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FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ
PALAVRA DE DEUS (Jo,3)
Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes, se Deus não estiver com ele.
Jesus replicou-lhe: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus.
Nicodemos perguntou-lhe: Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?
Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.
O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito.
Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.
Replicou Nicodemos: Como se pode fazer isso?
Disse Jesus: És doutor em Israel e ignoras estas coisas!...
Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho.
Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais?
Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.
Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,
para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.
Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado; por que não crê no nome do Filho único de Deus.
Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más.
Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.
Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus.
Amados irmãos e irmãs, bom dia!
A 14 de Setembro a Igreja celebra a festa da Exaltação da Santa Cruz. Talvez alguma pessoa não cristã nos pergunte: porque «exaltar» a cruz? Podemos responder que não exaltamos uma cruz qualquer, ou todas as cruzes: exaltamos a Cruz de Jesus, porque nela se revelou ao máximo o amor de Deus pela humanidade. É o que nos recorda o Evangelho de João na liturgia de hoje: «Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (3, 16). O Pai «deu» o Filho para nos salvar, e isto significou a morte de Jesus, e morte de cruz. Porquê? Por que foi necessária a Cruz? Por causa da gravidade do mal que nos mantinha escravos. A Cruz de Jesus exprime as duas coisas: toda a força negativa do mal, e toda a mansidão onipotente da misericórdia de Deus. A Cruz parece decretar a falência de Jesus, mas na realidade marca a vitória. No Calvário, quantos o escarneciam dizendo: «se és Filho de Deus desce da cruz» (cf. Mt 27, 40). Mas era verdade o contrário: precisamente porque era o Filho de Deus Jesus estava ali, na cruz, fiel até ao fim ao desígnio de amor do Pai. E precisamente por isto Deus «exaltou» Jesus (Fl 2, 9), conferindo-lhe uma realeza universal.
E quando dirigimos o olhar para a Cruz onde Jesus foi pregado, contemplamos o sinal do amor, do amor infinito de Deus por cada um de nós e a raiz da nossa salvação. Daquela Cruz brota a misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro. Por meio da Cruz de Cristo o maligno é vencido, a morte é derrotada, a vida é-nos doada, a esperança é-nos restituída. Isto é importante: por meio da Cruz de Cristo é-nos restituída a esperança. A Cruz de Jesus é a nossa única esperança verdadeira! Eis por que a Igreja «exalta» a santa Cruz, e eis por que nós cristãos abençoamos com o sinal da cruz. Ou seja, nós não exaltamos as cruzes, mas a Cruz gloriosa de Jesus, sinal do amor imenso de Deus, sinal da nossa salvação e caminho rumo à Ressurreição. E é esta a nossa esperança.
Ao contemplar e celebrar a santa Cruz, pensamos com emoção nos tantos irmãos e irmãs nossos que são perseguidos e assassinados por causa da sua fidelidade a Cristo. Isto acontece especialmente onde a liberdade religiosa ainda não está garantida ou plenamente realizada. Mas acontece também em países e ambientes que em princípio tutelam a liberdade e os direitos humanos, mas onde concretamente os crentes, e sobretudo os cristãos, encontram limites e discriminações. Por isso hoje os recordamos e rezamos de modo particular por eles.
No Calvário, aos pés da cruz, estava a Virgem Maria (cf. Jo 19, 25-27). É a Virgem das Dores, que amanhã celebraremos na liturgia. A ela confio o presente e o futuro da Igreja, para que todos saibam descobrir e acolher sempre a mensagem de amor e de salvação da Cruz de Jesus. Confio-lhe em particular os casais que tive a alegria de unir em matrimônio esta manhã, na Basílica de São Pedro.
Fonte: www.vatican.va
AS
SAGRADAS ESCRITURAS
Muitos condenam a bíblia por relatar fatos que contrariam a
ciência moderna, entretanto a bíblia não é um livro científico, mas sim Palavra
de Deus que quer nos levar à conversão, não ao conhecimento científico e é
neste sentido que devemos entender sua inerrância. Eis o que diz o Catecismo da
Igreja Católica a respeito da sagrada escritura:
Toda a Escritura divina é um
só livro, e esse livro único é Cristo, «porque toda a Escritura divina fala de
Cristo e toda a Escritura divina se cumpre em Cristo».«As Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus; e, pelo fato de serem inspiradas, são verdadeiramente a Palavra de Deus».
Deus é o autor da Sagrada Escritura, ao inspirar os seus autores humanos: age neles e por eles. E assim nos dá a garantia de que os seus escritos ensinam, sem erro, a verdade da salvação.
A interpretação das Escrituras inspiradas deve, antes de mais nada, estar atenta ao que Deus quer revelar, por meio dos autores sagrados, para nossa salvação. O que vem do Espírito não é plenamente entendido senão pela ação do Espírito.
A Igreja recebe e venera, como inspirados, os 46 livros do Antigo e os 27 do Novo Testamento.
Os quatro evangelhos ocupam um lugar central, dado que Jesus Cristo é o seu centro.
A unidade dos dois Testamentos deriva da unidade do plano de Deus e da sua Revelação. O Antigo Testamento prepara o Novo, ao passo que o Novo dá cumprimento ao Antigo. Os dois esclarecem-se mutuamente; ambos são verdadeira Palavra de Deus.
«A Igreja sempre venerou as Divinas Escrituras, tal como o próprio Corpo do Senhor» ambos alimentam e regem toda a vida cristã. «A vossa Palavra é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos» (Sl 119, 105)
Catc. Ig. Cat. 134-141
ORAÇÃO AOS PÉS DA CRUZ (SÃO PIO DE PIETRELCINA)
Ó meu Jesus, dai-me a vossa força quando a minha pobre natureza se revolta diante dos males que a ameaçam, para que possa aceitar com amor as penas e aflições desta vida de exílio. Uno-me com toda a veemência aos vossos méritos, às vossas dores, à vossa expiação, às vossas lágrimas, para poder trabalhar convosco na obra da salvação. Possa eu ter a força de fugir ao pecado, causa única da vossa agonia, do vosso suor de sangue, e da vossa morte.
Afasteis de mim o que vos desagrada, e imprimi no meu coração com o fogo do vosso santo amor todos os vossos sofrimentos. Abraçai-me tão intimamente, em abraço tão forte e tão doce, que nunca eu possa deixar-vos sozinho no meio dos vossos cruéis sofrimentos.
