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sexta-feira, 9 de março de 2018

Informativo ami 02/2018

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“Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me”(Lc 9,23)
   

PALAVRA DE DEUS (Lc 9,22-25)
"22.Ele acrescentou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia. 23.Em seguida, dirigiu-se a todos: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. 24.Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á. 25.Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína?" 
Bíblia ave-Maria

                TRECHOS DO SERMÃO DE QUARTA-FEIRA DE CINZAS - PE. ANTÔNIO VIEIRA (1608-1697)

Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais, ambas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, ambas certas. Mas uma de tal maneira certa e evidente, que não é necessário entendimento para crer; outra de tal maneira certa e dificultosa, que nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra futura, mas a futura vêem-na os olhos, a presente não a alcança o entendimento. E que duas coisas enigmáticas são estas? Pulvis es, tu in pulverem reverteris: Sois pó, e em pó vos haveis de converter, – Sois pó, é a presente; em pó vos haveis de converter, é a futura.

           (...) 
Ora, senhores, já que somos cristãos, já que sabemos que havemos de morrer e que somos imortais, saibamos usar da morte e da imortalidade. Tratemos desta vida como mortais, e da outra como imortais. Pode haver loucura mais rematada, pode haver cegueira mais cega que empregar-me todo na vida que há de acabar, e não tratar da vida que há de durar para sempre? Cansar-me, afligir-me, matar-me pelo que forçosamente hei de deixar, e do que hei de lograr ou perder para sempre, não fazer nenhum caso! Tantas diligências para esta vida, nenhuma diligência para a outra vida? Tanto medo, tanto receio da morte temporal, e da eterna nenhum temor? Mortos, mortos, desenganai estes vivos. Dizei-nos que pensamentos e que senti­mentos foram os vossos quando entrastes e saístes pelas portas da morte? A morte tem duas portas: Qui exaltas me de portis mortis. “Tu que me retiras das portas da morte” (Sl 9, 15).
 Uma porta de vidro, por onde se sai da vida, outra porta de diamante, por onde se entra à eternidade. Entre estas duas portas se acha subitamente um homem no instante da morte, sem poder tornar atrás, nem parar, nem fugir, nem dilatar, senão entrar para onde não sabe, e para sempre. Oh! que transe tão apertado! Oh! que passo tão estreito! Oh! que momento tão terrí­vel! Aristóteles disse que entre todas as coisas terríveis, a mais terrível é a morte. Disse bem mas não entendeu o que disse. Não é terrível a morte pela vida que acaba, senão pela eternidade que começa. Não é terrível a porta por onde se sai; a terrível é a porta por onde se entra. Se olhais para cima, uma escada que chega até o céu; se olhais para baixo, um precipício que vai parar no inferno, e isto incerto.

Dormindo Jacó sobre uma pedra, viu aquela escada que chegava da terra até o céu, e acordou atônito gritando: Terribilis est locus iste! Oh! que terrível lugar é este (Gên.18,17)! E por que é terrível, Jacó? Non est hic aliud nisi domus Dei et porta caeli: Porque isto não é outra coisa senão a porta do céu. – Pois a porta do céu, a porta da bem-aventurança é terrível? Sim. Porque é uma porta que se pode abrir e que se pode fechar. E aquela porta, que se abriu para as cinco virgens prudentes, e que se fechou para as cinco néscias: Et clausa est janua (Mt. 25, 10). E se esta porta é terrível para quem olha só para cima, quão terrível será para quem olhar para cima e mais para baixo? Se é terrível para quem olha só para o céu, quanto mais terrível será para quem olhar para o céu e para o inferno juntamente? Este é o mistério de toda a escada, em que Jacó não reparou inteiramente, como quem estava dormindo. Bem viu Jacó que pela escada subiam e desciam anjos, mas não reparou que aquela escada tinha mais degraus para descer que para subir: para subir era escada da terra até o céu, para descer era escada do céu até o inferno; para subir era escada por onde subiram anjos a ser bem-aventu­rados, para descer era escada por onde desceram anjos a ser demônios. Terrível escada para quem não sobe, porque perde o céu e a vista de Deus, e mais terrível para quem desce, porque não só perdeu o céu e a vista de Deus, mas vai arder no inferno eternamente. Esta é a visão mais que terrível que todos havemos de ver; este o lugar mais que terrível por onde todos havemos de passar, e por onde já passaram todos os que ali jazem. Jacó jazia sobre a pedra; ali a pedra jaz sobre Jacó, ou Jacó debaixo da pedra. Já dormiram o seu sono: Dormierunt somnum suum (Sl. 75, 6); já viram aquela visão; já subiram ou desceram pela escada. Se estão no céu ou no inferno, Deus o sabe; mas tudo se averiguou naquele momento.

