ORAÇÃO DO PAPA FRANCISCO
8 de Dezembro de 2014
Ó
Maria, nossa Mãe,
hoje o povo de Deus em festa
venera-te Imaculada, desde sempre
preservada do contágio do pecado.
Acolhe a homenagem que te
oferecemos em nome da Igreja
que está em Roma e no mundo inteiro.
Saber que tu, que és nossa Mãe,
estás totalmente livre do pecado
dá-nos grande conforto.
Saber que sobre ti o mal não tem
poder, enche-nos de esperança
e de fortaleza na luta diária
que devemos fazer contra as ameaças
do maligno.
hoje o povo de Deus em festa
venera-te Imaculada, desde sempre
preservada do contágio do pecado.
Acolhe a homenagem que te
oferecemos em nome da Igreja
que está em Roma e no mundo inteiro.
Saber que tu, que és nossa Mãe,
estás totalmente livre do pecado
dá-nos grande conforto.
Saber que sobre ti o mal não tem
poder, enche-nos de esperança
e de fortaleza na luta diária
que devemos fazer contra as ameaças
do maligno.
Mas
nesta luta não estamos
sozinhos, não somos órfãos, porque
Jesus, antes de morrer na cruz, te deu a
nós como Mãe.
sozinhos, não somos órfãos, porque
Jesus, antes de morrer na cruz, te deu a
nós como Mãe.
Portanto
nós, apesar de sermos
pecadores, somos teus filhos,
filhos da Imaculada, chamados àquela
santidade que emti resplandece por
graça de Deus desde o início.
Animados por esta esperança, nós hoje
invocamos a tua materna
protecção para nós, para as nossas
famílias, para esta Cidade,
para o mundo inteiro.
pecadores, somos teus filhos,
filhos da Imaculada, chamados àquela
santidade que emti resplandece por
graça de Deus desde o início.
Animados por esta esperança, nós hoje
invocamos a tua materna
protecção para nós, para as nossas
famílias, para esta Cidade,
para o mundo inteiro.
O
poder do amor de Deus, que te
preservou do pecado original, pela tua
intercessão liberte a humanidade
de qualquer escravidão espiritual
e material, e faça vencer nos corações
e nos acontecimentos, o desígnio
de salvação de Deus.
preservou do pecado original, pela tua
intercessão liberte a humanidade
de qualquer escravidão espiritual
e material, e faça vencer nos corações
e nos acontecimentos, o desígnio
de salvação de Deus.
Faz
com que também em nós, teus
filhos, a graça prevaleça sobre o
orgulho e possamos tornar-nos
misericordiosos como é misericordioso
o nosso Pai celeste.
Neste tempo que nos conduz à festa
do Natal de Jesus, ensina-nos a ir
contracorrente: a despojar-nos, a
abaixar-nos, a doarmo-nos, a ouvir,
a fazer silêncio, a descentralizar-nos de
nós mesmos, para dar espaço à beleza
de Deus, fonte da verdadeira alegria.
filhos, a graça prevaleça sobre o
orgulho e possamos tornar-nos
misericordiosos como é misericordioso
o nosso Pai celeste.
Neste tempo que nos conduz à festa
do Natal de Jesus, ensina-nos a ir
contracorrente: a despojar-nos, a
abaixar-nos, a doarmo-nos, a ouvir,
a fazer silêncio, a descentralizar-nos de
nós mesmos, para dar espaço à beleza
de Deus, fonte da verdadeira alegria.
Ó Mãe
nossa Imaculada, intercede por nós!
Fonte:
http://vatican.va
TESTEMUNHO
"Se você quer nos matar por causa da nossa
fé, então estamos preparados..."
Quando os moradores cristãos da cidade iraquiana de
Caramles fugiram do avanço das forças do Estado Islâmico (EI), Victória, de 80
anos de idade, estava entre uma dúzia dos que eram incapazes de fugir. A viúva,
uma católica do rito caldeu, não sabia nada sobre a evacuação repentina que, de
repente, esvaziou esta antiga vila que tinha conhecido há muito tempo.
Na manhã seguinte, ela foi à igreja – a de Santo Addai –
como fazia todos os dias. Ela encontrou o lugar trancado; as ruas desertas. Ela
soube então que o EI tinha chegado.
Nós conhecemos Victória na nossa primeira noite em Erbil,
no início de uma viagem de averiguação e avaliação dos possíveis projetos que a
AIS* poderia realizar naquele local. Ela queria nos contar a história de como
ela e sua amiga e vizinha Gazella sobreviveram.
Durante quatro dias, eles se trancaram em suas casas, sem
se atrever a se aventurar. "A oração nos sustenta", disse Victória. Mas
além do alimento para a alma, eles precisavam de alimento para o corpo e,
quando os suprimentos ficaram escassos, foram em busca de água e outras coisas
básicas.
Inevitavelmente eles encontraram as forças do EI.
Explicando a situação, pediram ajuda e, para sua surpresa eles lhe deram água,
mesmo depois que se recusaram a um pedido para abandonar a fé cristã.
Conseguiram um primeiro milagre. Passado alguns dias, o EI encontraram eles, e
os cercaram no santuário de Santa Bárbara, nos arredores de Caramles. Lá
estavam os últimos doze habitantes cristãos remanescentes da aldeia.
"Você deve se converter," disseram as forças do
Estado Islâmico. "Nossa fé pode lhes garantir o paraíso",
acrescentaram.
Victória e Gazella responderam: "Nós acreditamos
que, se demonstrarmos amor e bondade, perdão e misericórdia, nós podemos trazer
o reino de Deus à Terra assim como é no céu. O Paraíso tem a ver com o amor. Se
você quer nos matar por causa da nossa fé, então estamos preparados para morrer
aqui e agora."
As forças do EI não tinham resposta. Os doze cristãos,
maioria idosos e doentes, foram soltos. Um deles tinha um carro batido.
Conseguiram também outros meios de transporte e fizeram o percurso até Erbil
com segurança.
Victória e Gazelle ainda são vizinhas, embora já não
vivam em duas casas lado a lado, mas em dois colchões em um quarto que alugaram
com a ajuda da Igreja de Ainkawa, perto de Erbil, capital da região curda do
norte do Iraque.
Lá nos colchões elas contaram sua história. Completando a
trama, Victória tinha lágrimas em seus olhos. "Ebony", disse ela,
estendendo os braços para mim. Depois de um caloroso abraço, seu bispo, Amel
Nona de Mossul - ele mesmo um refugiado também - me disse que "Ebony"
é o árabe para "meu filho". Fui embora pensando que eu era realmente
uma criança sentada aos pés de mulheres de grande coragem, fé e amizade.
·
John Pontifex, 08 Outubro
2014
*Ajuda à Igreja que Sofre
Fonte: http://ais.org.br/noticias/item/768
NOTICIAS RECENTES
24/10 - Um oficial da polícia apresentou-se à porta da família
Martens em Eslohe, pequeno município da Renânia Setentrional, Vestfalia, na
Alemanha. Enquanto abria a porta, Eugen já sabia a finalidade daquela visita: a
prisão da esposa e mãe dos seus nove filhos, Luise. Sabia tudo de antemão
porque pelo mesmo motivo ele próprio já tinha sido preso em 8 de agosto de
2013.
O que fizeram de tão grave os dois cônjuges de 37 anos de
modo a merecerem a prisão? Não mataram, não roubaram nem causaram dano a
ninguém. Sua única culpa é a de serem pai e mãe de uma menina que se recusou a
participar duas vezes das aulas de educação sexual previstas pelas escolas
primárias. No ano passado Luise não foi levada à prisão com o marido porque
estava grávida. Neste ano, o oficial da polícia não a “levou à força como
deveria” porque está ainda amamentando o último filho. “Infelizmente, porém,
não termina aqui. A procuradoria fará aplicar a decisão do juiz”, afirma o
policial...
