de serem pai e mãe de uma menina que se recusou a participar duas vezes das aulas de educação sexual previstas pelas escolas primárias. No ano passado Luise não foi levada à prisão com o marido porque estava grávida. Neste ano, o oficial da polícia não a “levou à força como deveria” porque está ainda amamentando o último filho. “Infelizmente, porém, não termina aqui. A procuradoria fará aplicar a decisão do juiz”, afirma o policial...
“Muitíssimas famílias estão nessa mesma situação do casal Martens na Alemanha, declara Matias Ebert, casado, com quatro filhos, que depois de tomar conhecimento da história dos Martens, decidiu fundar em Colônia a associação “Besorgte Eltern” (“Pais preocupados”). O movimento já organizou diversas manifestações na Alemanha com milhares de participantes a fim de que “se discuta publicamente esse escândalo gigantesco e se impeça a corrupção de nossos filhos”, que a partir de seis anos devem participar de cursos de educação sexual onde se propugna a ideologia de gênero. www.providaanapolis.org

6/12 - Papa Francisco em mensagem de vídeo a refugiados cristãos: "Peço com força uma maior convergência internacional para resolver os conflitos que ensangüentam as suas terras de origem, para enfrentar as outras razões que fazem as pessoas a abandonarem suas pátrias e para promover as condições para que elas possam permanecer ou retornar. Desejo que vocês possam retornar", disse o Pontífice, dirigindo-se aos refugiados.

Francisco ainda afirmou que gostaria de estar ao lado dos cristãos em Irbil (Iraque) e lamentou o fato de não poder viajar à região para ficar mais próximo aos fiéis. "Parece que ali não querem que existam cristãos, mas vocês dão o testemunho de Cristo. Por causa de um grupo extremista e fundamentalista, comunidades inteiras, especialmente de cristãos e yazidis, partiram e até agora sofrem violências desumanas", acrescentou. www.catolicismoromano.com.br


23/12 - O sumo pontífice escreveu uma carta aos cristãos perseguidos do médio oriente em que exprime sua proximidade e os encoraja. Despede-se assim: “A Virgem Maria, a Toda Santa Mãe de Deus e nossa Mãe, vos acompanhe e proteja sempre com a sua ternura. A todos vós e às vossas famílias envio a Bênção Apostólica, com votos de que vivais o Santo Natal no amor e na paz de Cristo Salvador.” A carta pode ser lida na íntegra em:  http: //www.news.va/pt/news/sem-medo-e-vergonha-de-ser-cristao-afirma-o-papa-a

Sobre o Sínodo das Famílias:

O papa Francisco garantiu que "Ninguém colocou em dúvida a doutrina da Igreja sobre os temas familiares, como a indissolubilidade, a fidelidade, a abertura à vida. Isso não foi tocado". Apesar de elogiar a quantidade de matérias sobre o Sínodo na imprensa, ele comentou que "frequentemente a mídia adota o estilo de crônica esportiva, como se fosse um confronto entre dois times, conservadores e progressistas". www.catolicismoromano.com.br
Aniversários:
Em dezembro o papa Francisco fez 3 aniversários: de ordenação sacerdotal no dia 13, de nascimento no dia 17 e de batismo no dia 25 (Natal).


13/12: "Hoje é o aniversário da minha ordenação sacerdotal. Peço para rezarem por mim e por todos os sacerdotes", escreveu o Pontífice, em sua conta oficial no Twitter, o @Pontifex.

​17/12: O Papa festejou o aniversário natalício na praça de São Pedro, com oito pobres de Roma que lhe ofereceram o presente mais apreciado: um ramo de gira-sóis que compraram porque «olham para o sol e assim nunca perdem a esperança». Quem entregou a homenagem floreal foi Ominiabons, um jovem nigeriano. Emocionado, o Papa por sua vez ofereceu uma prenda a cada um deles com um abraço especial a um jovem muçulmano que também festejava no mesmo dia seu aniversário.
Particularmente apreciado pelo Papa também o presente que veio da Coreia: um pacote de biscoitos, preparado e confeccionado por jovens deficientes da Aldeia das flores que Francisco teve ocasião de encontrar, em Agosto, na sua viagem à Ásia. Fez de intermediário para este significativo dom a jornalista Hwang Soo Kyung, da Korean broadcasting system, que trouxe um vídeo com muitas mensagens de agradecimento ao Pontífice pela sua visita.
Outros presentes apreciados foram o bolo com as cores da Argentina, com as velas, apresentado por um grupo de legionários de Cristo, durante o passeio de jipe. E também a presença festiva de três mil bailarinos de tango, que, precisamente em honra do Papa, no final da audiência dançaram na praça Pio XII. Recebeu também 800Kg de carne de frango para as refeições para os pobres, oferecidos pela cooperativa Coren. A idéia foi de uma criança, filho de um dos responsáveis. www.news.va
Certamente outro “presente” muito apreciado foi o reatamento de relações diplomáticas  entre Estados Unidos e Cuba, acontecimento este em que o papa  teve grande influencia.
18/12
27/12 Na Catedral-Basílica Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e na praça Tiradentes, celebrando a Sagrada Família e recordando os Santos Inocentes foi realizado com o apoio da casa pró-vida Mãe Imaculada e do movimento pró-vida Nossa Senhora Protetora dos Nascituros um manifesto em defesa da vida e da família.
O Pe. Sílvio MIC, alertou sobre várias ameaças contra a vida e a família, entre elas, projetos da ONU que defendem “direitos reprodutivos das crianças e adolescentes” que traduzindo em linguagem clara consiste em assegurar aos menores o “direito” à prostituição, à promiscuidade, conforme ideologia de “gênero” (optar se quer ser homem, mulher, travesti...) e conseqüente “direito ao aborto” sem que seus pais tenham o direito de impedi-los. Alertou também sobre a distribuição de cartilhas nessa linha de pensamento nas escolas além da presença de máquinas de “camisinhas”.
Advertiu para que os cristãos não tenham medo, mas “acordem”, rezem, defendam a vida e a família; assim ninguém conseguirá implantar a cultura da morte.
SE ALGUÉM FIZER CAIR EM PECADO UM DESTES PEQUENOS QUE CRÊEM EM MIM, MELOR FORA QUE LHE ATASSEM AO PESCOÇO A MÓ DE UM MOINHO E O LANÇASSEM NO FUNDO DO MAR.” (Mt 18,6)