Oh! que momento, tomo a dizer, oh! que passo, oh! que transe tão terrível! Oh que temores, oh! que aflição, oh! que angústias! Ali, senhores, não se teme a morte, teme-se a vida. Tudo o que ali dá pena, é tudo o que nesta vida deu gosto, e tudo o que buscamos por nosso gosto, muitas vezes com tantas penas. Oh! que diferentes parece­rão então todas as coisas desta vida! Que verdades, que desenganos, que luzes tão claras de tudo o que neste mundo nos cega! Nenhum homem há naquele ponto que não desejara muito uma de duas: ou não ter nascido, ou tomar a nascer de novo, para fazer uma vida muito diferente. Mas já é tarde, já não há tempo: Quia tempus non erit am­plius (Apc. 10, 6). Cristãos e senhores meus, por misericórdia de Deus ainda estamos em tempo. É certo que todos caminhamos para aquele passo, é infalível que todos havemos de chegar, e todos nos havemos de ver naquele terrível momento, e pode ser que muito cedo. Julgue cada um de nós, se será melhor arrepender-se agora, ou deixar o arrependimento para quando não tenha lugar, nem seja arrependimento. Deus nos avisa, Deus nos dá estas vozes; não deixemos passar esta inspiração, que não sabemos se será a última. Se então havemos de desejar em vão começar outra vida, comecemo-la agora: Dixi: nunc caepi “Disse: Agora começo” (Sl 76, 11).
 Comecemos de hoje em diante a viver como quereremos ter vivido na hora da morte. Vive assim como quiseras ter vivido quando morras. Oh! que consolação tão grande será então a nossa, se o fizermos assim! E pelo contrário, que desconsolação tão irremediável e tão desesperada, se nos deixarmos levar da cor­rente, quando nos acharmos onde ela nos leva! É possível que me condenei por minha culpa e por minha vontade, e conhecendo muito bem o que agora experimento sem nenhum remédio? É possível que por uma cegueira de que me não quis apartar, por um apetite que passou em um momento, hei de arder no inferno enquanto Deus for Deus? Cuidemos nisto, cristãos, cuidemos nisto. Em que cuidamos, e em que não cuidamos? Homens mortais, homens imortais, se todos os dias podemos morrer, se cada dia nos imos chegando mais à morte, e ela a nós, não se acabe com este dia a memória da morte. Resolução, resolução uma vez, que sem resolução nada se faz. E para que esta resolução dure e não seja como outras, tomemos cada dia uma hora em que cuidemos bem naquela hora. De vinte e quatro horas que tem o dia, por que se não dará uma hora à triste alma? Esta é a melhor devoção e mais útil penitência, e mais agradável a Deus, que podeis fazer nesta quaresma. Tomar uma hora cada dia, em que só por só com Deus e conosco cuidemos na nossa morte e na nossa vida. E porque espero da vossa piedade e do vosso juízo que aceitareis este bom conselho, quero acabar deixando-vos quatro pontos de consideração para os quatro quartos desta hora. Primeiro: quanto tenho vivi­do? Segundo: como vivi? Terceiro: quanto posso viver? Quarto: como é bem que viva? Torno a dizer para que vos fique na memória: Quanto tenho vivido? Como vivi? Quan­to posso viver? Como é bem que viva?Memento homo!
                Para ver na íntegra acesse: http://www.literaturabrasileira.ufsc.br

Medjugorje, 25 de janeiro de 2018 *

Queridos filhos! Que este tempo seja para vocês um tempo de oração, para que o ESPÍRITO SANTO, através da oração, possa descer sobre vocês e lhes dar a conversão. Abram seus corações e leiam a Sagrada Escritura, que através dos testemunhos vocês também possam estar mais próximos de DEUS. Acima de tudo, filhinhos, procurem a DEUS e as coisas de DEUS e deixem as coisas mundanas para a terra, porque satanás está atraindo vocês para o pó e o pecado. Vocês são chamados à santidade e criados para o Céu; portanto procurem o Céu e as coisas do Céu. Obrigada por terem respondido ao MEU Chamado.
* A Igreja ainda não se pronunciou definitivamente a respeito dos fenômenos de Medjugorje.


PECADO GRAVE
O QUE É A FORNICAÇÃO?
Infelizmente, a fornicação entre namorados e noivos vai se tornando corriqueira
Entre os pecados contra a castidade (adultério, pornografia, estupro, masturbação, prática homossexual etc.) está a fornicação, que é a realização do ato sexual entre um homem e uma mulher que não são casados entre si nem com outros. É pecado contra o sexto mandamento da Lei de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) assim explica:
A fornicação é a união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e a educação dos filhos” (CIC § 2353).
Infelizmente, dentro do relativismo religioso e moral, que vai penetrando na Igreja, até mesmo na cabeça de alguns sacerdotes, a fornicação entre namorados e noivos vai se tornando corriqueira e muitos a querem justificar e até aprovar. Não é raro ouvir jovens contarem de padres que dizem não ser pecado viver o sexo com o (a) namorado (a) se eles se amam.
No entanto, para sermos fiéis a Deus e à Igreja não podemos aceitar essa grave quebra da moral católica. Apresento a seguir algumas passagens bíblicas que mostram como Deus condena a fornicação como pecado grave:
Guarda-te, meu filho, de toda a fornicação: fora de tua mulher, não te autorizes jamais um comércio criminoso” (Tobias 4,13).
Envergonhai-vos da fornicação, diante de vosso pai e de vossa mãe; e da mentira, diante do que governa e do poderoso” (Eclesiástico 41,21).
Mas a respeito dos que creram dentre os gentios, já escrevemos, ordenando que se abstenham do que for sacrificado aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação” (Atos dos Apóstolos 21,25).
Mas o corpo não é para a fornicação, e sim para o Senhor, e o Senhor é para o corpo” (I Coríntios 6,13).
Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (id. v.15)
Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo” (id. v. 18).
Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (id. v. 19-20).
Receio que à minha chegada entre vós Deus me humilhe ainda a vosso respeito; e tenha de chorar por muitos daqueles que pecaram e não fizeram penitência da impureza, fornicação e dissolução que cometeram” (II Coríntios 12,21).
Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem” (Gálatas 5,19).
Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos” (Efésios 5,3).
Penso que essas passagens bíblicas falam por si mesmas e não podem ser anuladas. A Palavra da Igreja é para nós a Palavra de Cristo e de Deus Pai: Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10,16). E a Igreja, desde sempre, ensinou que a vida sexual só é lícita entre marido e mulher unidos pelo sacramento do matrimônio. Diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC):
“A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte” (CIC § 2361).
“Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida. Esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal e sem comprometer os bens matrimoniais e o futuro da família. Assim, o amor conjugal entre o homem e a mulher atende à dupla exigência da fidelidade e da fecundidade” (CIC §2363).
Hoje, é terrível a luta do jovem cristão contra o pecado da carne, porque o mundo – “que jaz no maligno” – se movimenta em torno do prazer do sexo, e calca aos pés a sagrada Lei de Deus. Mas não podemos esquecer o que disse o apóstolo: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6,23). Conheço muitos que sofrem e que sofreram por se entregarem ao pecado da carne, mas não conheço alguém infeliz por ter lutado contra ele. A Carta aos Hebreus diz que devemos resistir até o sangue na luta contra o pecado” (Hb 12,4).
É certo que para todos é dura a luta contra as paixões da carne, – para os solteiros e para os casados –, mas é preciso dizer que quanto mais árdua for essa luta tanto maior será a vitória e a glória que daremos a Deus em nosso corpo. A Igreja ensina o remédio contra o pecado: jejum, esmola e oração.
Jesus disse aos apóstolos no Horto das Oliveiras: Vigiai e orai, o espírito é forte, mas a carne é fraca”. Então, temos de fortalecer a vontade com a penitência, a mortificação, a oração sem cessar, e, sobretudo, a vigilância. Tudo o que entra na alma, entra pelos sentidos (olhos, mãos, nariz, boca e ouvidos); é preciso vigiá-los contra tudo que leve excitação para a alma.
Os maiores remédios que a Igreja põe à nossa disposição, continuamente, são a confissão e a Eucaristia; a primeira lava o corpo e a alma da fornicação; a segunda a sustenta para não cair novamente. Essa é uma luta que muito agrada a Deus, porque a castidade é uma grande virtude.
Felipe Aquino
Professor Felipe Aquino é viúvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino




               


APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO (QUITO)
Milagrosa imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso

Na edição 161 já descrevemos outras aparições de Nossa Senhora do Bom Sucesso a uma grande mística da Igreja, a Serva de Deus Madre Mariana de Jesus Torres. Na presente edição nos limitaremos à aparição de 2/2/1594:
Depois de longo exercício de penitência, madre Mariana escutou uma voz doce chamando-a pelo nome. Vê então uma belíssima e formosa Senhora que tinha em sua mão esquerda o Menino Deus e na direita um báculo de ouro adornado de pedras preciosas.
Transportada de alegria, madre Mariana pergunta-lhe:
“Formosa Senhora, quem sois e o que quereis? Não sabeis que não sou senão uma pobre monja, cheia do amor de Deus, é verdade, mas sofrida e amargurada até o extremo?”
Ao que lhe respondeu a Senhora:
“Sou Maria do Bom Sucesso, a Rainha do Céu e da Terra. Precisamente porque és uma alma religiosa, cheia de amor a Deus e à tua Mãe, que agora te fala, vim do Céu consolar teu coração aflito. Tuas orações, lágrimas e penitências são muito agradáveis a nosso Pai Celestial! Aquele que te infunde seu Espírito Consolador e sustenta os justos atribulados, formou de três gotas de sangue de meu coração o mais formoso dos filhos dos homens, o qual, durante nove meses levei em meu seio puríssimo, e dei-O à luz no portal de Belém, reclinando-O nas palhas frias e permanecendo Eu, Virgem e Mãe de Deus. Como Mãe, tenho-O aqui, em meu braço esquerdo para com Ele suster o braço da Divina Justiça sempre pronto para descarregar o castigo sobre o mundo infeliz e criminoso.
            No braço direito tenho o báculo que vês, pois quero governar este meu mosteiro como Priora e Madre. Os Menores estão para deixar o governo deste convento, o qual necessita mais do que nunca, nesta dura prova que durará séculos, do meu amparo e proteção. Com isso Satanás começa a querer destruir esta obra de Deus, valendo-se de filhas minhas ingratas, Mas não conseguirá porque sou a Rainha das Vitórias e a Mãe do Bom Sucesso, sob cuja invocação quero fazer em todos os séculos prodígios em favor da conservação deste meu Convento e de suas moradoras.
            Até o fim do mundo terei filhas santas, almas heróicas, que na vida obscura de seu Convento, sofrendo perseguições e calúnias no próprio seio de sua comunidade, serão objeto das complacências e do amor de Deus e de sua Mãe. Nós as consolaremos pessoalmente, pois serão destinadas a nos tratar familiarmente por meio de manifestações externas. Elas sustentarão a Comunidade em amargos tempos, como colunas fortes e robustas. Suas vidas de oração, ascese e penitência serão de suma necessidade em todas as épocas, e após terem passado despercebidas na terra, subirão ao Céu para ocupar um alto trono de glória, empunhando a palma e coroa das virgens e mártires da penitência, ascese e amor de Deus.
            Agora quero que fortaleças teu coração e que o sofrimento não te abata. Tua vida será longa para a glória de Deus e de sua Mãe que te fala. Meu Filho Santíssimo te presenteia com a dor em todas as suas formas, e para infundir-te o valor que necessitas, toma-O de meu braço e recebe-O nos teus, e estreita-O contra teu coração tão débil e imperfeito.”
                A Virgem Santíssima colocou então o Menino Deus nos braços desta feliz religiosa, ela o estreitou contra o coração e o cumulou de carinhos, sentindo-se logo tão forte quanto desejosa de sofrer.
O contato com a Rainha do Céu durou até as três da manhã. Durante toda a aparição luzes emanavam de Maria Santíssima, a Aurora e do Sol de Justiça, seu Filho.
Fonte: livro “Vida admirável da reverendíssima madre Mariana de Jesus Torres, mística confidente de Nossa Senhora do Bom Sucesso” – Pe. Manuel Souza Pereira, livraria Petrus.


Hino
Na mesma hora em que Jesus, o Cristo,
sofreu a sede, sobre a cruz pregado, 
conceda a sede de justiça e graça
a quem celebra o seu louvor sagrado.

Ao mesmo tempo ele nos seja a fome
e o Pão divino que a Si mesmo dá;
seja o pecado para nós fastio,
só no bem possa o nosso gozo estar.

A unção viva do divino Espírito 
impregne a mente dos que cantam salmos; 
toda frieza do seu peito afaste,
no coração ponha desejos calmos,

Ao Pai e ao Cristo suplicamos graça, 
com seu Espírito, eterno Bem;
Trindade Santa, protegei o orante, 
guardai o povo em caridade. Amém.




CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Os preceitos da Igreja
2041. Os preceitos da Igreja inserem-se nesta linha duma vida moral ligada à vida litúrgica e nutrindo-se dela. O caráter obrigatório destas leis positivas, promulgadas pelas autoridades pastorais, tem por fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável de espírito de oração e de esforço moral e de crescimento no amor a Deus e ao próximo. Os preceitos mais gerais da Igreja são cinco:
2042. O primeiro preceito «Ouvir missa inteira e abster-se de trabalhos servis nos domingos e festas de guarda» exige aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, bem como as principais festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos, que a Igreja declara como sendo de preceito, sobretudo participando na celebração eucarística em que a comunidade cristã se reúne e descansando de trabalhos e ocupações que possam impedir a santificação desses dias.
O segundo preceito «Confessar-se ao menos uma vez em cada ano» assegura a preparação para a Eucaristia, mediante a recepção do sacramento da Reconciliação que continua a obra de conversão e perdão do Batismo.
O terceiro preceito «Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição» garante um mínimo na recepção do Corpo e Sangue do Senhor, em ligação com as festas pascais, origem e centro da liturgia cristã.
2043. O quarto preceito «Guardar abstinência e jejuar nos dias determinados pela Igreja» assegura os dias de ascese e de penitência que nos preparam para as festas litúrgicas e contribuem para nos fazer adquirir domínio sobre os nossos instintos e a liberdade do coração.
O quinto preceito «prover as necessidades da Igreja, segundo os legítimos usos e costumes e as determinações» aponta ainda aos fiéis a obrigação de prover, às necessidades materiais da Igreja consoante as possibilidades de cada um.