Só desejo um único alívio: repousar sobre o vosso coração. Só desejo uma única coisa: partilhar da vossa Santa Agonia. Possa a minha alma inebriar-se com o vosso Sangue e alimentar-se com o pão da vossa dor!
Amém.
https://saopio.wordpress.com
CONSTANTINO
E A CRUZ
Constantino era filho de
Constantino Cloro e de Santa Helena. Após a morte de seu pai, que dominava a
Grã-Bretanha e as Gálias na qualidade de Cesar, foi proclamado imperador por
seus soldados.
Conquanto
não se achasse ainda instruído na fé, amava os cristãos, e dando-lhe estes
provas de sua fidelidade em várias ocasiões, ordenou que cessasse a perseguição
na Grã-Bretanha e nas Gálias onde ele governava, e que dali em diante os
cristãos fossem tratados como os demais cidadãos. Conseguiu este imperador
grandes vitórias entre as quais ocupa o primeiro lugar a que obteve contra
Maxêncio, filho de Maximiano e seu sucessor no trono. Pelos vícios da avareza e
da crápula se tinha tornado Maxêncio desagradável a todos os bons, de modo que
de todas as partes chamavam a Constantino para livra-los daquele tirano.
Constantino não titubeou em tomar as armas para combater contra o inimigo da humanidade
e da religião. Foram formidáveis os preparativos de guerra que se fizeram de
ambas as partes. Maxêncio, segundo dizem os historiadores, tinha cento e
sessenta mil homens a pé e dezoito mil a cavalo, ao passo que Constantino não
tinha mais do que quarenta mil. A desigualdade da força atemorizou algum tanto
a Constantino: mas Deus serviu-se disso para apartá-lo do culto dos deuses
impotentes, tirá-lo daquele perigo e trazê-lo ao conhecimento do verdadeiro
Deus.
Aparição da Cruz
Seu inimigo empregava as artes
da magia para invocar em seu auxílio as potências infernais; mas ele, ao
contrário, dirigiu-se ao verdadeiro Deus que, embora confusamente conhecia como
o Criador do céu e da terra, suplicando-lhe que se declarasse em seu favor.
Ouviu-o Deus e operou um assinalado prodígio, que a história não declara com
suficiente precisão em que local se realizou. Alguns autores dizem que foi nos
arredores de Turim, e esta opinião se acha confirmada por uma pintura muito
formosa que esta em Roma no palácio do Vaticano, na galeria chamada dos mapas
geográficos. Eis como nos referem o fato os historiadores contemporâneos, entre
os quais Eusébio de Cesaréia, amigo de Constantino.
Marchava
Constantino com seu exército depois do meio dia, quando de súbito viu descer do
céu, do lado do sol, uma cruz luminosa que trazia esta inscrição: In
hoc signo vinces. – Com este sinal vencerás. – Ele
e seu exército foram testemunhas daquele milagroso fenômeno que deixou a todos admirados.
Constantino não compreendia o que significava aquela cruz, e por isso Deus
dignou-se manifestá-lo com uma revelação.
Apareceu-lhe
durante a noite Jesus Cristo trazendo na mão uma cruz igual a que tinha visto
no dia precedente e ordenou-lhe que fizesse um estandarte semelhante, o qual
lhe serviria de segura defesa contra seus inimigos em tempo de guerra.
Constantino executou logo o que lhe tinha sido ordenado e deu ao estandarte o
nome de lábaro.
O Lábaro
O Lábaro
Segundo
Eusébio, consistia o lábaro em uma longa lança revestida de ouro, atravessada
em certa altura por um pedaço de madeira, formando todo ele uma cruz.
Deste
modo os Romanos, que até então tinham usado um estandarte particular chamado
Labarum, coberto de imagens de falsas divindades, tomaram por bandeira a cruz
de Jesus Cristo. Constantino substituindo nele as imagens do paganismo pelo
nome de Jesus Cristo apartou seus soldados de um culto ímpio, e os levou, sem
esforços, a adorar o verdadeiro Deus. Este precioso estandarte foi confiado a um
corpo de cinqüenta guardas, escolhidos entre os soldados mais religiosos e
valentes, que deviam rodeá-lo, defendê-lo e carregá-lo alternadamente sobre
seus ombros.
Entrada de Constantino em Roma
Entrada de Constantino em Roma
Contando com a proteção do Céu,
dirigiu-se Constantino animosamente a frente de seu exército para o lugar onde
estavam acampadas as tropas de Maxêncio. Seus soldados, ainda que inferiores em
número, achavam-se impacientes para combater, pois contavam desde já com a
vitória. Já tinha havido um encontro em Suza, porém deu-se outra batalha mais
importante na vasta planície que se estende entre Rívoli e Turim deixando ali
dono do campo o piedoso imperador. Com muito pouco trabalho apoderou-se de
Milão, Bréscia e outras cidades, que se entregaram a sua clemência, de modo que
sem graves contratempos pode chegar até as portas de Roma. Maxêncio enviou
então contra ele seu exército, que se achava do outro lado do Tevere, e fez
construir sobre este rio uma ponte levadiça de madeira, dividida em duas
partes, que facilmente se podiam unir e segurar por meio de grossas cordas,
para que tirando-as se dividissem e Constantino e seu exército caíssem no rio e
se afogassem, caso tentassem passar para o outro lado. Querendo além disso que
os deuses lhe fossem propícios, lhes oferecia em sacrifício mulheres e
crianças, e enquanto corria ainda o sangue das vítimas, o bárbaro príncipe
procurava nas entranhas daqueles infelizes o presságio de seu destino. Ao
contrário Constantino preparou seus soldados com a oração e, pondo sua
confiança em Deus, iniciou o assalto cheio de valor.
Combateu-se
com denodo de parte a parte; porém no fim se declarou a vitória em favor de
Constantino. Ao ver Maxêncio mortos e dispersos os seus melhores oficiais,
tratou de salvar-se fugindo; porém ao passar a ponte que ele mesmo fizera para
prejudicar o seu inimigo, pelo ímpeto e multidão dos fugitivos romperam-se as
amarras, e caindo com seu cavalo no Tevere se afogou. No outro dia foi
encontrado seu cadáver no lodo. Os romanos, vendo-se já livres daquele tirano, receberam
com alegria ao vencedor. Constantino ao entrar na cidade, deu graças a Deus
pela vitória que tinha obtido, e mandou que a cruz, penhor da proteção do céu,
atravessasse a cidade e fosse arvorada no Capitólio para anunciar ao mundo o
triunfo do Deus crucificado. Com a cruz adornou também o seu diadema, e proibiu
que daí em diante servisse de suplício aos malfeitores. Ano 312.