25-27/12 Ativista seminua do Femen que tentou atacar presépio no Vaticano após audiência geral do papa foi detida, presa e libertada, porém proibida de entrar mais no Vaticano e em terras extraterritoriais da Santa Sé. www.catollicismoromano.com.br
28/12  Francisco,  após ter recebido em audiência cerca de sete mil membros de famílias numerosas na Sala Paulo VI, do Vaticano, disse que “maternidade e paternidade são um dom de Deus” e que cada filho é uma “criatura única que nunca mais se vai repetir na história da humanidade”, elogiando o “milagre” de cada novo ser humano.
“Um filho é um milagre que muda a vida”, insistiu.
Dirigindo-se aos membros da Confederação Europeia das Famílias Numerosas, o Papa sublinhou que “os filhos e filhas de uma família numerosa são mais capazes de comunhão fraterna desde a primeira infância”.
“Num mundo marcado, muitas vezes, pelo egoísmo, a família numerosa é uma escola de solidariedade e de partilha e esta atitude vai depois beneficiar toda a sociedade”, precisou.
“A nossa solidariedade concreta não falte, especialmente, diante das famílias que estão a viver situações mais difíceis por causa das doenças, da falta de trabalho, das discriminações, da necessidade de emigrar”, declarou no mesmo dia, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus. www.agencia.ecclesia.pt

 

 

Aparições de Nossa Senhora em Banneux

As aparições e mensagens de Nossa Senhora em Banneux foram reconhecidas pela Igreja em 1949. Apenas 12 dias após o término das aparições em Beauraing, Nossa Senhora começou a aparecer em Banneux, outra pequena cidade da Bélgica. Banneux se pronuncia "banô". No fim de uma rua, vivia a família Beco, sendo casal Julian e Louise e mais os 7 filhos. Mariette Beco era a menina mais velha, tendo 11 anos na ocasião das aparições. Os pais não davam muita importância para a religião e não iam muito à Missa. Mariette faltava muito no Catecismo, mas rezava antes de dormir. Ela tinha uma imagem de Nossa Senhora no quarto e um Terço achado na estrada próxima de sua casa. As aparições aconteceram durante o inverno de 1933, com muita neve e frio, sempre pelas sete horas da noite. 

Primeira aparição – 15 de janeiro de 1933: Nessa noite escura e fria, pelas sete horas da noite, Mariette estava sentada perto da janela da sala esperando seu irmão Julian voltar da casa de um amigo. De repente, Mariette vê uma bela moça no jardim de sua casa. Ela parecia ter uns 18 ou 19 anos. Ela tinha um vestido branco como a neve, que sobe até o pescoço. E pela cintura passa-lhe uma faixa azul, duas pontas caem pela frente do vestido. A cabeça está coberta pelo véu, que lhe cobre também os ombros e os braços. O pé direito está descoberto, onde repousa uma rosa de ouro. No braço direito está pendurado um Terço. A Virgem sorri para a menina. Mariette chama a mãe, que depois de muita insistência, vê uma silhueta luminosa de uma senhora envolta em um véu. A mãe pensa que é uma feiticeira. Mariette pensa que é Nossa Senhora, pois ela sorri amorosamente. Ela pegou seu Terço e rezou enquanto via a Senhora no jardim. Depois, a Senhora levantou sua mão direita e acenou para Mariette pedindo que saísse. A menina disse à mãe que a Senhora a chamava. Mas a mãe fecha a porta com a chave. Mariette olha novamente na janela, mas a Senhora já havia desaparecido. Logo em seguida o seu irmão Julien chegou em casa. Na manhã seguinte, Mariette contou o ocorrido ao seu pai, que não acreditou. Na segunda-feira, 16 de janeiro, Mariette foi à escola e contou para a sua melhor amiga Josefina Leonard. A amiga achou que o padre Jamin deveria saber e contou a ele. Ele não acreditou, mas viu que poderia ser verdade e informou ao bispo. Mariette voltou a freqüentar o Catecismo na quarta-feira, muito animada sendo que antes era a mais desinteressada da classe. 

Segunda aparição – 18 de janeiro de 1933: Nessa noite, fazia muito frio. Pelas sete horas da noite, Mariette sai da casa e ajoelha-se no jardim. O pai a observa de dentro da casa. A menina rezava baixo e olhava para o lugar onde tinha visto a bela Senhora. De repente, Mariette estende os braços. Nossa Senhora vem do céu, passando entre os pinheiros do bosque cobertos de neve, em frente à sua casa. Mariette continua rezando o Terço e olhando a bela moça sorridente. Esta aparição em pleno inverno dura uns 20 minutos. O pai vê que algo realmente pode estar acontecendo. Ele sai de casa e fala com a filha, mas ela não responde e parece não sentir frio. Ele chama um vizinho para ajudá-lo, mas Mariette sai andando olhando para cima em direção à estrada. Ela pára e se ajoelha três vezes, rezando. Levanta-se e pára em frente uma fonte que havia na estrada. Nossa Senhora lhe diz: "Ponha suas mãos na água. Esta fonte está reservada para mim. Boa noite. Até logo.” Em seguida, Nossa Senhora sobe até o céu e desaparece. O pai, após testemunhar esta longa aparição, fala com o padre Jamin e pede para se confessar e comungar, coisas que não fazia desde menino. 

Terceira aparição – 19 de janeiro de 1933: Nessa noite, Mariette sai de casa acompanhada por seu pai. Ela se ajoelha na neve e começa o Terço. De repente, estende os braços e pergunta: “Quem sois, bela Senhora?”A Senhora sorridente responde: “Eu sou a Virgem dos Pobres.” A menina volta a sair andando durante a aparição até a fonte, onde se ajoelha e pergunta: “A Senhora disse ontem: Esta Fonte está reservada para mim.’ Por que para mim?” A Virgem responde: “Esta fonte é reservada para todas as nações, para aliviar os doentes.” A menina diz humildemente: “Obrigada, obrigada!” Nossa Senhora disse:“Eu rezarei por você. Até breve.” E subiu ao céu como no dia anterior. 

Quarta aparição – 20 de janeiro de 1933: Mariette se ajoelha no jardim. Minutos depois, pergunta: “O que deseja, bela Senhora?” Ela responde: “Eu desejo uma pequena capela.” Nossa Senhora abre as mãos e as estende. Com a mão direita, faz o Sinal da Cruz para abençoar a menina e desaparece. 