Beata Anna Catharina Emmerich.

Nascimento e sua infância.

Anna Catharina Emmerich, Religiosa Agustina, estigmática e extática, filha de camponeses pobres, mas piedosos, nasceu na aldeia de Flamsche, perto de Coesfeld na Diocese de Muster, em Westphalia Alemanha, no dia 8 de Setembro de 1774, foi batizada no mesmo dia e morreu no dia 9 de fevereiro de 1824 na localidade de Dulmen.

Desde a primeira infância, não cessou de receber do Céu uma direção superior. Via freqüentemente o Anjo da Guarda e brincava com o Menino Jesus, nos prados e no jardim. A Mãe de Deus, a Rainha do Céu, apresentava-se muitas vezes e também os Santos lhe eram bons e afetuosos amigos.

Quando era criança, falava com toda a simplicidade dessas visões e fatos íntimos, pensando que as outras crianças vissem e experimentassem o mesmo; vendo, porém, que se admiravam das suas narrações, começou a guardar silêncio, pensando que era contra a modéstia falar dessas coisas.

Anna Catharina tinha um gênio alegre e amável; andava, porém, quase sempre calada e recolhida. Os pais, julgando que fosse por teimosia, tratavam-na com bastante rigor. Ela conta mais tarde:

“Meus pais muitas vezes me censuravam, mas nunca me elogiavam; como, porém, eu ouvisse outros pais louvarem os filhos, julgava-me a pior criança do mundo”.

Era, contudo, de uma grande delicadeza de consciência; a menor transgressão afligia-a tanto, que lhe perturbava a saúde. Quando fez a primeira confissão, sentia tanta contrição, que chorou alto e foi preciso levá-la para fora do confessionário.

Na Primeira Comunhão, cheia de ardente amor, ofereceu-se de novo, sem reservas, ao seu Deus e Senhor.

Seu trabalho na adolescência.

No auge da mocidade, dos 12 aos 15 anos, Catharina trabalhou, como criada, em casa de um parente camponês, pastoreando rebanhos; depois voltou à casa paterna. Certa vez, trabalhando no campo, ouviu ao longe o toque lento e, sonoro do sino do Convento das Anunciadas, em Coesfeld. Contava então 16 anos apenas. Sentiu-se tão fortemente enlevada com a voz daqueles sinos, que lhe pareciam mensageiros do Céu, convidando-a para a vida religiosa e tão grande lhe foi a comoção, que caiu desmaiada e foi levada para casa, onde esteve, por muito tempo, adoentada.

Para conseguir mais facilmente admissão num convento, foi durante três anos trabalhar na casa de uma costureira, em Coesfeld, economizando assim 20 thalers (cerca de 3 libras Inglesas). Depois se mudou para a casa do piedoso organista Soentgen, esperando que, aprendendo a tocar órgão, se lhe facilitasse a entrada para um Convento. Mas a pobreza da família de Soentgen inspirou-lhe tanta compaixão, que, renunciando a tocar órgão, trabalhava na casa como criada, dando até as suas economias para aliviar a miséria do lar.

“Deus deve ajudar agora”, disse depois à mãe, “dei-lhe tudo. Ele saberá socorrer-nos a todos”. O bom Deus não deixou de ajudá-la, ainda que Anna Catharina só com 29 anos visse realizado o seu desejo de entrar para um convento.

Uma Graça Especial.

Quatro anos antes recebeu da bondade de Deus uma graça especial. Estava de joelhos na Igreja dos padres Jesuítas, em Coesfeld, meditando e rezando diante de um crucifixo.

“Então vi, conta ela mesma, vindo do Tabernáculo, onde se guardava o Santíssimo Sacramento, o meu Esposo celeste em forma de um jovem resplandecente. Na mão esquerda trazia uma grinalda de flores, na direita uma coroa de espinhos; apresentou-as, ambas, para eu escolher. Tomei a coroa de espinhos, Ele a pôs na minha cabeça e eu a apertei com ambas as mãos; depois desapareceu e voltei a mim, sentindo uma dor veemente em torno da cabeça.

No dia seguinte a minha testa e a fontes, até as faces estavam muito inchadas e sofria horrivelmente. Essas dores e a inflamação voltaram muitas vezes. Não notei sangue em volta da cabeça, até que as minhas companheiras me induziram a vestir outra touca, porque a minha já estava cheia de manchas vermelhas, ferrugentas.

Como Anna Catharina não tinha mais dote, ficaram-lhe fechadas as portas dos Conventos, segundo o pensamento dos homens. Mas Deus ajudou-a, como esperava. Clara Soentgen, a filha do organista, sendo também organista perfeita, foi de boa vontade recebida no convento das Agostinhas, em Duelmen. Soentgen, porém declarou então que deixava entrar a filha somente sob a condição de que admitissem também Anna Catharina. Em conseqüência disso, entraram as duas jovens para o Convento, em 18 de Setembro de 1802.

A entrada no convento.

O tempo do noviciado foi para Anna Catharina uma verdadeira escola da cruz, porque ninguém lhe compreendia o estado da alma. Sofria, porém, tudo com paciência e amor, observando conscienciosamente a regra da Ordem.

No dia 13 de Novembro de 1803, um ano depois de começar o noviciado, fez os votos solenes, tornando-se esposa de Jesus. O Esposo divino cumulou-a de novas e abundantes graças.

“Apesar de todas as dores e sofrimentos”, disse ela, “nunca estive tão rica no coração; minha alma transbordava de felicidade. Eu vivia em paz, com Deus e com todas as criaturas.