Paz após três séculos de perseguição ao cristianismo
Paz após três séculos de perseguição ao cristianismo
Senhor
de Roma, Constantino chamou do desterro os cristãos, pôs em liberdade os presos
e restituiu seus bens aos que deles tinham sido despojados. O romano pontífice,
perseguido até então, foi daí em diante objeto de reverência para o imperador
cristão que, venerando nele o Deus a quem se reconhecia devedor de suas vitórias
e do império, quis provê-lo de tudo o que era necessário para seu decoro. [Tempo do papa São Melquíades.]
Descobrimento da Santa Cruz
Descobrimento da Santa Cruz
O imperador Constantino,
reconhecendo-se devedor à Cruz de suas vitórias, desejava ardentemente dar
mostras especiais de veneração àquela sobre qual dera sua vida o Salvador.
Ardendo o coração de sua mãe Santa Helena no mesmo desejo, pôs-se de acordo com
seu filho e com o romano Pontífice, e foi à Palestina em busca desse tesouro,
apesar da avançada idade de oitenta anos. Era muito difícil encontrá-la, porque
os pagãos tinham amontoado muita terra no lugar onde se achava o sepulcro e
formado ali uma grande praça, erguendo no centro um templo a Vênus; porém nada
pôde impedir que a piedosa princesa visse realizados seus desejos. Sabendo
pelos anciãos de Jerusalém, que se chegasse a encontrar o sepulcro,
encontrar-se-ia também a Cruz, fez logo derrubar o templo pagão e dar começo às
escavações. Depois de muito trabalho, descobriu-se afinal a gruta do santo
sepulcro, e a muito curta distância dele se acharam três cruzes, e em lugar
separado encontrou-se também o letreiro que tinha sido posto na cruz do
Salvador, com os cravos que tinham perfurado suas mãos e seus pés. Mas, como se
podia conhecer qual a verdadeira cruz? Helena, a conselho de Macário bispo de
Jerusalém, mandou levar as três cruzes à casa de uma mulher que desde longo
tempo se achava atacada por uma incurável enfermidade. Aproximaram
sucessivamente as três cruzes, e ao mesmo tempo rogava-se ao Divino Salvador
que fizesse conhecer qual delas tinha sido banhada com seu sangue. Estava
presente a imperatriz, e toda a cidade esperava com ansiedade o sucesso. As
duas primeiras cruzes não causaram nenhum efeito na enferma, porém assim que se
aplicou a terceira, sentiu-se perfeitamente curada e se levantou no mesmo
instante. O historiador Sozomenos afirma que também sendo aplicada a um cadáver
o ressuscitou logo, o que se acha confirmado por São Paulino. Cheia de alegria
a santa mulher, desprendeu uma parte da verdadeira cruz para a enviar a seu
filho, e encerrando o resto em uma caixa de prata, colocou-a nas mãos do bispo
Macário para que a depositasse na Igreja que Constantino tinha ordenado se
levantasse no Santo Sepulcro. Helena não viveu muitos anos depois de sua viagem
a Jerusalém e cheia de merecimentos perante Deus e os homens, morreu pouco
tempo depois, sendo honrada pela Igreja como santa. A Igreja católica celebra
todos os anos este prodigioso descobrimento no dia 3 de maio.
Constantino
morreu com 64 anos de Idade, 31 de reinado no ano 337 de nossa era. Antes de
morrer dividira o império entre seus filhos Constâncio e Constante. Sua morte
foi chorada por todos, e embora seja verdade, que se lhe imputam alguns delitos
que cometeu levado pela cólera ou engano por falsas relações, o certo é que fez
penitência deles e reparou seus escândalos vivendo virtuosa e exemplarmente.
Milagre da Santa Cruz
Tendo Santa Helena encontrado o
Santo madeiro da cruz fez depositar uma parte dele na igreja da Anastásia, isto
é, da Ressurreição, levantada no monte Calvário. Ali ficou cerca de trezentos
anos, até que Cósroes, rei da Pérsia, indo a Jerusalém, despojou a cidade de
todos os ornamentos preciosos. Quando, porém, o imperador Heráclito venceu os
Persas obrigou-os entre outras coisas a que restituíssem essa preciosa relíquia
que fora roubada quatorze anos antes. Cheio de alegria o imperador, por ter
voltado a recuperar tão valioso tesouro, ordenou uma grande festa na qual quis
ele mesmo revestido com as insígnias reais levar a Santa Cruz ao Calvário; mas
ao chegar ao pé do monte, foi detido por força invisível que crescia à medida
que fazia esforços para caminhar para diante. Todos os que se achavam presentes
admiravam com assombro o fato, quando o bispo de Jerusalém falou ao rei do modo
seguinte:
“Atendei bem, ó príncipe! Que com vossas reais vestimentas
talvez mui pouco imiteis a pobreza e humildade de Cristo quando carregava com
essa mesma cruz”
Ouvindo isto se despojou o
imperador das insígnias de sua dignidade e humildemente vestido, com a cabeça
descoberta e pés descalços, voltou a pôr sobre seus ombros a sagrada carga, que
sem a menor dificuldade levou então até o cume do Calvário e depositou no lugar
mesmo onde a tinham levantado quando crucificaram o Salvador. Este fato
aconteceu no ano 629, a 14 de setembro.
Costumava-se celebrar nesse
mesmo dia uma festa em honra da Santa Cruz, talvez por ter sido esse o dia em
que tão augusto sinal apareceu a Constantino. Em memória do novo milagre
tornou-se esta festa muito mais solene e chamou-se Exaltação da Santa Cruz.
Fonte: História Eclesiástica –
São João Bosco
“QUEM QUISER VIR APÓS MIM RENUNCIE A SI MESMO, TOME A CADA DIA
SUA CRUZ E SIGA-ME” (Lc9,23)
O VALOR DO SOFRIMENTO
Deus criou um mundo
maravilhoso, sem sofrimento.
O sofrimento é conseqüência do
pecado.