Quinta aparição – 11 de fevereiro de 1933: Mariette rezou todas as noites no jardim, apesar do frio intenso, mas Nossa Senhora só voltou em 11 de fevereiro, dia da aparição de Lourdes. Durante a aparição, ela vai novamente andando até a fonte. Lá se ajoelha, põe a mão na água e se benze com o Terço. Nossa Senhora diz: “Vim aliviar o sofrimento.” Mariette avisa aos presentes que não sabia o que significa aliviar, mas acha que é algo bom, pois Nossa Senhora sorriu enquanto dizia isso. 

Sexta aparição – 15 de fevereiro de 1933: Mariette diz: “Santa Virgem, o vigário lhe pediu para nos dar um sinal.” Nossa Senhora respondeu: “Acreditem em mim. Eu acreditarei em vocês.” Nossa Senhora confiou um segredo à menina e disse: “Rezem muito. Até breve.” 

Sétima aparição – 20 de fevereiro de 1933: Ajoelhada na neve e enfrentando o forte frio, Mariette reza com mais fervor. A Bela Senhora conduziu a menina até a fonte. Ela se ajoelhou nos mesmos lugares das noites anteriores e chorou porque Nossa Senhora ia rápido demais. Ela disse sorridente na fonte: “Querida menina, reza muito.” Ficando mais séria, despediu-se: “Até breve!” 

Oitava e última aparição – 2 de março de 1933: Caía uma chuva muito forte nesse dia. No terceiro Terço, a chuva pára. De repente, Mariette se cala e estende os braços olhando para cima. Nossa Senhora, que sempre veio sorridente, estava séria nesta noite e disse: “Eu sou a Mãe do Salvador, a Mãe de Deus. Rezem muito.” Antes de partir, Nossa Senhora pôs as Mãos na menina e se despediu dizendo: “Adeus.”Mariette chorou muito, pois entendeu que esta era a última vinda da Senhora. 

Muitas pessoas começaram a ir a Banneux e beber a água da fonte. Muitas curas milagrosas aconteceram e as aparições foram reconhecidas pelo bispo diocesano em 1949. Mariette Beco casou-se e teve filhos. Sempre atendeu os peregrinos com boa vontade, mas era discreta e humilde. Ela ia ao local das aparições rezar, mas sem dizer ao povo que ela era a vidente. Ela morreu em 2 de dezembro de 2011, aos 90 anos. Em 2008, Mariette disse: "Eu não era mais que um carteiro que entrega a carta. Uma vez que isso foi feito, o carteiro não tem mais nenhuma importância." Ela faleceu sem nunca revelar o segredo que Nossa Senhora lhe contou.
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Papa João Paulo II em visita ao santuário em Banneux.


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Marietta Beco




capela das aparições





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DA PRUDÊNCIA NAS AÇÕES
1. Não se há de dar crédito a toda palavra nem a qualquer impressão, mas cautelosa e naturalmente se deve, diante de Deus, ponderar as coisas. Mas, ai! Que mais facilmente acreditamos e dizemos dos outros o mal que o bem, tal é a nossa fraqueza. As almas perfeitas, porém, não crêem levianamente em qualquer coisa que se lhes conta, pois conhecem a fraqueza humana inclinada ao mal e fácil de pecar por palavras.
2. Grande sabedoria é não ser precipitado nas ações, nem aferrado obstinadamente à sua própria opinião; sabedoria é
também não acreditar em tudo que nos dizem, nem comunicar logo a outros o que ouvimos ou suspeitamos. Toma conselho com um varão sábio e consciencioso, e procura antes ser instruído por outrem, melhor que tu, que seguir teu próprio parecer. A vida virtuosa faz o homem sábio diante de Deus e entendido em muitas coisas. Quanto mais humilde for cada um em si e mais sujeito a Deus, tanto mais prudente será e calmo em tudo. Fonte: Imitação de Cristo.


MENSAGENS DE MEDJUGORJE
25 de dezembro de 2014
 
Queridos filhos!
Hoje, neste dia de graça, eu desejo que cada um de seus corações se torne um pequeno estábulo de Belém, no qual o Salvador do mundo nasceu. Eu sou a sua mãe que os ama infinitamente e que se preocupa com cada um de vocês. Portanto, meus filhos, abandonem-se à mãe, para que ela possa colocar cada um de seus corações e vidas diante de Jesus; porque somente desta maneira, meus filhos, seus corações serão testemunhas do nascimento diário de Deus em vocês. Permitam que Deus ilumine suas vidas com a luz e os seus corações com alegria, de modo que vocês possam, diariamente, iluminar o caminho e ser um exemplo de verdadeira alegria para os outros que vivem na escuridão e não estão abertos a Deus e Suas graças.
Obrigada por terem respondido ao meu chamado."

25 de dezembro de 2014
"Queridos filhos!
Também hoje, em meus braços Eu estou levando o meu Filho Jesus a vocês e eu estou pedindo Dele, paz para vocês e paz entre vocês. Rezem ao meu Filho e O adorem, para que a Sua paz e alegria entrem em seus corações. Eu estou rezando para que vocês sejam ainda mais abertos à oração.
Obrigada por terem respondido ao meu chamado."

2 de dezembro de 2014
" Queridos filhos!
Lembrem-se - que eu estou dizendo a vocês que o amor vencerá. Eu sei que muitos de vocês estão perdendo a esperança, porque ao seu redor, vocês veem o sofrimento, a dor, o ciúme, a inveja... Mas, eu sou sua mãe. Eu estou no Reino, mas também estou aqui com vocês. Meu filho está me enviando novamente para ajudá-los. Portanto, não percam a esperança, em vez disso, sigam-me - porque a vitória do meu coração é em nome de Deus. Meu Filho amado está pensando em vocês como Ele sempre pensou. Creiam nEle e vivam-nO. Ele é a Vida do mundo. Meus filhos, viver o meu Filho significa viver o Evangelho. Isto não é fácil. Isso significa amor, perdão e sacrifício. Isso purifica e abre o Reino. A oração sincera, que não é apenas palavras, mas é uma oração na qual o coração fala, irá ajudá-los. Da mesma forma, o jejum (irá ajudá-los), porque ele é ainda mais amor, perdão e sacrifício. Portanto, não percam a esperança, mas, sigam-me. Eu estou suplicando-lhes de novo a rezarem pelos seus pastores para que eles possam sempre olhar para o meu Filho que foi o primeiro pastor do mundo e cuja família era o mundo inteiro. Obrigada."