Quando trabalhava no jardim, vinham avezinhas pousar sobre minha cabeça e meus ombros e cantávamos juntas os louvores de Deus. Via sempre o meu Anjo da Guarda ao meu lado e, ainda que o mau espírito me assustasse e agredisse, não me podia fazer mal.

O meu desejo do Santíssimo Sacramento era tão irresistível, que muitas vezes deixava de noite a minha cela, para ir rezar na Igreja, quando estava aberta; se não, ficava ajoelhada diante da porta ou perto do muro, mesmo no inverno ou prostrada no chão, com os braços estendidos e em êxtase. Assim me encontrava o capelão do convento, Abbé Lambert (sacerdote francês, exilado da pátria, por não prestar juramento exigido pela constituição atéia), que tinha a caridade de vir mais cedo, para dar-me a sagrada Comunhão. Mas, logo que se aproximava para abrir a Igreja, eu voltava a mim, indo depressa à mesa da Comunhão, onde achava o meu Deus e Senhor”.

Com tantos Conventos, no princípio do século 19, também o Convento de Agnetenberg foi fechado a 3 de Dezembro de 1811. As piedosas freiras foram obrigadas a abandonar, uma após outra, o querido mosteiro. Anna Catharina, doente e pobre, ficou até a primavera seguinte, quando se mudou para uma pequena casa em Duelmen.

A Estigmatização.

No outono do mesmo ano (1812), lhe apareceu de novo o Divino Salvador, como um jovem resplandecente e entregou-lhe um crucifixo, que ela apertou com fervor de encontro ao coração. Desde então lhe ficou gravado no peito um sinal da cruz, do tamanho de cerca de três polegadas, o qual sangrava muito, a princípio todas as quartas-feiras, depois nas sextas-feiras, mais tarde menos freqüentemente. A estigmatização deu-se-lhe poucos dias depois, a 29 de Dezembro.

Nesse dia, às 3 horas da tarde, estava deitada, com os braços estendidos, em êxtase, meditando na Sagrada Paixão de Jesus. Viu então, numa luz brilhante, o Salvador crucificado e sentiu um veemente desejo de sofrer com Ele. Satisfez-se-lhe esse desejo, pois saíram logo das mãos, dos pés e do lado do Senhor raios luzidos cor de sangue, que penetraram nas mãos, nos pés e no lado da Serva de Deus, surgindo logo gotas de sangue nos lugares das chagas.

Só se alimentava da Eucaristia.

Abbé Lambert e o confessor da vidente, Pe. Limberg, viram-nas sangrar dois dias depois, mas com sábio propósito fingiram não dar importância ao fato, na presença da Serva de Deus. Ela mesma procurava esconder os sinais das chagas, o que lhe era fácil, porque desde o dia 2 de Novembro de 1812 estava de cama, adoentada. Desde então não pôde mais tomar alimento, a não ser água, misturada com um pouco de vinho, mais tarde só água ou, raras vezes, o suco de uma cereja ou ameixa. Assim vivia só da sagrada Comunhão.

O acompanhamento das autoridades.

Esse estado e a estigmatização tornaram-se públicos na cidade, em Março de 1813. O Vigário de Duelmen, Pe. Rensing, encarregou dois médicos, os Drs. Wesener e Krauthausen, como também o confessor, de fazerem um exame das chagas, que freqüentemente sangravam. Os autos foram mandados à autoridade diocesana de Muenster, a qual enviou o Padre.

Clemente Augusto de Droste Vischering, mais tarde Arcebispo de Colônia, o Don Overberg e o conselheiro medicinal Dr. Von Drueffel a Duelmen, para fazerem outra investigação, que durou três meses. O resultado foi a confirmação da verdade das chagas, da virtude e também o reconhecimento do caráter sobrenatural do estado da jovem religiosa.

Também a autoridade secular, querendo examinar e “desmascarar a embusteira”, mandou, em 1819, uma comissão de médicos e naturalistas; isolaram-na por isso em outra casa, rigorosamente observada, do dia 7 a 29 de Agosto, o que lhe causou muita humilhação e sofrimento; também o resultado desse exame lhe foi favorável.

O Peregrino.

No ano anterior, viera visitá-la pela primeira vez o poeta Clemente Brentano, recomendado pelo Don Overberg; a 17 de Setembro ele a viu pela primeira vez. Ela, porém, já o tinha visto muito antes, nas visões e recebido ordem do Céu para comunicar-lhe tudo.

“O Peregrino”, como o chamava, ficou até Janeiro de 1819, mas voltou de novo, para ficar com ela, no mês de Maio. Foi para Catharina um amigo fiel até a morte, mas a fez sofrer também às vezes, com seu gênio veemente.

Reconheceu a tarefa que lhe fora dada por Deus, de escrever as visões desta mártir privilegiada e dedicou-se a isso com cuidado consciencioso.

“O Peregrino” escrevia durante as narrações, em tiras de papel, os pontos principais, que imediatamente depois copiava, completando-os de memória. A cópia, a limpo, lia à Serva de Deus, corrigindo, acrescentando, riscando sob a direção de Catharina, não deixando nada que não tivesse recebido a confirmação expressa de fiel interpretação.

Pode-se imaginar a grande facilidade que a prática diária, através de alguns anos, trouxe ao “Peregrino” para esse trabalho, dada a sua extraordinária inteligência e perseverança, como também o fato de ver nesse serviço uma obra santa, para a qual costumava preparar-se com orações e exercícios piedosos; assim podemos confiar que não lhe tenha faltado aos esforços o auxílio de Deus.

O escrúpulo e a consciência com que procedia nesse trabalho, nunca lhe permitiram, durante tantos anos, resposta alguma aos que atribuíam grande parte das visões à imaginação do poeta, o que equivale a dizer que, homem sério que era, na tarde da vida se teria dado a esse incrível trabalho, para enganar conscientemente a si mesmo e aos outros”.

“Ela falava geralmente baixo-alemão, no êxtase, também o idioma mais puro; a sua narração era, ora de grande singeleza, ora cheia de elevação e entusiasmo. Tudo que ouvi e que, nas dadas condições, só raras vezes e apenas em poucas palavras podia anotar, escrevia eu mais extensamente em casa, imediatamente depois.