Porém Deus se compadeceu de
nossos sofrimentos e se uniu a eles aceitando sofrer, "aniquilou-se a si
mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens.E, sendo
exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se
obediente até a morte, e morte de cruz." (Fl2,7-8)
Assim nos redimiu através de seu sofrimento, merecendo-nos pela sua paixão o Paraíso.
Assim nos redimiu através de seu sofrimento, merecendo-nos pela sua paixão o Paraíso.
Cristo passou pela cruz antes
de ressuscitar também nós precisamos carregar nossa cruz: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no
reino de Deus” (At14,22)
Se unirmos nossos sofrimentos
aos de Cristo, eles terão grande valor.
Santa Ângela de Foligno dizia
que “se conhecêssemos o valor dos sofrimentos, cada um procuraria roubar dos
outros as ocasiões de padecer: os sofrimentos seriam objeto de roubo”
“Tudo seja, Jesus, para
alcançar a misericórdia para as almas” (Santa Faustina Kowalska)
Ivan
NATIVIDADE DE MARIA
“ Vinde, todas as nações, vinde, homens de todas as raças, línguas e idades, de todas as condições: com alegria celebremos a natividade da alegria do mundo inteiro! Se os gregos destacavam com todo o tipo de honras – com os dons que cada um podia oferecer – o aniversário das divindades, impostos aos espíritos por mitos mentirosos que obscureciam a verdade, e também o dos reis, mesmo se eles fossem o flagelo de toda a existência, que deveríamos nós fazer para honrar o aniversário da Mãe de Deus, por quem toda a raça mortal foi transformada, por quem o castigo de Eva, nossa primeira mãe, foi mudada em alegria? Com efeito, uma ouviu a sentença divina: «Darás à luz no meio de penas»; a outra ouviu, por seu turno: «Alegra-te, oh Cheia de Graça». À primeira disse-se: «Inclinar-te-ás para o teu marido», mas à segunda: «O Senhor está contigo». Que homenagem ofereceremos então nós à Mãe do Verbo, senão outra palavra? Que a criação inteira se alegre e festeje, e cante a natividade de uma santa mulher, porque ela gerou para o mundo um tesouro imperecível de bondade, e porque por ela o Criador mudou toda a natureza num estado melhor, pela mediação da humanidade. Porque se o homem, que ocupa o meio entre o espírito e a matéria, é o laço de toda a criação, visível e invisível, o Verbo criador de Deus, ao se unir à natureza humana, uniu-se através dela a toda a criação. Festejemos assim o desaparecimento da humana esterilidade, pois cessou para nós a enfermidade que nos impedia a posse dos bens.”
Trecho da homilia de São João Damasceno para a natividade de Maria.
www.a12.com
Nossa Senhora de Coromoto (Venezuela)
Surpreendentes descobertas em sua imagem
Entre finais de 1651 e princípios de 1652, uma Bela Senhora apareceu ao
cacique da tribo Coromoto e a sua esposa indicando-lhes: “vão para a casa dos
brancos, para que lhes coloquem água na cabeça e assim poderão ir ao céu”.
Depois de atender o pedido de tão bela Senhora, os índios saíram da
selva e receberam os ensinamentos do Evangelho, recebendo um bom número deles o
sacramento do Batismo.
Contudo, o cacique, ao sentir que havia perdido a liberdade, decide
fugir novamente para a selva; na madrugada de 8 de setembro de 1652, a Bela
Senhora aparece novamente ao cacique junto a sua esposa, sua cunhada Isabel e o
filho desta. Ao vê-la pede que o deixe em paz, dizendo-lhe que não mais a
obedecerá. Levanta-se para tomar o arco e matar a Senhora, mas esta se aproxima
dele para abraçá-lo, caindo assim suas armas. Decide tomar por um braço a
Senhora para tirá-la de seu lar; neste momento ocorre o milagre: a Bela Senhora
desaparece, deixando na mão do Cacique sua diminuta imagem.
A partir desse momento, começa uma grande história de favores e
milagres, devoção e renovação da fé nesta terra, das mãos de Nossa Senhora de
Coromoto. Até que no ano 1942 é exaltada no título de Patrona da Venezuela.
A diminuta imagem mede 2,5 cm de altura por 2 de largura. Através dos
357 anos que transcorreu desde sua aparição, foi exposta a diferentes fatores
que haviam produzido seu deterioro.
De 9 a 15 de março de 2009, em um laboratório instalado para restauração
da imagem, na casa La Bella Señora, a equipe de trabalho composta pelos
restauradores Pablo Enrique González e Nancy Jiménez, acompanhados por José
Luis Matheus, diretor da Fundação Zuliana e Dom José Manuel Brito como
custódios do processo, iniciaram os trabalhos de conservação da imagem;
conseguindo realizar com êxito uma série de descobertas que até o momento eram
desconhecidas.
O primeiro fato que chamou a atenção foi, que uma vez analisadas as
águas empregadas no tratamento, o pH mostrou-se ser neutro, fato inexplicável.
Foi detectada a presença de vários símbolos, os quais segundo indagações
do antropólogo Nemesio Montiel, são de origem indígena.
Por observação microscópica, conseguiu-se identificar nos olhos da
Virgem, de menos de 1 milímetro, a presença da íris, fato particularmente
desconcertante pois se pensava que os olhos da imagem eram simples pontos.
Ao aprofundar no estudo do olho esquerdo de Nossa Senhora, pôde-se
definir um olho com as características de um olho humano; se diferencia com
clareza o orbe ocular, o conduto lacrimal, a íris e um pequeno ponto de luz no
mesmo.
Maximizando o ponto de luz, pôde-se observar que o mesmo parece formar a
imagem de uma figura humana com características muito específicas.
A coroa da Virgem e o Menino são tipicamente indígenas.
5ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA (13/9/1917)
Conforme relato da
Irmã Lúcia: Ao aproximar-se a hora, lá fui, com a Jacinta e o Francisco, entre
numerosas pessoas que a custo nos deixavam andar. As estradas estavam apinhadas
de gente. Todos nos queriam ver e falar. Ali não havia respeito humano.
Numerosas pessoas, e até senhoras e cavalheiros, conseguindo romper por entre a
multidão que à nossa volta se apinhava, vinham prostrar-se, de joelhos, diante
de nós, pedindo que apresentássemos a Nossa Senhora as suas necessidades.
Outros, não conseguindo chegar junto de nós, chamavam de longe:
– Pelo amor de
Deus! peçam a Nossa Senhora que me cure meu filho, que é aleijadinho!