São Gregório de Nanzianzo Por Papa Bento XVI (AGOSTO, 2007)
Fonte: Vaticano/Zenit

Queridos irmãos e irmãs!
Na passada quarta-feira falei de um grande mestre da fé, o Padre da Igreja São Basílio. Hoje gostaria de falar do seu amigo Gregório de Nazianzo, também ele, como Basílio, originário da Capadócia. Teólogo ilustre, orador e defensor da fé cristã no século IV, foi célebre pela sua eloquência, e teve também, como poeta, uma alma requintada e sensível.
Gregório nasceu de uma família nobre. A mãe consagrou-o a Deus desde o nascimento, que aconteceu por volta de 330. Depois da primeira educação familiar, frequentou as mais célebres escolas da sua época: primeiro foi a Cesareia da Capadócia, onde estreitou amizade com Basílio, futuro Bispo daquela cidade, e deteve-se em seguida noutras metrópoles do mundo antigo, como Alexandria do Egipto e sobretudo Atenas, onde encontrou de novo Basílio (cf. Oratio 14-24: SC 384, 146-180). Reevocando a sua amizade, Gregório escreverá mais tarde: “Então não só eu me sentia cheio de veneração pelo meu grande Basílio devido à seriedade dos seus costumes e à maturidade e sabedoria dos seus discursos, mas induzia a fazer o mesmo também a outros, que ainda não o conheciam… Guiava-nos a mesma ansiedade de saber… Esta era a nossa competição: não quem era o primeiro, mas quem permitisse ao outro de o ser. Parecia que tínhamos uma só alma em dois corpos” (Oratio 43, 16.20: SC 384, 154-156.164). São palavras que representam um pouco o auto-retrato desta alma nobre. Mas também se pode imaginar que este homem, que estava fortemente projectado para além dos valores terrenos, tenha sofrido muito pelas coisas deste mundo.
Tendo regressado a casa, Gregório recebeu o Baptismo e orientou-se para uma vida monástica: a solidão, a meditação filosófica e espiritual fascinavam-no. Ele mesmo escreverá: “Nada me parece maior do que isto: fazer calar os próprios sentidos, sair da carne do mundo, recolher-se em si mesmo, não se ocupar mais das coisas humanas, a não ser das que são estritamente necessárias; falar consigo mesmo e com Deus, levar uma vida que transcende as coisas visíveis; levar na alma imagens divinas sempre puras, sem misturar formas terrenas e erróneas; ser verdadeiramente um espelho imaculado de Deus e das coisas divinas, e tornar-se tal cada vez mais, tirando luz da luz…; gozar, na esperança presente, o bem futuro, e conversar com os anjos; ter já deixado a terra, mesmo estando na terra, transportado para o alto com o espírito” (Oratio 2, 7: SC 247, 96).
Como escreve na sua autobiografia (cf. Carmina [historica] 2, 1, 11 De vita sua 340-349: PG 37, 1053), recebeu a ordenação presbiteral com uma certa resistência, porque sabia que depois teria que ser Pastor, ocupar-se dos outros, das suas coisas, e portanto já não podia recolher-se só na meditação. Contudo aceitou depois esta vocação e assumiu o ministério pastoral em total obediência, aceitando, como com frequência lhe aconteceu na sua vida, ser guiado pela Providência aonde não queria ir (cf. Jo 21, 18). Em 371 o seu amigo Basílio, Bispo de Cesareia, contra o desejo do próprio Gregório, quis consagrá-lo Bispo de Sasima, uma Cidade extremamente importante da Capadócia. Mas ele, devido a várias dificuldades, nunca tomou posse dela e permaneceu na cidade de Nazianzo.
Por volta de 379, Gregório foi chamado a Constantinopla, a capital, para guiar a pequena comunidade católica fiel ao Concílio de Niceia e à fé trinitária. A maioria aderia ao contrário ao arianismo, que era “politicamente correcto” e considerado pelos imperadores útil sob o ponto de vista político. Deste modo ele encontrou-se em condições de minoria, circundado por hostilidades.
Na pequena igreja de Anastasis pronunciou cinco Discursos teológicos (Orationes 27-31: SC 250, 70-343) precisamente para defender e tornar também inteligível a fé trinitária, a habilidade do raciocínio, que faz compreender realmente que esta é a lógica divina. E também o esplendor da forma os torna hoje fascinantes. Gregório recebeu, devido a estes discursos, o apelativo de “teólogo”. Assim é chamado na Igreja ortodoxa: o “teólogo”. E isto porque para ele a teologia não é uma reflexão meramente humana, ou muito menos apenas o fruto de especulações complicadas, mas deriva de uma vida de oração e de santidade, de um diálogo assíduo com Deus. E precisamente assim mostra à nossa razão a realidade de Deus, o mistério trinitário. No silêncio contemplativo, imbuído de admiração diante das maravilhas do mistério revelado, a alma acolhe a beleza e a glória divina.
Enquanto participava no segundo Concílio Ecuménico de 381, Gregório foi eleito Bispo de Constantinopla, e assumiu a presidência do Concílio. Mas desencadeou-se imediatamente contra ele uma grande oposição, e a situação tornou-se insustentável. Para uma alma tão sensível estas inimizades eram insuportáveis. Repetia-se o que Gregório já tinha lamentado anteriormente com palavras ardentes: “Dividimos Cristo, nós que tanto amávamos Deus e Cristo! Mentimos uns aos outros devido à Verdade, alimentámos sentimentos de ódio devido ao Amor, dividimo-nos uns dos outros!” (Oratio 6, 3: SC 405, 128). Chega-se assim, num clima de tensão, à sua demissão. Na catedral apinhada Gregório pronunciou um discurso de despedida com grande afecto e dignidade (cf Oratio 42: SC 384, 48-114). Concluía a sua fervorosa intervenção com estas palavras: “Adeus, grande cidade, amada por Cristo… Meus filhos, suplico-vos, guardai o depósito [da fé] que vos foi confiado (cf. 1 Tm 6, 20), recordai-vos dos meus sofrimentos (cf. Cl 4, 18). Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vós” (cf. Oratio 42, 27: SC 384, 112-114).
Regressou a Nazianzo, e por cerca de dois anos dedicou-se ao cuidado pastoral daquela comunidade cristã. Depois retirou-se definitivamente em solidão na vizinha Arianzo, a sua terra natal, dedicando-se ao estudo e à vida ascética. Nesse período compôs a maior parte da sua obra poética, sobretudo autobiográfica: o De vita sua, uma releitura em versos do próprio caminho humano e espiritual, um caminho exemplar de um cristão sofredor, de um homem de grande interioridade num mundo cheio de conflitos. É um homem que nos faz sentir a primazia de Deus e por isso fala também a nós, a este nosso mundo: sem Deus o homem perde a sua grandeza, sem Deus não há verdadeiro humanismo. Por isso, ouçamos esta voz e procuremos conhecer também nós o rosto de Deus. Numa das suas poesias escrevera, dirigindo-se a Deus: “Sê benigno, Tu, o Além de tudo” (Carmina [dogmatica] 1, 1, 29: PG 37, 508). E em 390 Deus acolheu nos seus braços este servo fiel, que com inteligência perspicaz tinha defendido nos escritos, e com tanto amor o tinha cantado nas suas poesias.
Alguns de seus ensinamentos.