“Muitíssimas famílias estão nessa mesma situação do casal
Martens na Alemanha, declara Matias Ebert, casado, com quatro filhos, que
depois de tomar conhecimento da história dos Martens, decidiu fundar em Colônia
a associação “Besorgte Eltern” (“Pais preocupados”). O movimento já organizou
diversas manifestações na Alemanha com milhares de participantes a fim de que
“se discuta publicamente esse escândalo gigantesco e se impeça a corrupção de
nossos filhos”, que a partir de seis anos devem participar de cursos de
educação sexual onde se propugna a ideologia de gênero. www.providaanapolis.org
6/12 - Papa
Francisco em mensagem de vídeo a refugiados cristãos: "Peço com força uma
maior convergência internacional para resolver os conflitos que ensangüentam as
suas terras de origem, para enfrentar as outras razões que fazem as pessoas a
abandonarem suas pátrias e para promover as condições para que elas possam
permanecer ou retornar. Desejo que vocês possam retornar", disse o
Pontífice, dirigindo-se aos refugiados.
Francisco ainda afirmou que gostaria de estar ao lado dos cristãos em Irbil (Iraque) e lamentou o fato de não poder viajar à região para ficar mais próximo aos fiéis. "Parece que ali não querem que existam cristãos, mas vocês dão o testemunho de Cristo. Por causa de um grupo extremista e fundamentalista, comunidades inteiras, especialmente de cristãos e yazidis, partiram e até agora sofrem violências desumanas", acrescentou. www.catolicismoromano.com.br
Francisco ainda afirmou que gostaria de estar ao lado dos cristãos em Irbil (Iraque) e lamentou o fato de não poder viajar à região para ficar mais próximo aos fiéis. "Parece que ali não querem que existam cristãos, mas vocês dão o testemunho de Cristo. Por causa de um grupo extremista e fundamentalista, comunidades inteiras, especialmente de cristãos e yazidis, partiram e até agora sofrem violências desumanas", acrescentou. www.catolicismoromano.com.br
23/12 - O sumo
pontífice escreveu uma carta aos cristãos perseguidos do médio oriente em que
exprime sua proximidade e os encoraja. Despede-se assim: “A Virgem Maria, a Toda Santa Mãe de Deus e nossa Mãe, vos
acompanhe e proteja sempre com a sua ternura. A todos vós e às vossas famílias
envio a Bênção Apostólica, com votos de que vivais o Santo Natal no amor e na
paz de Cristo Salvador.” A carta pode ser lida
na íntegra em: http: //www.news.va/pt/news/sem-medo-e-vergonha-de-ser-cristao-afirma-o-papa-a
Sobre o Sínodo das Famílias:
|
O papa Francisco garantiu que
"Ninguém colocou em dúvida a doutrina da Igreja sobre os temas
familiares, como a indissolubilidade, a fidelidade, a abertura à vida. Isso
não foi tocado". Apesar de elogiar a quantidade de matérias sobre o
Sínodo na imprensa, ele comentou que "frequentemente a mídia adota o
estilo de crônica esportiva, como se fosse um confronto entre dois times,
conservadores e progressistas". www.catolicismoromano.com.br
Aniversários:
Em dezembro o papa Francisco fez 3 aniversários: de ordenação
sacerdotal no dia 13, de nascimento no dia 17 e de batismo no dia 25 (Natal).
|
13/12: "Hoje é o aniversário da minha ordenação sacerdotal. Peço
para rezarem por mim e por todos os sacerdotes", escreveu o Pontífice,
em sua conta oficial no Twitter, o @Pontifex.
|
17/12: O Papa festejou o
aniversário natalício na praça de São Pedro, com oito pobres de Roma que lhe
ofereceram o presente mais apreciado: um ramo de gira-sóis que compraram porque
«olham para o sol e assim nunca perdem a esperança». Quem entregou a homenagem
floreal foi Ominiabons, um jovem nigeriano. Emocionado, o Papa por sua vez
ofereceu uma prenda a cada um deles com um abraço especial a um jovem muçulmano
que também festejava no mesmo dia seu aniversário.
Particularmente
apreciado pelo Papa também o presente que veio da Coreia: um pacote de
biscoitos, preparado e confeccionado por jovens deficientes da Aldeia das
flores que Francisco teve ocasião de encontrar, em Agosto, na sua viagem à
Ásia. Fez de intermediário para este significativo dom a jornalista Hwang Soo
Kyung, da Korean broadcasting system, que trouxe um vídeo com
muitas mensagens de agradecimento ao Pontífice pela sua visita.
Outros presentes apreciados foram o bolo com as cores da Argentina, com
as velas, apresentado por um grupo de legionários de Cristo, durante o passeio
de jipe. E também a presença festiva de três mil bailarinos de tango, que,
precisamente em honra do Papa, no final da audiência dançaram na praça Pio XII.
Recebeu também 800Kg de carne de frango para as refeições para os pobres, oferecidos
pela cooperativa Coren. A idéia foi de uma criança, filho de um dos
responsáveis. www.news.va
Certamente outro “presente” muito
apreciado foi o reatamento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, acontecimento
este em que o papa teve grande
influencia.
18/12
|
27/12 Na Catedral-Basílica
Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e na praça Tiradentes, celebrando a Sagrada
Família e recordando os Santos Inocentes foi realizado com o apoio da casa
pró-vida Mãe Imaculada e do movimento pró-vida Nossa Senhora Protetora dos
Nascituros um manifesto em defesa da vida e da família.
O Pe. Sílvio MIC, alertou sobre várias ameaças
contra a vida e a família, entre elas, projetos da ONU que defendem “direitos
reprodutivos das crianças e adolescentes” que traduzindo em linguagem clara
consiste em assegurar aos menores o “direito” à prostituição, à promiscuidade, conforme
ideologia de “gênero” (optar se quer ser homem, mulher, travesti...) e
conseqüente “direito ao aborto” sem que seus pais tenham o direito de impedi-los.
Alertou também sobre a distribuição de cartilhas nessa linha de pensamento nas
escolas além da presença de máquinas de “camisinhas”.
Advertiu para que os cristãos não
tenham medo, mas “acordem”, rezem, defendam a vida e a família; assim ninguém
conseguirá implantar a cultura da morte.
“SE
ALGUÉM FIZER CAIR EM PECADO UM DESTES PEQUENOS QUE CRÊEM EM MIM, MELOR FORA QUE
LHE ATASSEM AO PESCOÇO A MÓ DE UM MOINHO E O LANÇASSEM NO FUNDO DO MAR.” (Mt
18,6)
25-27/12
Ativista seminua do Femen que tentou atacar presépio no Vaticano após
audiência geral do papa foi detida, presa e libertada, porém proibida de entrar
mais no Vaticano e em terras extraterritoriais da Santa Sé.
www.catollicismoromano.com.br
28/12 Francisco, após ter recebido em audiência cerca de sete
mil membros de famílias numerosas na Sala Paulo VI, do Vaticano, disse que “maternidade e
paternidade são um dom de Deus” e que cada filho é uma “criatura única que
nunca mais se vai repetir na história da humanidade”, elogiando o “milagre” de
cada novo ser humano.
“Um filho é um milagre que muda a vida”, insistiu.
Dirigindo-se aos membros da Confederação Europeia das Famílias
Numerosas, o Papa sublinhou que “os filhos e filhas de uma família numerosa são
mais capazes de comunhão fraterna desde a primeira infância”.
“Num mundo marcado, muitas vezes, pelo egoísmo, a família numerosa
é uma escola de solidariedade e de partilha e esta atitude vai depois
beneficiar toda a sociedade”, precisou.