Outro: – Que me
cure o meu, que é cego!
Outro: – O meu, que
é surdo!
– Que me traga meu
marido...
– ... meu filho,
que anda na guerra!
– Que me converta
um pecador!
– Que me dê saúde,
que estou tuberculoso! Etc., etc. Ali apareciam todas (as) misérias da pobre
humanidade. E alguns gritavam até do cimo das árvores e paredes, para onde
subiam, com o fim de nos ver passar. Dizendo a uns que sim, dando a mão a
outros para os ajudar a levantar do pó da terra, lá fomos andando, graças a
alguns cavalheiros que nos iam abrindo passagem por entre a multidão. Quando
agora leio, no Novo Testamento, essas cenas tão encantadoras da passagem de
Nosso Senhor pela Palestina, recordo estas que, tão criança ainda, Nosso Senhor
me fez presenciar, nesses pobres caminhos e estradas de Aljustrel a Fátima e à
Cova de Iria, e dou graças a Deus, oferecendo-Lhe a fé do nosso bom Povo
português. E penso: se esta gente se abate assim diante de três pobres
crianças, só porque a elas é concebida misericordiosamente a graça de falar com
a Mãe de Deus, que não fariam, se vissem diante de si o próprio Jesus Cristo?
Chegamos, por fim,
à Cova de Iria, junto da carrasqueira e começamos a rezar o terço com o povo.
Pouco depois, vimos o reflexo da luz e a seguir Nossa Senhora sobre a
azinheira:
«– Continuem a rezar o Terço a Nossa
Senhora do Rosário, todos os dias, para alcançarem o fim da guerra.
Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa
Senhora das Dores e do Carmo, S. José com o Menino Jesus para abençoarem o
Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais
com a corda; trazei-a só durante o dia.
–
Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, dum
surdo-mudo.
– Alguns curarei, outros não, porque
Nosso Senhor não quer crer neles. Em Outubro farei o milagre para que todos
acreditem.
– O
povo muito gostava aqui duma capelinha.
– De metade do dinheiro que juntaram até hoje façam dois andores e dêem-nos à
Senhora do Rosário; a outra metade seja para ajuda da capelinha.
Ofereci-lhe duas cartas e um vidro com água-de-cheiro.
– Deram-me isto, se Vossemecê os quer.
– Isso não é conveniente lá para o Céu.»
E
começando a elevar-se, desapareceu como de costume.
Memórias
da Irmã Lúcia, 14.ª ed. Fátima; Documentação Crítica de Fátima.
(www.fatima.pt)
O Padre Pio esteve uma vez severamente doente, de cama, e Nossa Senhora de Fátima fez-lhe uma visita para curá-lo.
O evento miraculoso aconteceu em 1959. Naquela primavera, a imagem de Nossa Senhora de Fátima tinha vindo de Portugal para visitar as capitais das províncias da Itália, em várias paradas. Viajando de helicóptero, a imagem de Nossa Senhora deveria seguir para Foggia, onde o bispo Paolo Carta tinha preparado uma recepção calorosa para a Santíssima Virgem. Mas houve um desvio na rota.
Mais tarde, em 1997, como bispo emérito, ele contaria essa história à fundação Voce di Padre Pio.
O bispo sublinhou que, em Fátima, Nossa Senhora havia pedido especialmente pela oração do Rosário. "E quem poderia contar as horas que o Padre Pio passou a rezar pela conversão e salvação dos pecadores? E com que amorosa insistência ele não recomendava o Rosário a todos como meio de atingir a salvação?"
Além disso, o bispo também apontou para os incontáveis atos de mortificação, penitências e sofrimentos praticados pelo Padre Pio para salvar as almas do inferno, em resposta ao que Nossa Senhora havia pedido. "Esta resposta heróica do Padre Pio merecia um sinal de mimo materno de Nossa Senhora — e o sinal foi maravilhoso."
Para a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Portugal, estava programada uma passagem pela grande cidade de Foggia, no começo de agosto. O mosteiro de San Giovanni Rotondo pertencia à diocese de Foggia, mas o Padre Pio estava severamente doente, acamado por conta de uma pleurite, desde o dia 5 de maio. Se estava impossibilitado até de celebrar a Santa Missa, quanto mais de peregrinar até Foggia!
"Mas poderia uma Mãe com um Imaculado Coração tão sensível e delicado não visitar seu filho mais querido, o Padre Pio?", conta o bispo Paolo Carta.
Por algum motivo, o itinerário mudou. A imagem não iria mais para Foggia, e sim para San Giovanni Rotondo. A alegria tomou conta dos ares enquanto as pessoas se reuniam em volta do mosteiro. Com a ajuda de um alto-falante, o Padre Pio foi capaz de prepará-los para a chegada de sua Mãe, no dia 6 de agosto.
Naquela manhã, o Padre Pio conseguiu descer até a igreja e alcançar a imagem de Nossa Senhora — "mas teve que se sentar pois estava exausto", observou o bispo, e depois "ele deu a ela um Rosário dourado". "A imagem foi rebaixada diante do seu rosto e ele lhe deu um beijo. Foi um gesto de muito carinho."
Naquele mesmo dia, entre as duas e três da tarde, Nossa Senhora de Fátima estava mais uma vez no helicóptero, pronta para partir rumo ao seu próximo destino. Decolando da Casa Sollievo della Sofferenza — construída por idéia e inspiração do Padre Pio e inaugurada a 5 de maio de 1956 —, o helicóptero deu três voltas em torno do mosteiro antes de voar em direção à sua próxima parada. (Nem o piloto da aeronave conseguiu explicar, depois, por que se deram aquelas voltas.)
O bispo Paolo Carta descreveu ainda como, "de uma janela, o Padre Pio viu o helicóptero voar para longe, com os olhos cheios de lágrimas. Para Nossa Senhora que estava no voo, o Padre Pio lamentou com uma confiança que era própria dele: 'Minha Senhora, minha Mãe, vieste à Itália e eu fiquei doente, agora te vais embora e me deixas doente ainda.'"
Mas, enquanto o helicóptero dava voltas no ar, ele sentiu um arrepio, uma "sacudida" em todo o seu corpo. O bispo repetiu, então, aquilo que o Padre Pio diria pelo resto de sua vida: " Naquele mesmo instante eu senti um tremor nos meus ossos que me curou imediatamente." O bispo acrescentou ainda as palavras do seu diretor espiritual, para confirmar o evento: "Num momento, o padre sentiu uma força misteriosa em seu corpo e disse aos seus confrades: 'Estou curado.' Ele estava forte e saudável como nunca antes na sua vida."