Refletindo sobre a missão que Deus lhe havia confiado, São Gregório Nazianzeno concluía: «Fui criado para ascender até Deus com minhas ações» («Oratio 14, 6 de pauperum amore»: PG 35, 865). De fato, pôs ao serviço de Deus e da Igreja seu talento de escritor e orador. Escreveu numerosos discursos, homilias e panegíricos, muitas cartas e obras poéticas (quase 18.000 versos): uma atividade verdadeiramente prodigiosa. Havia compreendido qual era a missão que Deus lhe havia confiado: «Servo da Palavra, oferece minha adesão ao ministério da Palavra, que nunca me permita descuidar desse bem. Eu aprecio e me alegro com esta vocação; ela me dá mais alegria que todo o resto» («Oratio 6,5»: SC 405, 134; cf. também «Oratio 4, 10»).
O nazianzeno era um homem manso, e em sua vida sempre procurou promover a paz na Igreja de seu tempo, dilacerada por discórdias e heresias. Com audácia evangélica, ele se esforçou por superar sua própria timidez para proclamar a verdade da fé. Sentia profundamente o anseio de aproximar-se de Deus, de unir-se a Ele. Ele mesmo o expressa em uma poesia, na qual escreve: «grandes correntes do mar da vida, agitado daqui para lá por impetuosos ventos… Havia só uma coisa que queria, minha única riqueza, consolo e esquecimento dos cansaços, a luz da santa Trindade» («Carmina [histórica]» 2,1,15: PG 37, 1250ss.).
Gregório fez resplandecer a luz da Trindade, defendendo a fé proclamada no Concílio de Nicéia: um só Deus em três Pessoas iguais e distintas – Pai, Filho e Espírito Santo –, «tripla luz que se une em um único esplendor» («Hino vespertino: Carmina [histórica]» 2, 1, 32:PG 37, 512). Deste modo, Gregório, seguindo São Paulo (1 Coríntios 8, 6), afirma: «para nós há um Deus, o Pai, do qual procedem todas as coisas; um Senhor, Jesus Cristo, por quem são todas as coisas, e um Espírito Santo, no qual estão todas as coisas» («Oratio 39», 12: SC 358, 172).
Gregório destacou muito a plena humanidade de Cristo: para redimir o homem em sua totalidade de corpo, alma e espírito, Cristo assumiu todos os componentes da natureza humana, do contrário o homem não teria sido salvo. Contra a heresia de Apolinário, que assegurava que Jesus Cristo não havia assumido uma alma racional, Gregório enfrenta o problema à luz do mistério da salvação: «O que não foi assumido não foi curado» (Epístola 101», 32: SC 208, 50), e se Cristo não tivesse tido «intelecto racional, como teria podido ser homem?» («Epístola 101», 34: SC 208, 50). Precisamente nosso intelecto, nossa razão, tinha necessidade da relação, do encontro com Deus em Cristo. Ao fazer-se homem, Cristo nos deu a possibilidade de chegar a ser como Ele. O nazianzeno exorta: «Procuremos ser como Cristo, pois também Cristo se fez como nós: ser como deuses por meio d’Ele, pois Ele mesmo se fez homem por nós. Carregou o pior para dar-nos o melhor» («Oratio 1,5»: SC 247, 78).
Maria, que deu a natureza humana a Cristo, é verdadeira Mãe de Deus («Theotókos»: cf. «Epístola 101», 16: SC 208, 42), e de cara a sua elevadíssima missão foi «pré-purificada» («Oratio 38», 13: SC 358, 132, apresentando uma espécie de distante prelúdio do dogma da Imaculada Conceição). Propõe Maria como modelo dos cristãos, sobretudo às virgens, e como auxílio que é preciso invocar nas necessidades (cf. «Oratio 24», 11: SC 282, 60-64).
Gregório nos recorda que, como pessoas humanas, temos de ser solidários uns com os outros. Escreve: «‘Nós, sendo muitos, não formulamos mais que um só corpo em Cristo’ (cf. Romanos 12, 5), ricos e pobres, escravos e livres, sadios e enfermos: e única é a cabeça da qual tudo deriva: Jesus Cristo. E como acontece com os membros de um só corpo, cada um se ocupa de cada um, e todos de todos».
Depois, referindo-se aos enfermos e às pessoas que atravessam dificuldades, conclui: «Esta é a única salvação para nossa carne e nossa alma: a caridade para com eles» («Oratio 14, 8 de pauperum amore»: PG 35, 868ab).
Gregório sublinha que o homem tem de imitar a bondade e o amor de Deus e, portanto, recomenda: «Se estás sadio e és rico, alivia a necessidade de quem está enfermo e é pobre; se não caíste, ajuda quem caiu e vive no sofrimento; se estás contente, consola quem está triste; se és afortunado, ajuda quem foi mordido pela desventura. Dá a Deus uma prova de reconhecimento para que sejas um dos que podem fazer o bem, e não dos que têm de ser ajudados… Não sejas rico de bens, mas de piedade; não só de ouro, mas de virtudes, ou melhor, só desta. Supera a fama de teu próximo sendo melhor bom que todos; converte-se em Deus para o desventurado, imitando a misericórdia de Deus» («Oratio 14, 26 de pauperum amore»: PG 35, 892bc).
Gregório nos ensina, antes de tudo, a importância da necessidade da oração. Afirma que «é necessário se lembrar de Deus com mais freqüência do que respiramos» («Oratio 27», 4: PG 250, 78), pois a oração é o encontro da sede de Deus com nossa sede. Deus tem sede de que tenhamos sede d’Ele (cf. «Oratio 40», 27: SC 358, 260). Na oração, temos que dirigir nosso coração a Deus para entregar-nos a Ele como oferenda que deve ser purificada e transformada. Na oração, vemos tudo à luz de Cristo, deixamos cair nossas máscaras e nos submergimos na verdade e na escuta de Deus, alimentando o fogo do amor.
Em uma poesia, que ao mesmo tempo é meditação sobre o sentido da vida e invocação implícita de Deus, Gregório escreve: «Alma minha, tens uma tarefa, se queres, uma grande tarefa. Escruta seriamente em teu interior, teu ser, teu destino; de onde vens e para onde irás, procura saber se é vida a que vives ou se há algo mais. Alma minha, tens uma tarefa, purifica, portanto, tua vida: considera, por favor, Deus e seus mistérios, indaga no que havia antes deste universo, e o que é para ti, de onde procede e qual será seu destino. Esta é tua tarefa, alma minha, portanto, purifica tua vida» («Carmina [histórica] 2», 1,78: PG 37, 1425-1426).
O santo bispo pede continuamente ajuda a Cristo para elevar-se e reiniciar o caminho: «Decepcionou-me, Cristo meu, minha exagerada presunção: das alturas caí muito baixo. Mas, volta a levantar-me novamente agora, pois vejo que enganei a mim mesmo; se volto a confiar demais em mim mesmo, voltarei a cair imediatamente, e a queda será fatal» («Carmina [histórica] 2», 1, 67: PG 37, 1408).
Gregório, portanto, sentiu necessidade de aproximar-se de Deus para superar o cansaço de seu próprio eu. Experimentou o impulso da alma, a vivacidade de um espírito sensível e a instabilidade da felicidade efêmera. Para ele, no drama de uma vida sobre a qual pesava a consciência de sua própria fraqueza e de sua própria miséria, sempre foi mais forte a experiência do amor de Deus.
Tens uma tarefa – diz São Gregório também a nós –, a tarefa de encontrar a verdadeira luz, de encontrar a verdadeira altura de tua vida. E tua vida consiste em encontrar-te com Deus, de quem temos sede.


HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
24 de Dezembro de 2014
«O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles» (Is 9, 1). «Um anjo do Senhor apareceu [aos pastores], e a glória do Senhor refulgiu em volta deles» (Lc 2, 9). É assim que a Liturgia desta santa noite de Natal nos apresenta o nascimento do Salvador: como luz que penetra e dissolve a mais densa escuridão. A presença do Senhor no meio do seu povo cancela o peso da derrota e a tristeza da escravidão e restabelece o júbilo e a alegria.
Também nós, nesta noite abençoada, viemos à casa de Deus atravessando as trevas que envolvem a terra, mas guiados pela chama da fé que ilumina os nossos passos e animados pela esperança de encontrar a «grande luz». Abrindo o nosso coração, temos, também nós, a possibilidade de contemplar o milagre daquele menino-sol que, surgindo do alto, ilumina o horizonte.
A origem das trevas que envolvem o mundo perde-se na noite dos tempos. Pensemos no obscuro momento em que foi cometido o primeiro crime da humanidade, quando a mão de Caim, cego pela inveja, feriu de morte o irmão Abel (cf. Gn 4, 8). Assim, o curso dos séculos tem sido marcado por violências, guerras, ódio, prepotência. Mas Deus, que havia posto suas expectativas no homem feito à sua imagem e semelhança, esperava. Deus esperava. O tempo de espera fez-se tão longo que a certo momento, quiçá, deveria renunciar; mas Ele não podia renunciar, não podia negar-Se a Si mesmo (cf. 2 Tm 2, 13). Por isso, continuou a esperar pacientemente face à corrupção de homens e povos. A paciência de Deus... Como é difícil compreender isto: a paciência de Deus para connosco!
Ao longo do caminho da história, a luz que rasga a escuridão revela-nos que Deus é Pai e que a sua paciente fidelidade é mais forte do que as trevas e do que a corrupção. Nisto consiste o anúncio da noite de Natal. Deus não conhece a explosão de ira nem a impaciência; permanece lá, como o pai da parábola do filho pródigo, à espera de vislumbrar ao longe o regresso do filho perdido; e todos os dias, com paciência. A paciência de Deus!
A profecia de Isaías anuncia a aurora duma luz imensa que rasga a escuridão. Ela nasce em Belém e é acolhida pelas mãos amorosas de Maria, pelo afecto de José, pela maravilha dos pastores. Quando os anjos anunciaram aos pastores o nascimento do Redentor, fizeram-no com estas palavras: «Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12). O «sinal» é precisamente a humildade de Deus, a humildade de Deus levada ao extremo; é o amor com que Ele, naquela noite, assumiu a nossa fragilidade, o nosso sofrimento, as nossas angústias, os nossos desejos e as nossas limitações. A mensagem que todos esperavam, que todos procuravam nas profundezas da própria alma, mais não era que a ternura de Deus: Deus que nos fixa com olhos cheios de afecto, que aceita a nossa miséria, Deus enamorado da nossa pequenez.
Nesta noite santa, ao mesmo tempo que contemplamos o Menino Jesus recém-nascido e reclinado numa manjedoura, somos convidados a reflectir. Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se? «Oh não, eu procuro o Senhor!» – poderíamos replicar. Porém a coisa mais importante não é procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a procurar-me, a encontrar-me e a cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos coloca com a sua mera presença: permito a Deus que me queira bem?
E ainda: temos a coragem de acolher, com ternura, as situações difíceis e os problemas de quem vive ao nosso lado, ou preferimos as soluções impessoais, talvez eficientes mas desprovidas do calor do Evangelho? Quão grande é a necessidade que o mundo tem hoje de ternura! Paciência de Deus, proximidade de Deus, ternura de Deus.
A resposta do cristão não pode ser diferente da que Deus dá à nossa pequenez. A vida deve ser enfrentada com bondade, com mansidão. Quando nos damos conta de que Deus Se enamorou da nossa pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos encontrar, não podemos deixar de Lhe abrir o nosso coração pedindo-Lhe: «Senhor, ajudai-me a ser como Vós, concedei-me a graça da ternura nas circunstâncias mais duras da vida, dai-me a graça de me aproximar ao ver qualquer necessidade, a graça da mansidão em qualquer conflito».
Queridos irmãos e irmãs, nesta noite santa, contemplamos o presépio: nele, «o povo que andava nas trevas viu uma grande luz» ( Is 9, 1). Viram-na as pessoas simples, as pessoas dispostas a acolher o dom de Deus. Pelo contrário, não a viram os arrogantes, os soberbos, aqueles que estabelecem as leis segundo os próprios critérios pessoais, aqueles que assumem atitudes de fechamento. Contemplemos o presépio e façamos este pedido à Virgem Mãe: «Ó Maria, mostrai-nos Jesus!»
Fonte:www.vatican.va