O Doador de todos os bens deu-me a memória, a aplicação e elevação da alma acima dos sofrimentos, que tornaram possível a obra, como está. O escritor fez tudo que era possível e pede, nesta convicção, ao benévolo leitor a esmola da oração”. Irmã Anna Catharina deu também a este trabalho plena aprovação.

Quando estava num profundo êxtase, a 18 de Dezembro de 1819 e Brentano lhe apresentou uma folha, com as anotações, disse ela:

“Estes são papéis de letras luminosas. O homem (isto é, o Peregrino) não escreve de si mesmo; tem para isto a graça de Deus. Nenhum outro pode fazê-lo; é como se ele mesmo visse”.

As Visões da Irmã Ana Catharina Emmerich.

Irmã Anna Catharina viu no êxtase toda a vida e paixão do Divino Salvador e de sua Santíssima Mãe; viu os trabalhos dos Apóstolos e a propagação da Santa Igreja, muitos fatos do Velho Testamento, como também eventos futuros. Tocando em relíquias, geralmente via a vida, as obras e os sofrimentos dos respectivos Santos. Com certeza reconhecia e determinava as relíquias dos Santos, distinguindo em geral facilmente objetos sagrados de profanos.

Adversários da Serva de Deus querem negar-lhe o caráter sobrenatural das informações recebidas durante o êxtase, alegando que Anna Catharina tirava a maior parte dos conhecimentos de livros, que antes teria lido. Mas isso não está de conformidade com o que Peregrino escreveu, em 8 de Maio de 1819.

Ela me disse que nunca fora capaz de aproveitar coisas de livros e que sempre pensava:

 - Ora, tal livro não há de fazer pecar. Também não pôde guardar na memória coisas da Escritura Sagrada; mas tem da vida do Senhor a graça de tal intuição, que a consciência e certeza, que disso tenho, às vezes me fazem tremer, por manter um trato tão familiar e simples com uma criatura de Deus tão maravilhosa e privilegiada, como talvez não haja outra”.

Em outra ocasião ela disse ao Peregrino:

“Nunca tive lembrança viva de histórias do Antigo Testamento ou dos Evangelhos, pois vi tudo com os meus próprios olhos, durante a minha vida inteira; o mesmo vejo cada ano de novo e nas mesmas circunstâncias, ainda que às vezes em outras cenas. Umas vezes estive naqueles lugares, no meio de espectadores, assistindo aos acontecimentos, acompanhando-os e mudando de lugar; mas não estive sempre no mesmo lugar, pois às vezes fui levada para cima da cena, olhando deste modo para baixo.

Outras coisas, principalmente os mistérios, vi-os mais com vista interior da alma, outras em figuras separadas da cena: em todos os casos se me apresentava tudo transparente, de modo que nenhum corpo cobria o outro, nem havia confusão”.

Com todas estas grandes graças, Anna Catharina permanecia humilde, simples e singela como uma criança. Mostrava-se sempre obediente aos pais e às superioras religiosas, como também ao confessor e diretor espiritual. Se lhe mandavam tomar remédio, consentia, apesar de prever-lhe o mau efeito. Mesmo em êxtase, obedecia imediatamente à chamada do confessor.

Era à dolorosa Paixão de Nosso Senhor que tinha uma devoção especial e rezava por isso muitas vezes, enquanto lhe era possível, a Via Sacra erigida ao longo de um caminho de quase duas léguas, nos arredores de Coesfeld. Nos domingos fazia essa devoção em companhia de algumas jovens piedosas, nos dias úteis a fazia muitas vezes de noite.

Clara Soentgen, sua amiga, conta:

“Muitas vezes ela se levantava de noite, saindo furtivamente de casa e rezava descalça a Via Sacra. Se a porta da cidade estava fechada, pulava os altos muros, para poder ir à Via Sacra; às vezes caía dos muros abaixo, mas nunca se machucava”.

Além dos muitos padecimentos que sofria com paciência e perseverança, exercitava-se constantemente nas mortificações voluntárias. Já na infância costumava privar-se de parte do sono e da comida. Muitas horas da noite passava velando e rezando; comia e bebia o que os outros recusavam, levando as comidas melhores aos doentes e pobres, dos quais tinha muita compaixão.

O amor ao próximo impelia-a a pedir a Deus que, por favor, lhe desse a sofrer as doenças e dores dos outros ou que a deixasse cumprir os castigos merecidos pelos pecadores. Já o fizera na infância e fazia-o depois de um modo muito mais intenso.

“A tarefa principal da sua vida, escreve Clemente Brentano, era sofrer pela Igreja ou por alguns membros da mesma, cuja necessidade lhe era dada a conhecer em espírito ou que lhe pediam a intercessão”.

Anna Catharina aceitava de boa vontade tais sofrimentos e trabalhos.
Muitas vezes, porém, se tornavam estes tão grandes e pesados, que parecia prestes a morrer. Quando um dia, quase sucumbindo ao peso das dores, pediu ao Senhor que não a deixasse sofrer mais do que podia suportar, apareceu-lhe o Esposo Celeste e disse:

“Coloquei-te no meu leito nupcial das dores, com as graças dos sofrimentos, adornada com os tesouros da reconciliação e com as jóias das boas ações. Deves sofrer. Não te abandono; estás amarrada à videira, não perecerás”.

Também as almas do purgatório se lhe dirigiam muitas vezes, pedindo-lhe socorro; e ela provava de boa vontade sua compaixão ativa. “Fiz um contrato com meu doce Esposo do Céu”, conta ela, que cada gota de sangue, cada pulsar do coração, toda a minha vida e todos os meus atos devem sempre clamar: “Almas queridas do purgatório, saúdo-vos pelo doce Coração de Jesus”. “Isso faz bem a essas infelizes e alivia-as, pois são tão pacientes!”

A partida para a pátria Celeste.

Depois de muitos e indizíveis sofrimentos, chegou o dia da sua morte a 9 de Fevereiro de 1824. A 15 de Janeiro desse ano dissera a Serva de Deus:

“Na festa de Natal o Menino Jesus me trouxe muitos sofrimentos, hoje me deu ainda maiores, dizendo”:

 “Tu me pertences, és minha esposa: sofre como eu sofri; não perguntes porque, é para a vida e para a morte”.