“A nossa solidariedade concreta não falte, especialmente, diante
das famílias que estão a viver situações mais difíceis por causa das doenças,
da falta de trabalho, das discriminações, da necessidade de emigrar”, declarou
no mesmo dia, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a
recitação do ângelus. www.agencia.ecclesia.pt
Aparições de Nossa Senhora em
Banneux
As
aparições e mensagens de Nossa Senhora em Banneux foram reconhecidas pela
Igreja em 1949. Apenas 12 dias após o término das aparições em Beauraing, Nossa
Senhora começou a aparecer em Banneux, outra pequena cidade da Bélgica. Banneux
se pronuncia "banô". No fim de uma rua, vivia a família Beco, sendo
casal Julian e Louise e mais os 7 filhos. Mariette Beco era a menina mais
velha, tendo 11 anos na ocasião das aparições. Os pais não davam muita
importância para a religião e não iam muito à Missa. Mariette faltava muito no
Catecismo, mas rezava antes de dormir. Ela tinha uma imagem de Nossa Senhora no
quarto e um Terço achado na estrada próxima de sua casa. As aparições
aconteceram durante o inverno de 1933, com muita neve e frio, sempre pelas sete
horas da noite.
Primeira
aparição – 15 de janeiro de 1933: Nessa noite escura e
fria, pelas sete horas da noite, Mariette estava sentada perto da janela da
sala esperando seu irmão Julian voltar da casa de um amigo. De repente,
Mariette vê uma bela moça no jardim de sua casa. Ela parecia ter uns 18 ou 19
anos. Ela tinha um vestido branco como a neve, que sobe até o pescoço. E pela
cintura passa-lhe uma faixa azul, duas pontas caem pela frente do vestido. A
cabeça está coberta pelo véu, que lhe cobre também os ombros e os braços. O pé
direito está descoberto, onde repousa uma rosa de ouro. No braço direito está
pendurado um Terço. A Virgem sorri para a menina. Mariette chama a mãe, que
depois de muita insistência, vê uma silhueta luminosa de uma senhora envolta em
um véu. A mãe pensa que é uma feiticeira. Mariette pensa que é Nossa Senhora,
pois ela sorri amorosamente. Ela pegou seu Terço e rezou enquanto via a Senhora
no jardim. Depois, a Senhora levantou sua mão direita e acenou para Mariette
pedindo que saísse. A menina disse à mãe que a Senhora a chamava. Mas a mãe
fecha a porta com a chave. Mariette olha novamente na janela, mas a Senhora já
havia desaparecido. Logo em seguida o seu irmão Julien chegou em casa. Na manhã
seguinte, Mariette contou o ocorrido ao seu pai, que não acreditou. Na
segunda-feira, 16 de janeiro, Mariette foi à escola e contou para a sua melhor
amiga Josefina Leonard. A amiga achou que o padre Jamin deveria saber e contou
a ele. Ele não acreditou, mas viu que poderia ser verdade e informou ao bispo.
Mariette voltou a freqüentar o Catecismo na quarta-feira, muito animada sendo
que antes era a mais desinteressada da classe.
Segunda
aparição – 18 de janeiro de 1933: Nessa noite, fazia
muito frio. Pelas sete horas da noite, Mariette sai da casa e ajoelha-se no
jardim. O pai a observa de dentro da casa. A menina rezava baixo e olhava para
o lugar onde tinha visto a bela Senhora. De repente, Mariette estende os
braços. Nossa Senhora vem do céu, passando entre os pinheiros do bosque
cobertos de neve, em frente à sua casa. Mariette continua rezando o Terço e
olhando a bela moça sorridente. Esta aparição em pleno inverno dura uns 20
minutos. O pai vê que algo realmente pode estar acontecendo. Ele sai de casa e
fala com a filha, mas ela não responde e parece não sentir frio. Ele chama um
vizinho para ajudá-lo, mas Mariette sai andando olhando para cima em direção à
estrada. Ela pára e se ajoelha três vezes, rezando. Levanta-se e pára em frente
uma fonte que havia na estrada. Nossa Senhora lhe diz: "Ponha suas mãos na água. Esta
fonte está reservada para mim. Boa noite. Até logo.” Em seguida, Nossa
Senhora sobe até o céu e desaparece. O pai, após testemunhar esta longa
aparição, fala com o padre Jamin e pede para se confessar e comungar, coisas
que não fazia desde menino.
Terceira
aparição – 19 de janeiro de 1933: Nessa noite, Mariette
sai de casa acompanhada por seu pai. Ela se ajoelha na neve e começa o Terço.
De repente, estende os braços e pergunta: “Quem sois, bela Senhora?”A Senhora
sorridente responde: “Eu sou a
Virgem dos Pobres.” A menina
volta a sair andando durante a aparição até a fonte, onde se ajoelha e
pergunta: “A Senhora disse ontem: Esta Fonte está reservada para mim.’ Por que
para mim?” A Virgem responde: “Esta
fonte é reservada para todas as nações, para aliviar os doentes.” A menina diz humildemente: “Obrigada,
obrigada!” Nossa Senhora disse:“Eu rezarei por você. Até breve.” E subiu ao céu como no dia
anterior.
Quarta
aparição – 20 de janeiro de 1933: Mariette se ajoelha
no jardim. Minutos depois, pergunta: “O que deseja, bela Senhora?” Ela
responde: “Eu desejo uma
pequena capela.” Nossa
Senhora abre as mãos e as estende. Com a mão direita, faz o Sinal da Cruz para
abençoar a menina e desaparece.
Quinta
aparição – 11 de fevereiro de 1933: Mariette rezou todas as noites no jardim, apesar do frio
intenso, mas Nossa Senhora só voltou em 11 de fevereiro, dia da aparição de
Lourdes. Durante a aparição, ela vai novamente andando até a fonte. Lá se
ajoelha, põe a mão na água e se benze com o Terço. Nossa Senhora diz: “Vim aliviar o sofrimento.” Mariette
avisa aos presentes que não sabia o que significa aliviar, mas acha que é algo
bom, pois Nossa Senhora sorriu enquanto dizia isso.
Sexta
aparição – 15 de fevereiro de 1933: Mariette diz: “Santa Virgem, o vigário lhe pediu para nos dar um
sinal.” Nossa Senhora respondeu: “Acreditem
em mim. Eu acreditarei em vocês.” Nossa
Senhora confiou um segredo à menina e disse: “Rezem
muito. Até breve.”
Sétima
aparição – 20 de fevereiro de 1933: Ajoelhada na neve e enfrentando o forte frio, Mariette reza com
mais fervor. A Bela Senhora conduziu a menina até a fonte. Ela se ajoelhou nos
mesmos lugares das noites anteriores e chorou porque Nossa Senhora ia rápido
demais. Ela disse sorridente na fonte: “Querida menina, reza muito.” Ficando
mais séria, despediu-se: “Até breve!”
Oitava e
última aparição – 2 de março de 1933: Caía uma chuva muito forte nesse dia. No terceiro Terço, a chuva
pára. De repente, Mariette se cala e estende os braços olhando para cima. Nossa
Senhora, que sempre veio sorridente, estava séria nesta noite e disse: “Eu sou a Mãe do Salvador, a Mãe de
Deus. Rezem muito.” Antes de
partir, Nossa Senhora pôs as Mãos na menina e se despediu dizendo: “Adeus.”Mariette chorou muito,
pois entendeu que esta era a última vinda da Senhora.