 



Natal: a salvação vem de uma gravidez "não planejada"

"Maria, porém, disse ao Anjo: ‘Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?’" (Lc 1,34)
Deus nos escolheu antes da criação do mundo (cf. Ef 1,4). Portanto, para ele, não há vida humana que não esteja no seu plano. Também a vinda de seu Filho ao mundo estava obviamente no seu plano.
E Maria, como todos os israelitas, ansiava pela vinda do Messias. Mas não estava absolutamente no plano da Virgem de Nazaré que fosse ela a mãe do Messias. Sua gravidez, planejada por Deus desde toda a eternidade, não havia sido "planejada" por ela. Surpreendida pelo anúncio do anjo, ela pergunta: "Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?" (Lc 1,34). Aliviada com a resposta do anjo de que ela conceberia por obra do Espírito Santo, sem perder a virgindade, responde: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc 1,38).
Assim, graças a uma gravidez "não planejada", mas aceita com amor, é que a salvação chegou ao mundo.
* * *
A expressão "planejamento familiar" — que a Igreja sempre tem evitado usar — dá a entender que o casal tem autonomia absoluta para escolher o número de seus filhos e o espaçamento entre eles. Essa idéia é falsa.
Na verdade, quem escolhe é Deus. Só ele é o Senhor da Vida. O que o casal pode e deve fazer é ficar atento aos sinais de Deus para descobrir qual é sua vontade, e pô-la em prática.
Dentro do matrimônio, a regra é gerar filhos. Não gerá-los é a exceção. É o que se conclui da seguinte passagem da histórica encíclica Humanae Vitae (1968), do Papa Paulo VI, falando sobre a paternidade responsável:
Em relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, a paternidade responsável exerce-se tanto com a deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como com a decisão, tomada por motivos graves e com respeito pela lei moral, de evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento.(Humanae Vitae, n. 10)
Note-se como a Igreja elogia a família numerosa e como, ao mesmo tempo, só admite evitar um novo nascimento "por motivos graves" e com respeito pela lei moral. Jorge Scala, em seu livro "IPPF: a multinacional da morte", adverte para a mudança de mentalidade que veio com a pílula anticoncepcional:
A partir de 1965, e como conseqüência da entrada no mercado das pílulas anticoncepcionais, a fecundidade humana modifica-se radicalmente: antes da pílula existiam alguns métodos de regular eficácia para limitar os nascimentos; depois da pílula, requer-se uma decisão positiva para ter filhos... (1)
Nos dias de hoje, até entre os cristãos, gerar filhos tornou-se algo de excepcional na vida conjugal. Gerá-los, só depois de um cuidadoso "planejamento".
Jorge Scala, em seu mesmo livro, cita Pierre Chaunu, que fala, em tom de poesia, sobre o valor da surpresa e do imprevisto na vida conjugal:
"Nenhuma sociedade pode contentar-se com os filhos desejados; necessita primeiro e sobretudo dos filhos aceitados. O filho desejado não é o filho mais amado. Não se deseja um filho como se deseja um automóvel, uma roupa, um artefato; por uma razão muito simples: ninguém se separa de um filho como de um objeto. A relação que nos liga a ele durará por toda a vida. Sabe-se que a vida consta de muitos riscos. Isso é o que lhe dá seu sabor. Uma vida em que cada instante se desenvolve segundo o projeto do começo, seria mais triste que a morte. Na realidade, seria uma morte eterna. O risco de viver inclui o risco de transmitir a vida e isso requer a aceitação do risco... Ora, no filho que vai nascer, tudo é novo; é um pouco de si mesmo, um pouco da pessoa que se ama e um ser totalmente diferente [...], como ele mesmo, uma centelha de eternidade" (2)
* * *
Continência periódica é a abstenção do ato conjugal durante os períodos férteis com o fim de evitar, por razões graves, uma nova gravidez. É vulgarmente conhecida como "método natural" de regulação da procriação. No entanto, ela não é só um "método", mas sobretudo uma virtude. Significa autodomínio e renúncia. Não pode ser vista como um meio eficiente de se evitar uma coisa indesejável chamada "filho". Não pode ser empregada com o mesmo espírito com que se usa um método anticoncepcional. Sobre isso, assim se exprimia o então Cardeal Karol Wojtyla, futuro Papa João Paulo II, em sua obra Amor e Responsabilidade:
"A continência interesseira, ‘calculada’ desperta dúvidas. Ela, como qualquer outra virtude, deve ser desinteressada, concentrada na ‘retidão’ em si, não só na ‘utilidade’. [...] Se a continência deve ser virtude e não só ‘método’, no sentido utilitarista, não pode contribuir para a destruição da disponibilidade procriativa daqueles que convivem ‘maritalmente’ como esposos. [...] E por isso não se pode falar da continência como virtude quando os esposos aproveitam os períodos de infertilidade biológica unicamente para não ter filhos, e convivem só e exclusivamente nestes períodos para o próprio conforto. Proceder assim equivale a aplicar o ‘método natural’ em contradição com a sua natureza. Opõem-se tanto à ordem objetiva da natureza, como à essência do amor".(3)
Nas palavras de Dom Rafael Llano Cifuentes, (4) "já que o matrimônio se ordena, por sua própria natureza, aos filhos, esta decisão [de praticar a continência periódica] só se justifica em circunstâncias graves, de ordem médica, psicológica, econômica ou social".(5)
Segundo ele, as razões médicas "poderiam reduzir-se a duas:
1º) perigo real e certo de que uma nova gravidez poria em risco a saúde da mãe;
2º) perigo real e certo de transmitir aos filhos doenças hereditárias".
(6)
"As razões psicológicas estão constituídas por determinados estados de angústia ou ansiedade anômalas ou patológicas da mãe diante da possibilidade de uma nova gravidez".
(7)
"As razões econômicas e sociais são aquelas situações problemáticas nas quais os cônjuges não podem suportar a carga econômica de um novo filho; a falta de moradia adequada ou a sua reduzida dimensão, etc.
Estas razões são difíceis de avaliar, porque o padrão mental é muito variado e porque se introduzem também no julgamento outros motivos como o comodismo, a mentalidade consumista, a visão hipertrofiada dos próprios problemas, o egoísmo, etc."
(8)
Para evitar que o casal decida valer-se da continência periódica por motivos egoísticos, a Igreja dá aos confessores a seguinte orientação: "... será conveniente [para o confessor] averiguar a solidez dos motivos que se têm para a limitação da paternidade ou maternidade e a liceidade dos métodos escolhidos para distanciar e evitar uma nova concepção".(9)
Quem se casa, casa-se não apenas para ter filho, mas para ter filhos. O casal não pode ser mesquinho ao continuar a obra da Criação através da procriação. Sobre isso, assim se exprimiu Karol Wojtyla, na mesma obra acima citada:
"A família é na realidade uma instituição educadora, portanto é necessário que ela conte, se for possível, vários filhos, porque para que o novo homem forme sua personalidade é muito importante que não seja único, mas que esteja inserido numa sociedade natural. Às vezes fala-se que é ‘mais fácil educar muitos filhos do que um filho único’. Também diz-se que ‘dois não são ainda uma sociedade; eles são dois filhos únicos’".(10)
Para refletir
Santa Gianna Beretta Molla, a médica italiana que em 1962 deu a vida heroicamente pela sua quarta filhinha, foi a décima filha de Maria Micheli e Alberto Beretta. Que teria acontecido se esse casal tivesse decidido "evitar filhos" a partir do segundo ou terceiro nascimento?
Anápolis, 18 de dezembro de 2006.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
N.R.: As referencias bibliográficas podem ser conferidas na Fonte: http://www.providaanapolis.org.br/index.php/todos-os-artigos/item/47-natal-a-salva%C3%A7%C3%A3o-vem-de-uma-gravidez-n%C3%A3o-planejada