No livro Padre Pio, a Personal Portrait ("Padre Pio, um retrato pessoal", sem tradução para o português), publicado originalmente em 1978 e relançado recentemente, o frei Francesco Napolitano, que trabalhou com o santo de Pietrelcina, dá o seu próprio testemunho: "Eu estava presente no momento e posso atestar que o Padre Pio nunca se sentiu tão saudável como depois da partida da imagem de Nossa Senhora de Fátima."
Quando contaram ao santo frade que um artigo, no jornal de Foggia, perguntava o por que a imagem de Nossa Senhora de Fátima tinha ido a San Giovanni Rotondo, em vez de ir ao Santuário de São Miguel, no monte Sant'Angelo, também localizado em Foggia, o bispo Paolo Carta repete aquilo que o Padre Pio costumava responder, com muita simplicidade: " Nossa Senhora veio aqui para curar o Padre Pio."
Três dias após a visita da Virgem, ele estava de volta a celebrar a Santa Missa.
Sobre o porquê de Nossa Senhora de Fátima ter visitado o Padre Pio, o bispo Paolo Carta tinha a sua própria opinião:
Gosto de acrescentar que ela veio também por causa do exemplo de devoção ardente do Padre Pio. A sua recuperação prodigiosa iria despertar na Itália e no mundo um fervoroso aumento de amor e confiança no Imaculado Coração de Maria.
E a partir deste maravilhoso episódio nós devemos fazer uma santa resolução de sempre crescer nesta devoção, com uma resposta generosa à mensagem de Fátima, recitando fervorosamente o Rosário todos os dias, rezando e oferecendo os nossos sofrimentos pela conversão dos pecadores, e recebendo a Comunhão nos primeiros sábados de cada mês, na esperança de que estas palavras consoladoras se tornem verdade para nós: 'A quem abraçar esta devoção, prometo a salvação, e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu trono.'
A promessa da Virgem de Fátima é que as almas por ela queridas seriam como "flores". Pela resposta que deu às suas mensagens e pedidos, no entanto, o Padre Pio está mais para um ramalhete inteiro.
Joseph Pronechen
Fonte: N. C. Register | (www.padrepauloricardo.org)
MILAGRES
MARAVILHOSOS DE N. S. APARECIDA
Muitos e incontáveis são os milagres realizados pela Nossa
Senhora Aparecida. Nossa Padroeira parece acolher a todos com bondade e ternura,
sob seu manto de pureza ! Colhemos alguns desses milagres, resumidos em
pequenas notícias. Para dar mais naturalidade e mais emoção, narraremos os
milagres, desenvolvendo-os em histórias. Todos os personagens são reais e vivem
ainda. Estamos certos de que não se ofenderão com a história desenvolvida.
Encontrarão nestas páginas, apenas um pouco de fantasia, porque a essência do
episódio é real e pura. Todos os fatos têm confirmação exata.
Na cidade de Paraibuna vivia um casal feliz. Ele, João
Batista Martins, homem trabalhador e esforçado, tinha a compensação de todo seu
esforço na ternura de uma esposa amorosa e meiga. E quando voltava para o lar,
era com um reflexo de felicidade nos olhos. Sua virtuosa esposa o esperava
sempre, com o jantar pronto.
Aquela vidinha sossegada porém não durou muito. A esposa de
João Batista apresentou sérios sintomas de uma enfermidade grave. Tinha
contínuos acessos de tosse. João começou a preocupar-se com isso.
— Precisa cuidar disso, querida. Essa tosse parece coisa
séria.
— Se Deus quizer não há de ser nada, dizia ela confiante sempre
em Deus. Logo vou melhorar.
Mas não melhorou. Certo dia, num desses acessos da tosse,
viu que o lenço que levara à boca voltara manchado de sangue. Uma hemoptise terrível
revelara o caráter da insidiosa moléstia. João mais do que depressa procurou um
dos melhores médicos da localidade. Enquanto a esposa era examinada, João
caminhava nervosamente pela sala de espera. Finalmente a porta se abriu e o
médico chamou para uma conversa em particular.
— Preciso falar com você, João.
Entraram no escritório do médico. João viu que pela
fisionomia do médico, o mal devia ser muito sério. Esperou com o coração aos
pulos.
— Devo avisá-lo que sua esposa está gravemente enferma.
— E qual é o mal dela?
— Tuberculose, meu amigo. E em estado avançado.
— Doutor. O senhor precisa curá-la. Ela é tudo para mim.
Pelo amor de Deus. Não quero que ela morra.
— O que eu posso fazer meu amigo. Está acima das forças da ciência.
Cabisbaixo e triste o casal voltou para casa. A vida
prosseguiu seu ritmo triste. João sempre trabalhando com o seu caminhão. Agora
não voltava tão feliz para o lar. Sabia que ia encontrar sua esposa cada vez
mais acabada. Ela definhava dia a dia e o pobre homem não tinha sossego. Ficava
pensando nervosamente na triste situação da infeliz enferma. Sua esposa,
compreendendo a aflição do marido, procurava consolá-lo. Mas tudo era inútil.
João não tinha mais sossego. Certo dia foi à igreja e sentiu-se inspirado.
Sentiu que a religião poderia dar consolo. Voltando para a casa, parecia trazer
uma pequena esperança dentro da alma. Sua esposa trabalhava fazendo os serviços
caseiros, sempre tossindo. E essa tosse era o que mais torturava o pobre homem.
Ele sabia que logo ela ficaria fraca, demais para caminhar. Entregar-se-ia ao
leito e dele só sairia para o cemitério. Nessa noite, antes da dormir, João fez
uma prece com bastante devoção e fervor.