Muitas
pessoas começaram a ir a Banneux e beber a água da fonte. Muitas curas
milagrosas aconteceram e as aparições foram reconhecidas pelo bispo diocesano
em 1949. Mariette Beco casou-se e teve filhos. Sempre atendeu os peregrinos com
boa vontade, mas era discreta e humilde. Ela ia ao local das aparições rezar,
mas sem dizer ao povo que ela era a vidente. Ela morreu em 2 de dezembro de
2011, aos 90 anos. Em 2008, Mariette disse: "Eu não era mais que um
carteiro que entrega a carta. Uma vez que isso foi feito, o carteiro não tem
mais nenhuma importância." Ela faleceu sem nunca revelar o segredo que
Nossa Senhora lhe contou.
Papa João Paulo II em visita ao santuário em Banneux.
Marietta Beco
capela das aparições
DA PRUDÊNCIA NAS AÇÕES
1. Não se há de dar
crédito a toda palavra nem a qualquer impressão, mas cautelosa e naturalmente
se deve, diante de Deus, ponderar as coisas. Mas, ai! Que mais facilmente
acreditamos e dizemos dos outros o mal que o bem, tal é a nossa fraqueza. As
almas perfeitas, porém, não crêem levianamente em qualquer coisa que se lhes
conta, pois conhecem a fraqueza humana inclinada ao mal e fácil de pecar por
palavras.
2. Grande sabedoria é
não ser precipitado nas ações, nem aferrado obstinadamente à sua própria
opinião; sabedoria é
também não acreditar em
tudo que nos dizem, nem comunicar logo a outros o que ouvimos ou suspeitamos.
Toma conselho com um varão sábio e consciencioso, e procura antes ser instruído
por outrem, melhor que tu, que seguir teu próprio parecer. A vida virtuosa faz
o homem sábio diante de Deus e entendido em muitas coisas. Quanto mais humilde
for cada um em si e mais sujeito a Deus, tanto mais prudente será e calmo em
tudo. Fonte: Imitação de Cristo.
MENSAGENS
DE MEDJUGORJE
25 de dezembro de 2014
25 de dezembro de 2014
Queridos filhos!
Hoje, neste dia de
graça, eu desejo que cada um de seus corações se torne um pequeno estábulo de
Belém, no qual o Salvador do mundo nasceu. Eu sou a sua mãe que os ama
infinitamente e que se preocupa com cada um de vocês. Portanto, meus filhos,
abandonem-se à mãe, para que ela possa colocar cada um de seus corações e vidas
diante de Jesus; porque somente desta maneira, meus filhos, seus corações serão
testemunhas do nascimento diário de Deus em vocês. Permitam que Deus ilumine
suas vidas com a luz e os seus corações com alegria, de modo que vocês possam,
diariamente, iluminar o caminho e ser um exemplo de verdadeira alegria para os
outros que vivem na escuridão e não estão abertos a Deus e Suas graças.
Obrigada
por terem respondido ao meu chamado."
25 de
dezembro de 2014
"Queridos filhos!
Também hoje, em meus
braços Eu estou levando o meu Filho Jesus a vocês e eu estou pedindo Dele, paz
para vocês e paz entre vocês. Rezem ao meu Filho e O adorem, para que a Sua paz
e alegria entrem em seus corações. Eu estou rezando para que vocês sejam ainda
mais abertos à oração.
Obrigada por terem
respondido ao meu chamado."
2 de dezembro de 2014
" Queridos filhos!
Lembrem-se - que eu estou dizendo a vocês que o amor vencerá.
Eu sei que muitos de vocês estão perdendo a esperança, porque ao seu redor,
vocês veem o sofrimento, a dor, o ciúme, a inveja... Mas, eu sou sua mãe. Eu estou
no Reino, mas também estou aqui com vocês. Meu filho está me enviando novamente
para ajudá-los. Portanto, não percam a esperança, em vez disso, sigam-me -
porque a vitória do meu coração é em nome de Deus. Meu Filho amado está
pensando em vocês como Ele sempre pensou. Creiam nEle e vivam-nO. Ele é a Vida
do mundo. Meus filhos, viver o meu Filho significa viver o Evangelho. Isto não
é fácil. Isso significa amor, perdão e sacrifício. Isso purifica e abre o
Reino. A oração sincera, que não é apenas palavras, mas é uma oração na qual o
coração fala, irá ajudá-los. Da mesma forma, o jejum (irá ajudá-los), porque
ele é ainda mais amor, perdão e sacrifício. Portanto, não percam a esperança,
mas, sigam-me. Eu estou suplicando-lhes de novo a rezarem pelos seus pastores
para que eles possam sempre olhar para o meu Filho que foi o primeiro pastor do
mundo e cuja família era o mundo inteiro. Obrigada."
São Gregório de Nanzianzo Por Papa Bento
XVI (AGOSTO, 2007)
Fonte: Vaticano/Zenit
Queridos irmãos e irmãs!
Na passada quarta-feira falei
de um grande mestre da fé, o Padre da Igreja São Basílio. Hoje gostaria de
falar do seu amigo Gregório de Nazianzo, também ele, como Basílio, originário
da Capadócia. Teólogo ilustre, orador e defensor da fé cristã no século IV, foi
célebre pela sua eloquência, e teve também, como poeta, uma alma requintada e
sensível.
Gregório nasceu de uma
família nobre. A mãe consagrou-o a Deus desde o nascimento, que aconteceu por
volta de 330. Depois da primeira educação familiar, frequentou as mais célebres
escolas da sua época: primeiro foi a Cesareia da Capadócia, onde estreitou
amizade com Basílio, futuro Bispo daquela cidade, e deteve-se em seguida
noutras metrópoles do mundo antigo, como Alexandria do Egipto e sobretudo
Atenas, onde encontrou de novo Basílio (cf. Oratio 14-24: SC 384, 146-180).
Reevocando a sua amizade, Gregório escreverá mais tarde: “Então não só eu me
sentia cheio de veneração pelo meu grande Basílio devido à seriedade dos seus
costumes e à maturidade e sabedoria dos seus discursos, mas induzia a fazer o
mesmo também a outros, que ainda não o conheciam… Guiava-nos a mesma ansiedade
de saber… Esta era a nossa competição: não quem era o primeiro, mas quem
permitisse ao outro de o ser. Parecia que tínhamos uma só alma em dois corpos”
(Oratio 43, 16.20: SC 384, 154-156.164). São palavras que representam um pouco
o auto-retrato desta alma nobre. Mas também se pode imaginar que este homem,
que estava fortemente projectado para além dos valores terrenos, tenha sofrido
muito pelas coisas deste mundo.
Tendo regressado a casa, Gregório
recebeu o Baptismo e orientou-se para uma vida monástica: a solidão, a
meditação filosófica e espiritual fascinavam-no. Ele mesmo escreverá: “Nada me
parece maior do que isto: fazer calar os próprios sentidos, sair da carne do
mundo, recolher-se em si mesmo, não se ocupar mais das coisas humanas, a não
ser das que são estritamente necessárias; falar consigo mesmo e com Deus, levar
uma vida que transcende as coisas visíveis; levar na alma imagens divinas
sempre puras, sem misturar formas terrenas e erróneas; ser verdadeiramente um
espelho imaculado de Deus e das coisas divinas, e tornar-se tal cada vez mais,
tirando luz da luz…; gozar, na esperança presente, o bem futuro, e conversar
com os anjos; ter já deixado a terra, mesmo estando na terra, transportado para
o alto com o espírito” (Oratio 2, 7: SC 247, 96).
Como escreve na sua
autobiografia (cf. Carmina [historica] 2, 1, 11 De vita sua 340-349: PG 37,
1053), recebeu a ordenação presbiteral com uma certa resistência, porque sabia
que depois teria que ser Pastor, ocupar-se dos outros, das suas coisas, e
portanto já não podia recolher-se só na meditação. Contudo aceitou depois esta
vocação e assumiu o ministério pastoral em total obediência, aceitando, como
com frequência lhe aconteceu na sua vida, ser guiado pela Providência aonde não
queria ir (cf. Jo 21, 18). Em 371 o seu amigo Basílio, Bispo de Cesareia,
contra o desejo do próprio Gregório, quis consagrá-lo Bispo de Sasima, uma
Cidade extremamente importante da Capadócia. Mas ele, devido a várias dificuldades,
nunca tomou posse dela e permaneceu na cidade de Nazianzo.