DOGMAS MARIANOS: THEOTOKOS: MÃE DE DEUS

http://www2.cytanet.com.cy/gogreek/theotokos_gr.gif

Maria Mãe de Deus


Padre Wiremberg Silva wiremberg@yahoo.com.br
PRESBÍTERO DA ARQUIDIOCESE DE BELÉM. GRADUADO EM PEDAGOGIA, TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. PÁROCO DE SÃO JOSÉ (BELÉM).
Diversos Padres da Igreja nos três primeiros séculos defendem Maria como a Theotokos, dentre eles; Orígenes (254), Dionísio (250), Atanásio (330), Gregório (370), João Crisóstomo (400) e Agostinho de Hipona (430). O hino "À vossa compaixão" (em grego: Sob sua Sean efsplanchnian), datado do século III, retrata Maria como «Santíssima Theotokos, salvai-nos.». Daí rezar com os gregos Mãe do Cristo Deus, salvai-nos! 
O uso do termo Theotokos foi formalmente afirmado como dogma no Terceiro Concílio Ecumênico realizado em Éfeso, em 431. A visão contrária, defendida pelo patriarca de Constantinopla Nestório era que Maria devia ser chamada de Christotokos, que significa "Mãe de Cristo", para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza divina.
Os adversários de Nestório, liderados por Cirilo de Alexandria, consideravam isto inaceitável, pois Nestório estava destruindo a união perfeita e inseparável da natureza divina e humana em Jesus Cristo, uma vez que em Cristo "O Verbo se fez carne" (João 1,14), ou seja o Verbo (que é Deus - João 1,1) é a carne; e a carne é o Verbo, Maria foi a mãe da carne de Cristo e por consequencia do Verbo. Cirilo escreveu que "Surpreende-me que há alguns que duvidam que a Virgem santa deve ser chamada ou não de Theotokos. Pois, se Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus, e a Virgem santa deu-o à luz, ela não se tornou a [Theotokos]?" A doutrina de Nestório foi considerada uma falsificação da Encarnação de Cristo, e por consequência, da salvação da humanidade. O Concílio aceitou a argumentação de Cirilo, afirmou como dogma o título de Theotókos de Maria, e anamatizou Nestório, considerando sua doutrina (Nestorianismo) como uma heresia.
Maria é frequentemente chamada de Theotokos nos hinos das Igrejas Ortodoxas, e Católicas Orientais. O mais comum é o Axion Estin, que é usado em quase todos as formas de liturgia. Outros exemplos incluem o Sub tuum praesidium (À vossa proteção) que data do século III, a Ave Maria, e o Magnificat.
Na Igreja Católica, a solenidade da Theotokos é comemorado em 01 de janeiro, juntamente com o Dia Mundial da Paz. Esta solenidade data cerca de 500 D.C e foi originalmente comemorado nas Igrejas Orientais.
A justificação da Maternidade de Maria em relação à Igreja é vista de tudo pela cooperação da Vigem na obra do Filho: como afirmamos acima intercedente e intercessora cooperante. Ao conceber Cristo, gerá-lo, nutri-lo, apresenta-o ao Pai no templo, sofrer com ele agonizante na cruz, coopera de modo todo especial na obra do Salvador, mediante a obediência da fé, a esperança e ardente radicada caridade, para restaurar a vida sobrenatural nas almas. Por isso ela é mãe para nós na ordem da Graça. E essa maternidade na ordem da graça continua sem cessar, por que o seu consentimento dado na fé no momento da Anunciação, além de se repetir por toda sua vida terrena esta mantido até a perpétua coroação de todos os eleitos. De fato, elevada ao céu, continua, com a sua múltipla intercessão, a obter-nos os dons da Salvação eterna até o fim dos tempos. Mas é na perspectiva trinitária que se aprende plenamente o sentido do título de Mãe da Igreja. Quando fez de Maria a Mãe de Jesus, o Pai, por pura graça, tornou Maria de certo modo, participante de sua fecundidade em relação ao Filho. Assim, Ele a tornou participante também de sua relação com aqueles que se tornaram Filhos no Filho, ou seja, somos filhos adotivos, fomos adotados em Cristo por Deus, os Batizados, a Igreja. Assim Maria tem com a Igreja do Filho, relação de maternidade, fundada no Mistério de sua eleição e de sua relação peculiar com Deus Pai. Assim, podemos dizer que o título de Mãe da Igreja não é apenas um elogio ou méritos pessoais longe disso, mas se funda na eleição divina de Maria à Maternidade, plasmada exclusivamente pela graça divina.





Natal no Cazaquistão: “Eis na lapa Jesus, nosso bem...”Natal no Cazaquistão: “Eis na lapa Jesus, nosso bem...” Foto: Ajuda á Igreja que Sofre


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