— Nossa Senhora Aparecida, .. Não quero que ela morra. Se
ela sarar, eu prometo levar o meu caminhão cheio de pobres até o Santuário que
fica em Aparecida do Norte. Mas eu quero que ela sare. Ela é tão boa e tão
bondosa. Não quero que ela morra. Se ela viver, eu prometo que levarei um
caminhão cheio de pobres até Aparecida do Norte. Prometo, Nossa Senhora
Aparecida. Prometo com toda força do men coração. Dormiu mais consolado. Sua
própria alma parecia sentir o efeito tonificante daquela prece. Uma luz de
esperança acendia-se em seu coração. Os dias foram passando e a esposa de João
começou a melhorar. Cada dia, mais e mais notava-se a melhora. João mal podia
crer no milagre. Um dia notou que sua esposa não tossia mais. Não resistiu e
levou-a ao médico. Outra vez esperou ansiosamente na sala de espera enquanto o
médico a examinava. A porta se abriu e João precipitou-se em direção ao doutor.
Perguntou ansiosamente: — E então, doutor? E então?
— Não sei explicar como, meu amigo, mas sua esposa está
radicalmente curada. Não apresenta o menor vestígio da moléstia, graças a Deus.
— Graças a Nossa Senhora Aparecida, disse João. Voltou feliz
para casa. Não cabia em si de contentamento. Poucos dias depois, o jovem casal
rumava para Aparecida do Norte, em cumprimento a promessa feita. No caminhão de
João foram cinqüenta e dois pobres, entre homens, mulheres e crianças. Graças a
Nossa Senhora Aparecida, o mal que fazia a esposa de João definhar, desapareceu
completamente. Atualmente João e sua esposa são devotos de Nossa Senhora
Aparecida, e já tendo cumprido a promessa feita, não deixam de visitar o
Santuário da Milagrosa Santa, em sinal de gratidão pela felicidade que lhes foi
devolvida.
Do livro “Aparição e milagres de
Nossa Senhora Aparecida” de Fred Jorge. São Paulo. 1954,
Beato
Francisco de Paula Castelló Aleu (1914
- 1936).
Francisco Castelló Aleu nasceu em Alicante, em 19 de abril de 1914. Aos Três meses morreu-lhe o pai. Sua mãe com os três filhos, Teresa, Maria e Francisco, retornou a Lleida, onde tinha família e casa. Recebeu as primeiras instruções de sua mãe, que era professora em Juneda, onde recebeu a Primeira Comunhão (1924) e morreu sua mãe (1929).
Formou-se em Química pela Universidade de Oviedo.
Francisco, inteligente e profundamente religioso, foi um apóstolo precoce. Primeiramente em Barcelona, e mais tarde em Lleida, com os pobres de Canyeret, assim como com os trabalhadores da Casa Cros, onde trabalhava na área química. Esteve noivo de Maria Pelegrí, a quem dedica uma comovente carta.
Foi membro da Congregação Mariana e da Ação Católica e, posteriormente, da Federação dos Jovens Cristãos da Catalunha.
Ingressou no exército pouco antes do início da guerra civil. Foi preso no dia 21 de julho. Prometeram-lhe a liberdade se renunciasse sua fé. Ele porém respondeu resolutamente: “se mil vidas eu tivese, mil vidas eu daria por Jesus Cristo”, “sim, sou católico”, o que lhe valeu a pena de morte. Morreu mártir no dia 29 de setembro de 1936.
Foi declarado Beato pelo Papa João Paulo II. Sua festa se celebra em 28 de setembro.
Fontes: beatofranciscocastello.com e www.franciscocastello.com.br
Isabel Cristina Mrad Campos (1962-1982)
Em tempos em que a sexualidade é tão banalizada - destituída de suas funções de formar famílias e gerar filhos - surgiram grandes mártires da castidade como Santa Maria Goretti, a beata Albertina Berkenbrock e também Isabel Cristina.
Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962 em Barbacena (MG), filha de José Mendes Campos e Helena Mrad.
Aos 7 anos fez a sua Primeira Comunhão no colégio das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula.
Terminado o segundo grau, foi morar em abril de 1982 em Juiz de Fora (MG) para freqüentar o curso preparatório e tentar vestibular de medicina. Ela desde o início achou na nova cidade um lugar para poder estudar, mas acima de tudo para rezar na Igreja do Cenáculo, onde era exposto o Santíssimo Sacramento.
A partir de 15 de agosto de 1982 foi morar num pequeno apartamento junto com seu irmão.
Muitas pessoas testemunharam a sua constante participação à Santa Missa e aos Sacramentos. Ela cuidava das pessoas especiais, na escola era muito sensível às necessidades das crianças mais pobres. Nos seus cadernos não faltavam frases como: “Sorria, Jesus te ama!”
Em 30 de agosto um rapaz foi montar um armário em sua casa. O trabalhou deu lugar a uma desagradável discussão que depois Isabel contou ao irmão e às amigas do curso. Dia 1° de setembro o rapaz voltou ao apartamento para terminar o trabalho começado, mas na verdade as suas intenções eram outras. Logo ele tentou se aproveitar da jovem, mas sendo rejeitado por ela, passou a usar de violência. Encontrando forte resistência e não conseguindo violá-la matou a jovem com quinze facadas. Que o sacrifício de sua vida nos ajude a vencer as tentações contra a castidade.
Com informações de www.postulazionecausesanti.it
AVISO:
CNBB convoca Jornada de Oração pelo Brasil na
semana da Pátria e dia de jejum e oração em sete de setembro.
SÃO MIGUEL
ARCANJO “QUEM COMO DEUS”
IMAGEM DE SÃO MIGUEL INAUGURADA NO VATICANO POR FRANCISCO. BENTO XVI
TAMBÉM ESTAVA PRESENTE.
Antes de criar o homem Deus criou os anjos que são espíritos puros, isto é, sem matéria. Segundo a tradição são 9 os coros ou ordens angelicais, distribuídos em três hierarquias:
- 1ª hierarquia: são os mais próximos de Deus, em constante adoração e glorificação: Serafins, Querubins e Tronos;
- 2ª hierarquia: dirigem o plano da eterna Sabedoria: Dominações, Potestades e Virtudes;
- 3ª hierarquia: são as miríades inferiores, mais próximas de nós, ordenadas para nosso auxílio: Principados, Arcanjos e Anjos da guarda.