Por volta de 379, Gregório
foi chamado a Constantinopla, a capital, para guiar a pequena comunidade
católica fiel ao Concílio de Niceia e à fé trinitária. A maioria aderia ao
contrário ao arianismo, que era “politicamente correcto” e considerado pelos
imperadores útil sob o ponto de vista político. Deste modo ele encontrou-se em
condições de minoria, circundado por hostilidades.
Na pequena igreja de
Anastasis pronunciou cinco Discursos teológicos (Orationes 27-31: SC 250,
70-343) precisamente para defender e tornar também inteligível a fé trinitária,
a habilidade do raciocínio, que faz compreender realmente que esta é a lógica
divina. E também o esplendor da forma os torna hoje fascinantes. Gregório
recebeu, devido a estes discursos, o apelativo de “teólogo”. Assim é chamado na
Igreja ortodoxa: o “teólogo”. E isto porque para ele a teologia não é uma
reflexão meramente humana, ou muito menos apenas o fruto de especulações
complicadas, mas deriva de uma vida de oração e de santidade, de um diálogo
assíduo com Deus. E precisamente assim mostra à nossa razão a realidade de
Deus, o mistério trinitário. No silêncio contemplativo, imbuído de admiração
diante das maravilhas do mistério revelado, a alma acolhe a beleza e a glória
divina.
Enquanto participava no
segundo Concílio Ecuménico de 381, Gregório foi eleito Bispo de Constantinopla,
e assumiu a presidência do Concílio. Mas desencadeou-se imediatamente contra
ele uma grande oposição, e a situação tornou-se insustentável. Para uma alma
tão sensível estas inimizades eram insuportáveis. Repetia-se o que Gregório já
tinha lamentado anteriormente com palavras ardentes: “Dividimos Cristo, nós que
tanto amávamos Deus e Cristo! Mentimos uns aos outros devido à Verdade,
alimentámos sentimentos de ódio devido ao Amor, dividimo-nos uns dos outros!”
(Oratio 6, 3: SC 405, 128). Chega-se assim, num clima de tensão, à sua
demissão. Na catedral apinhada Gregório pronunciou um discurso de despedida com
grande afecto e dignidade (cf Oratio 42: SC 384, 48-114). Concluía a sua
fervorosa intervenção com estas palavras: “Adeus, grande cidade, amada por
Cristo… Meus filhos, suplico-vos, guardai o depósito [da fé] que vos foi
confiado (cf. 1 Tm 6, 20), recordai-vos dos meus sofrimentos (cf. Cl 4, 18).
Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vós” (cf. Oratio 42,
27: SC 384, 112-114).
Regressou a Nazianzo, e por
cerca de dois anos dedicou-se ao cuidado pastoral daquela comunidade cristã.
Depois retirou-se definitivamente em solidão na vizinha Arianzo, a sua terra
natal, dedicando-se ao estudo e à vida ascética. Nesse período compôs a maior
parte da sua obra poética, sobretudo autobiográfica: o De vita sua, uma
releitura em versos do próprio caminho humano e espiritual, um caminho exemplar
de um cristão sofredor, de um homem de grande interioridade num mundo cheio de
conflitos. É um homem que nos faz sentir a primazia de Deus e por isso fala
também a nós, a este nosso mundo: sem Deus o homem perde a sua grandeza, sem
Deus não há verdadeiro humanismo. Por isso, ouçamos esta voz e procuremos
conhecer também nós o rosto de Deus. Numa das suas poesias escrevera,
dirigindo-se a Deus: “Sê benigno, Tu, o Além de tudo” (Carmina [dogmatica] 1,
1, 29: PG 37, 508). E em 390 Deus acolheu nos seus braços este servo fiel, que
com inteligência perspicaz tinha defendido nos escritos, e com tanto amor o
tinha cantado nas suas poesias.
Alguns de seus ensinamentos.
Refletindo sobre a missão que
Deus lhe havia confiado, São Gregório Nazianzeno concluía: «Fui criado para
ascender até Deus com minhas ações» («Oratio 14, 6 de pauperum amore»: PG 35,
865). De fato, pôs ao serviço de Deus e da Igreja seu talento de escritor e
orador. Escreveu numerosos discursos, homilias e panegíricos, muitas cartas e
obras poéticas (quase 18.000 versos): uma atividade verdadeiramente prodigiosa.
Havia compreendido qual era a missão que Deus lhe havia confiado: «Servo da
Palavra, oferece minha adesão ao ministério da Palavra, que nunca me permita
descuidar desse bem. Eu aprecio e me alegro com esta vocação; ela me dá mais
alegria que todo o resto» («Oratio 6,5»: SC 405, 134; cf. também «Oratio 4,
10»).
O nazianzeno era um homem
manso, e em sua vida sempre procurou promover a paz na Igreja de seu tempo,
dilacerada por discórdias e heresias. Com audácia evangélica, ele se esforçou
por superar sua própria timidez para proclamar a verdade da fé. Sentia
profundamente o anseio de aproximar-se de Deus, de unir-se a Ele. Ele mesmo o
expressa em uma poesia, na qual escreve: «grandes correntes do mar da vida,
agitado daqui para lá por impetuosos ventos… Havia só uma coisa que queria,
minha única riqueza, consolo e esquecimento dos cansaços, a luz da santa
Trindade» («Carmina [histórica]» 2,1,15: PG 37, 1250ss.).
Gregório fez resplandecer a
luz da Trindade, defendendo a fé proclamada no Concílio de Nicéia: um só Deus
em três Pessoas iguais e distintas – Pai, Filho e Espírito Santo –, «tripla luz
que se une em um único esplendor» («Hino vespertino: Carmina [histórica]» 2, 1,
32:PG 37, 512). Deste modo, Gregório, seguindo São Paulo (1 Coríntios 8, 6),
afirma: «para nós há um Deus, o Pai, do qual procedem todas as coisas; um
Senhor, Jesus Cristo, por quem são todas as coisas, e um Espírito Santo, no
qual estão todas as coisas» («Oratio 39», 12: SC 358, 172).
Gregório destacou muito a
plena humanidade de Cristo: para redimir o homem em sua totalidade de corpo,
alma e espírito, Cristo assumiu todos os componentes da natureza humana, do
contrário o homem não teria sido salvo. Contra a heresia de Apolinário, que
assegurava que Jesus Cristo não havia assumido uma alma racional, Gregório
enfrenta o problema à luz do mistério da salvação: «O que não foi assumido não foi
curado» (Epístola 101», 32: SC 208, 50), e se Cristo não tivesse tido
«intelecto racional, como teria podido ser homem?» («Epístola 101», 34: SC 208,
50). Precisamente nosso intelecto, nossa razão, tinha necessidade da relação,
do encontro com Deus em Cristo. Ao fazer-se homem, Cristo nos deu a
possibilidade de chegar a ser como Ele. O nazianzeno exorta: «Procuremos ser
como Cristo, pois também Cristo se fez como nós: ser como deuses por meio
d’Ele, pois Ele mesmo se fez homem por nós. Carregou o pior para dar-nos o
melhor» («Oratio 1,5»: SC 247, 78).