Ela jaz de febre, com dores reumáticas e convulsões, escreve ao Peregrino, mas sempre em atividade espiritual, em prol da santa Igreja e dos moribundos. O confessor pensa que ela em pouco terminará, porque disse no êxtase, com grande serenidade “Não posso aceitar outro trabalho, já estou próxima do fim”. Ela pronuncia, com voz de moribunda, só o nome de “Jesus”.

A 27 de Janeiro recebeu a Extrema-Unção. Aumentaram-lhe as dores; mas repetia de vez em quando:

“Ai, meu Jesus, mil vezes vos agradeço toda a minha vida; não a minha vontade, mas a Vossa seja feita”.

Na véspera da morte rezou:

“Jesus, para Vós morro; Senhor, dou-Vos graças, não ouço nem enxergo mais”.

Quiseram mudar-lhe a posição, para aliviá-la, mas Anna Catharina disse:

“Estou deitada na cruz; deixem-me, em pouco acabarei”.

Recebeu mais uma vez a sagrada Comunhão, a 9 de Fevereiro. Suspirando pelo Divino Esposo, rezou diversas vezes:

“Oh! Senhor, socorrei-me; vinde, meu Jesus”.

O confessor assistiu à moribunda, dando-lhe muitas vezes o crucifixo para beijar e rezando preces pelos moribundos. Ela ainda lhe disse:

“Agora estou tão sossegada; tenho tanta confiança, como se nunca tivesse cometido pecado”.

Eram justamente 8 horas da noite, quando exclamou três vezes, gemendo:

“Oh! Senhor, socorrei-me, vinde, oh! Meu Senhor!”

E a alma pura voou-lhe ao encontro do Esposo Celeste, para permanecer, como esperamos confiadamente, eternamente unida com Ele, na infinita felicidade do Céu. Com grande concorrência do povo foi sepultado o corpo da Serva de Deus, no cemitério de Duelmen, onde jaz ainda.

As autoridades Eclesiásticas.

Na noite de 21 a 22 de Março de 1824 foram abertos o sepulcro e o caixão, em presença do prefeito da cidade e do delegado de polícia. Viu-se que a decomposição ainda não tinha começado.

Uma segunda abertura do sepulcro foi feita, no dia 6 de Outubro de 1858, pela autoridade eclesiástica.

fonte:
  www.radioauxiliadora.com.br













FRASES DO PAPA FRANCISCO:
“A maternidade não é, e nunca será um problema; é um presente, um dos presentes mais maravilhosos que podeis ter.” (Santiago, 16/1/2018)
“A vida humana, desde a concepção até a morte natural, possui uma dignidade que a torna intangível” (26/1/2018)

“Nós, entretanto, acreditamos que a salvação consiste na comunhão com Cristo ressuscitado que, graças ao dom de seu Espírito, nos introduziu numa nova ordem de relações com o Pai e entre os homens” (26/1/2018)

Fonte: www.acidigital.com





Quiseram matar este bebê por ter sido concebido em uma violação
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Bebê resgatado no Iraque
Um bebê recém-nascido correu risco de ser assassinado depois que um conselho de anciãos soube que foi gerado após uma violação por parte de terroristas do Estado Islâmico (ISIS), porém, a jovem mãe se negou e entregou seu filho em adoção.
O testemunho da jovem foi divulgado pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre – México (ACN).
A jovem, cuja identidade não foi revelada, tinha sido sequestrada e violada pelos jihadistas, como ocorreu com outras mulheres cristãs e de outras minorias religiosas, muitas das quais foram convertidas em escravas sexuais durante os cerca de três anos que o ISIS ocupou o norte do Iraque.
 A Fundação ACN indicou que a adolescente ficou grávida e, “diante da noticia, anciãos de sua tribo tomaram a decisão de matar o bebê assim que nascesse. Esta minoria considerou que não podia deixar vir ao mundo um bebê concebido pelo Daesh (nome com o qual o ISIS é conhecido no Oriente Médio), para eles, praticamente um demônio”.
Entretanto, a jovem não quis que matassem seu filho e, após dar à luz, entregou-o a religiosas, as quais o acolheram em um orfanato durante um mês até que uma família cristã o adotou.
A fundação pontifícia assinalou que esta família, “seguramente, educará seu novo filho no amor e no perdão. Algo que apenas os cristãos contribuem hoje no Iraque e em todo o Oriente Médio. O mal nunca tem a última palavra”.
Nesse sentido, um testemunho anônimo que teve o bebê em seus braços e conhece sua história disse a ACN que a salvação da criança “só poderia ter acontecido graças à presença da Igreja” e que é “um exemplo de vida e do porquê mossa presença e cultura de vida são tão importantes aqui”.
Quantos bebês tão inocentes quanto este são mortos ainda no ventre de suas mães pelo mesmo motivo injustificado! Matar um bebê fora ou dentro do útero é o mesmo crime!
Ivan.