Deus deu aos anjos e inteligência Excelsa e força admirável muito superior à dos homens, mas não os confirmou na graça, nem lhes deu posse da visão beatífica (face a face com Deus) sem primeiro os experimentar a fé e o amor. Sabe-se pela tradição e também pelo Ministério dos exorcistas, que Deus deu-lhes uma provação, expôs seus planos, que foram insuportáveis aos demônios: a encarnação do Verbo Divino, Seu aniquilamento na Cruz e por fim a primazia de Nossa Senhora entre todas as criaturas. Infelizmente Lúcifer, o mais dotado dos Serafins, se rebelou contra o Senhor e arrastou 1/3 dos anjos. “Houve uma batalha no céu, Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão e os anjos maus, precipitando-os na terra” (Ap 12,7-8). Dentre os anjos fiéis a Deus houve aquele que se destacou. Não era de hierarquia superior, mas seu amor era superior. Foi ele que manteve mais viva a chama da fidelidade nos piores momentos da batalha, quando os anjos começaram a duvidar, no meio do silêncio geral ele gritou “quem como Deus”, foi assim que recebeu o nome de Miguel, que em hebraico significa “quem como Deus“. São Miguel um Arcanjo do 8º coro, por sua fidelidade e amor superior, foi instituído chefe das Milícias Angelicais, tornou-se o primeiro entre os serafins, o Príncipe de todos os Anjos. São Miguel é invocado como:
1º O Comandante do Exército de Deus e líder das forças celestes em seu Triunfo sobre as hostes Infernais;
2º O Anjo da morte, levando a alma de falecidos para o céu. Nesta hora São Miguel desce e dá a alma uma chance de se redimir antes da morte;
3º Medidor das almas numa balança perfeitamente equilibrada, daí o motivo de ele ser também muitas vezes representado segurando uma balança;
4º Patrono especial do povo escolhido do Velho Testamento, e também guardião da igreja.
Sua festa é no dia 29 de setembro junto com os arcanjos Rafael e Gabriel.
Jamais devemos desistir ou deixar de confiar pois sempre que precisarmos poderemos contar com São Miguel Arcanjo, com sua coragem e força contra o mal.
Esther e Maria Helena (membros da comunidade âmi)
Ref.: Cléofas – prof. Felipe Aquino, Padre Paulo Ricardo e Wikipédia
PRINCIPAIS DEVOÇÕES A SÃO MIGUEL
- Rosário de São Miguel
Esta devoção foi ensinada e pedida
pelo próprio Arcanjo à serva Antônia de Astônaco, em Portugal A devoção passou
para outros países, foi aprovada por muitos bispos e até pelo Santo Papa Pio
IX, que a enriqueceu de indulgências, em 08 de agosto de 1851.
O Santo Arcanjo declarou a Antônia
d’Astonac, em Portugal, que desejava que se fizessem em sua honra nove
saudações correspondentes aos nove coros de Anjos, que consistiriam na
recitação de um Pai Nosso e três Ave-Marias em honra de cada um dos coros de
Anjos.
Ele prometeu em retribuição que,
aquele que lhe rendesse esta devoção teria, na ocasião em que se aproximasse da
Santa Mesa Eucarística, um cortejo de nove Anjos, escolhidos dentre os nove
coros. Além disso, para a recitação diária destas nove saudações, prometeu a
sua assistência e a dos Santos Anjos durante todo o decurso da vida, e depois
da morte a libertação do Purgatório para si e seus parentes.
Reza-se:
DEUS vinde em nosso auxílio. SENHOR
socorrei-nos e salvai-nos. Glória ao PAI…
PRIMEIRA
SAUDAÇÃO
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste
dos SERAFINS, faça-nos ó
SENHOR dignos do fogo da perfeita Caridade.
Depois de cada saudação reza-se Um
PAI Nosso … Três Ave Marias … Gloria
SEGUNDA
SAUDAÇÃO
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste
dos QUERUBINS, pedimos ao
SENHOR a graça de trilharmos a estrada da perfeição cristã.
TERCEIRA
SAUDAÇÃO
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste
dos TRONOS, pedimos ao
SENHOR que nos dê o espírito da verdadeira humildade.
QUARTA
SAUDAÇÃO
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste
das DOMINAÇÕES, pedimos ao
SENHOR nos conceder a graça de dominar nossos sentidos, e de nos corrigir das
nossas más paixões.
QUINTA
SAUDAÇÃO
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste
das POTESTADES, pedimos ao
SENHOR se digne de proteger nossas almas contra as ciladas e as tentações de
satanás e dos demônios.
SEXTA
SAUDAÇÃO
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste
das VIRTUDES, pedimos ao
SENHOR a graça de sermos, vencedores no perigoso combate das tentações.
SÉTIMA
SAUDAÇÃO
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste
dos PRINCIPADOS, pedimos ao
SENHOR que nos dê o espírito de uma verdadeira e sincera obediência a Ele.
OITAVA
SAUDAÇÃO
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste de
todos os ARCANJOS, pedimos
ao SENHOR nos conceder o dom da perseverança na Fé e nas boas obras, a fim de
que possamos chegar a possuir a glória do Paraíso.
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste de
todos os ANJOS, pedimos ao
SENHOR que estes espíritos bem-aventurados nos guardem sempre, e principalmente
na hora da nossa morte e nos conduzam à glória do Paraíso.
- Pequena Novena a São Miguel Arcanjo
Fazer o sinal da Cruz.
Glorioso São Miguel Arcanjo, o primeiro entre os anjos de Deus, guarda e protetor da Igreja Católica, lembrando de que nosso Senhor vos confiou a missão de velar pelo Seu povo, em marcha para a vida eterna, mas rodeado de tantos perigos e ciladas do dragão infernal, eis-me prostrado a vossos pés, para implorar confiantemente o vosso auxilio, pois não há necessidade alguma em que não possais valer. Sabeis a angustia por que passa minha alma. Ide junto a Maria, nossa Mãe muito amada, ide a Jesus e dizei-lhe uma palavra em meu favor, pois sei que eles nada vos podem recusar. Intercedei pela salvação da minha alma e, também agora, por aquilo que tanto me preocupa (dizer o seu desejo). E se o que peço não é para a glória de Deus e o bem da minha alma, obtende-me paciência e a graça de me conformar com a vontade divina, pois sabeis mais o que é do agrado de nosso Senhor e Pai.
Em nome de Jesus, Maria e José, atendei-me. Amém!
Rezar 9 Glórias ao Pai em ação de graças por todas dons concedido por Deus a São Miguel e aos nove coro dos anjos.
- QUARESMA DE SÃO MIGUEL
Foi criada por São Francisco de Assis, tem início dia 15 de
agosto e termina 28 de setembro.
Fontes: saopio.wordpress.com e blog.cancaonova.com
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