Maria, que deu a natureza
humana a Cristo, é verdadeira Mãe de Deus («Theotókos»: cf. «Epístola 101», 16:
SC 208, 42), e de cara a sua elevadíssima missão foi «pré-purificada» («Oratio
38», 13: SC 358, 132, apresentando uma espécie de distante prelúdio do dogma da
Imaculada Conceição). Propõe Maria como modelo dos cristãos, sobretudo às
virgens, e como auxílio que é preciso invocar nas necessidades (cf. «Oratio
24», 11: SC 282, 60-64).
Gregório nos recorda que,
como pessoas humanas, temos de ser solidários uns com os outros. Escreve:
«‘Nós, sendo muitos, não formulamos mais que um só corpo em Cristo’ (cf.
Romanos 12, 5), ricos e pobres, escravos e livres, sadios e enfermos: e única é
a cabeça da qual tudo deriva: Jesus Cristo. E como acontece com os membros de
um só corpo, cada um se ocupa de cada um, e todos de todos».
Depois, referindo-se aos
enfermos e às pessoas que atravessam dificuldades, conclui: «Esta é a única
salvação para nossa carne e nossa alma: a caridade para com eles» («Oratio 14,
8 de pauperum amore»: PG 35, 868ab).
Gregório sublinha que o homem
tem de imitar a bondade e o amor de Deus e, portanto, recomenda: «Se estás
sadio e és rico, alivia a necessidade de quem está enfermo e é pobre; se não
caíste, ajuda quem caiu e vive no sofrimento; se estás contente, consola quem
está triste; se és afortunado, ajuda quem foi mordido pela desventura. Dá a
Deus uma prova de reconhecimento para que sejas um dos que podem fazer o bem, e
não dos que têm de ser ajudados… Não sejas rico de bens, mas de piedade; não só
de ouro, mas de virtudes, ou melhor, só desta. Supera a fama de teu próximo
sendo melhor bom que todos; converte-se em Deus para o desventurado, imitando a
misericórdia de Deus» («Oratio 14, 26 de pauperum amore»: PG 35, 892bc).
Gregório nos ensina, antes de
tudo, a importância da necessidade da oração. Afirma que «é necessário se
lembrar de Deus com mais freqüência do que respiramos» («Oratio 27», 4: PG 250,
78), pois a oração é o encontro da sede de Deus com nossa sede. Deus tem sede
de que tenhamos sede d’Ele (cf. «Oratio 40», 27: SC 358, 260). Na oração, temos
que dirigir nosso coração a Deus para entregar-nos a Ele como oferenda que deve
ser purificada e transformada. Na oração, vemos tudo à luz de Cristo, deixamos
cair nossas máscaras e nos submergimos na verdade e na escuta de Deus,
alimentando o fogo do amor.
Em uma poesia, que ao mesmo
tempo é meditação sobre o sentido da vida e invocação implícita de Deus,
Gregório escreve: «Alma minha, tens uma tarefa, se queres, uma grande tarefa.
Escruta seriamente em teu interior, teu ser, teu destino; de onde vens e para
onde irás, procura saber se é vida a que vives ou se há algo mais. Alma minha,
tens uma tarefa, purifica, portanto, tua vida: considera, por favor, Deus e
seus mistérios, indaga no que havia antes deste universo, e o que é para ti, de
onde procede e qual será seu destino. Esta é tua tarefa, alma minha, portanto,
purifica tua vida» («Carmina [histórica] 2», 1,78: PG 37, 1425-1426).
O santo bispo pede
continuamente ajuda a Cristo para elevar-se e reiniciar o caminho:
«Decepcionou-me, Cristo meu, minha exagerada presunção: das alturas caí muito
baixo. Mas, volta a levantar-me novamente agora, pois vejo que enganei a mim
mesmo; se volto a confiar demais em mim mesmo, voltarei a cair imediatamente, e
a queda será fatal» («Carmina [histórica] 2», 1, 67: PG 37, 1408).
Gregório, portanto, sentiu
necessidade de aproximar-se de Deus para superar o cansaço de seu próprio eu.
Experimentou o impulso da alma, a vivacidade de um espírito sensível e a
instabilidade da felicidade efêmera. Para ele, no drama de uma vida sobre a
qual pesava a consciência de sua própria fraqueza e de sua própria miséria,
sempre foi mais forte a experiência do amor de Deus.
Tens uma tarefa – diz São
Gregório também a nós –, a tarefa de encontrar a verdadeira luz, de encontrar a
verdadeira altura de tua vida. E tua vida consiste em encontrar-te com Deus, de
quem temos sede.
HOMILIA DO PAPA
FRANCISCO
Basílica Vaticana
24 de Dezembro de 2014
24 de Dezembro de 2014
«O povo que andava
nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz
brilhou sobre eles» (Is 9, 1). «Um anjo do Senhor apareceu [aos
pastores], e a glória do Senhor refulgiu em volta deles» (Lc 2, 9).
É assim que a Liturgia desta santa noite de Natal nos apresenta o nascimento do
Salvador: como luz que penetra e dissolve a mais densa escuridão. A presença do
Senhor no meio do seu povo cancela o peso da derrota e a tristeza da escravidão
e restabelece o júbilo e a alegria.
Também nós, nesta
noite abençoada, viemos à casa de Deus atravessando as trevas que envolvem a
terra, mas guiados pela chama da fé que ilumina os nossos passos e animados
pela esperança de encontrar a «grande luz». Abrindo o nosso coração, temos, também
nós, a possibilidade de contemplar o milagre daquele menino-sol que, surgindo
do alto, ilumina o horizonte.
A origem das trevas
que envolvem o mundo perde-se na noite dos tempos. Pensemos no obscuro momento
em que foi cometido o primeiro crime da humanidade, quando a mão de Caim, cego
pela inveja, feriu de morte o irmão Abel (cf. Gn 4, 8). Assim,
o curso dos séculos tem sido marcado por violências, guerras, ódio,
prepotência. Mas Deus, que havia posto suas expectativas no homem feito à sua
imagem e semelhança, esperava. Deus esperava. O tempo de espera fez-se tão
longo que a certo momento, quiçá, deveria renunciar; mas Ele não podia
renunciar, não podia negar-Se a Si mesmo (cf. 2 Tm 2, 13). Por
isso, continuou a esperar pacientemente face à corrupção de homens e povos. A
paciência de Deus... Como é difícil compreender isto: a paciência de Deus para
connosco!
Ao longo do caminho
da história, a luz que rasga a escuridão revela-nos que Deus é Pai e que a sua
paciente fidelidade é mais forte do que as trevas e do que a corrupção. Nisto
consiste o anúncio da noite de Natal. Deus não conhece a explosão de ira nem a
impaciência; permanece lá, como o pai da parábola do filho pródigo, à espera de
vislumbrar ao longe o regresso do filho perdido; e todos os dias, com
paciência. A paciência de Deus!
A profecia de Isaías
anuncia a aurora duma luz imensa que rasga a escuridão. Ela nasce em Belém e é
acolhida pelas mãos amorosas de Maria, pelo afecto de José, pela maravilha dos
pastores. Quando os anjos anunciaram aos pastores o nascimento do Redentor,
fizeram-no com estas palavras: «Isto vos servirá de sinal: encontrareis um
menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12). O
«sinal» é precisamente a humildade de Deus, a humildade de Deus levada ao
extremo; é o amor com que Ele, naquela noite, assumiu a nossa fragilidade, o
nosso sofrimento, as nossas angústias, os nossos desejos e as nossas
limitações. A mensagem que todos esperavam, que todos procuravam nas
profundezas da própria alma, mais não era que a ternura de Deus: Deus que nos
fixa com olhos cheios de afecto, que aceita a nossa miséria, Deus enamorado da
nossa pequenez.
Nesta noite santa, ao
mesmo tempo que contemplamos o Menino Jesus recém-nascido e reclinado numa
manjedoura, somos convidados a reflectir. Como acolhemos a ternura de Deus?
Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se? «Oh
não, eu procuro o Senhor!» – poderíamos replicar. Porém a coisa mais importante
não é procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a procurar-me, a encontrar-me e a
cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos
coloca com a sua mera presença: permito a Deus que me queira bem?
E ainda: temos a
coragem de acolher, com ternura, as situações difíceis e os problemas de quem
vive ao nosso lado, ou preferimos as soluções impessoais, talvez eficientes mas
desprovidas do calor do Evangelho? Quão grande é a necessidade que o mundo tem
hoje de ternura! Paciência de Deus, proximidade de Deus, ternura de Deus.
A resposta do cristão
não pode ser diferente da que Deus dá à nossa pequenez. A vida deve ser
enfrentada com bondade, com mansidão. Quando nos damos conta de que Deus Se
enamorou da nossa pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos
encontrar, não podemos deixar de Lhe abrir o nosso coração pedindo-Lhe:
«Senhor, ajudai-me a ser como Vós, concedei-me a graça da ternura nas
circunstâncias mais duras da vida, dai-me a graça de me aproximar ao ver
qualquer necessidade, a graça da mansidão em qualquer conflito».
Queridos irmãos e irmãs, nesta noite santa,
contemplamos o presépio: nele, «o povo que andava nas trevas viu uma grande
luz» ( Is 9, 1). Viram-na as pessoas simples, as pessoas
dispostas a acolher o dom de Deus. Pelo contrário, não a viram os arrogantes,
os soberbos, aqueles que estabelecem as leis segundo os próprios critérios
pessoais, aqueles que assumem atitudes de fechamento. Contemplemos o presépio e
façamos este pedido à Virgem Mãe: «Ó Maria, mostrai-nos Jesus!»
Fonte:www.vatican.va
Natal: a salvação vem de uma gravidez "não
planejada"
"Maria,
porém, disse ao Anjo: ‘Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem
algum?’" (Lc 1,34)
Deus
nos escolheu antes da criação do mundo (cf. Ef 1,4). Portanto, para ele, não há
vida humana que não esteja no seu plano. Também a vinda de seu Filho ao mundo
estava obviamente no seu plano.
E
Maria, como todos os israelitas, ansiava pela vinda do Messias. Mas não estava
absolutamente no plano da Virgem de Nazaré que fosse ela a mãe do Messias. Sua
gravidez, planejada por Deus desde toda a eternidade, não havia sido
"planejada" por ela. Surpreendida pelo anúncio do anjo, ela
pergunta: "Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?"
(Lc 1,34). Aliviada com a resposta do anjo de que ela conceberia por obra do
Espírito Santo, sem perder a virgindade, responde: "Eu sou a serva do
Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc 1,38).
Assim,
graças a uma gravidez "não planejada", mas aceita com amor, é que a
salvação chegou ao mundo.
* * *
A
expressão "planejamento familiar" — que a Igreja sempre tem evitado
usar — dá a entender que o casal tem autonomia absoluta para escolher o número
de seus filhos e o espaçamento entre eles. Essa idéia é falsa.
Na
verdade, quem escolhe é Deus. Só ele é o Senhor da Vida. O que o casal pode e
deve fazer é ficar atento aos sinais de Deus para descobrir qual é sua vontade,
e pô-la em prática.
Dentro
do matrimônio, a regra é gerar filhos. Não gerá-los é a exceção. É o que se
conclui da seguinte passagem da histórica encíclica Humanae Vitae (1968),
do Papa Paulo VI, falando sobre a paternidade responsável:
Em
relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, a paternidade
responsável exerce-se tanto com a deliberação ponderada e generosa de fazer
crescer uma família numerosa, como com a decisão, tomada por motivos graves e
com respeito pela lei moral, de evitar temporariamente, ou mesmo por tempo
indeterminado, um novo nascimento.(Humanae
Vitae, n. 10)
Note-se
como a Igreja elogia a família numerosa e como, ao mesmo tempo, só admite
evitar um novo nascimento "por motivos graves" e com respeito pela
lei moral. Jorge Scala, em seu livro "IPPF: a multinacional da morte",
adverte para a mudança de mentalidade que veio com a pílula anticoncepcional:
A
partir de 1965, e como conseqüência da entrada no mercado das pílulas
anticoncepcionais, a fecundidade humana modifica-se radicalmente: antes
da pílula existiam alguns métodos de regular eficácia para limitar os
nascimentos; depois da pílula, requer-se uma decisão positiva para ter
filhos... (1)
Nos
dias de hoje, até entre os cristãos, gerar filhos tornou-se algo de excepcional
na vida conjugal. Gerá-los, só depois de um cuidadoso "planejamento".
Jorge
Scala, em seu mesmo livro, cita Pierre Chaunu, que fala, em tom de poesia,
sobre o valor da surpresa e do imprevisto na vida conjugal:
"Nenhuma
sociedade pode contentar-se com os filhos desejados; necessita primeiro e
sobretudo dos filhos aceitados. O filho desejado não é o filho mais amado. Não
se deseja um filho como se deseja um automóvel, uma roupa, um artefato; por uma
razão muito simples: ninguém se separa de um filho como de um objeto. A relação
que nos liga a ele durará por toda a vida. Sabe-se que a vida consta de muitos
riscos. Isso é o que lhe dá seu sabor. Uma vida em que cada instante se
desenvolve segundo o projeto do começo, seria mais triste que a morte. Na
realidade, seria uma morte eterna. O risco de viver inclui o risco de
transmitir a vida e isso requer a aceitação do risco... Ora, no filho que vai
nascer, tudo é novo; é um pouco de si mesmo, um pouco da pessoa que se ama e um
ser totalmente diferente [...], como ele mesmo, uma centelha de eternidade"
(2)
* * *
Continência
periódica é a abstenção do ato
conjugal durante os períodos férteis com o fim de evitar, por razões graves,
uma nova gravidez. É vulgarmente conhecida como "método natural" de
regulação da procriação. No entanto, ela não é só um "método", mas
sobretudo uma virtude. Significa autodomínio e renúncia. Não pode ser vista
como um meio eficiente de se evitar uma coisa indesejável chamada
"filho". Não pode ser empregada com o mesmo espírito com que se usa
um método anticoncepcional. Sobre isso, assim se exprimia o então Cardeal Karol
Wojtyla, futuro Papa João Paulo II, em sua obra Amor e Responsabilidade:
"A
continência interesseira, ‘calculada’ desperta dúvidas. Ela, como qualquer
outra virtude, deve ser desinteressada, concentrada na ‘retidão’ em si, não só
na ‘utilidade’. [...] Se a continência deve ser virtude e não só ‘método’, no
sentido utilitarista, não pode contribuir para a destruição da disponibilidade
procriativa daqueles que convivem ‘maritalmente’ como esposos. [...] E por isso
não se pode falar da continência como virtude quando os esposos aproveitam os
períodos de infertilidade biológica unicamente para não ter filhos, e convivem
só e exclusivamente nestes períodos para o próprio conforto. Proceder assim
equivale a aplicar o ‘método natural’ em contradição com a sua natureza.
Opõem-se tanto à ordem objetiva da natureza, como à essência do amor".(3)
Nas
palavras de Dom Rafael Llano Cifuentes, (4) "já que o matrimônio
se ordena, por sua própria natureza, aos filhos, esta decisão [de
praticar a continência periódica] só se justifica em circunstâncias
graves, de ordem médica, psicológica, econômica ou social".(5)
Segundo
ele, as razões médicas "poderiam reduzir-se a duas:
1º)
perigo real e certo de que uma nova gravidez poria em risco a saúde da mãe;
2º) perigo real e certo de transmitir aos filhos doenças hereditárias".(6)
"As razões psicológicas estão constituídas por determinados estados de angústia ou ansiedade anômalas ou patológicas da mãe diante da possibilidade de uma nova gravidez".(7)
"As razões econômicas e sociais são aquelas situações problemáticas nas quais os cônjuges não podem suportar a carga econômica de um novo filho; a falta de moradia adequada ou a sua reduzida dimensão, etc.