Novo milagre de Lourdes? Menina de 7 anos, surda de nascença, tira o aparelho e declara: “Estou ouvindo!”
"Já fiz trinta viagens a Lourdes. Já vi muitas coisas, dolorosas, comoventes. Mas desse jeito, nunca. Esta foi realmente a peregrinação da misericórdia!"
Eu acredito, eu tenho fé: se não tivesse, não teria vindo a Lourdes. Mas eu quero continuar com os pés no chão. Quero provas da ciência. Não se brinca com essas coisas“, declara a feliz e pragmática mamãe de uma menina surda que, durante uma viagem a Lourdes com a associação italiana de peregrinos Unitalsi, com a simplicidade e graça que só as crianças têm, tirou o próprio aparelho auditivo e disse: “Estou ouvindo bem, não preciso mais disso”!
Infinita a alegria também dos outros 225 peregrinos que tinham partido da Lombardia, no norte da Itália, para ir até o santuário mariano tão querido por católicos do mundo inteiro.
A notícia foi publicada pelo jornal Avvenire, que entrou em contato com o responsável pela organização daquela peregrinação, Giuseppe Secondi. Ele narra a experiência assombrosa de ouvir aquele diálogo inédito entre mãe e filha logo após ter interrompido uma brincadeira com a pequena: “Eu disse a ela que não podia mais brincar porque tinha outro compromisso que eu precisava cumprir. Ela então voltou para perto da mãe e eu a vi tirando os aparelhos auditivos, sem os quais ela estava condenada à surdez. Quando a mãe pediu que ela os colocasse de volta, ela respondeu: ‘Estou ouvindo bem, não preciso mais disso’”.
A mãe tinha ido a Lourdes com a filha e um dos seus dois irmãozinhos. O marido, por causa de compromissos de trabalho, tinha ficado em casa com o caçula, de 11 meses. A família vive na Ligúria e tinha se juntado ao grupo lombardo a fim de fazer uma peregrinação de agradecimento a Nossa Senhora pela saúde da menina, que tinha sobrevivido a complicações no parto.
A mãe relata:
Minha filha é surda praticamente desde o nascimento. Ele nasceu com 26 semanas, no dia de Natal de 2009. Era para nascer só no início de abril! Pesava 800 gramas e passou três meses no hospital. Para salvá-la, os médicos lhe deram medicamentos que acabaram causando algumas hemorragias cerebrais e ‘queimaram’ os canais auditivos. Os exames mostraram que ela sofre de surdez profunda nos dois ouvidos. Os aparelhos auditivos eram uma necessidade. Certa manhã, eu me disse: preciso levar a minha filha a Lourdes para agradecer a Nossa Senhora por tê-la protegido: ela corria perigo de vida, mas venceu e é uma criança serena e feliz. E também quero pedir ajuda, para ter as forças de enfrentar este desafio de vida tão exigente, eu, ela, todos nós. Foi a primeira vez que viemos a Lourdes. E foi uma experiência tocante e belíssima!“.
Agora, o Bureau des Constatations Médicales de Lourdes, ou seja, a comissão médica que investiga toda alegação de milagre ocorrido no santuário, quer os históricos médicos completos da menina antes de fazer qualquer avaliação.
Giuseppe Secondi testemunha:
Já fiz trinta viagens a Lourdes. Já vi muitas coisas, dolorosas, comoventes. Mas desse jeito, nunca. Esta foi realmente a peregrinação da misericórdia!“.











Um homem comum, com esposa, filhos e… os estigmas da Paixão de Cristo!
 

Irving "Francis" Houle: as chagas de Jesus Crucificado, experimentadas em carne própria
Alguns santos puderam sentir literalmente em carne própria o sofrimento de Cristo na Cruz, como São Francisco de Assis, Santa Catarina de Siena e, mais perto da nossa época, o santo Padre Pio. Todos eles receberam o dom misterioso, doloroso e fascinante dos estigmas da Paixão.
Essa lista, porém, também traz um homem como nós: Irving “Francis” Houle, um pai de família dos Estados Unidos.
Irving nasceu em 1925, numa família católica de sete filhos, que rezava o terço todos os dias durante a Quaresma e fazia a Via Crúcis todos os domingos depois da Missa. À parte a devota vida espiritual, sua vida era a típica classe média do meio-oeste americano.
O jovem se formou no ensino médio em 1944, em plena fúria da Segunda Guerra Mundial, e, no dia seguinte à formatura, entrou no exército. Foi servir na Europa, na África e no Oriente Médio. Recebeu medalhas de reconhecimento e boa conduta. Retornou à sua casa em 1946, já terminada a guerra.
Seguindo o exemplo paterno de coerência e espontaneidade com a própria identidade de jovem católico, Irving se casou com Gail LaChapelle em 1948. Tiveram cinco filhos: Stephen, Peter, John e os gêmeos Matthew e Margo. Enquanto trabalhava para criar a família no norte do Michigan, Irving continuou ativo como paroquiano e membro dos Cavaleiros de Colombo.
Ele tinha 67 anos quando, na Sexta-Feira Santa de 1993, os estigmas começaram a se manifestar. Irving contou a um de seus irmãos e ao padre Robert Fox que Jesus lhe aparecera na Quarta-Feira de Cinzas daquela mesma Quaresma e dissera:
“Estou tirando as tuas mãos e te dando as minhas… Toca-as”.
Na Sexta-Feira Santa, o inchaço que tinha ficado cada vez mais notável nas suas mãos se abriu e começou a sangrar.
Walter Casey, um policial aposentado a quem o bispo pedira que acompanhasse Irving em todos os momentos, explicou que, da meia-noite às 3 da manhã, durante 365 dias por ano, o amigo sofria as chagas da Paixão de Cristo. Irving chegou a lhe dizer que Nossa Senhora o tinha visitado 19 vezes e afirmado que traria muita gente até ele e o levaria também a muita gente.
Estima-se, de fato, que Irving tenha orado individualmente por mais de100 mil pessoas – que iam até ele e esperavam horas para, entre lágrimas e choros de emoção, vê-lo, tocá-lo e beijar as suas mãos, que ele estendia sobre as pessoas por quem rezava.
Irving “Francis” Houle nunca buscou atenção pessoal, doações ou apoio financeiro. Era inflexível em atribuir toda cura a Deus e em dizer que ninguém devia olhar para ele, mas para Cristo como a verdadeira causa de quaisquer graças, físicas ou espirituais.
Ele faleceu no primeiro sábado de 2009, aos 83 anos. Fazia mais de quinze que sofria os estigmas de Cristo. Aliás, é um dos poucos leigos ao longo da história da Igreja que viveram na própria carne este fenômeno místico dolorosíssimo, impactante e inexplicável.
Dois bispos da diocese de Marquette, no Michigan, dom James H. Garland e dom Alexander K. Sample, não encontraram qualquer irregularidade na atividade de Houle e deram a ele a sua bênção. Atualmente está em curso a sua causa de beatificação.
Houle escreveu a seguinte oração:
Oh, meu Jesus!
Meu coração pesa tanto!
O que Tu carregas é pesado demais para mim.
Deixa-me, Jesus meu, carregar um pouco a Tua cruz, só para saberes que eu me importo.
Olha para mim, Senhor amado, com os olhos da Tua misericórdia.
Que as Tuas mãos curadoras estejam sobre mim.
Se for a Tua vontade, dá-me saúde, força e paz.
Amém.


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