Estas razões são difíceis de avaliar, porque o padrão mental é muito variado e porque se introduzem também no julgamento outros motivos como o comodismo, a mentalidade consumista, a visão hipertrofiada dos próprios problemas, o egoísmo, etc."(8)
2º) perigo real e certo de transmitir aos filhos doenças hereditárias".(6)
"As razões psicológicas estão constituídas por determinados estados de angústia ou ansiedade anômalas ou patológicas da mãe diante da possibilidade de uma nova gravidez".(7)
"As razões econômicas e sociais são aquelas situações problemáticas nas quais os cônjuges não podem suportar a carga econômica de um novo filho; a falta de moradia adequada ou a sua reduzida dimensão, etc.
Estas razões são difíceis de avaliar, porque o padrão mental é muito variado e porque se introduzem também no julgamento outros motivos como o comodismo, a mentalidade consumista, a visão hipertrofiada dos próprios problemas, o egoísmo, etc."(8)
Para
evitar que o casal decida valer-se da continência periódica por motivos
egoísticos, a Igreja dá aos confessores a seguinte orientação: "...
será conveniente [para o confessor] averiguar a solidez dos
motivos que se têm para a limitação da paternidade ou maternidade e a liceidade
dos métodos escolhidos para distanciar e evitar uma nova concepção".(9)
Quem
se casa, casa-se não apenas para ter filho, mas para ter filhos. O
casal não pode ser mesquinho ao continuar a obra da Criação através da procriação.
Sobre isso, assim se exprimiu Karol Wojtyla, na mesma obra acima citada:
"A
família é na realidade uma instituição educadora, portanto é necessário que ela
conte, se for possível, vários filhos, porque para que o novo homem forme sua
personalidade é muito importante que não seja único, mas que esteja inserido
numa sociedade natural. Às vezes fala-se que é ‘mais fácil educar muitos filhos
do que um filho único’. Também diz-se que ‘dois não são ainda uma sociedade;
eles são dois filhos únicos’".(10)
Para
refletir
Santa
Gianna Beretta Molla, a médica italiana que em 1962 deu a vida heroicamente
pela sua quarta filhinha, foi a décima filha de Maria Micheli e Alberto
Beretta. Que teria acontecido se esse casal tivesse decidido "evitar
filhos" a partir do segundo ou terceiro nascimento?
Anápolis,
18 de dezembro de 2006.
Pe.
Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
N.R.:
As referencias bibliográficas podem ser conferidas na Fonte:
http://www.providaanapolis.org.br/index.php/todos-os-artigos/item/47-natal-a-salva%C3%A7%C3%A3o-vem-de-uma-gravidez-n%C3%A3o-planejada
DOGMAS MARIANOS: THEOTOKOS: MÃE DE DEUS
Maria Mãe de Deus
Padre Wiremberg Silva wiremberg@yahoo.com.br
PRESBÍTERO DA ARQUIDIOCESE DE BELÉM. GRADUADO EM PEDAGOGIA, TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. PÁROCO DE SÃO JOSÉ (BELÉM).
PRESBÍTERO DA ARQUIDIOCESE DE BELÉM. GRADUADO EM PEDAGOGIA, TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. PÁROCO DE SÃO JOSÉ (BELÉM).
Diversos Padres da Igreja nos três primeiros séculos defendem
Maria como a Theotokos, dentre eles; Orígenes (254), Dionísio (250), Atanásio
(330), Gregório (370), João Crisóstomo (400) e Agostinho de Hipona (430). O
hino "À vossa compaixão" (em grego: Sob sua Sean efsplanchnian),
datado do século III, retrata Maria como «Santíssima Theotokos, salvai-nos.».
Daí rezar com os gregos Mãe do Cristo Deus, salvai-nos!
O uso do termo Theotokos foi formalmente afirmado como dogma no
Terceiro Concílio Ecumênico realizado em Éfeso, em 431. A visão contrária,
defendida pelo patriarca de Constantinopla Nestório era que Maria devia ser
chamada de Christotokos, que significa "Mãe de Cristo", para
restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da
sua natureza divina.
Os adversários de Nestório, liderados por Cirilo de Alexandria,
consideravam isto inaceitável, pois Nestório estava destruindo a união perfeita
e inseparável da natureza divina e humana em Jesus Cristo, uma vez que em
Cristo "O Verbo se fez carne" (João 1,14), ou seja o Verbo (que é
Deus - João 1,1) é a carne; e a carne é o Verbo, Maria foi a mãe da carne de
Cristo e por consequencia do Verbo. Cirilo escreveu que "Surpreende-me que
há alguns que duvidam que a Virgem santa deve ser chamada ou não de Theotokos.
Pois, se Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus, e a Virgem santa deu-o à luz, ela
não se tornou a [Theotokos]?" A doutrina de Nestório foi considerada uma
falsificação da Encarnação de Cristo, e por consequência, da salvação da humanidade.
O Concílio aceitou a argumentação de Cirilo, afirmou como dogma o título de
Theotókos de Maria, e anamatizou Nestório, considerando sua doutrina
(Nestorianismo) como uma heresia.
Maria é frequentemente chamada de Theotokos nos hinos das Igrejas
Ortodoxas, e Católicas Orientais. O mais comum é o Axion Estin, que é usado em
quase todos as formas de liturgia. Outros exemplos incluem o Sub tuum
praesidium (À vossa proteção) que data do século III, a Ave Maria, e o
Magnificat.
Na Igreja Católica, a solenidade da Theotokos é comemorado em 01
de janeiro, juntamente com o Dia Mundial da Paz. Esta solenidade data cerca de
500 D.C e foi originalmente comemorado nas Igrejas Orientais.
A justificação da Maternidade de Maria em relação à Igreja é vista
de tudo pela cooperação da Vigem na obra do Filho: como afirmamos acima
intercedente e intercessora cooperante. Ao conceber Cristo, gerá-lo, nutri-lo,
apresenta-o ao Pai no templo, sofrer com ele agonizante na cruz, coopera de
modo todo especial na obra do Salvador, mediante a obediência da fé, a
esperança e ardente radicada caridade, para restaurar a vida sobrenatural nas
almas. Por isso ela é mãe para nós na ordem da Graça. E essa maternidade na
ordem da graça continua sem cessar, por que o seu consentimento dado na fé no
momento da Anunciação, além de se repetir por toda sua vida terrena esta
mantido até a perpétua coroação de todos os eleitos. De fato, elevada ao céu,
continua, com a sua múltipla intercessão, a obter-nos os dons da Salvação
eterna até o fim dos tempos. Mas é na perspectiva trinitária que se aprende
plenamente o sentido do título de Mãe da Igreja. Quando fez de Maria a Mãe de
Jesus, o Pai, por pura graça, tornou Maria de certo modo, participante de sua
fecundidade em relação ao Filho. Assim, Ele a tornou participante também de sua
relação com aqueles que se tornaram Filhos no Filho, ou seja, somos filhos
adotivos, fomos adotados em Cristo por Deus, os Batizados, a Igreja. Assim
Maria tem com a Igreja do Filho, relação de maternidade, fundada no Mistério de
sua eleição e de sua relação peculiar com Deus Pai. Assim, podemos dizer que o
título de Mãe da Igreja não é apenas um elogio ou méritos pessoais longe disso,
mas se funda na eleição divina de Maria à Maternidade, plasmada exclusivamente
pela graça divina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário